quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Novas leis ambientais chinesas irão banir 20 milhões de toneladas de carvão “sujo” australiano

Novas leis ambientais chinesas irão banir 20 milhões de toneladas de carvão “sujo” australiano




A Austrália é a maior fornecedora de carvão da China e o mercado entre os dois países supera a casa dos seis bilhões de dólares. Uma boa parte deste comércio está para ser desfeito, agora que os chineses estão colocando barreiras na importação de carvões “sujos” com alto poder de poluição do meio ambiente.

Calcula-se que o banimento chinês atinja, no mínimo, 20 milhões de toneladas, ¼  do volume negociado anualmente entre os dois países.

Para os chineses será, virtualmente, uma brisa de ar, enquanto que para os australianos será um prejuízo de US$1.5 bilhões que ocasionará o fechamento de minas e o desemprego de milhares.

A partir de agora os chineses não irão importar carvão com mais de 40% de teor de cinzas e 3% de enxofre. Se o carvão tiver que ser transportado por mais de 600 km, o que é comum,  o teor máximo de cinzas aceitável será de 20%.

Essas especificações tiram do mapa um grande número de minas, na Austrália e Indonésia, que talvez não tenham condições de lavar o carvão para um upgrade que custa, por baixo, US$10/t.

 Por outro lado a nova lei  irá fortalecer aqueles produtores de carvão de alta qualidade, que conseguem produzir a custos operacionais baixos, e que poderão aumentar a produção para preencher os espaços deixados pelos menos competitivos, assim como ocorre hoje com o minério de ferro.

Será que veremos, agora, a guerra do carvão?

Os mistérios das caveiras de cristal e a geologia

Os mistérios das caveiras de cristal e a geologia


As famosas caveiras de cristal, descobertas há décadas, são, até hoje, fontes de controvérsias e de mistérios.

Muitos acreditam que essas peças foram feitas por extraterrestres e deixadas entre os Astecas que os tinham como deuses.

Vários dizem que elas tem poderes mágicos e são uma espécie de computador que armazena a energia e as vibrações do ambiente. Por séculos acreditou-se que as caveiras de cristal têm poderes de cura, além de outros mais macabros e obscuros.

A lenda correu o mundo e influenciou escritores e até diretores de Hollywood.

Existem poucas caveiras de cristal com uma “história”, em torno de uma dúzia, quase todas expostas em grandes museus como o Museu Britânico e o Instituto Smithsonian.

Essas caveiras, de tamanhos variados, foram lapidadas em peças únicas de quartzo que podem ser totalmente transparentes ou coloridas. Poucas são pretas, algumas são de quarto leitoso e a maioria transparente.

A lenda liga essas caveiras aos Astecas e seus deuses. No entanto, até hoje, não há nenhuma prova sólida de que alguma dessas caveiras tenham saído de escavações conduzidas e oficialmente certificadas por arqueólogos.

Consequentemente, um dos pontos de alta importância refere-se às idades desses artefatos.

Serão elas de idade pré-colombiana, tão antigas quanto muitos acreditam?

As mais antigas foram conhecidas em 1870 associadas à coleção de Eugene Boban, que estão expostas no Museu do Homem.

As peças do Museu Britânico e do Instituto Smithsonian foram adquiridas da Tiffany e eram cercadas de mitos e por uma história que as remetia à coleção de Eugene Boban.

Com o intuito de elucidar parte dos mistérios o Museu Britânico e seu departamento de pesquisa científica, juntamente com o Departamento da Ciências da Terra da Universidade de Kingston iniciou em 1996 um programa que visava autenticar essas caveiras de cristal.

Além do tradicional o museu adotou uma metodologia moderna de investigação mineralógica com o uso do microscópio eletrônico de varredura (MEV).

Taça de Oaxaca Com o MEV a equipe de cientistas e mineralogistas comparou as superfícies das caveiras com superfícies de outros artefatos polidos, de idade comprovadamente pré-colombiana, originados em escavações oficiais de Oaxaca, como a taça na foto.

Surpresa!

As peças comprovadamente antigas apresentavam marcas de polimento compatível com a tecnologia da época pré-colombiana, enquanto que as caveiras de cristal haviam sido nitidamente polidas com máquinas de polir rotativas conhecidas a partir do século 19.

 Mais ainda, foram encontrados nas caveiras de cristal, traços de abrasivos que foram analisados por difração de raios-x. A análise dos minúsculos pedaços de abrasivos indica que eram de um composto chamado carborundum (carbeto de sílica) que começou a ser usado, mais recentemente, no século 20.

Os cientistas determinaram que a peça do Museu Smithsonian foi feita na década de 1960 um poucos antes de sair da Cidade do México.

Era uma falsificação!

As pesquisas não pararam por aí e os mineralogistas e geólogos passaram a focar no quartzo usado na fabricação.

Peças de quartzo de alta qualidade do tamanho das caveiras são raras. O estudo de inclusões fluidas e de inclusões minerais encontradas nas peças são excelentes indicadores para a determinação do ambiente geológico onde o quartzo foi formado.

Foi quando eles encontraram inclusões, próximas a base da caveira, de um tipo de clorita com alto ferro, que é comum apenas ao quartzo do Brasil. Eles descobriram que o quartzo de alta qualidade brasileiro era exportado para a Alemanha, durante a década de 1930, onde era polido e distribuído pela Europa.

Essa é a verdadeira história das caveiras de cristal do Museu Britânico e do Museu Smithsonian.

As caveiras de cristal estudadas não passaram no crivo da geologia: eram de fabricação terrena e recente, de quartzo brasileiro, possivelmente de Minas Gerais, mas ainda continuam fascinando as multidões que as visitam...

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Raro diamante azul é vendido por 27,6 milhões de dólares

Raro diamante azul é vendido por 27,6 milhões de dólares




O raro diamante azul descoberto em junho, na Mina de Cullinan, da Petra Diamonds, foi vendido pela bagatela de US$27,6 milhões.

O preço da pedra de 122,52 quilates foi um pouco abaixo do esperado. No entanto a Petra vai receber 85% do valor agora e o restante após a lapidação, quando o diamante vai atingir o seu valor máximo.

A mina de Cullinan, sobre o kimberlito de Premier é famosa pelas suas pedras gigantescas e valiosas. Segundo os experts uma nova pedra de Cullinan, com 232 quilates será leiloada ainda nesse ano.

Vale faz excelente acordo de frete de navios Valemax com a Cosco

Vale faz excelente acordo de frete de navios Valemax com a Cosco

A Vale firmou um acordo com a chinesa Cosco (China Ocean Shipping Company) onde ela venderá 4 de seus supernavios valemax de 400.000t que serão, automaticamente, alugados por 25 anos. O acordo ainda determina sobre o afretamento de mais 10 navios tipo valemax a serem construídos pela Cosco.

Com essa aliança estratégica a Vale receberá adiantado grande parte dos custos operacionais desses quatro valemax, resolvendo de vez o acesso aos portos chineses que eram dificultados pelas autoridades locais.

É, também, um importante passo para a concentração do foco no que ela sabe fazer melhor: a mineração.

Zimbabwe vai cortar royalties do ouro para acelerar produção

Zimbabwe vai cortar royalties do ouro para acelerar produção


A queda dos preços do ouro colocou vários mineradores de Zimbabwe de joelhos. O governo local percebeu a situação dramática e está reduzindo os royalties do ouro de 7% para 5%, cortando na própria carne para benefício dos mineradores.

Com essa redução as mineradoras de ouro como a Mwana Africa, a African Consolidated Resources e a  RioZim Ltd terão uma injeção direta nos seus fluxos de caixa.