segunda-feira, 7 de julho de 2014

Vale, amiga ou inimiga?

Vale, amiga ou inimiga?
Será que a Vale ao exportar 400 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, sem valor agregado, está fazendo um bem ao Brasil?

 Será que a nossa sina é de sermos eternos atores coadjuvantes, exportadores de matéria prima, até o dia em que esgotarmos as melhores e maiores jazidas de minério de ferro do planeta?

A cada dia que passa novas minas de minério de ferro estão sendo fechadas ao redor do mundo em uma rotina que começa a perturbar o sono de muitos.

O que é comum a todos esses empreendimentos mineiros, que estão fechando as portas e sendo exterminados um a um, é o alto custo de produção. Essas minas produzem seu minério de ferro, geralmente de baixa qualidade, acima do preço do mercado.

Esse é um pecado mortal que o nosso mundo capitalista não perdoa.

São exatamente esses pontos, o baixíssimo custo de produção da tonelada de minério de ferro, e a imbatível qualidade do minério de Carajás que serão o pilar de sustentação da Vale, por muitas décadas.

A Vale está montada em cima da maior concentração de minério de ferro de alto teor do mundo: a Serra de Carajás. É lá que afloram bilhões de toneladas de minério com teores de 67% Fe, sem contaminantes: sem nenhuma dúvida uma das maiores riquezas minerais do Brasil.

Um verdadeiro presente da natureza, cujas riquezas, infelizmente, podem não estar sendo tão bem gerenciadas assim.

Parece piada, mas até hoje não sabemos exatamente quais são os recursos totais do minério de ferro de Carajás. No entanto, o que já foi quantificado, 18 bilhões de toneladas, já basta para o próximo meio século de exportações ao nível frenético atual.

E depois? Quando o minério acabar? O que realmente ficará fora as lembranças?

Ah, o minério de Carajás... Um bem com data e hora para acabar.

Sabemos que não é preciso gastar quase nada para melhorá-lo. Enquanto em outras minas o minério é concentrado através de processos e equipamentos caros, em Carajás é só moer e exportar. Uma benção que os executivos da Vale deveriam agradecer, todos os dias, nas suas rezas.

O minério é tão bom que já se constitui em um “brand”, uma marca de qualidade que vai receber o selo do INMETRO, assim como todos os demais produtos brasileiros para exportação.

Os custos totais para produzir esse minério são baixíssimos: em torno de US$21.6/t. Esses custos podem cair ainda mais, abaixo dos US$20/t, o que tornaria a Vale a mais eficiente mineradora de minério de ferro do mundo. O que isso significa? Lucros. Lucros e mais lucros.

Como o minério de ferro da Vale pode, então, perder para o das concorrentes australianas?

O que as gigantes australianas Rio e BHP têm de melhor é, somente uma coisa, a proximidade do maior centro consumidor do planeta: a China. É essa a única vantagem que eles têm sobre Carajás.

 Temos que lembrar que as australianas produzem, também, a custos baixos. A Rio Tinto, por exemplo, consegue produzir o seu minério a US$20,80/t um pouco abaixo da Vale.

A Vale, apesar dos seus novos Valemax, os maiores navios de carga do mundo, e dos centros logísticos na Malásia, ainda tem uma distância maior a percorrer do que os australianos, até os portos chineses. Esse custo adicional no frete é um dos motivos que a torna torna ligeiramente menos competitiva.  É por causa do frete mais elevado que (veja o gráfico) os minérios australianos ainda chegam aos portos chineses com custos um pouco abaixo dos custos do minério da Vale.

O gráfico abaixo mostra que o minério da Vale chega na China, um pouco acima de US$50/t. Essa diferença de poucos dólares será achatada com os custos mais baixos de transporte dos Valemax e tenderá a desaparecer.

domingo, 6 de julho de 2014

O mais valioso diamante laranja do mundo vai a leilão

O mais valioso diamante laranja do mundo vai a leilão

A casa de leilões Christie's leiloa o maior diamante de cor laranja vívido do mundo.
A casa de leilões Christie's leiloa o maior diamante de cor laranja vívido do mundo.

Um diamante laranja de 14,82 quilates é o grande destaque do leilão Magnificent Jewels na filial da casa Christie's em Genebra na Suíça. Entre as jóias raras que serão vendidas hoje à noite, a gema é a mais preciosa.

O valor do raríssimo diamante laranja de forma amendoada é estimado entre de U$ 17 milhões e U$ 20 milhões (R$ 39 milhões e R$ 46,6 milhões). Já em 1883, a pedra apareceu no livro “The Great Diamonds of the World” (os grandes diamantes do mundo, em português) de Edwin Streeter e era descrita como “diamantes de fogo” por causa da pureza e do intenso brilho alaranjado. Há 30 anos, ela pertence ao mesmo colecionador que sempre permaneceu anônimo.
Segundo os especialistas da casa de leilão Christie’s, o diamante foi encontrado na África do Sul. David Warren, responsável da divisão de joalheria da empresa, afirma que “os diamantes coloridos -rosas, azuis ou laranja- são muito mais raros que os diamantes brancos. (…) Quando se trata de um diamante com esse peso, como o que apresentaremos hoje à noite, é uma pedra ainda mais rara”, concluiu.
O GIA (Instituto de Gemologia da América) partilha essa análise. De acordo com a avaliação do instituto, “as experiências em laboratório revelam que, raramente, um diamante colorido tem mais que 3 ou 4 quilates depois de lapidado. Nesse caso, o diamante é quase quatro vezes superior  ao tamanho médio”. O tom colorido dos diamantes é um “acidente” da natureza. Inicialmente, eles são todos brancos, mas agentes entram na gema e mudam a coloração, excplica o GIA.
O mundo da joalheria afirma que a moda, atualmente, aposta em diamantes coloridos. Nesta quarta-feira, a casa de leilões Sotheby's colocará à venda um diamante rosa de 60 quilates estimado em U$ 60 milhões.

Tapajós é a maior área de mineração do mundo- (OURO).

Tapajós é a maior área de mineração do mundo



A província mineral do Tapajós, com dimensões maiores que Portugal, é a maior área de mineração do mundo, com 100 mil quilômetros quadrados. Foi criada em 1958 e já chegou a ser explorada por cerca de 100 mil garimpeiros, no auge da produção. Localizada no sudoeste paraense, a 1,3 mil quilômetros de Belém, a área já contou com cerca de 500 pistas ativas de pouso para pequenos aviões, que transportavam ouro, víveres e garimpeiros.
A produção anual da região girava entorno de cinco toneladas, desde 1958, mas registrou recorde a 14 toneladas/ano, no final dos anos oitenta. A produção total do garimpo, até hoje, equivale a 736 toneladas de ouro ou 16 vezes a produção total do garimpo de Serra Pelada, no sudeste paraense. Ou seja, pela cotação atual do ouro, o Tapajós já rendeu, por essa estimativa, US$ 2 bilhões.
Porém, os dados oficiais são de que o garimpo produziu, até 2006, 194 toneladas de ouro. Com a exaustão das camadas de fácil acesso (lavra manual), conhecidas como ouro de aluvião (mais longe da fonte) e coluvião (mais perto da fonte), o garimpo entrou em decadência. Só empresas, com lavras mecanizadas, têm condições de explorar o ouro primário a partir de rochas muito duras.
Também as denúncias sobre a degradação ambiental, a contaminação do meio ambiente pelo uso descontrolado de mercúrio na separação do ouro das impurezas, ajudaram a construir uma imagem negativa da atividade garimpeira. Isso fez o governo estabelecer rígidas normas visando a preservação do meio ambiente pelos mineradores.
Tapajós é um desafio quando a tarefa é enumerar indicadores de sustentabilidade para a área. O próprio garimpo, em si, um capítulo à parte da atividade mineral brasileira, que hoje procura se inserir dentro dos conceitos de indústria ambientalmente e socialmente saudável.
Com a criação da Associação dos Mineradores de Ouro do Tapajós (AMOT), a interlocução das empresas com as autoridades públicas ficou mais fácil para a retomada das atividades, em bases sustentáveis. O garimpo tem uma regulação própria, baseada nas leis de mercado. Hoje, apenas a Serabi Mineração está produzindo ouro na região, explorando a mina do Palito, com 40 toneladas de ouro. Outras 10 empresas estão pesquisando e aguardando a definição das regras do jogo, pelo governo.
O geólogo e consultor ambiental independente, Alberto Rogério Benedito da Silva, explica o motivo do declínio de uma parceria que foi tão promissora por um tempo. "Entre 90 e 96, a onça do ouro estava cotada entre US$ 380 e US$ 400. Depois, o preço foi caindo até chegar a US$ 260. Só ultimamente, o ouro recuperou um pouco seu valor e está cotado a US$1.300, disse.
Mineral estratégico, o ouro é sempre cobiçado por exploradores aventureiros, por mais que seu preço oscile. Sua exploração está presente em 236 mil quilômetros quadrados da Amazônia, em pontos separados e longínquos, o que prova seu poder de capital. Transportado de avião, barco ou em precárias vias rodoviárias, como é o caso do ouro garimpado, o mineral sempre atrairá aqueles que pensam em fazer fortuna. Talvez por isso, o trabalho social e ambiental em áreas garimpeiras seja, ao mesmo tempo sacerdotal e necessário.
Com a descoberta de ouro no rio Tapajós, houve uma extraordinária transformação na região. Milhares de garimpeiros invadiram cidades como Itaituba e Santarém, ganharam os rios e floresta em busca do precioso metal. Estimativas conservadoras indicam que mais de 50 mil homens passaram a garimpar na região, sem, praticamente, nenhum controle por parte do Estado.
As conseqüência dessa atividade foram danosas, com graves. A partir dos anos oitenta, muito se falou sobre a contaminação ambiental pelo mercúrio. Chegou- se a prever a repetição, no Tapajós, do acidente de Minamata - uma baía no Japão, palco da maior catástrofe ambiental causada por mercúrio na história da humanidade.

Joia de R$ 825 mil será exposta hoje em área vip do Itaquerão

Joia de R$ 825 mil será exposta hoje em área vip do Itaquerão

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Colar água marinha - a joia custa R$ 825 mil (Foto: Divulgação)

O varejo de luxo, finalmente, entrou no clima da Copa. Temerosas com a repercussão do evento, as grifes adiaram o quanto puderam a exibição de peças verdes e amarelas, as vitrines decoradas e a divulgação de suas ações focadas no torneio. Nos corredores dos grandes centros comerciais de luxo de Rio, São Paulo e Brasília, apenas na última semana as vitrines adotaram o clima patriótico. Houve quem apostasse que junho seria um “mês perdido” para o varejo de luxo.

Nesta quinta-feira, data de abertura do torneio com o jogo do Brasil, o comércio percebeu que o excesso de cautela virou sinônimo de atraso. Na noite de ontem (11), o estilista Pedro Lourenço lançou sua camiseta em parceria com a Nike; nos corredores do exclusivíssimo shopping Cidade Jardim, em São Paulo, o tom patriótico chegou até as butiques estrangeiras, como a Louis Vuitton, que confeccionou o baú em que viajou a taça.

Mas há o time dos que não tinham dúvida de que #vaitercopa, caso da carioca Amsterdam Sauer, eleita pela Fifa a joalheria oficial da Copa do Mundo 2014. Decidida há um ano e meio, a parceria toma corpo nesta tarde com a exposição da coleção criada pela Amsterdam Sauer para o torneio.

As peças ficarão em três áreas do Itaquerão, todas vips. No Espaço Bossa Nova, um camarote comercializado pela empresa Match, onde se esperam 2 mil pessoas, um grande lounge abrigará dois totens com uma taça escultura de bronze banhada a ouro e esfera de calcita amarela inspirada na taça oficial. Sem contar o colar Brazuca, uma esfera vazada a ouro 18 quilates com uma pedra de lápis-lázuli.
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Colar Brazuca (Foto: Divulgação)
Do outro lado do estádio, no Espaço Vip, só para convidados, outro troféu e a bolinha também serão exibidos. Mas será na área batizada Very Vip que o grande tesouro será mostrado, os conjuntos de colares, anéis e brincos de águas-marinhas e diamantes, berilo com safiras, e citrino com diamantes champagne. O de água-marinha é a peça mais cara, R$ 825 mil. As peças serão expostas durante todos os jogos de São Paulo, do Rio e de Belo Horizonte.

A ação da Amsterdam Sauer junto à torcida abastada que desembarca no país para a Copa ainda tem uma versão em inglês de sua revista, produzida pela Editora Globo, que publica Época.

A coluna conversou com Daniel Sauer, presidente da Amsterdam Sauer, sobre a parceria com a Fifa:

Como se deu a escolha de vocês como joalheria oficial do evento?
Quando vieram ao Brasil um ano e meio atrás, os dirigentes da Fifa visitaram nossos ateliês, nossas lojas e nosso museu no Rio de Janeiro. Eles ficaram impressionados com a nossa expertise em gemas brasileiras. Surgiu uma ideia de nós fazermos uma coleção inspirada na Copa, só com pedras nossas, e de criar uma interpretação da taça. Mais tarde, tivemos a autorização da Adidas para fazer o colar da Brazuca.

Não teve receio de ligar a marca ao torneio?
Nenhum receio. É um torneio maravilhoso, acompanhado pelo mundo todo. A história da Amsterdam Sauer é de valorização ao que o país tem de melhor. Somos, há 70 anos, uma joalheria que lida por excelência com pedras brasileiras. Foi meu pai quem descobriu, há 50 anos, a primeira mina de esmeraldas no Brasil, na Bahia. Sempre vi esta Copa como uma oportunidade de mostrar ao mundo o que o Brasil tem de melhor.
Quanto espera de crescimento nas vendas?
Pelo menos 50%. Teremos muitas pessoas motivadas, alegres, de vários países do mundo, inclusive do Brasil, neste evento. Aliás, nós já estamos sentindo o efeito positivo; várias pessoas marcaram horários em nossas lojas para conhecer nossas peças. Essa parceria com a Fifa traz a oportunidade de ter acesso a clientes em potencial que talvez não viessem ao Brasil se não fosse a Copa. Só temos motivos para festejar.

Por que a escolha da água marinha como estrela do conjunto mais caro da coleção?
Eu acho que a água-marinha representa o ideal de mar, praia e alegria que os estrangeiros têm do Brasil. Além disso, para a nossa marca, é uma gema histórica. Logo no início da Amsterda Sauer, meu pai descobriu uma grande água-marinha brasileira e batizou de Martha Rocha, em homenagem à nossa eterna Miss, por causa dos olhos azuis dela. É uma pedra sensual como as brasileiras.
Até a taça está reproduzida em joia (Foto: Divulgação)

Rio Madeira, berço do ouro na bacia Amazônica.

Rio Madeira, berço do ouro na bacia Amazônica.




Imagem dispenda comentários:  Rio Madeira, cidade Porto Velho e mata Amazônica. 









Realizando a queima para tirar  o mercúrio e as as impurezas aparentes.


Na sua forma mais pura direto do fundo do Rio Madeira para o Mundo.