O retorno da esmeralda
Esta pedra verde já foi uma das mais importantes no mundo, rivalizando, em alguns casos, com o diamante.
Nos últimos anos a esmeralda praticamente foi eclipsada pelo diamante e desapareceu da mídia.
Somente agora, em 2014, que o mercado da esmeralda está voltando ao que
já havia sido. Os preços da esmeralda estão em alta, superando
praticamente todas as outras pedras preciosas, perdendo somente, para o
diamante bom. O que alavanca os preços é uma forte procura vinda da
China e a falta de novas minas necessárias para suprir a demanda.
Quarenta por cento das compras atuais estão vindo da China onde as
pedras verdes como o Jade e a esmeralda são altamente consideradas há
milênios.
A tendência é de uma subida de preços ainda mais pronunciada. O governo
de Myanmar, o maior produtor de jade do mundo, paralisou a grande mina
mecanizada de Hpakant. Este distrito mineiro é famoso pelas suas
jadeítas de altíssima qualidade onde trabalhavam 90.000 pessoas segundo
um senso de 2012.
O jade de Hpakant é lavrado a séculos e está cercado de controvérsias e
acusações de impactos ambientais e de devastações florestais. Até o
Governo Obama está ameaçando proibir o comércio deste jade alegando
falta de democracia em Myanmar. Joalherias famosas como Cartier, Tiffany
e Signet boicotam o jade de Myanmar. Em 2013 o faturamento do jade de
Hpakant foi de US$297 milhões uma das principais rendas do pobre país.
Com o fim iminente do jade de Hpakant, os preços da esmeralda irão subir
à estratosfera. Até agora os preços já subiram quase 100%.
Uma alta muito mais importante irá ocorrer assim que os estoques chineses acabarem.
Se você é dono de uma mina de esmeralda abra o olho, pois lucros extraordinários poderão surgir em um futuro próximo.
Na foto uma peça de jade, extraída em Hpakant, é inspecionada por compradores : REUTERS/Aung Hla Tun
Venetia, o kimberlito mais lucrativo da África do Sul, em direção à lavra subterrânea
Venetia é um kimberlito situado no Limpopo Belt, que
se popularizou por ser o maior produtor de diamantes da África do Sul,
batendo jazimentos famosos como Premier e Finsch. O pipe de Venetia foi
descoberto em 1980 pela De Beers e entrou em produção em 1992. Desde
então a mina vem sendo lavrada a céu aberto e contribui com 40% de todo o
diamante produzido no país.
Mas os dias da lavra a céu aberto estão contados. O fundo do pit, a 400m
da superfície, já está chegando e é hora de planejar a lavra
subterrânea.
A mina subterrânea deverá produzir os primeiros diamantes em 2021,
atingindo a produção total em 2024. Trata-se de uma nova mina, um novo
empreendimento onde serão investidos em torno de US$2 bilhões.
Esta operação adicionará 50 anos de vida útil e 96 milhões de quilates à
De Beers. Nela serão usadas técnicas de lavra e equipamentos de última
geração como caminhões por controle remoto e drones.
Calcula-se que a mina subterrânea deva criar 13.000 empregos diretos e
indiretos injetando bilhões de dólares na economia do país.
Foto: operação de Venetia. Por De Beers
Começa a produção de diamantes no kimberlito Karpinskogo-1
A gigante russa Alrosa informa que iniciou a produção
no kimberlito Karpinskogo-1, na região de Arkhangelsk. O pipe, que tem 6
pulsos kimberlíticos, vai produzir 600.000t ainda em 2014. Esta
produção irá escalar para 2 milhões de toneladas em 2015.
Karpinskogo-1 tem uma reserva de 126 milhões de toneladas no padrão JORC.
A Alrosa é a maior produtora de diamantes do mundo e deverá produzir 36 milhões de quilates em 2014.
foto de Ptukhina Natasha
Conheça Jubilee, a maior mina de diamantes do mundo
Situada a 13 Km a NW de Aikhal, na Rússia, uma região peneplanizada com
dezenas de lagos, encontra-se a maior mina de diamantes do mundo a mina
de Jubilee.
As reservas recuperáveis de Jubilee superam os 204 milhões de quilates.
Parte destas reservas, as 107,163 milhões de toneladas a um teor alto,
de 0.90 quilates por tonelada de minério, já tem certificação JORC.
A mina a céu aberto está situada sobre o kimberlito de mesmo nome e é
controlada pela gigante russa a ALROSA. O pit já tem 320 metros de
profundidade e vai atingir 729 quando a mina será transformada em
subterrânea.
A produção de Jubilee é simplesmente monstruosa. Em 2012 atingiu 10,4
milhões de quilates ficando um pouco acima da segunda maior mina do
mundo a Udachny , localizada a 66 km, também na Yakutia.
O pipe é conhecido por produzir diamantes grandes como o encontrado em
2013 com 235 quilates (não confundir com o diamante Jubilee produzido na
África do Sul).
Horizonte Minerals recebe bons resultados de seu bulk sampling no Araguaia
O projeto de níquel laterítico da Horizonte Minerals é uma história que
data do início do século. A região havia sido trabalhada pela Rio Tinto
e, em 2006, a Teck fez a primeira descoberta de um platô de laterita
niquelífera onde hoje se desenvolve o projeto da mineradora .
O projeto evoluiu. Em 2010 foi adquirido pela Horizonte Minerals, uma
junior listada nas bolsas de Londres e Toronto, que calculou, em 2011,
um recurso inferido NI 43-101 de 76,6 Mt @1,35% Ni com créditos de
cobalto.
Assim como a maioria dos jazimentos de níquel laterítico este projeto
ficou, por anos, engavetado. O principal motivo era o preço do níquel
que só decolou em 2009 e vem caindo desde então!
Os estudos de pré-viabilidade econômica mostram, para
um cenário de produção de 2,7Mt por ano, um NPV8% de US$1.2 bilhões com
um IRR de 21% para um preço do níquel de US$19.000/t.
Este estudo indicou, também, um break-even de US$14.060/t para o preço do níquel.
Este break-even, nos preços de hoje, parece muito alto e pode ameaçar a economicidade do projeto.
O preço do níquel na Bolsa de Londres, hoje, é de US$14.760/t...
Ou seja, com esses preços o projeto está no empate.
Os estudos metalúrgicos feitos pela Horizonte Minerals, feitos no
Canadá, mostraram que o minério do Araguaia tem uma razão SiO2/MgO
similar ao jazimento de Cerro Matoso da BHP.
A Horizonte pretende, consequentemente, usar um processo de
pirometalurgia que irá produzir um produto de ferroníquel (20% Ni – veja
a foto) ao longo de 25 anos da vida útil da mina.
Para confirmar os teores está sendo elaborado um estudo de bulk sampling
(amostra de grande volume) onde furos verticais de grande diâmetro
intersectam o minério e são analisados.
Os últimos resultados da Horizonte Minerals são muito alentadores: os
teores de níquel variam entre 1,99% e 2,17% para intersecções de 12,45 a
13,95m.
Esta amostra de grande volume, com 200 toneladas, será processada em fevereiro na planta piloto do projeto.
Se os teores e recuperações forem confirmados esta área, possivelmente, será escolhida para o startup da mina.
e o início de 2011.
Veja mais sobre o estudo de pré-viabilidade...
PS= E COMO O BRASIL É RICO EM MINERIOS, E SÓ 80% DAS RESERVAS SÃO CONHECIDAS, VERGONHA NACIONAL, TEM MUITAS SERRAS PELADAS A SEREM DESCOBERTAS ETC...