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sábado, 16 de agosto de 2014
Garimpo
A Corrida pelo Ouro na Serra Pelada
Ouro e Serra Pelada
A Corrida pelo Ouro na Serra Pelada |
| Em dezembro de 1979, no interior do estado do Pará, um vaqueiro de uma fazenda, encontrou a primeira pepita de ouro. Como a cidade era pequena, a notícia logo se espalhou. |
| O impacto dessa descoberta provocou uma verdadeira revolução na região e ocorreu uma nova corrida pelo ouro que gerou no Brasil o que foi considerado de maior garimpo a céu aberto do mundo. |
| Entre fevereiro e março de 1980, mais de 60 mil homens chegaram ao local, conhecido como Serra Pelada, região localizada no estado do Pará, atual município de Curionópolis e deu-se início a corrida pelo ouro, sem qualquer organização e preocupação com os riscos a saúde e ambiente, movidos apenas pela busca da riqueza. Os morros foram transformados em barrancos através da escavação para a retirada da pepita e como estas eram raras, quem conseguisse maior quantidade ganhava mais. Os lucros e os custos do ouro ficavam para os sócios, donos de fazenda. O garimpeiro ganhava muito pouco pela exploração, mesmo trabalhando dia e noite para obter poucas gramas de ouro. |
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Figura 7: Mapa do Brasil mostrando Curionópolis e o estado do PA. |
| Cerca de 10 toneladas foram extraídas em 1981 e as péssimas condições de trabalho no garimpo causaram uma perda de qualidade de vida dos trabalhadores da região e de suas famílias. |
| A extração do ouro na Serra Pelada durou aproximadamente 4 anos. Ao final de 1981, os depósitos de ouro na superfície se esgotaram e então, uma companhia de mineração tentou reaver a posse das terras e continuar a exploração. O apogeu do garimpo ocorreu em 1983, quando aproximadamente 14 toneladas de ouro foram extraídas. Nos dois anos seguintes, a produção teve um decréscimo e ficou em torno de 3 toneladas⁄ano. Nos anos seguintes, a produção continuou caindo: em 1988, aproximadamente 745 kg de ouro foram extraídos e em 1990, menos de 250 kg. Hoje, acredita-se que ainda existam pequenas jazidas de ouro em algumas regiões, mas a exploração já é controlada pela companhia de mineração Vale. Atualmente, a região da Serra Pelada se transformou em uma favela com cerca de 1000 habitantes e surgiu uma imensa cratera com 200 m de profundidade no local do garimpo. |
Mercúrio utilizado no garimpo causa contaminação no solo e em pessoas
Mercúrio utilizado no garimpo causa contaminação no solo e em pessoas
Exploração de ouro na Serra Pelada durante a década de 80 ficou marcada pelas graves consequências causadas pela utilização desta substância
Além de contaminar o solo, o metilmercúrio pode provocar graves complicações à saúde de garimpeiros ou de pessoas que indiretamente são infectadas. “O metilmercúrio se acumula na cadeia alimentar se fixando na natureza. Ele normalmente fica por volta da região em que o material foi processado, mas com chuva pode cair em um curso de água. Nos seres humanos, ele é conhecido por causar enfermidades neurológicas graves”, declara Giorgio.
Na década de 80, o uso do mercúrio durante a intensa corrida pelo ouro na Serra Pelada causou sérias consequencias para a região. Além de chamar atenção por ter sido o local do maior garimpo a céu aberto do mundo, a exploração do ouro nas jazidas do estado do Pará ficou marcada pelas graves contaminações do solo e de trabalhadores. A falta de equipamentos de proteção, como máscaras ou luvas, permitiu que o mercúrio fosse diretamente inalado pelos garimpeiros, que sofreram com sérias complicações de saúde chegando, em certos casos, à óbito.
As atividades garimpeiras na Serra Pelada desaceleraram durante a década de 90 até serem interrompidas. As crateras abertas no período da exploração foram abandonadas sem qualquer tratamento de recuperação do solo. Hoje, Giorgio explica que a região está dividida entre cooperativas de garimpeiros. Algumas delas já fizeram parcerias com grandes empresas e reiniciaram atividades de escavações subterrâneas.
Serra Pelada
Giorgio conta ainda ter realizado uma pesquisa de levantamento com garimpeiros da rSerra pelada sbre a aceitação de novas tecnologias limpas para a exploração de minerais. O resultado foi positovo em particamente 100% dos casos. No entanto, a falta de conhecimento sobre essas novas técnicas dificulta sua implantação pratica. “A saída é ter um programa de conscientização do garimpeiro para mostrar os riscos do mercúrio e a existência de tecnologias limpas. Além disso, autoridades precisam ensinar os garimpeiros a utilizar essas novas técnicas”, diz. O diretor do Núcleo de Pesquisa para a Pequena Mineração Responsável esclarece que ao invés de mercúrio, os garimpeiros poderiam usar o cianeto, substância não poluente e economicamente mais rentável. “Entendo que a solução não é legal ou ambiental, é econômica. Temos que mostrar que usando tecnologias limpas ele poderão tirar mais ouro”, afirma.
A nova corrida do ouro em Serra Pelada
A nova corrida do ouro em Serra Pelada — sem as tensões, o sofrimento e as cenas bíblicas dos anos 80
Operários
da mineradora canadense no túnel escavado recentemente em Serra Pelada.
A terra rica em partículas de ouro será retirada e levada à superfície
por máquinas..
No local onde existiu o maior garimpo do mundo, ainda há muito ouro. Em 2013, esse tesouro começará a ser explorado de forma organizada e com o uso de tecnologia moderna
Vinte e cinco anos depois do fechamento do maior garimpo do mundo, Serra Pelada voltará a produzir ouro. No lugar dos 100.000 homens de todas as partes do Brasil que se amontoaram nos terraços enlameados de uma cratera cavada no sul do Pará em busca do metal precioso, em condições precárias, haverá máquinas modernas operadas por funcionários com carteira assinada e protegidos por equipamentos de segurança.
Nos
anos 80, uma cena bíblica: a terra retirada no garimpo era carregada em
sacos no ombro por milhares de garimpeiros, e a escavação se fazia com
pás e picaretas (Foto: Luis Novaes – 1982 / Folhapress)
Nas próximas semanas, a mineradora canadense Colossus Minerals, que está investindo 700 milhões de reais em Serra Pelada, concluirá a medição da reserva ainda intocada, que escapou às escavações artesanais dos garimpeiros na década de 80.
SEM
MERCÚRIO — No processo industrial, a separação será feita com técnicas
não poluentes, como a decantação e a fundição — na foto, em fase
experimental (Foto: Antonio Milena / Milenar)
Os velhos métodos, contudo, não servem mais. O ouro remanescente encontra-se misturado em uma camada de argila, a 200 metros de profundidade, que se estende a sudoeste da cratera aberta nos anos 80.
Os garimpeiros não sabiam disso e, depois de retirar o ouro que estava mais próximo à superfície, continuaram cavando na vertical. Em vão.
Eles já não conseguiam encontrar uma quantidade significativa do minério e acabaram atingindo um lençol freático, que começou a inundar o garimpo. O governo, então, mandou interromper as atividades no local.
COM MERCÚRIO — Na década de 80, os garimpeiros usavam metal tóxico para isolar o ouro das impurezas (Foto: Claudio Laranjeiras)
Na Vila de Serra Pelada, situada no município de Curionópolis, há uma gameleira de 15 metros de altura que serve de ponto de encontro de homens que há trinta anos sonham com a reabertura do seu Eldorado.
A árvore ganhou o apelido de “Pau da Mentira”, por causa das histórias improváveis contadas à sua sombra, mas bem que agora poderia ter seu nome mudado para “Pau da Esperança”.
José Mariano dos Santos, de 58 anos, acredita que a nova fase de Serra Pelada poderá garantir a ele e seus colegas uma renda mensal de 20.000 reais. No passado, Santos chegou a acumular 411 quilos de ouro, o equivalente a 47 milhões de reais em valores atuais, o que fez dele o segundo homem mais rico do garimpo.
Esbanjou tudo em festas, em viagens extravagantes e em investimentos desastrados. Hoje ele sobrevive do salário mínimo que recebe como aposentadoria.
Os representantes da mineradora se preocupam com as expectativas dos seus sócios brasileiros. “Não temos dúvida de que esta mina tem potencial para se tornar uma das mais produtivas do mundo, mas infelizmente não será capaz de enriquecer esses 38.000 homens”, diz a canadense Ann Wilkinson, vice-presidente da Colossus.
ALAGADA
— Na gigantesca, impressionante cratera escavada nos anos 80, os
garimpeiros que eram donos de “barrancos” contratavam outros homens para
ajudá-los a retirar a terra com ouro. O lago que se formou no local tem
uma área equivalente à de dois estádios do Maracanã (Foto: Antonio
Milena / Milenar)
A média confirmada até agora é de 20 gramas de ouro por tonelada de terra. Em comparação, a média na maior mina em operação no Brasil, em Paracatu, em Minas Gerais, é de 0,45 grama por tonelada.
Durante a fase de prospecção, os geólogos descobriram que as imagens de enormes pepitas de ouro, que ajudaram a fomentar a corrida a Serra Pelada nos anos 80, não se repetirão. Essas pedras já eram raras naquele tempo, e, agora, mais ainda.
O ouro em pó que sobrou está diluído no solo argiloso. Para que se chegue aos pontos de maior concentração do metal, foi construído um túnel de 1 600 metros de extensão e 5 metros de largura.
Mesmo que haja alguma pepita em meio às 150 toneladas de terra que serão recolhidas diariamente por pequenas escavadeiras, ela acabará triturada no processo mecânico de separação do metal.
A dificuldade técnica e o alto custo da extração na “nova” Serra Pelada são compensados de duas formas. Primeiro, o ouro não é o único tesouro do local.
Há quantidades significativas de platina e paládio, metais de grande valor industrial e para a confecção de joias. “Só são conhecidas outras duas minas no mundo onde o ouro vem acompanhado desses metais”, diz o presidente da Colossus, o canadense Claudio Mancuso.
NOVA
ILUSÃO — O garimpeiro José Mariano dos Santos, o Índio, achou 411
quilos de ouro, tornando-se um dos homens mais ricos de Serra Pelada (no
detalhe, no auge). Perdeu tudo. Ele sonha em receber 20.000 reais
mensais com a parcela que lhe cabe na repartição dos lucros da
mineradora com a cooperativa dos garimpeiros
O aumento da procura fez o preço da onça troy (equivalente a 31 gramas) saltar de 300 dólares, em 1998, para 1 310 dólares, na semana passada.
Da preferência dos investidores do século XXI à febre que levou milhares de brasileiros a abandonar a família para tentar a sorte em Serra Pelada nos anos 80, o ouro é desejado por uma razão simples. Ele é raro. Todo o ouro já extraído no planeta, 160.000 toneladas, caberia em apenas 64 piscinas olímpicas.
Suriname: Garimpeiros brasileiros destroem florestas a procura de ouro
Suriname: Garimpeiros brasileiros destroem florestas a procura de ouro
Na trilha dos "garimpeiros"
Um sinal confuso e envelhecido marca a entrada do Parque Natural Brownsberg. Neste ponto, a estrada se divide em duas. Um braço sobe o morro, enquanto o outro leva aos locais onde ficam as minerações de ouro. Não há qualquer posto de controle. Para adentrar as estradas de terra abertas por mineiros é preciso um carro 4x4 e habilidade na direção. Ao longo do caminho, podem-se ver várias minerações abandonadas. Elas deixam montes de lama e nenhuma vegetação.
Mais para a frente, estão mineradores da Guiana Francesa e do Suriname, divididos em dois grupos, de 3 e 5 pessoas. Ambos os grupos mineram da forma mais agressiva possível à natureza: usando mangueiras de água com alta pressão e mercúrio. "Tiramos da terra entre 15 e 30 gramas de ouro por dia. Se tivermos sorte, dá até 60 gramas”, conta um deles. Como os colegas, ele dorme em uma rede coberta por uma tenda improvisada, ao lado da mina. Esses mineradores estão aqui há alguns meses. "Sim, nós sabemos que estamos trabalhando em uma área protegida, mas ninguém nos pediu para ir embora e, por isso, vamos ficando", diz o homem com naturalidade.
Desde 1999, há mineração ilegal de ouro em Brownsberg. Em 2007, as estimativas eram de que a mineração em pequena escala já havia infligido uma perda de 5% da cobertura florestal do parque. Quase 13 anos depois, em março de 2012, a Ong WWF (World Wide Fund for Nature) publicou um relatório denunciando a destruição. Quando ele foi divulgado, o parque tinha 54 minerações, sendo uma delas a apenas 50 metros de distância de uma das suas maiores cachoeiras. As fotos das minerações feitas pelo WWF tiveram grande impacto sobre o público do país, as organizações ambientalistas e o governo do Suriname.
Avançando pela estrada, de repente, surge uma escavadeira. A lama molhada torna impossível continuar de carro. A única maneira de descobrir de onde veio a escavadeira é continuar o caminho a pé. Bem perto, há uma mineração onde estão outras duas máquinas. O local é gerido por um grupo de três garimpeiros brasileiros e alguns surinameses, que claramente investiram nesta operação. "Nós chegamos faz apenas duas semanas, mas ainda não encontramos muito ouro”, dizem ao lado de uma cratera escavada por eles mesmos, “algo como de 10 a 30 gramas por semana”. Eles trabalharam duro e já conseguiram construir um acampamento com cozinha e quartos de dormir feitos de lona plástica sobre uma estrutura de madeira.
Domingo é um dos brasileiros. Patrícia, sua esposa, me convida para se juntar a eles e experimentar comida típica de seu país. Ela está lá para cozinhar e fazer o trabalho doméstico. Patrícia e Domingo são de Belém do Pará, capital do estado do Pará, no Brasil. Eles são casados e têm três filhos, que foram deixados para trás com parentes. "Não é fácil obter documentos para eles", explica Domingo. Nos últimos 5 anos, ele só foi ao Brasil uma vez. Eduardo é de Manaus, onde costumava trabalhar como vendedor. "Aqui eu trabalho muito, mas ganho mais do que no Brasil. E a vida é mais tranquila, embora o Brasil seja muito mais bonito do que o Suriname", diz com um sorriso largo no rosto. "Além disso, não é possível garimpar no Brasil como aqui”, acrescenta Domingo. Eles sabem que mineram ilegalmente em uma área protegida, mas dão de ombros: "Temos que ganhar dinheiro de algum jeito”.
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Patricia , Domingo e Eduardo estão longe de ser os únicos garimpeiros brasileiros no Suriname. Entretanto, o número preciso é incerto. O Instituto de Estatísticas do Suriname diz que há 5.027 brasileiros registrados, mas a "Comissie Ordening Goudsector", comissão do governo que regula a mineração de ouro, estima que existam cerca de 8.000 brasileiros. E funcionários do governo dizem informalmente que, em todo o país, os brasileiros podem chegar a 20 ou 30 mil. Antropólogos que estudam a indústria do ouro do Suriname afirmam que 70 ou 80% dos mineiros são brasileiros.
Nem todos os brasileiros estão trabalhando na mineração, uma parte significativa está em atividades de apoio. São cozinheiros, donos de bares e hotéis, ou fornecedores de transporte. As mulheres trabalham principalmente nas lojas, lavam roupas, são cabeleiras, e uma parte está na prostituição.
Quando se pergunta a um surinamês o que pensa sobre os brasileiros, a resposta padrão é que eles estão saqueando o país, e que as mulheres são prostitutas. No entanto, o Suriname precisa dos brasileiros. "Eles conhecem bem a floresta e o processo de mineração de ouro. Os locais podem aprender com eles", diz Diana Pokie, uma política que representa no parlamento a região de Brokopondo, abundante em ouro. "Os brasileiros estão levando as pessoas do vilarejo a aprender português".
Esta presença também é visível na capital Paramaribo, especialmente na zona ao norte do centro da cidade, também conhecida como "Little Belém” (pequena Belém). Nesta área, encontram-se supermercados brasileiros, bares e hotéis, compradores de ouro, e lojas que vendem equipamentos de mineração. O ambiente é diferente do resto da cidade. Parece mais colorido e animado.
Rodrigo da Silva, 51, está hospedado em um hotel bar chamado Castelo. Ele é do estado do Maranhão e ficará no hotel por alguns dias até vender seu ouro. Rodrigues trabalha operando uma escavadeira e, assim como outros brasileiros, sua presença no Suriname é ilegal, pois ele não tem uma autorização para residir no país. "Já faz 21 anos que trabalho aqui sem documento. Durantes todos esses anos usei quatro passaportes com vistos de curta duração", diz. "Quando meu visto expira, é fácil sair e voltar via Guiana. Dessa forma, consigo outro visto para mais 3 meses". Apesar dos problemas, ele também acha que a vida no Suriname é melhor do que em algumas cidades brasileiras. Marieke Heemskerk, antropóloga cultural, confirma: "nas favelas de Belém há mais violência e roubos. No Suriname, os brasileiros podem viver tranquilamente, mesmo ilegais no país”.
A maioria dos brasileiros opta por trabalhar em áreas mais inacessíveis do que Brownsberg, onde o governo surinamês não consegue localizá-los com facilidade. As condições de vida dos garimpeiros de ouro na floresta são difíceis. As pessoas vivem em acampamentos improvisados e lamacentos, próximos aos campos de mineração. A maioria dorme em redes sob um teto improvisado, uma situação frágil durante a estação de chuvas. Nas minerações maiores, há lojas chinesas que oferecem de alimentos e roupas a ferramentas. Para entretenimento, há bares e pequenos bordéis anexos. O custo de vida é alto nestas áreas, onde tudo é pago em ouro, de uma lata de Coca-Cola ao trabalho de uma prostituta.
Mais de 90 % do Suriname é coberto de floresta, dos quais grande parte é mata primária . O país abriga mais de 1.100 espécies conhecidas de anfíbios, aves, mamíferos e répteis, e cerca de 5 mil espécies de plantas vasculares, de acordo com o World Conservation Monitoring Centre. No entanto, Brownsberg é apenas um exemplo de desmatamento na Amazônia do Suriname.
No Suriname, 12,7% do território é composto de áreas protegidas (nas categorias I-V da IUCN). Mas, em 2012, o país perdeu 19.138 hectares de cobertura florestal amazônica, segundo dados do Terra-I e do InfoAmazonia . Isto é um aumento em torno de 87% em relação a 2011. As medidas de conservação do país parecem não sair do papel; e é débil o combate do governo contra a mineração ilegal de ouro.
Mapa do InfoAmazonia com os dados de desmatamento no entorno da Reserva Brownsberg
MudançasOs garimpeiros brasileiros não são os únicos culpados pela perda de floresta amazônica. Em um país em que há pouca regulação, fiscalização e monitoramento, mineiros ilegais operam sem preocupações em um “Velho Oeste” à la Suriname. Porém, há sinais de mudanças chegando. Robby Dragman, Diretor do Stichting Natuurbehoud Suriname (STINASU ), órgão que gerencia o Parque Nacional Brownsberg Nature, explica seus planos para levar o parque de volta aos seus dias de glória: "Queremos formar a nossa própria equipe profissional de segurança”.
Além disso, a Comissie Ordening Goudsector tem planos para ensinar os mineiros a trabalharem de forma mais amigável à natureza. Há alguns meses, garimpeiros passaram a poder se registrar com o governo e obter autorizações para minerar em locais pré-determinados. A STINASU também está trabalhando em um projeto de recuperação do Brownsberg, em cooperação com a Universidade de Paramaribo. São boas notícias, mas a destruição causada pela mineração de ouro no parque levará anos para ser remediada. Mas, assim como tudo o mais no Suriname, as coisas boas vêm lenta e pacificamente.
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