sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Ametista : conheça o Garimpo das Pedras

Ametista : conheça o Garimpo das Pedras

Localizado em território do município de Marabá, a 60 quilômetros do centro de Parauapebas, o Garimpo das Pedras foi descoberto há 27 anos por garimpeiros da região. De lá para cá, as jazidas têm produzido e comercializado milhares e milhares de toneladas de pedras de ametista para o Brasil e o mundo, tornando-se a segunda maior jazida do mundo, em termo de quantidade de reserva.
No último domingo (23), a reportagem da Sucursal do CORREIO DO TOCANTINS em Parauapebas esteve na Vila Garimpo das Pedras e conversou com exclusividade com a ex-deputada estadual Elza Abussafi Miranda, membro da família detentora da área onde se localiza o garimpo.
De acordo com Elza Miranda, a família dela adquiriu a propriedade rural em 1975, sem saber da existência das reservas em subsolo de ametista. Em 1983, por acaso, alguns garimpeiros acostumados com a exploração de pedra semipreciosa descobriram a jazida de ametista, considerada a segunda maior do mundo, em termo de quantidade de reserva, só perdendo para a África.
Elza Miranda explica que a extração da pedra é subterrânea, em túneis verticais, perpendiculares e horizontais com extensão que vão até 300 metros de profundidade. Mas a ametista começou a ser descoberta à flor da terra.
Perguntada sobre segurança na exploração das pedras no fundo da terra, Elza respondeu que os garimpeiros trabalham com total segurança, e por isso o índice de acidente é zero. “Mas já foram registrados acidentes com um ou dois garimpeiros que não observaram os itens de segurança”, admite.
CESSÃO DA ÁREA Ela conta que após a descoberta das jazidas de ametista na fazenda a família Miranda administrava com exclusividade toda a produção do minério. Algum tempo depois, para dar legalidade jurídica à exploração das jazidas, foi celebrado um termo de cessão gratuita de uso por tempo indeterminado de uma área de 240 alqueires com a Cooperativa dos Produtores de Gemas do Sul do Pará (Coopergemas), criada pelos próprios garimpeiros da vila.
A partir daí, a exploração das pedras passou a ser controlada pela cooperativa, que dá origem ao produto, emitindo nota fiscal para saída do minério e descontando 6% do valor comercializado. A família Miranda explora uma mina com seis trabalhadores com direito a 100% da produção.
A produção, que chega até 100 toneladas de pedras semipreciosas por mês, é toda comercializada no próprio garimpo. Os maiores comparadores são da Bahia e de Minas Gerais. “Alguns clientes diretamente da China, que não sabem nem falar a língua portuguesa, vêm também comprar pedras aqui na vila com intérpretes”, revela a garimpeira.
Elza Miranda lembra que quando ela era deputada chegou a levar o então governador Almir Gabriel ao garimpo, e ele viu a necessidade se implantar na vila uma escola de lapidação de pedra, com o objetivo de gerar emprego e renda, “mas esbarramos na falta de mão-de-obra qualificada para instruir a comunidade. A ideia continua de pé”.
Segundo Elza Miranda, a comunidade do Garimpo das Pedras conta hoje com uma população aproximada de quatro mil pessoas que moram em duas vilas: a de baixo e a de cima, e todos os adultos vivem em função da exploração do minério.
A vila, que geograficamente pertence ao município de Marabá, conta com escola, posto de saúde, destacamento da Polícia Militar, supermercados, igrejas, energia elétrica, associação de moradores, farmácia e até pista para pouso e decolagem de pequenas aeronaves.
ÁGUA QUENTE
No caminho entre uma vila e outra existe uma nascente que jorra água com 40 graus de temperatura. Há alguns anos, os Miranda construíram rusticamente uma piscina para acumular água e possibilitar banho de pessoas que são atraídas pelo local. Há poucos meses, uma das paredes da piscina ruiu, ficando apenas a bica jorrando água quente, fato que vem frustrando os visitantes.
“Estudo engenharia ambiental e costumo dizer que esta área é vulcânica, que pode ou não ter entrado em erupção, daí a existência dessas pedras e também da água quente, cuja temperatura fica na ordem de 40 graus, rica em potássio, própria para o consumo, inclusive medicinal”, descreve.
Elza Miranda anuncia que nos próximos meses a família dela deve começar a reconstruir a piscina, agora com trabalho técnico de engenharia, e disponibilizá-la ao público que vai à vila. Ela lembra que com a conclusão da estrada do Projeto Salobo para Parauapebas o asfalto vai passar a oito quilômetros da Vila Garimpo das Pedras.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Rubi ------ Familia(s) : corindons, oxidos

Rubi

>> Familia(s) : corindons, oxidos
Seu nome vem do latim "rubeus ou "ruber" significando vermelho.
O rubi é o nome da variedade vermelho franco de um mineral, o corindon, que ele mesmo pode ter todas as outras cores sob o nome de safira, salvo o vermelho que é reservado exclusivamente ao rubi. Todas as amostras de cornidon não possuem as qualidades requeridas de tranparência e de cor para ser considerados como gemas. Ele foi muito tempo dito "carbunculo" confundido com o espinélio vermelho e a granada piropo. Somente no ano 1800 que ele é conectado, com a safira, ao grupo do corindon.
Cor vermelho sangue com um ponta de azul, com tonalidades notaveis, uma delas dita "sangue de pombo", sendo a mais apreciada.
Nomeações tais como rubi do Sião ou rubi da Birmânia somente distinguem a cor, não a qualidade intrinsica.
Ele contém frequentemente inclusões (minerais, liquidos...), que não influem sobre a qualidade da gema, mas, ao contrario, garantem sua autenticidade em relação às pedras sintéticas. Se elas são de rutilo, o rubi adquire um aspecto sedoso quando ele é lapidado em cabochão, estas minusculas agulhas de rutilo provocam o asterismo ou o olho de gato conforme a orientação da lapidação.
A presença de cromo modifica a cor que se repartido em bandas, ou declives, o ferro traz uma tonalidade castanha, que não é apreciada.
Falar de rubi, é falar da Birmânia de onde foram extraidos e são ainda produzidos os mais belos rubis do mundo, pelos quais os principes e Marajas indianos ficaram entusiamados.
Uma nova jazida no nordeste do Moçambique (Montepues) produz rubis de alta qualidade.
O rubi e os corindons, são as pedras mais curas depois do diamante.
O corindon é o padrão numero 9 sobre a escala de durezas de Mohs, que vai de 1 à 10 na qual o diamante é 10.

Local de extração

Sobre as rochas ele é de proporção tão fraca que sua exploração é raramente lucrativo e é preferivel o "apanhar" nos aluviões. Os métodos de produção, artisanais, não foram modificados depois de séculos.
Ela é explorado na Birmânia em Mogok, desde o século XV°. E é sempre no norte da ex-Birmânia (o Myanmar atual) que se situam os principais centros de produção. Os rubis, cristalizados, existem ha algum 60 milhões de anos, transportados pelos rios, são levados pelos aluviões que se esgotam na superficie e são extraidas dos poços. Lavadas por jatos de agua sob pressão, a agua barrenta é em seguida bombeada e derramada numa grande peneira para triagem. Existem também galerias de minas podendo atingir 2,5 km de comprimento. Os blocos de marmore branco contendo gemas são levadas para o exterior e quebrados pelos homens de confiança.
Notemos os pedregulhos argilosos da região de Chanthaburi, ao sudeste de Bangkok (Tailândia), onde poços de 8 à 10 metros de profundidade produzem pedras de cor tendendo para o castanho ou violeta, os pedregulhos dos rios da região de Ratnapura, no sudoeste da Ilha de Sri Lanka, onde as pedras são vermelho-claro à vermelho-framboesa, e também a parte superior do rio Umba, na Tanzânia, que produz rubi castanho vermelho.
Outras jazidas existem no Afeganistão, na India (Mysore, de qualidade media, cor violetada) no Nepal, no Paquistão (muito claros), no Camboja, no Vietnã (provincias de Yen Bai e Nghe), no Brasil (Bara Ingefinho), nos Estados Unidos (Montana, Carolina do Norte), no Quênia (região de Mangari), em Madagascar, no Malaui (região de Chimwadzulu), no Zimbabue, na região de Prilep (Macedônia), na Suissa (Tessin), na Noruega, na Groenlândia, na Australia (Queensland, Nova Galles do Sul).
A nova jazida de Montepues no Moçambique produz muito pouco rubi de bela cor.
Ver las fotos das minas/outras fotos

Utilização em joalheria

O rubi é uma das gemas mais procuradas e de maior valor em joalheria. Sobretudo que as pedras de mais de 10 quilates são excepcionais. Foi na India, durante o periodo mongol que estes principes adquiriram a maioria dos mais belos rubis da Birmânia, que eles faziam mesmo incrustar nas mangas de punhais e recobriam seus tronos. Ele é a gema a mais prestigiosa, que alguns preferem mesmo que o diamante, todos os grandes joalheiros realizaram criações com rubis para os "Grandes do Mundo".
Os mais belos rubis são os de Mogok na Birmânia, o Vale dos rubis, em particular os ditos "sangue de pombo" que são célebres no mundo inteiro. Eles têm uma tonalidade de azul no vermelho, o que os torna excepcionais e muito tipicos, tonalidade que é encontrada também nos rubis do leste africano ou mesmo no Vale da Hunza no Paquistão, proximo da Cachemira, e no Sri Lanka.
Os rubis da Tailândia têm uma tonalidade de cor violacea, como alias estes da India que são de uma qualidade inferior.
A lapidação dos rubis nos locais de produção não é satisfatoria, pois é prioridade conservar o peso maximo na venda e eles devem ser relapidados em seguida. Conforme a forma, a pureza, a repartição da cor, o plimento em facetas é reservado para as pedras transparentes, as translucidas dando cabochões ou bolas para montar em colares, os maiores e de menor qualidade eram escultados em objetos de arte, bibelôs, charmes de pulseiras. Os rubis astéricos de uma bela cor ão também muito procurados.
Safiras rosas translucidas, lapidadas em cabochões, provenientes da Macedônia são comercializados sob o nome de rubis da Macedônia.
O rubi é a pedra aniversario do 15° ano de casamento e também do 35°.

Cuidado e precaução no cotidiano

Ele é uma das gemas mais faceis de manutenção pois resistente aos choques, de uma grande dureza e insensivel aos acidos e ao calor. Lavar com agua adicionada de liquido para louças e enxaguar com alcool.

Litoterapia cultural e historica

O rubi é considerado como o sibolo da caridade, da lealdade e suas vibrações conteriam a força primordial harmonizando os diversos aspectos do amor divino e do amor na forma acentuada e purificada, mas também a coragem, o descaramento, dando força e coragem aos timidos e fracos...pelo fato de sua cor, do fogo ardente, ele estimularia os sentimentos. Ele traria a alegria, a paz, provocando sonhos agradaveis, expulsando a tristeza. Ele voltaria ao realismo os sonhadores muito idealistas, os ajudando à perceber, à compreender e aceitar as dificuldades da vida material, os problemas ao cotidiano ligados ao ambiente cultural, financeiro, afetivo...
Esta pedra materialista se aplicaria sobretudo ao chacra da Base, o que faz que ela seria desaconselhada às pessoas autoritarias, irritadas, podendo ser perigosa para pessoas de um temperamento sanguineo, aos ambiciosos maniacos onde ela exageraria as tendências. E é tambem uma pedra de poder que todos os Grandes deste Mundo quizeram adquirir, uma pedrea de comando que os chefes guerreiros usavam para o combate, o vermelho simbolizando o sanguinario. Ele facilitaria a memoria, fortificaria os orgãos genitais.
Tocando os quatro angulos de uma casa, de um campo de um pomar, de um vinhedo... com o rubi, seriam protegidos dos raios, da tempestade, dos parasitas.
Ao Leão ele permite de alcançar à toda amplidão de seu poder de amar, elevando sua sexualidade primaria ao amor do coração, fonte de amor universal. Ele seria o mesmo para o Escorpião em quem transformaria suas impulsões emocionais fortes em um amor total e incondicional, purificando seu desejo sexual.
No Aries, elefavoreceria sua evolução sobre todos os planos tornando suas energias mais sutis, reforçando sua intuição e sua criatividade, o ajudando à descobrir os aspectos espirituais de sua sexualidade. Ele o preenche de um calor agradavel.

Imitações e tratamentos

Trata-se de vidro, de quartzo queimado em seguida resfriado bruscamente num tingimento vermelho (rubassa), dublets realizados com a mesa de granada e uma culatra de vidro, ou uma mesa de safira natural e de uma culatra de rubi sintético.
Alguns são tratados termicamente. Outros têm suas fissuras abertas preenchidos de vidro ou de resina para ser consolidados e de melhor aspecto, a técnica do "glass filling" foi consideravelmente melhorada estes ultimos anos : as fendas da pedra são preenchidas à quente de um vidro com chumbo colorido em vermelho e do mesmo indice de refração que o rubi, em seguida a pedra é lapidada. Desde 1960, foram fabricados rubis sintéticos anidros onde os residuos de fabricação determinam a origem artificial da pedra. Processos hidrotermais existem mas pouco comercializados hoje.
Apelações comerciais fraudulentas são proibidas, como "rubi de Adelaide" (uma granada piropo), "rubi de Alabanda" (granada ou espinélio vermelho violeta), "rubi vassoura" (espinélio vermelho", "rubi do Cap" (piropo), "rubi do Oural" (turmalina vermelha"...
Desde o comêço do século XX° empregou-se rubis sintéticos de excelente qualidade (procedimento Verneuil) onde as propriedades são idênticas à estas das pedras naturais.
Desde 1950, sabe-se produzir rubis sintéticos astéricos modificando um pouco o procedimento Verneuil mas a estrela é demasiado delimitada, parecendo correr sob a superficie do cabochão, sem raiar desde o centro da pedra, nenhuma das divisões entre-cruzadas sendo torcida como uma serpentina invés de mostrar agulhas brilhantes permendiculares à cada divisão. Notemos que o aquecimento do rubi o torna muito mais vermelho, multiplicando frequentemente seu valor de comércio por 5 ou 10.

Melhoramentos

Admite-se que um aquecimento moderado e respeitando a estrutura cristalina do rubi pode ser praticado para embelezar a gema, para terminar o trabalho da natureza reforçando sua cor. Em nenhum caso é adicionado matéria para preencher as fendas nem colorante. Este tipo de tratamento é qualificado de melhoramento" pelos profissionais e deve ser mencionado no ato da venda.

Pedras historicas e legendas

Os grandes rubis sendo mais raros que o diamante de mesmo tamanho, seu custo é portanto muito elevado e alguns se tornaram célebres. O maior jamais encontrazdo, em 1961, pesava 3 421 quilates, ele foi quebrado para a lapidação, o maior fragmento pesando ainda 750 quilates. O rubi Edouard'''Edwards Ruby" do British Museum de Londres (167 quilates), o rubi astérico Roser Reeves, oval (138,7 quilates), proveniente do Sri Lanka, conservado no Smithsonian Instituition de Washington (USA), o rubi astérico De Long (100 quilates), proveniente da ex-Birmânia, o rubi da Paz (43 quilates), assim denominado pois encontrado em 1919.
Uma escultura foi executada pelo americano Harry Derian num rubi de Moçambique de aproximadamente 3000 quilates.
Numerosas coroas de imperadores, de reis, de principes usavam rubis, como a coroa de Boêmia com uma pedra não facetada de aproximadamente 250 quilates. Por outro lado, o "rubi do principe Negro", cravado na coroa da Inglaterra se mostrou ser um espinélio, como o "rubi de Tamerlan" inserido num colar do tesouro da coroa britânica ou ainda os espinélios da coroa dos Wittelsbach (1830), muito tempo pretendidos ser rubis, ou o da "Costa de Bretanha" no museu do Luvre em Paris.
Textos do sul da India e do atual Sri Lanka, contemporâneos do Ramayana assimilam a origem do rubi com as gotas de sangue.
Segundo uma outra legenda, o Vale de Mogok era infestado de serpentes à mordida mortal que se esparramavam pelo chão e impediam de pegar os rubis. Eram lançados pedaços de carne com catapultas. Os rubis se aglomeravam e eles eram trazidos fora do vale pelos passaros de presa que, uma vez satisfeitos, deixavam os homens aceder aos seus ninhos para recuperar as pedras preciosas em seus excrementos.

Groelândia MINA DE RUBI E OUTROS MINERAIS

Groelândia ou Gronelândia (português europeu) (em gronelandês Kalaallit Nunaat, "nossa terra"; em dinamarquês: Grønland, "terra verde") é uma nação constituinte autónoma do Reino da Dinamarca, cujo território ocupa a ilha homónima, considerada a maior do mundo, além de diversas ilhas vizinhas, ao largo da costa nordeste da América do Norte. As suas costas dão, a norte, para o oceano Glacial Ártico, a leste para o Mar da Gronelândia, a leste e sul para o Oceano Atlântico e a oeste para o mar do Labrador e baía de Baffin. A terra mais próxima é a ilha Ellesmere, a mais setentrional das ilhas do Arquipélago Ártico Canadiano, da qual está separada pelo estreito de Nares. Outros territórios próximos são: no mesmo arquipélago canadiano, a oeste, a ilha de Devon e a ilha de Baffin;a sueste a Islândia; a leste a ilha de Jan Mayen e a nordeste o arquipélago de Esvalbarda, ambos possessões da Noruega.

História

Em tempos pré-históricos, a Gronelândia foi a residência de um certo número de culturas paleoesquimós.[carece de fontes] A partir de 984 d.C., foi colonizada por noruegueses estabelecidos em dois assentamentos na costa oeste sobre os fiordes perto da ponta sudoeste da ilha. Eles prosperaram durante alguns séculos, mas, após quase quinhentos anos de habitação, desapareceram por volta do século XV.
Os dados indicam que entre 800 e 1300 d.C. as regiões em torno dos fiordes do sul da Gronelândia enfrentaram um clima relativamente ameno semelhante ao de hoje. Árvores e plantas herbáceas cresciam lá, com o clima inicialmente permitindo agricultura e criação de gado como na Noruega. Estas comunidades remotas prosperaram na agricultura, caça e comércio com a Noruega. Quando os reis noruegueses converteram seus domínios ao cristianismo, um bispo foi instalado na Gronelândia, subordinado à Arquidiocese de Nidaros (à época parte da Igreja Católica, hoje parte da Igreja Luterana da Noruega). Os assentamentos parecem ter coexistido relativamente pacificamente com os inuítes, que haviam migrado do sul do Ártico para as ilhas da América do Norte por volta de 1200. Em 1261, a Gronelândia tornou-se parte do Reino da Noruega.
Por volta dos séculos XIV e XV, os assentamentos escandinavos desapareceram, provavelmente devido à fome e conflitos crescentes com os inuítes. Outros motivos como a erosão excessiva do solo, devido à destruição da vegetação natural para a agricultura e a obtenção de relva e madeira e a uma diminuição da temperatura durante a chamada Pequena Era Glacial também favoreceram o desaparecimento dos assentamentos. A condição dos ossos humanos encontrados por arqueólogos a partir deste período indica que a população norueguesa era desnutrida. Sugeriu-se[quem?] que as práticas culturais, tais como a rejeição de peixes como fonte de alimento e a utilização exclusiva de gado mal-adaptado ao clima da Gronelândia, poderiam ter causado a fome, e a degradação ambiental levou finalmente ao abandono da colônia. Estudos deixaram claro[carece de fontes], porém, que o peixe era importante fonte de alimento para os noruegueses da Gronelândia desde o início do século XIV.
Em 1500, o Rei D. Manuel I de Portugal terá enviado Gaspar Corte-Real à descoberta de terras e de uma "Passagem do Noroeste para a Ásia". Corte-real chegou à Gronelândia pensando ser a Ásia, mas não desembarcou. Fez uma segunda viagem à Gronelândia em 1501, com o seu irmão Miguel Corte-Real e três caravelas. Encontrando o mar gelado, mudaram e rumo para Sul, chegando à terra que se pensa ter sido Labrador e Terra Nova.4
Dinamarca-Noruega reafirmou a sua reivindicação latente para a colônia em 1721. Após as Guerras Napoleônicas, separou-se a Noruega da Dinamarca por exigência do congresso de Viena, através daquele que ficou conhecido como tratado de Kiel (1814). A Noruega uniu-se então à Suécia, situação que perduraria até 1905. A Dinamarca manteve as colônias da Islândia, ilhas Feroé e Gronelândia. Governou também a Índia Dinamarquesa (Tranquebar) de 1620 a 1869, a Costa do Ouro dinamarquesa (Gana) de 1658 a 1850 e as Índias Ocidentais Dinamarquesas (as ilhas Virgens Americanas) de 1671 a 1917.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a ligação entre Gronelândia e Dinamarca foi interrompida em 9 de abril de 1940, por ocasião da ocupação da Dinamarca pelos nazistas. A Gronelândia foi capaz de comprar mercadorias provenientes dos Estados Unidos e do Canadá, através da venda de criolito da mina de Ivigtût. Durante a guerra o sistema de governo mudou. O governador Eske Brun governou a ilha através de uma lei de 1925 que permitia a governadores assumir o controle sob circunstâncias extremas. O outro governador, Aksel Svane, foi transferido para os Estados Unidos, para liderar uma comissão de abastecimento da Gronelândia. A Sirius Patrol, guardando a costa nordeste da Gronelândia usando trenós puxados por cachorros, detetou e destruiu várias estações meteorológicas alemãs, dando à Dinamarca uma posição melhor no tumulto pós-guerra.
A Gronelândia foi uma sociedade protegida e muito isolada até 1940. O governo dinamarquês, que governava a sua colônia, acreditava que a sociedade iria enfrentar exploração do mundo exterior ou até mesmo extinção se o país fosse aberto. Porém, durante a II Guerra Mundial, a Gronelândia desenvolveu um senso de autoconfiança através do seu autogoverno e comunicação independente com o mundo exterior.
Entretanto, uma comissão em 1946 (com o maior conselho Gronelandês, Landsrådet, como participante) recomendou paciência e nenhuma reforma radical do sistema. Dois anos mais tarde o primeiro passo em direção à mudança de governo foi dado, quando uma grande comissão foi fundada. Em 1950 o relatório (G-50) foi apresentado. Gronelândia deveria ser uma afluente sociedade moderna com o país Dinamarquês como patrono e exemplo. Em 1953, a Gronelândia foi feita parte do Reino dinamarquês. A autonomia foi concedida em 1979.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Gronelândia se separou de fato, tanto social como economicamente, da Dinamarca, aproximando-se mais dos Estados Unidos e Canadá. Depois da guerra, o controle da ilha voltou à Dinamarca, retirando-se seu status colonial, e, apesar da Gronelândia continuar sendo parte do Reino da Dinamarca, é autônoma desde 1979. A ilha é o único território que deixou a União Europeia, se bem que possua o status de estado associado.

Geografia

Costa sudeste da Gronelândia.
A Gronelândia é uma região autónoma dinamarquesa que ocupa a ilha do mesmo nome e ilhas adjacentes, ao largo da costa nordeste da América do Norte.
As costas gronelandesas dão, a norte, para o Oceano Glacial Árctico, a leste para o Mar da Gronelândia, a leste e sul para o Oceano Atlântico e a oeste para o Mar do Labrador e Baía de Baffin. A terra mais próxima é a ilha Ellesmere, a mais setentrional das ilhas do Arquipélago Árctico Canadiano, da qual está separada pelo Estreito de Nares. Outros territórios próximos são: no mesmo arquipélago do Canadá, a oeste, a Ilha de Devon e a Ilha de Baffin; a sueste, a Islândia; a leste, a ilha de Jan Mayen, e a nordeste o arquipélago de Spitzbergen, ambos possessões da Noruega.
A Gronelândia é a maior ilha do mundo e tem mais de 44 000 km de linha de costa. A população é escassa, confinada a pequenos povoados na costa. A ilha tem a segunda maior reserva de gelo do mundo, apenas ultrapassada pela Antártida.
A vegetação é em geral esparsa, com uma pequena zona de floresta no município de Nanortalik no extremo sul, perto do Cabo Farewell.
O clima é ártico a sub-ártico com verões frescos e invernos muito frios. O território é geralmente pouco montanhoso, existindo uma camada de gelo de declive gradual que cobre quase toda a ilha. A costa é maioritariamente rochosa e com falésias. O ponto de menor altitude é o nível do mar e o mais alto é o Gunnbjørn (3700 m). O extremo norte da ilha é o cabo Morris Jesup, descoberto pelo Almirante Robert Peary em 1909.

Demografia

Mãe e filho inuítes (c. 1901).
A Gronelândia tem uma população de 57 564 (2008),5 dos quais 88% são inuit ou mestiços de dinamarqueses e inuit. Os 12% restantes são de origem europeia, principalmente dinamarqueses. A maioria da população é luterana. Quase todos os groenlandeses vivem ao longo de fiordes, no sudoeste da ilha principal, que possuem um clima relativamente ameno.6

Religião

religião

porcentagem
Cristianismo
  
96,6%
Sem religião
  
2,2%
Religiões étnicas
  
0,7%
Outras religiões
  
0,5%
A principal religião é o cristianismo, praticado por 96,6% dos habitantes. O luteranismo é a maior denominação cristã praticada no território. 2,2% da população constituem-se por não-religiosos, enquanto as religiões étnicas e outras religiões constituem 0,7% e 0,5% da população, respetivamente.
O livro bíblico do Novo Testamento foi traduzido para o gronelandês de 1766 a 1893. A primeira tradução da Bíblia inteira foi concluída em 1900. Uma nova tradução foi concluída em 2000.
Os habitantes da Gronelândia foram cristianizados pelos missionários noruegueses e dinamarqueses entre os séculos XVII e XIX. Ainda há missionários cristãos lá, principalmente dos movimentos carismáticos.

Língua

Tanto o gronelandês quanto o dinamarquês foram utilizados em assuntos públicos desde o estabelecimento do governo autônomo em 1979, e a maioria da população fala ambas as línguas. O gronelandês, falado por cerca de 50 000 pessoas, algumas das quais são monolíngues, tornou-se a única língua oficial em junho de 2009.7 Uma minoria dinamarquesa de migrantes sem ancestrais inuit falam o dinamarquês como sua primeira ou única língua, e o dinamarquês, que previamente era uma das línguas oficiais, permanecerá como uma língua de educação mais alta. O Inglês é vastamente falado como um terceiro idioma.8 A Groenlândia tem 100% de taxa de alfabetismo.9
O gronelandês é a língua mais popular da família de línguas esquimo-aleútes e possui mais falantes que todas as outras línguas da família juntas. Dentro da Gronelândia, três principais dialetos são reconhecidos: o dialeto do norte Inuktun ou Avanersuarmiutut falado por cerca de 1000 pessoas na região de Qaanaaq, o gronelandês ocidental ou Kalaallisut que serve de padrão à língua oficial, e o dialeto do leste Tunumiit oraasiat ou Tunumiutut falado na parte oriental da Gronelândia.

Política

O Chefe de Estado da Gronelândia é a Rainha Margarida II da Dinamarca. Um Alto Comissário representa a monarquia e o governo dinamarquês, nomeado por este último.
A Gronelândia conta com um parlamento eleito de trinta e um membros. O Chefe de Governo é o Primeiro-Ministro, que costuma ser o líder do partido com maioria no parlamento.
Em 1985, a Gronelândia deixou a Comunidade Europeia, embora a Dinamarca continue a integrar aquela união.
Em 25 de novembro de 2008, os eleitores gronelandeses aprovaram, em referendo, uma ampliação da autonomia da ilha frente ao governo dinamarquês.

Subdivisões

Administrativamente, a Gronelândia consiste em três condados (Amt): Kitaa/Vestgrønland (Gronelândia Ocidental), Tunu/Østgrønland (Gronelândia Oriental) e Avannaa/Nordgrønland (Gronelândia Setentrional).

Urbanização

Economia

Recursos minerais (zinco, chumbo, minério de ferro, carvão, molibdénio, ouro, platina e urânio) são abundantes. A descoberta de petróleo, zinco e ouro, em 1994, promete mudar a economia, ainda bastante dependente da Dinamarca, que também responde por sua defesa e relações externas. A economia baseia-se na extracção de bens minerais e também na pesca, caça de focas e baleias.
A caça de foca marca a vida dos habitantes do norte. A Gronelândia hoje é criticamente dependentes da pesca e das exportações de pescado, sendo que a indústria da pesca de camarões é de longe a mais rentável.
Apesar de uma promissora retomada das atividades de exploração de hidrocarbonetos e minerais, ainda serão necessários vários anos antes que a produção de hidrocarbonetos seja iniciada. Foi criada a companhia petrolífera estatal NUNAOIL a fim de estimular a indústria de hidrocarbonetos. Foram lançadas ações da empresa estatal Nunamineral na bolsa de valores de Copenhague, a fim de reunir os capitais necessários ao aumento da produção de ouro, iniciada em 2007. A exploração de depósitos de rubi também começou em 2007. Registra-se também a prospecção de outros minerais (urânio, alumínio, níquel, platina, tungstênio, titânio e cobre).
O turismo é o único sector com algum potencial a curto prazo mas é limitado, devido à curta temporada e aos custos elevados.
O sector público, incluindo empresas públicas e municípios, desempenha um papel predominante na economia da Gronelândia. Cerca de metade das receitas governamentais vêm de subsídios do governo dinamarquês - um importante complemento ao produto interno bruto (PIB). O PIB per capita é equivalente ao das economias mais pobres da Europa, ainda que o IDH seja elevadíssimo.
A Gronelândia sofreu uma recessão econômica no início da década de 1990, mas, a partir de 1993, a economia cresceu. O governo tem adotado uma política de aperto fiscal desde o final dos anos 1980, o que contribuiu para criar superavit orçamentário e manter a inflação baixa. Desde 1990, quando foi fechada a última mina de chumbo e zinco, a Gronelândia registra déficit na balança comercial.

Cultura

O Museu Nacional da Gronelândia situa-se em Nuuk.
Com relação à culinária da Groenlândia, destaque para seus ingredientes raros e exóticos. A comida tradicional é feita com os ingredientes locais preparados de maneira simples. Legumes e frutas são pouco comuns no cardápio diário, uma vez que, por serem importados, são muito caros. Especiarias não são muito utilizadas e os acompanhamentos são apenas arroz, batata e cebolas. Carne de baleia, carne de rena, carne de foca e aves são muito populares no país. Um prato clássico, uma sopa chamada suaasat, é feita, normalmente, com carne de foca (pode também ser feita com peixe, ave, carne de baleia ou renas). A sopa é rica e nutritiva e leva também arroz, cebolas e batatas. Sal e pimenta fazem o acabamento final. Outra guloseima muito apreciada é o mattak, que é pele de baleia com uma fina camada de gordura, que é normalmente comida crua cortada em pequenos cubos, sempre acompanhada com muitas xícaras de gaffi (café forte). A carne de rena é considerada uma fina iguaria.
A cultura popular dos nativos possui características bem peculiares. Gronelandeses acreditam que seus filhos nascem com uma personalidade completa e que são dotados com a sabedoria, instinto de sobrevivência, magia e inteligência de seus antepassados. Portanto, de acordo com esta perspectiva tradicional, punir as crianças por mau comportamento é um insulto aos seus antepassados.
A sociedade inuit, até hoje, dá normalmente mais valor aos meninos do que às meninas. As famílias, normalmente, são pequenas (em média dois filhos por casal) e o núcleo familiar é muito importante nas comunidades gronelandesas. Os grupos familiares consideram os recursos como propriedades comunitárias. Por exemplo, os alimentos obtidos através da caça e pesca, geralmente, são divididos igualmente entre os parentes do grupo familiar.11

Desportos

O futebol é o desporto nacional, mas a sua federação não é reconhecida pela FIFA. Como a Gronelândia não é membro da FIFA ou de qualquer outra confederação continental, não está apta a participar da Copa do Mundo FIFA ou de quaisquer outros torneios oficiais; a maior parte dos jogos que disputou foram contra as Ilhas Faroe e a Islândia, porém nenhum dos dois países consideraram estas partidas como amistosos oficiais.12
Entre todas as federações internacionais desportivas,apenas a Federação Internacional de Handebol,reconhece a Gronelândia como uma federação indepedente13 ,fazendo parte da Confederação Norte-Americana de Handebol,uma das três subdivisões da Federação Pan-Americana de Handebol 14
A equipe nacional masculina conseguiu se classificar para o Campeonato Mundial de Handebol nas edições de 2001 15 ,200316 , e 200717 .
A ilha também é membro da Associação Internacional dos Jogos das Ilhas,o que lhe dá direitos de participação nos bianuais Jogos das Ilhas18 ; e também dos Jogos de Inverno do Ártico. Em 2002, Nuuk sediou junto com Iqaluit, na província canadense de Nunavut a edição daquele ano.19 Naquele a ilha ganhou o troféu de "fair play" que também ganhara em 1994.20 .

FELIZ NATAL E PRÓPERO ANO NOVO A TODOS DO BLOG, COM SAÚDE E MUITA GRANA


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A pulverização da Mirabela Nickel

A pulverização da Mirabela Nickel



Em janeiro de 2010 a ação da Mirabela Nickel valia $2,5. Hoje, cinco anos depois a ação praticamente não tem mais valor, ficando em $0,029 após uma queda espetacular de 98,79%.  Nesta semana a empresa conseguiu que as ações não fossem negociadas na bolsa até que uma notícia oficial seja divulgada.

A situação é desesperadora. Os seus principais credores, assustados com a situação da mineradora estavam simplesmente vendendo mais de 20 milhões de ações por qualquer preço fazendo com que as ações afundassem mais ainda.

Ainda neste ano a mineradora conseguiu fazer um lucro contábil de US$373,88 milhões que na realidade refletia a retirada de um débito e juros do balancete, o que havia ocorrido na reestruturação da empresa em junho.

Desde então a empresa tentou todos os truques. Demitiu sua diretoria e reestruturou o débito emitindo ações, mas nada do que foi tentado conseguiu fazer as ações subirem.

Vamos aguardar e ver quais serão as notícias a serem divulgadas. Será que a Mirabela ainda tem fôlego?