quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Elk Creek, o mais novo depósito de nióbio está na reta final

Elk Creek, o mais novo depósito de nióbio está na reta final

O jazimento de nióbio de Elk Creek, no Nebraska, será a nova ameaça à supremacia brasileira.
A jazida de Elk Creek (veja o mapa geofísico acima, gravimetria a esquerda e mag a direita), está associada a uma intrusiva carbonatítica de 8km de diâmetro coberta por 200 metros de sedimentos. A única forma de descobrir esse jazimento é por meios indiretos como a gravimetria e a magnetometria.
É esta jazida, que está entrando,em breve em produção, que será a mais nova competidora das gigantes brasileiras de Araxá e Catalão.
As jazidas da CBMM em Araxá são as maiores e melhores jazidas de nióbio do mundo. Somente a CBMM fornece 85% de toda a demanda mundial de nióbio.
O nióbio é um elemento importante e estratégico, que, mesmo em pequenas quantidades, aumenta as propriedades mecânicas do aço e que pode produzir as chamadas “super-ligas” usadas na indústria aeroespacial e nas usinas nucleares.
As principais jazidas brasileiras são:
  • Catalão (Anglo American Bozzano Simonsen): com 3,95Mt a 0.8% Nb2O5 na jazida VII e  com 2,4Mt a 1,5% de Nb2O5 na mina BV.
  • Araxá (CBMM – Moreira Sales e Molycorp) com 168,2Mt a 1,87% de Nb2O5
Ao todo o Brasil tem 175Mt a 1,84% de Nb2O5 o que é muito superior aos demais projetos mundiais como os do Canadá e o dos Estados Unidos (ELK ). O depósito de nióbio e titânio de Seis Lagos não tem investimento sufic
Elk Creek, o mais novo depósito de nióbio está na reta final

Elk Creek, quando comparado com os jazimentos brasileiros , é razoavelmente modesto.
Em janeiro  a Niocorp publicou um relatório NI 43-101 com uma reserva indicada de 28.2 Mt @ 0.63% Nb2O5 e uma reserva inferida de 132,8Mt @ 0,55% Nb2O5.
Isto faz de Elk Creek um competidor sério para o mercado americano e europeu.
A alemã ThyssenKrupp já assinou um offtake com a Niocorp para a compra antecipada de 3.750t de ferro-nióbio por ano, o que corresponde a 50% de toda a produção projetada da Niocorp.
Esta compra equivale a 4% do consumo mundial. O que significa que as brasileiras já estão perdendo mercado com a entrada de Elk Creek.
A competição de Elk Creek só ocorre por razões obviamente geopolíticas.
Uma mina com teores baixos (0,55% Nb2O5), custos operacionais muito elevados, de uma lavra subterrânea, que tem que lidar com 200m de cobertura, nunca poderá produzir um nióbio a preço mais competitivo que o nióbio brasileiro onde essas condições adversas não existem.
  
iente para que suas reservas possam ser certificadas e, portanto, não estão sendo incluídos neste cálculo.
Pois é contra essa potência que a americana Niocorp, a dona de Elk Creek, quer competir.

Um terço da indústria do xisto americano pode ser paralisada se o barril do petróleo cair abaixo de US$40

Um terço da indústria do xisto americano pode ser paralisada se o barril do petróleo cair abaixo de US$40 




Segundo o bilionário texano Ross Perot Jr a indústria do xisto, que é a maior produtora de gás natural e de óleo dos Estados Unidos, pode sofrer se o barril de petróleo cair abaixo de US$40.

Ele acredita que entre 20 a 30% dos projetos sejam fechados a estes preços.

Somente o óleo produzido nos folhelhos (xistos) americanos, que é de 4 milhões de barris ao dia, pode abastecer o Brasil, com sobra. A produção do xisto é maior do que a produção do Iraque.

É esse petróleo que está ameaçando os tradicionais produtores árabes que, em contrapartida, estão fazendo o preço do barril cair, em uma queda de braço com os americanos.

Esta madrugada o Presidente Barack Obama falou especificamente sobre o óleo e gás do xisto, dizendo que é uma conquista americana que o governo dos Estados Unidos irá proteger.

Talvez os americanos tenham uma carta na manga para proteger os produtores locais...

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Cobre: perspectivas para 2015 são boas

Cobre: perspectivas para 2015 são boas




Se você acreditava que o cobre será mais uma vítima do pessimismo mundial e terá uma performance ruim em 2015, talvez seja a hora de rever a sua posição.

Veja o que muitos analistas, que entendem do assunto, pensam sobre o cobre em 2015.

O que essas pessoas tem em comum é que eles acreditam que o cobre em 2015, estará em alta, ao contrário daqueles que pregam que existirá um excesso de oferta de cobre em 2015. É exatamente essa crença de um excesso de oferta que está forçando os preços para baixo, no momento atual.

Os pontos de sustentação destas previsões são:

- Várias grandes mineradoras, entre as quais a Rio Tinto, Kennecott, BHP, Glencore e Codelco, estão cortando as suas perspectivas de produção de cobre para 2015. Os motivos são técnicos ou geológicos

- A teoria de uma forte queda no crescimento da China está, cada vez mais, sem sustentação. Tudo leva a crer que o setor de construção civil deverá acelerar com os estímulos do governo chinês e isto basta para que a demanda de cobre cresça.

- A queda dos preços do petróleo vai acelerar várias indústrias que precisam do cobre para seus produtos.

Resumindo: existem fortes e sólidas razões para se acreditar que não haverá um excesso de oferta de cobre em 2015 e que o ano não será ruim como predizem vários analistas.




A Geologia e o maior desastre dos Estados Unidos

A Geologia e o maior desastre dos Estados Unidos

Se existe um nome que inspira temor em quase todo o mundo é San Andreas Fault ou Falha de Santo André.
Trata-se de uma imensa falha transcorrente, ativa por mais de 5 milhões de anos, com mais de 1.300km de comprimento que corta a costa da Califórnia no sentido NW-SE. A falha de S. André é o limite tectônico entre a placa do Pacífico a oeste e a Placa Norte Americana a leste. Falhas transcorrentes ou strike slip faults como a de S. André se caracterizam por movimentos horizontais.
 Falha de Santo André
Ela foi descrita em 1895 pelo professor de geologia Andrew Lawson, que descobriu a parte norte do falhamento.
Em 1906 a cidade de S. Francisco foi devastada pelo terremoto mais mortal de sua história, causado pelo movimento brusco da Falha de Santo André.
Eram 5 horas e doze minutos da manhã do dia 18 de abril de 1906, quando a cidade foi atingida por um terremoto de intensidade 7,8 na Escala Richter. Era o início de um dos maiores desastres da história dos Estados Unidos. Mais de 3.000 pessoas perderam a vida no terremoto e no fogo que tomou conta de 80% da cidade e durou vários dias antes de ser controlado. O desastre deixou 300.000 pessoas sem teto o que equivalia a 73% da população de S. Francisco da época.
O terremoto de San Francisco foi o primeiro a ser propriamente documentado, gerando fotografias históricas, espetaculares que podem ser vistas.

Setenta e três por cento da cidade foi destruída pelo terremoto e pelo fogo que se seguiu.

Junior Serabi produziu 18.452 onças de ouro no Palito

Junior Serabi produziu 18.452 onças de ouro no Palito




A mineradora Serabi, dona da Mina do Palito no Pará informa ter produzido 18.452 onças de ouro em 2014. A empresa planeja produzir 35.000 onças em 2015.

Segundo a Serabi o AISC (all-in sustaining costs) da operação ficou em torno de US$950/onça, ou seja, a mina teve um retorno econômico em 2014 já que os preços médios do ouro ficaram próximos a US$1.250 a onça.

Em 2014 foram extraídas 76.500 toneladas de minério com um teor médio de 9,95g/t de ouro. A recuperação da lixiviação no quarto trimestre melhorou, atingindo 90%.

A mineradora começa a tratar, também, 55.000 toneladas de rejeitos estocados cujo teor médio é de 2,25g/t. Este volume será processado até agosto de 2015.