terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O retorno da esmeralda

O retorno da esmeralda



Esta pedra verde já foi uma das mais importantes no mundo, rivalizando, em alguns casos, com o diamante.
Nos últimos anos a esmeralda praticamente foi eclipsada pelo diamante e desapareceu da mídia.
Somente agora, em 2014, que o mercado da esmeralda está voltando ao que já havia sido. Os preços da esmeralda estão em alta, superando praticamente todas as outras pedras preciosas, perdendo somente, para o diamante bom. O que alavanca os preços é uma forte procura vinda da China e a falta de novas minas necessárias para suprir a demanda. Quarenta por cento das compras atuais estão vindo da China onde as pedras verdes como o Jade e a esmeralda são altamente consideradas há milênios.

A tendência é de uma subida de preços ainda mais pronunciada. O governo de Myanmar, o maior produtor de jade do mundo, paralisou a grande mina mecanizada de Hpakant. Este distrito mineiro é famoso pelas suas jadeítas de altíssima qualidade onde trabalhavam 90.000 pessoas segundo um senso de 2012.
O jade de Hpakant é lavrado a séculos e está cercado de controvérsias e acusações de impactos ambientais e de devastações florestais. Até o Governo Obama está ameaçando proibir o comércio deste jade alegando falta de democracia em Myanmar. Joalherias famosas como Cartier, Tiffany e Signet boicotam o jade de Myanmar. Em 2013 o faturamento do jade de Hpakant foi de  US$297 milhões uma das principais rendas do pobre país.

Com o fim iminente do jade de Hpakant, os preços da esmeralda irão subir à estratosfera. Até agora os preços já subiram quase 100%.
Uma alta muito mais importante irá ocorrer assim que os estoques chineses acabarem.

Se você é dono de uma mina de esmeralda abra o olho, pois lucros extraordinários poderão surgir em um futuro próximo. 

Na foto uma peça de jade, extraída em Hpakant, é inspecionada por compradores : REUTERS/Aung Hla Tun

Venetia, o kimberlito mais lucrativo da África do Sul, em direção à lavra subterrânea

Venetia, o kimberlito mais lucrativo da África do Sul, em direção à lavra subterrânea



Venetia é um kimberlito situado no Limpopo Belt, que se popularizou por ser o maior produtor de diamantes da África do Sul, batendo jazimentos famosos como Premier e Finsch. O pipe de Venetia foi descoberto em 1980 pela De Beers e entrou em produção em 1992. Desde então a mina vem sendo lavrada a céu aberto e contribui com 40% de todo o diamante produzido no país.

Mas os dias da lavra a céu aberto estão contados. O fundo do pit, a 400m da superfície, já está chegando e é hora de planejar a lavra subterrânea.

A mina subterrânea deverá produzir os primeiros diamantes em 2021, atingindo a produção total em 2024. Trata-se de uma nova mina, um novo empreendimento onde serão investidos em torno de US$2 bilhões.

Esta operação adicionará 50 anos de vida útil e 96 milhões de quilates à De Beers. Nela serão usadas técnicas de lavra e equipamentos de última geração como caminhões por controle remoto e drones.

Calcula-se que a mina subterrânea deva criar 13.000 empregos diretos e indiretos injetando bilhões de dólares na economia do país.



Foto: operação de Venetia. Por De Beers

Começa a produção de diamantes no kimberlito Karpinskogo-1

Começa a produção de diamantes no kimberlito Karpinskogo-1


A gigante russa Alrosa informa que iniciou a produção no kimberlito Karpinskogo-1, na região de Arkhangelsk. O pipe, que tem 6 pulsos kimberlíticos, vai produzir 600.000t ainda em 2014. Esta produção irá escalar para 2 milhões de toneladas em 2015.

Karpinskogo-1 tem uma reserva de 126 milhões de toneladas no padrão JORC.

A Alrosa é a maior produtora de diamantes do mundo e deverá produzir 36 milhões de quilates em 2014.



foto de Ptukhina Natasha

Conheça Jubilee, a maior mina de diamantes do mundo

Conheça Jubilee, a maior mina de diamantes do mundo



Situada a 13 Km a NW de Aikhal, na Rússia, uma região peneplanizada com dezenas de lagos, encontra-se a maior mina de diamantes do mundo a mina de Jubilee.

As reservas recuperáveis de Jubilee superam os 204 milhões de quilates. Parte destas reservas, as 107,163 milhões de toneladas a um teor alto, de 0.90 quilates por tonelada de minério, já tem certificação JORC.

A mina a céu aberto está situada sobre o kimberlito de mesmo nome e é controlada pela gigante russa a ALROSA. O pit já tem 320 metros de profundidade e vai atingir 729 quando a mina será transformada em subterrânea.

A produção de Jubilee é simplesmente monstruosa. Em 2012 atingiu 10,4 milhões de quilates ficando um pouco acima da segunda maior mina do mundo a Udachny , localizada a 66 km, também na Yakutia. 

O pipe é conhecido por produzir diamantes grandes como o encontrado em 2013 com 235 quilates (não confundir com o diamante Jubilee produzido na África do Sul).

Horizonte Minerals recebe bons resultados de seu bulk sampling no Araguaia

Horizonte Minerals recebe bons resultados de seu bulk sampling no Araguaia




O projeto de níquel laterítico da Horizonte Minerals é uma história que data do início do século. A região havia sido trabalhada pela Rio Tinto e, em 2006, a Teck fez a primeira descoberta de um platô de laterita niquelífera onde hoje se desenvolve o projeto da mineradora .

O projeto evoluiu. Em 2010 foi adquirido pela Horizonte Minerals, uma junior listada nas bolsas de Londres e Toronto, que calculou, em 2011, um recurso inferido NI 43-101 de 76,6 Mt @1,35% Ni com créditos de cobalto.

Assim como a maioria dos jazimentos de níquel laterítico este projeto ficou, por anos, engavetado. O principal motivo era o preço do níquel que só decolou em 2009 e vem caindo desde então!



Os estudos de pré-viabilidade econômica mostram, para um cenário de produção de 2,7Mt por ano, um NPV8% de US$1.2 bilhões com um IRR de 21% para um preço do níquel de US$19.000/t.

Este estudo indicou, também, um break-even de US$14.060/t para o preço do níquel.

Este break-even, nos preços de hoje, parece muito alto e pode ameaçar a economicidade do projeto.

O preço do níquel na Bolsa de Londres, hoje, é de US$14.760/t...

Ou seja, com esses preços o projeto está no empate.

Os estudos metalúrgicos feitos pela Horizonte Minerals, feitos no Canadá, mostraram que o minério do Araguaia tem uma razão SiO2/MgO similar ao jazimento de Cerro Matoso da BHP. A Horizonte pretende, consequentemente, usar um processo de pirometalurgia que irá produzir um produto de ferroníquel (20% Ni – veja a foto) ao longo de 25 anos da vida útil da mina.

Concentrado de níquel e ferro 


Para confirmar os teores está sendo elaborado um estudo de bulk sampling (amostra de grande volume) onde furos verticais de grande diâmetro intersectam o minério e são analisados.

Os últimos resultados da Horizonte Minerals são muito alentadores: os teores de níquel variam entre 1,99% e 2,17% para intersecções de 12,45 a 13,95m.

Esta amostra de grande volume, com 200 toneladas, será processada em fevereiro na planta piloto do projeto.

Se os teores e recuperações forem confirmados esta área, possivelmente, será escolhida para o startup da mina.
e o início de 2011. Veja mais sobre o estudo de pré-viabilidade... 

PS= E COMO O BRASIL É RICO EM MINERIOS, E SÓ 80% DAS RESERVAS SÃO CONHECIDAS, VERGONHA NACIONAL, TEM MUITAS SERRAS PELADAS A SEREM DESCOBERTAS ETC...