quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Carvão: China cria novas tarifas de importação. Australianos desesperam

Carvão: China cria novas tarifas de importação. Australianos desesperam




Em busca de um ar mais puro os chineses estão tentando melhorar a qualidade do carvão importado e reduzir as importações.

É com esse objetivo que o governo chinês terminou ontem com a tarifa zero sobre o carvão importado.

A partir de agora o antracito, carvão de alta qualidade terá um imposto de importação de 3%, os outros carvões mais pobres de 5% e o betumem de 6%.

Com as novas taxas  a tonelada do carvão térmico subiu US$4.40.

O ajuste dá, também, um novo fôlego aos produtores de carvão doméstico que estão com margens muito reduzidas, com 70% deles já no vermelho. As importações chinesas no ano caíram 5,3% para 202 milhões de toneladas.

Esse imposto irá penalizar sobremaneira os mineradores australianos.

A Austrália é a principal exportadora de carvão para a China e as suas minas já estão começando a fechar, graças às reduções das importações dos chineses, das novas exigências quanto à qualidade e dos preços que já despencaram 22% neste último ano.

Até a brasileira Vale já fechou duas minas de carvão na Austrália, amargando um prejuízo bilionário.

A nova tarifa de importação será o beijo da morte para muitos mineradores australianos de carvão. Mais de 10.000 empregos já foram cortados na indústria de carvão australiana antes dos novos impostos... 

Menor crescimento imobiliário pode fazer o PIB da China cair para 7,3%

Menor crescimento imobiliário pode fazer o PIB da China cair para 7,3%


A Academia de Ciencias Sociales da China (CASS) está prevendo que o PIB cairá de 7,7% em 2013 para 7,3% em 2014. O motivo desta redução, segundo a Academia,  é a desaceleração do setor imobiliário.

A notícia vem na contramão do que o Primeiro Ministro Li Keqiang afirmou no Forum Econômico Mundial  hoje.

 Li afirmou que o crescimento chinês em 2014 será de 7,5%. Ele disse que apesar “das incertezas” ele está confiante que a economia chinesa vai crescer dentro da meta governamental.

London Mining tem negócios paralisados na bolsa de Londres

London Mining tem negócios paralisados na bolsa de Londres



A mineradora africana London Mining, listada na Bolsa de Londres, pediu ao AIM para que suas ações não sejam negociadas até que seja definida a sua real posição financeira.

Existe a possibilidade de que as ações já não tenham nenhum valor.

A London Mining está, praticamente, fechando uma venda para a indiana JSW Steel. Se esse deal for fechado o valor residual das ações, ainda em posse dos acionistas, será pulverizado pela forte diluição.

A London Mining já perdeu mais de 96% do seu valor nestas últimas semanas e essa debilidade atraiu o bilionário indiano Sajjan Jindal que pensa comprar barato e transportar o minério de ferro da mina Marampa para a Índia.

Guerra do minério de ferro: navios Valemax são finalmente aceitos na China

Guerra do minério de ferro: navios Valemax são finalmente aceitos na China



Os maiores navios do mundo, que transportam 400.000t de minério aportaram pela primeira vez em portos chineses.

O primeiro Valemax a chegar foi o Shandong Da Ren (ex- Vale Malaysia, construído em 2013). O navio transportava 300.000t .

Com os Valemax a Vale tem condições de reduzir substancialmente os seus custos de transporte colocando o minério na China com preços similares aos da Rio Tinto e BHP.

A Vale deverá ter uma frota de mais de 70 Valemax o que assusta os competidores ao mesmo tempo em que afeta o mercado do frete marítimo.

Foi necessário que a Vale fizesse um acordo com a chinesa Cosco (China Ocean Shipping Company) para que a China finalmente levantasse as barreiras contra os Valemax.

Nada como uma ajuda interna...

Prepare-se para a maior fusão da história da mineração: Glencore e Rio Tinto

Prepare-se para a maior fusão da história da mineração: Glencore e Rio Tinto




Imagine uma fusão de US$160 bilhões, ou o equivalente a quase três empresas do tamanho da Vale (US$58 bilhões)...

Difícil de imaginar.

Mas esse é o plano de fusão de duas gigantes, a Rio Tinto (US$110 bilhões) a segunda maior mineradora do mundo e a quarta maior a anglo-suíça Glencore (US$44,8 bilhões).

Se essa fusão prosperar o mundo verá duas gigantes em rota de colisão a Rio-Glencore e a BHP-Billiton cujo valor de mercado hoje é de US$168 bilhões. Na terceira posição ficará a Vale, muito distante, com um poder de fogo bastante menor em um fogo cruzado assustador.

A Glencore trás para a mesa 60% do mercado mundial de zinco e quase 50% do mercado mundial de cobre, além de outros metais, petróleo, carvão e até grãos.

Será o maior takeover do mundo mineral e a maior mudança estratégica de uma empresa de mineração em busca do controle global de commodities.

Com certeza vai lançar a Vale no mesmo rumo.