quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Ouro e elementos indicadores no regolito do Garimpo Fazenda Pison

Ouro e elementos indicadores no regolito do Garimpo Fazenda Pison : processos de dispersão e implicações para prospecção.


Este estudo trata do comportamento do ouro e elementos indicadores em um perfil laterítico localizado na Província Tapajós, Amazônia brasileira. O objetivo foi verificar a evolução da assinatura geoquímica da mineralização no sentido de aprimorar os trabalhos de prospecção geoquímica nesse tipo de ambiente. Abordagens diferentes foram utilizadas nesse estudo, tais como: as características da mineralização primária e do manto intempérico, a morfologia e composição das partículas de ouro, e a distribuição espacial do ouro e dos elementos indicadores. A mineralização primária é composta por um feixe de veios de quartzo contendo sulfetos, entre os quais predomina a pirita, com bolsões de stockwork localizados. O ouro (electrum) está, na sua maior parte, livre mas também incluso na pirita. A assinatura geoquímica do minério é dada por Au, Ag, Bi, V, As, Sb, W, Cu, Pb, Zn. As características encontradas permitem classificar a mineralização primária como Sistema Aurífero Relacionado a Intrusões. Foram observados dois tipos de perfil intempérico: o perfil completo, composto por saprolito, zona de transição, couraça, latossolo vermelho e latossolo amarelo; e perfil incompleto, composto por saprolito, zona de transição, latossolo vermelho e latossolo amarelo. O perfil incompleto se desenvolveu a partir do perfil completo, com a desagregação da couraça e sua transformação em latossolo, devido à mudança do clima de estações contrastadas para um clima bem mais úmido. A composição mineralógica de cada horizonte é: saprolito - composto por quartzo, mica branca e caolinita; zona de transição - quartzo, caolinita, goethita, hematita e mica branca; couraça - hematita, goethita, caolinita e quartzo; latossolo vermelho - quartzo, caolinita, goethita e hematita; e latossolo amarelo - quartzo, caolinita, goethita (e hematita). O saprolito é rico em Si’O IND.2´, Mn, Mg, Na. Ca, K, Ba, Cu, Rb, e Zn; a couraça é rica em ’Fe IND.2’O IND.3’, Cr, Ga, S, V, As, Sb, Bi e Ag; e os latossolos são ricos em `Al IND.2´O IND.3´, Ti, P, Sr, Zr, Ce, La, Nb e Y. No saprolito começam a aparecer os primeiros sinais do processo de lixiviação do ouro primário, que se intensifica progressivamente para o topo do perfil até atingir um máximo na couraça, tornando-se menos intenso nos latossolos. A dissolução do ouro primário resulta do processo de corrosão por soluções intempéricas superficiais, que atuam na zona insaturada do perfil. Parte do ouro dissolvido reprecipita com elevada pureza na couraça, unindo partículas de ouro individuais num processo de "pepitização"; também reprecipita nos horizontes inferiores do regolito, nas bordas e descontinuidades das partículas primárias, gerando partículas composicionalmente zonadas. Nos latossolos, as partículas diminuem de tamanho em relação à couraça e apresentam zonação mais discreta. O ouro apresenta comportamento diferente de todos os demais elementos durante o processo intempérico. é o único elemento que guarda o posicionamento geográfico da mineralização primária, o que o torna o melhor indicador de seus depósitos. Os elementos indicadores podem apresentar bons resultados na delimitação de áreas em escala de semi-detalhe. O latossolo amarelo apresenta a melhor relação custo/benefício na prospecção geoquímica

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O retorno da esmeralda

O retorno da esmeralda



Esta pedra verde já foi uma das mais importantes no mundo, rivalizando, em alguns casos, com o diamante.
Nos últimos anos a esmeralda praticamente foi eclipsada pelo diamante e desapareceu da mídia.
Somente agora, em 2014, que o mercado da esmeralda está voltando ao que já havia sido. Os preços da esmeralda estão em alta, superando praticamente todas as outras pedras preciosas, perdendo somente, para o diamante bom. O que alavanca os preços é uma forte procura vinda da China e a falta de novas minas necessárias para suprir a demanda. Quarenta por cento das compras atuais estão vindo da China onde as pedras verdes como o Jade e a esmeralda são altamente consideradas há milênios.

A tendência é de uma subida de preços ainda mais pronunciada. O governo de Myanmar, o maior produtor de jade do mundo, paralisou a grande mina mecanizada de Hpakant. Este distrito mineiro é famoso pelas suas jadeítas de altíssima qualidade onde trabalhavam 90.000 pessoas segundo um senso de 2012.
O jade de Hpakant é lavrado a séculos e está cercado de controvérsias e acusações de impactos ambientais e de devastações florestais. Até o Governo Obama está ameaçando proibir o comércio deste jade alegando falta de democracia em Myanmar. Joalherias famosas como Cartier, Tiffany e Signet boicotam o jade de Myanmar. Em 2013 o faturamento do jade de Hpakant foi de  US$297 milhões uma das principais rendas do pobre país.

Com o fim iminente do jade de Hpakant, os preços da esmeralda irão subir à estratosfera. Até agora os preços já subiram quase 100%.
Uma alta muito mais importante irá ocorrer assim que os estoques chineses acabarem.

Se você é dono de uma mina de esmeralda abra o olho, pois lucros extraordinários poderão surgir em um futuro próximo. 

Na foto uma peça de jade, extraída em Hpakant, é inspecionada por compradores : REUTERS/Aung Hla Tun

Venetia, o kimberlito mais lucrativo da África do Sul, em direção à lavra subterrânea

Venetia, o kimberlito mais lucrativo da África do Sul, em direção à lavra subterrânea



Venetia é um kimberlito situado no Limpopo Belt, que se popularizou por ser o maior produtor de diamantes da África do Sul, batendo jazimentos famosos como Premier e Finsch. O pipe de Venetia foi descoberto em 1980 pela De Beers e entrou em produção em 1992. Desde então a mina vem sendo lavrada a céu aberto e contribui com 40% de todo o diamante produzido no país.

Mas os dias da lavra a céu aberto estão contados. O fundo do pit, a 400m da superfície, já está chegando e é hora de planejar a lavra subterrânea.

A mina subterrânea deverá produzir os primeiros diamantes em 2021, atingindo a produção total em 2024. Trata-se de uma nova mina, um novo empreendimento onde serão investidos em torno de US$2 bilhões.

Esta operação adicionará 50 anos de vida útil e 96 milhões de quilates à De Beers. Nela serão usadas técnicas de lavra e equipamentos de última geração como caminhões por controle remoto e drones.

Calcula-se que a mina subterrânea deva criar 13.000 empregos diretos e indiretos injetando bilhões de dólares na economia do país.



Foto: operação de Venetia. Por De Beers

Começa a produção de diamantes no kimberlito Karpinskogo-1

Começa a produção de diamantes no kimberlito Karpinskogo-1


A gigante russa Alrosa informa que iniciou a produção no kimberlito Karpinskogo-1, na região de Arkhangelsk. O pipe, que tem 6 pulsos kimberlíticos, vai produzir 600.000t ainda em 2014. Esta produção irá escalar para 2 milhões de toneladas em 2015.

Karpinskogo-1 tem uma reserva de 126 milhões de toneladas no padrão JORC.

A Alrosa é a maior produtora de diamantes do mundo e deverá produzir 36 milhões de quilates em 2014.



foto de Ptukhina Natasha

Conheça Jubilee, a maior mina de diamantes do mundo

Conheça Jubilee, a maior mina de diamantes do mundo



Situada a 13 Km a NW de Aikhal, na Rússia, uma região peneplanizada com dezenas de lagos, encontra-se a maior mina de diamantes do mundo a mina de Jubilee.

As reservas recuperáveis de Jubilee superam os 204 milhões de quilates. Parte destas reservas, as 107,163 milhões de toneladas a um teor alto, de 0.90 quilates por tonelada de minério, já tem certificação JORC.

A mina a céu aberto está situada sobre o kimberlito de mesmo nome e é controlada pela gigante russa a ALROSA. O pit já tem 320 metros de profundidade e vai atingir 729 quando a mina será transformada em subterrânea.

A produção de Jubilee é simplesmente monstruosa. Em 2012 atingiu 10,4 milhões de quilates ficando um pouco acima da segunda maior mina do mundo a Udachny , localizada a 66 km, também na Yakutia. 

O pipe é conhecido por produzir diamantes grandes como o encontrado em 2013 com 235 quilates (não confundir com o diamante Jubilee produzido na África do Sul).