sábado, 29 de novembro de 2014

Repensando a Geologia: Centro de Relacionamento Empresa-Universidade

Repensando a Geologia: Centro de Relacionamento Empresa-Universidade










  Os    tempos mudaram e a geologia moderna requer, a cada dia que passa,  profissionais mais bem preparados do que as universidades estão conseguindo formar.
Este vazio só é sentido quando o novo profissional começa a trabalhar.

Hoje, o geólogo, engenheiro ou técnico de mineração terá que enfrentar uma gama de equipamentos e processos modernos necessários para a condução e supervisão das novas e gigantescas minas que estão entrando em produção. O mesmo ocorre em todas as áreas da geologia, da exploração mineral à mineração.
Se você ainda acha que ao geólogo de exploração basta uma lupa, bússola e um martelo prepare-se para uma grande surpresa pois a tecnologia já chegou à exploração mineral.
Sem um bom GPS, notebook carregado de softwares especializados para operar GIS, estatísticas e interpretação de imagens não é bom nem sair de casa.
Mais ainda, se você estiver trabalhando em pesquisa mineral em áreas novas é bom ter um analisador portátil de fluorescência de raio X (XRF) do tipo INNOV-X (foto abaixo) ou um similar.
               
 XRF de mão
Poder analisar essa brecha gossanizada em   apenas 20 segundos ainda é para poucos. Mas, em pouco tempo será tão   essencial para o geólogo de exploração quanto o GPS
 
Imagine receber uma tabela digital com dezenas de elementos analisados, com grande precisão, em apenas 20 segundos, de suas amostras de testemunho, solo, rocha ou até mesmo sedimento de corrente?

Imbatível!

Um    sonho impossível para aqueles geólogos que, há poucos anos atrás, tinham que aguardar meses para receber os resultados de análises do seu projeto.
  Soluções tecnológicas como essa exemplificam bem o ponto em debate e podem ser a solução entre o sucesso e o fim de um projeto. Estar a par da existência    desses novos equipamentos é primordial.

A cada dia que passa, o que se vê são novas minas sendo construídas, lastreadas em investimentos bilionários, dando empregos a milhares de funcionários. Nesses novos empreendimentos estão sendo aplicados os processos e os equipamentos mais revolucionários assim como os softwares de última geração. A mineração atinge o fundo do mar e outros lugares jamais pensados antes como o espaço sideral. Essas novas fronteiras podem ser instigantes e interessantes mas irão demandar a formação de um novo    tipo de geólogo. Este novo mundo requer profissionais preparados e atualizados capazes de operar os megainvestimentos que se tornam mais frequentes, juntamente com a nova tecnologia associada.

Não é preciso dizer que    neste mundo dinâmico todos os profissionais com aspirações devem se manter a frente da tecnologia.

Pare e pense.

Se você acredita que o seu conhecimento, em uma área fundamental do seu trabalho, já começa a ser    ultrapassado é hora de pensar em uma reciclagem.
É a hora de falar com a chefia e planejar os próximos cursos e workshops. Atualizar-se é preciso!
 
No caso dos estudantes e formandos isso não será possível.

A solução inteligente que cria uma ponte de conhecimento entre o projeto e o novo profissional é o estágio.
Milhares de técnicos de mineração se beneficiaram do estágio obrigatório. Este estágio obrigatório, no curriculum dos técnicos, é uma das grandes soluções criadas para reduzir a distância entre indústria e o banco da escola. É a forma como as empresas e os técnicos iniciam uma relação profissional duradoura.

Infelizmente esse conceito ainda não foi estendido aos bancos das escolas de geologia. Nós sabemos que um Geólogo que teve a oportunidade de fazer um estágio apresenta uma outra visão do mundo profissional permitindo a empresa uma avaliação preliminar do funcionário.

É no estágio que o profissional poderá aprender, na    prática, sobre os processos, procedimentos, softwares, metodologias e políticas da empresa que poderá, amanhã, ser a sua empregadora. No nosso mundo o estágio passa a ser fundamental, evitando que o profissional junior chegue    ao seu primeiro trabalho sem nunca ter tido a oportunidade de saber sobre os  diferenciais da empresa e do trabalho que estará fazendo.

A distância    entre as empresas e as universidades ainda é um ponto a melhorar. São raros os casos em que as empresas, as universidades e os professores estejam juntos tentando atualizar-se e atualizar os alunos. Esta proximidade faz o professor crescer e evita o vazio de conhecimento que afeta a tantos alunos.

  Cada Escola de Geologia deveria ter um Centro de Relacionamento Empresa-Universidade.  Através desse centro, praticamente online, os profissionais das empresas poderiam contribuir com    palestras, workshops e debates sobre os interesses da empresa, metodologias empregadas e sobre o perfil de seus profissionais. Esses contatos irão, também, direcionar os professores fazendo com que esses possam preencher os    seus próprios vazios de conhecimento.

Esse relacionamento, com certeza, irá criar um novo profissional de geologia, mais apto e mais atualizado.
 
É através desse centro de relacionamento com empresas que os estágios serão oferecidos aos alunos.

Se essa solução for implementada todos irão ganhar. As empresas, as universidades, os professores e, naturalmente os    alunos e a sociedade.

Vamos melhorar a Geologia. Promova e implemente essa ideia! Muitos irão agradecer.

Tia Maria aguarda licença para receber US$1.2 bilhões

Tia Maria aguarda licença para receber US$1.2 bilhões



Nos últimos dois anos a Southern Copper Corp, uma das grandes produtoras de cobre do mundo, vem lutando para conseguir a aprovação para a construção de seu projeto de cobre Tia Maria, localizado em Arequipa no Peru.

A tramitação foi lenta em função do antagonismo da população local preocupada com o uso da água, escassa naquela região. Em 2009, em um referendo, 90% da população local votou contra o projeto.

Em 2011 o projeto foi paralisado e, somente agora, os problemas foram contornados e a licença pode sair.

Caso a autorização seja publicada as obras começarão no início de 2015 e a mina poderá entrar em produção em dois anos.

Tia Maria é um cobre pórfiro com 640Mt@0,39% Cu e 0,19g/t Au. A mina será uma operação a céu aberto com CAPEX de US$1,2 bilhões que produzirá 120.000t de cobre ao ano.

Economática: Petrobras perde R$200 bilhões em menos de quatro anos. Vale vem em segundo com prejuízo de R$160 bilhões

Economática: Petrobras perde R$200 bilhões em menos de quatro anos. Vale vem em segundo com prejuízo de R$160 bilhões



O estudo da Economática, onde foram consideradas 272 empresas brasileiras de capital aberto, entre dezembro de 2010 e novembro de 2014, mostra que os três piores desempenhos foram da estatal Petrobras, da Vale e da OGX.

Este período corresponde ao Governo Dilma Roussef.

Neste pequeno intervalo de tempo a Petrobras passou de R$380,2 bilhões para R$179,5 bilhões. A estatal teve, também, o pior desempenho entre as petroleiras a nível mundial.

A situação da estatal é gravíssima. Além da perda do valor de mercado a Petrobras é dona da maior dívida entre as demais petrolíferas do mundo e está próxima a perder vários bilhões do seu patrimônio declarado quando a corrupção e os roubos forem devidamente contabilizados pelos auditores independentes. A Petrobras, que está sendo investigada por agência americana, pode, também, perder o seu grau de investimento o que irá afugentar, mais ainda, os investidores.

A Vale, que não é uma estatal e que não pode colocar a culpa no roubo e na corrupção teve o segundo pior desempenho entre as 272 empresa estudadas.

Algo inimaginável em se tratando de uma empresa montada sobre o maior e melhor depósito de minério de ferro do planeta. Neste mesmo período as demais mineradoras de ferro tiveram um desempenho muito superior ao da Vale que só pode alegar, no frigir dos ovos, o mau gerenciamento sistêmico.

 Em dezembro de 2010 a Vale tinha um valor de mercado de R$275 bilhões e em 24 de novembro de 2014, esse valor foi reduzido para R$115,6 bilhões: uma depreciação de R$159,3 bilhões. Somente este prejuízo da Vale foi de duas vezes e meia o prejuízo da OGX, um outro escândalo que já está nos tribunais. 

Kimberlito A21: a mais nova mina de diamantes da Rio Tinto


Kimberlito A21: a mais nova mina de diamantes da Rio Tinto

Publicado em: 27/11/2014 15:29:00


A área de Lac de Gras é famosa no mundo mineral por ter mais de 200 pipes kimberlíticos conhecidos. Entre estes estão os kimberlitos de Diavik, que tem uma característica única: são os pipes mais jovens do mundo e produzem dimantes de alta qualidade. Estes kimberlitos foram intrudidos no final do Cretáceo/Eoceno e três desses, os pipes A154N, A154S e A418 são econômicos e formam o atual complexo mineiro de Diavik.

Até agora.

A Rio Tinto, a operadora da mina de Diavik,  estará colocando mais um kimberlito do cluster de Diavik em produção. Trata-se do A21.

O A21 custará 350 milhões de dólares para entrar em produção em 2018. O pipe precisará, por estar dentro de um lago, ser circundado por um dique de contenção que permitirá uma operação a céu aberto no seco.

Os pipes em produção de Diavik (veja o diagrama abaixo), são cones verticalizados situados em um raio de apenas 200m, com diâmetros entre 100 a 150 m. O A21 está localizado, também dentro do lago, a 4km a sudoeste.


Cluster de Diavik


O A21 é um kimberlito volcanoclástico intrusivo com um volume de 2,7 milhões de metros cúbicos.

 Já o A154N, o principal corpo de Diavik, é um pipe que nunca atingiu a superfície não chegando a formar uma cratera e sedimentos. Este kimberlito é composto por três fácies: kimberlito maciço volcanoclástico, kimberlito estratificado volcanoclástico e piroclástico gradacional.

A mina de Diavik é de uma enorme importância econômica para os Territórios do Noroeste do Canadá, produzindo mais de 7,5 milhões de quilates ao ano o que gera retornos de centenas de milhões de dólares.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Gema vermelha

Gema vermelha

Se os diamantes são pedras belas e raras, ainda mais belos e raros são os diamantes vermelhos, cujos tons vão do rosa e laranja ao amarronzado. Eles existem apenas no Brasil, Bornéu, Venezuela, India e Africa do Sul. Um dos cinco únicos diamantes vermelhos catalogados no mundo foi exibido em Washington pelo National Museum of Natural History. A pedra foi doada ao museu pelo negociante Sydney DeYoung (falecido em 1986), que já transacionara com gemas que pertenceram à imperatriz francesa Maria Antonieta e a Cata ri na, a Grande, da Rússia, sem falar em celebridades plebéias como Helena Rubinstein e Elizabeth Taylor. O diamante doado por De Young, com seus 5,03 quilates, perde apenas por 0,02 quilate para o maior diamante vermelho de que já se teve notícia - cujo paradeiro, por sinal, é desconhecido. Tampouco se sabe ao certo quando e onde o diamante de De Young foi encontrado.