domingo, 14 de dezembro de 2014

Finalmente! O primeiro kimberlito brasileiro vai entrar em produção

Finalmente! O primeiro kimberlito brasileiro vai entrar em produção

A canadense Majescor Resources informa que o Projeto Braúna, para a extração de diamantes do kimberlito Braúna 3, recebeu a licença para a construção.

Quando em produção o kimberlito Braúna 3 será a primeira mina de diamante primário em rocha kimberlítica do Brasil.

O Brasil tem mais de 1.500 kimberlitos descobertos ao longo de muitas décadas pela De Beers, Rio Tinto, Octa Mineração, D10 e Vaaldiam. Muitos desses pipes são diamantíferos. No entanto, graças a crise de 2008 nenhum projeto foi promovido à mina.

O kimberlito Braúna , localizado em Nordestina na Bahia, é um dos 22 kimberlitos descobertos pela De Beers há várias décadas.

A mina será a céu aberto e irá produzir 360.000 quilates por ano. Os diamantes do Braúna são de alta qualidade com um preço médio de US$338 por quilate.

Mineração: por que devemos investir no diamante do Brasil? Fique rico...

Mineração: por que devemos investir no diamante do Brasil?


O tempo de comprar é “quando houver sangue nas ruas”. Esta é a frase de um banqueiro, o Barão de Rotschild, feita no século 18 após a derrota de Napoleão na Batalha de Waterloo.

Ele estava certo e ganhou fortunas se beneficiando do pânico que seguiu a derrota da França.

Nós hoje estamos chegando a mais um momento de quase pânico entre os investidores que não sabem o que fazer com o seu precioso dinheiro.

De um lado temos a guerra dos preços do minério de ferro que está arrasando, a nível global, projetos, minas e mineradoras. Do outro os preços do petróleo, também em queda, fazem o mesmo com as empresas de energia e com as economias exportadoras.

Empresas como a Petrobras, que já foi uma das três maiores do mundo, podem virar lixo, um penny stock com preços abaixo de US$5 por ação sendo listadas somente em bolsas especiais para as empresas nanicas...

No meio deste tiroteio os investidores correm, atabalhoadamente, para o ouro na expectativa de que as quedas possam ser revertidas em 2016.

Será que isso vai ocorrer?

Entretanto, a maioria esquece que o diamante está se consolidando como um dos melhores investimentos da década e que nós no Brasil temos uma gigantesca região cratônica, favorável, que produziu milhões de quilates onde ainda não existem minas primárias de diamante.

O que faz o diamante tão interessante?

Simples. A produção mundial está caindo (veja o gráfico) e o consumo mundial só faz aumentar criando um descompasso que faz os preços subirem exponencialmente (veja o gráfico do preço do diamante de 1 quilate).

No gráfico de preços por tamanho observa-se que os preços sobem em função da procura por um específico tamanho de pedra. De 2010 para cá as pedras com tamanho entre 3 a 4 quilates foram as que mais subiram. São elas que irão propiciar a lapidação de diamantes de 1 a 2 quilates tão procurados pelas joalherias, cujas pedras atingem, quando excepcionais, até US$33.000 por quilate.

Preço diamante por tamanho

Os diamantes pequenos, que são quase todos lapidados na Índia também estão tendo uma grande procura.

O mais interessante é que esta tendência não está sendo revertida, pois para que isso ocorra, é preciso que as novas descobertas consigam superar a demanda: isso está muito longe de acontecer.

Quando observamos  a localização dos principais produtores do mundo vemos que 70% deles estão na África (Congo,Botswana, Angola, Zimbabwe, África do Sul e Namíbia), o restante no Canadá, Rússia e na Austrália.

Produtores de diamante

No mapa mundi vemos, com clareza, que a produção de diamante mundial está, principalmente associada às regiões cratônicas.

São nessas regiões geologicamente estáveis e frias que ocorrem na África, Canadá, Austrália, Rússia e Brasil que o foco da exploração e pesquisa mundial para diamantes está concentrado. Em todas essas regiões, com exceção do Brasil  existem importantes minas primárias de diamante.

Por que não no Brasil?



É que as empresas que investiram na exploração mineral (De Beers e Rio Tinto) e que descobriram a grande maioria dos mais de 1.500 kimberlitos brasileiros, mesmo tendo encontrado vários pipes com teores econômicos, nunca evidenciaram um depósito que elas considerassem de classe mundial.

Ou seja, o que elas descobriram foi, na época, considerado pequeno.

As grandes multinacionais, é lógico, também não tinham nenhum interesse em colocar em produção novas minas brasileiras que iriam competir com as suas próprias minas já em produção. Era muito mais interessante “sentar em cima” do que desenvolver. Foi o que a Rio Tinto e a De Beers fizeram.

Eventualmente elas foram embora do Brasil deixando para trás inúmeros kimberlitos interessantes sem um bom trabalho de detalhamento. Somente agora, que a crise de 2008 passou,  e os preços subiram, alguns poderão ser lavrados economicamente.

É o caso do kimberlito Braúna descoberto, muitas décadas atrás, pela De Beers na Bahia, em um cluster com outros 21 corpos. O Braúna foi retomado pela junior Lipari e, somente agora, está sendo promovido à mina.

O Braúna deverá produzir em torno de 225.000 quilates de diamantes por ano, por 7 anos e será o primeiro kimberlito a ser lavrado em toda a América do Sul.

Casos similares ocorrem em todas as regiões cratônicas do Brasil, onde são produzidos anualmente grandes quantidades de diamantes, quase todos fora do radar do DNPM. Para o Brasil se tornar um grande produtor de diamantes primários é só uma questão de fomento e investimento.

É óbvio que algumas coisas deverão ser mudadas na legislação, com a aprovação de um novo Código Mineral justo, que fomente e incentive a pesquisa mineral no país, mantendo os direitos de prioridade e protegendo aqueles que investem.

Por que a queda do petróleo é boa para os produtores de minério de ferro?

Por que a queda do petróleo é boa para os produtores de minério de ferro?



A queda dos preços do petróleo está causando, também, uma forte redução nos custos em vários segmentos da economia que precisam do combustível para sobreviver.

É o caso dos transportes, por exemplo.

O frete transoceânico já caiu mais de 40%, somente neste ano, sendo que a maior parte nos últimos meses.

A Rio Tinto que ainda tem que transportar o seu minério de ferro até a China deverá economizar US$450 milhões em um ano de frete.

No caso da Vale que tem um frete bem mais elevado, a economia será de US$2/t de minério. Este valor é muito significativo e representa US$700 milhões de economia a cada ano, ou o equivalente ao faturamento bruto de uma grande mina de minério de ferro com uma produção de 11 milhões de toneladas ano.

No caso da BHP, que também é produtora de petróleo, não haverão ganhos.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O Cade aprova a venda da participação da Vale na Fosbrasil

O Cade aprova a venda da participação da Vale na Fosbrasil




A Vale estará vendendo por US$52 milhões os seus 44,25% da Fosbrasil, a maior produtora de ácido fosfórico  do hemisfério sul. A compradora é a Israel Chemicals Ltd a ICL, que é a terceira maior produtora de bromo, a sexta de potássio e uma líder na produção de ácido fosfórico.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Petrobras, segundo a Forbes "uma das piores empresas de energia do mundo” enfrenta processos bilionários

Petrobras, segundo a Forbes "uma das piores empresas de energia do mundo” enfrenta processos bilionários



A imagem da Petrobras nunca esteve tão manchada.

Chamada pela Forbes de a “Gazprom das Américas”  e de "uma das piores empresas de energia do mundo" a Petrobras está sendo processada por vários grupos. Aqui no Brasil a Refinaria Manguinhos ganhou na justiça uma causa de R$935 milhões contra a Petrobras. Trata-se de uma indenização por preços praticados pela Petrobras abaixo do custo operacional da refinaria que está em recuperação judicial.

A sentença foi dada na sexta.

A corrupção na Petrobras junto com as declarações enganosas sobre o seu patrimônio, que foi indevidamente inflacionado gerou um processo contra a empresa nos Estados Unidos.

O escritório de advocacia Wolf Popper entrou nesta segunda com uma ação coletiva contra a estatal. O processo pode causar a suspensão dos negócios dos ADRs  negociados nas bolsas americanas e uma multa bilionária. Conforme a ação a Petrobras violou a lei que regula o mercado de capitais do país e poderá ser severamente punida por isso.