quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Bancos chineses recebem permissão para importar ouro

 Bancos chineses recebem permissão para importar ouro
O governo chinês está permitindo, a vários bancos locais, atuar na importação de ouro. Com isso a China, que já é a maior importadora do metal, passará a ter um maior poder de barganha no mercado de ouro mundial.

Os primeiros a receber a licença para importar ouro foram os bancos Shanghai Pudong Development Bank Co Ltd e o China Mer-chants Bank Co Ltd .

Desta forma a China terá 15 grandes bancos capazes de importar ouro e de operar na bolsa de ouro de Xangai,  e na zona de livre comércio que será inaugurada em setembro.

Com essa estratégia a China criará um processo de precificação de ouro próprio, assim como ocorre com os preços do minério de ferro.

O que o Brasil pode aprender com a Indonésia?

 O que o Brasil pode aprender com a Indonésia?
No início do ano a Indonésia proibiu a exportação de matérias-primas sem valor agregado. Em apenas uma assinatura o governo proibiu a venda de bauxita, níquel laterítico, e de outros minérios. Até os concentrados de cobre, mais nobres, mas com pouco valor adicionado,  entraram na lista de produtos a serem supertaxados.

Foi um Deus nos acuda.

As mineradoras pararam, os chineses gritaram e o mundo todo voltou o foco para ver os desdobramentos desta estratégia.

A forma abrupta como o Governo implantou o plano quase levou a Indonésia à falência. Parecia que a economia do país iria implodir e que o plano iria se tornar em um imenso desastre econômico. Mas, apesar dos prejuízos bilionários o Governo da Indonésia se manteve firme e, aos poucos, as mineradoras, os importadores e as siderúrgicas, forçados pelos prejuízos,  e sem ter a quem recorrer, aceitaram negociar.

Ao contrário do que nós imaginamos a Indonésia estava no controle

Como parte das negociações e das liberações das exportações as mineradoras foram obrigadas a investir pesadamente em novas plantas metalúrgicas onde o minério, que antes era exportado em bruto, passa a ter um elevado aumento de valor, resultado da transformação metalúrgica. Foi assim para o cobre, níquel, alumínio, estanho  etc...

Os motivos da rápida negociação são fáceis de entender:

Em julho as siderúrgicas chinesas importaram somente 3,1 milhões de toneladas de bauxita: uma monstruosa queda de 52,3%. A principal causa é a dificuldade que os chineses estão tendo de importar bauxita de outros países produtores, um minério barato que só dá lucro aos importadores que irão ganhar em toda a vasta cadeia do alumínio.

No mesmo período de 2013 somente a Indonésia havia exportado 4 milhões de toneladas de bauxita para a China.

Desde então os chineses tentam suprir as necessidades com minérios da Malásia e Austrália, mas não estão conseguindo equilibrar a equação.

Restou, portanto, capitular e investir na Indonésia como era a estratégia do país.

A decisão do governo obrigou os chineses a montar novas plantas de alumina e alumínio na Indonésia o que vai aumentar exponencialmente os investimentos, impostos e número de empregos, afetando a indústria e a economia local.

Assim como no alumínio várias plantas metalúrgicas estão sendo construídas em solo indonésio em um investimento bilionário que está mudando a economia do país.

Um passo gigantesco no processo de transformação. A Indonésia está deixando de ser um mero exportador de matéria prima como o Brasil ainda é para se tornar exportador de produtos nobres e industrializados.

Os resultados que a Indonésia começa a colher são extraordinários.

É uma pena que o país não negociou, previamente, com as mineradoras, uma transição inteligente evitando os megaprejuízos que essas e o próprio país tiveram.

A Indonésia é um dos primeiros países exportadores de matéria-prima a quebrar os grilhões do subdesenvolvimento mineral, coisa que até a Austrália, um país de elevado IDH ainda não conseguiu fazer.

Os australianos começam, agora, a se ressentir do fato de terem apostado no modelo extrativista-importador sem desenvolver a metalurgia e as indústrias.

O exemplo da Indonésia é, no nosso entender, um exemplo a ser seguido.

O Brasil não pode continuar a exportar quase meio bilhão de toneladas de minério de ferro, sem nenhum valor agregado, deixando aos países importadores, toda àquela gigantesca fatia dos lucros derivados da industrialização e da verticalização.

Não podemos, de forma nenhuma, nos gabar de ser um megaexportador de matéria prima.

Pelo contrário, isso deveria ser considerado um crime lesa-pátria, que as nossas gerações futuras ainda irão se ressentir.

Temos que aplicar, aqui, o exemplo que a Indonésia deu.

Esse exemplo, se bem gerenciado, pode ser adotado no Brasil e dará frutos em pouquíssimo tempo, terminando com o nosso estigma de exportadores de matéria-prima de terceiro mundo.

Petrobras aumenta exportações em 109,3% em julho

Petrobras aumenta exportações em 109,3% em julho
A Petrobras está tendo um desempenho extraordinário. Em julho, graças ao aumento de produção, a estatal exportou 109,3% a mais do que o mesmo período de 2013.

  A receita de julho foi de US$1,934 bilhões.

  A média de produção chegou a 2,49 milhões de barris por dia, acima da produção do mesmo período em 2013.

Apesar da alta a Vale ainda é a maior exportadora do Brasil no acumulado do ano, com US$12,833 bilhões contra os US$7,945 bilhões da Petrobras.

O medo de Marina

O medo de Marina
Nesses últimos dias todos os empresários com quem falei demonstraram uma preocupação crescente com o fenômeno Marina.

Os números e as notícias confirmam o que eu percebi nestes dias: quase todos os empresários da mineração e do agronegócio, duas das principais fontes de divisas do Brasil, estão assustados com a possibilidade de mudança.

O interessante é que a maioria já não quer mais apoiar o governo do PT, que está sendo banido, pela sua incompetência.

O governo de Dilma está terminando tristemente.

Desgastado pela falta de crescimento econômico, números pífios, inflação em alta, pequena geração de empregos, bagunças nas ruas e pela corrupção em seus quadros o PT está favorecendo aos novos candidatos e suas promessas.

Não é para menos.

Na área mineral atravessamos, possivelmente, a pior fase desde que o DNPM foi criado em 1934. Nunca havíamos visto, em toda a história do Brasil Republicano, a pesquisa mineral desmoronar com o aval do próprio governo.

Realmente, essa não é a continuidade que os empresários brasileiros querem. Todos querem mudar, mas mudar para melhor.

É aí que o efeito Marina atemoriza a maioria.

Marina cresceu exponencialmente nas últimas pesquisas, tratorando Aécio e até a Dilma no segundo turno. De repente ela se tornou em um grande tsunami eleitoral que pode virar de cabeça para baixo o Brasil que conhecemos.

Marina significa mudanças, mas mudanças que podem não ser nada boas para a mineração e para o agronegócio.

Ela esbraveja no seu site que “mineração é o setor que mais mata, mutila e enlouquece os trabalhadores. Em uma das atividades mais insalubres e mal remuneradas”.

O que a mineração pode esperar de quem compartilha e propaga essas ideias?

São essas declarações radicais e pouco embasadas, aliadas ao seu histórico que leva a maioria dos empresários a acreditar que quase tudo aquilo que impacta o meio ambiente estará sendo colocado, pela Marina ou no gelo ou no sal.

Assim como no passado, quando ela foi Ministra do Meio Ambiente, projetos de mineração, agronegócio e de energia possivelmente não receberão as licenças ambientais necessárias à sua implantação caso ela seja eleita.

Quando descobrirmos que não é possível alimentar centenas de milhões de brasileiros com orgânicos e com a agricultura familiar será muito tarde.

Quem é do ramo sabe.

Os atrasos com as licenças ambientais, que penalizam todos os grandes projetos do país, quer seja um porto, uma hidroelétrica, uma grande plantação ou uma mina estão entre os maiores entraves ao desenvolvimento. Licenças ambientais que demoram a chegar custam muito à imagem do país além de tempo, dinheiro e empregos. Eles são considerados pelos investidores, como um dos pontos de menor atratividade no Brasil de hoje.

Imagine o que vai acontecer com o Brasil se isso piorar... ?

Esta é a grande dúvida que invade, hoje, o sono dos empresários brasileiros.  Será que Marina traz, consigo o dia do juízo final da mineração e do agronegócio?

Será que o verdadeiro efeito Marina é o caos e um enorme retrocesso econômico?

Você pode estar discordando totalmente deste medo demonstrado por muitos empresários da mineração e do agronegócio, afinal tudo pode não passar de um medo irracional...

A pergunta que se faz é: vale a pena pagar para ver?

Demanda por zinco aumenta: uma nova fase de pesquisa?

Demanda por zinco aumenta: uma nova fase de pesquisa?
Segundo a chinesa MMG dona da terceira maior mina de zinco do mundo o déficit de zinco global está aumentando mais rápido do que previsto. A principal causa deste déficit é a demanda chinesa alavancada pela indústria automobilística.

O maior consumo atual está no aço à prova de ferrugem, utilizado principalmente nos tetos de veículos.  Este aço é revestido por uma fina camada de zinco.

O mercado global de zinco atingiu 234.000 toneladas no primeiro semestre de 2014 e o preço já subiu, em função da demanda, 14%, atingindo US$2.352/t.

Caso esta tendência se prolongue veremos um aquecimento da prospecção e pesquisa para zinco já que a maioria das grandes minas são antigas e estão a caminho da exaustão.