terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Outras Gemas

Outras Gemas

"Opala”
A palavra opala deriva do termo em latim opalus, mas a origem desta palavra é ainda uma questão de debate. No entanto, as referências mais recentes sugerem que tem origem na palavra em sânscrito Upala. O termo aparece pela primeira vez em referências Romanas cerca de 250 a.C., numa época em que a opala era valorizada acima de todas as outras pedras preciosas.
A opala de qualidade Gema denomina-se opala CT. Gemologicamente distinguem-se as seguintes variedades: opala negra; opala branca; opala de fogo; opala de água; opala matrix.
É a gema mais apreciada dentro do grupo do sílice (Si O2); é composta de 2% a 20% de água e 2 minerais de cor branca ou leitosa turva, conhecidos pelo nome de Cristobalita e Tridimita, que sob a forma de sucessivas capas de lepisferas provocam o efeito iridescente tão apreciado e também conhecido por jogo de cores.
Embora a opala seja considerada por muitos um sílice amorfo, podemos no entanto defini-la como semi-cristalina, visto os minerais que a compõem cristalizarem em maclas ou pequenos cristais tabulares (ambos óxidos de sílicio). Existem algumas variedades deste material, sendo as mais importantes, e por ordem decrescente, a opala nobre, a opala comum e a menos conhecida, uma variedade de cor verde bastante similar em aspecto à Crisóprasa e que deve a sua cor ao níquel. Na variedade nobre destacaremos a opala negra, a opala branca, a de água, a opala de fogo, etc.
A estrutura interna de opala faz com que difracta a luz; dependendo das condições em que se formou pode assumir variadas cores. A opala varia de transparente a branco, cinza, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, magenta, rosa, castanho e preto. Dessas matizes, o conjugação de vermelho e negro é a mais rara, enquanto que brancos e verdes são as mais comuns. Ela varia de densidade óptica de opaco para semi-transparente. Para o uso como pedras preciosas em ourivesaria, a sua cor natural é muitas vezes reforçada pela colocação de camadas finas de opala sobre uma pedra de tom mais escuro, como basalto.
A Austrália produz cerca de 97% das opalas existentes do mundo. A opala banca constitui até 60% da totalidade das opalas, mas não pode ser encontrada em todos as minas exploradas.
A maior e mais valiosa opala do mundo é conhecida como "Olympic Australis", tendo sido encontrada em Agosto de 1956 perto da localidade australiana de Coober Pedy. Com um peso de 17 mil quilates (3.450 gramas), possui 280 mm de comprimento, com uma altura de 120 mm e uma largura de 110 mm.
As principais jazidas encontram-se na Austrália e no México (As opalas negras encontra-se unicamente na Austrália, na região Lightning Ridge; As melhores opalas de fogo encontram-se no México).


"Ametista”
A ametista é uma gema fanerocristalina que cristaliza no sistema trigonal. Outrora muito utilizado pelos antigos egípcios na Antiguidade, este quartzo apresenta uma cor violeta ou púrpura de óxido de silício (SiO2).
Até ao século XVIII foi a principal pedra preciosa (chegando a ser considerada a Rainha das Pedras Preciosas). A origem da palavra provém do grego a, "não" e methuskein, "intoxicar", relacionada com a antiga crença de que a pedra protegia o seu dono da embriaguez.
A sua cor, de um roxo/lilás intenso, deve-se a centros de cor produzidos por Fe2+ ou Fe3+- (Ferro Ferroso ou Ferro Férrico). Esta cor, podendo variar de intensidade e tornando-se mais valiosa quanto mais escura for, é passível de ser alterada ou eliminada por aquecimento e radiações ultravioletas e o seu brilho vítreo passa a iluminar um tom amarelado ou mesmo incolor.
Tendo uma dureza de 7, segundo a Escala de Mohs, e um peso pouco elevado de 2,65 gr, a gema é composta por uma sobreposição irregular de lâminas alternadas de quartzo esquerdo e direito que assumem pequenas formas triangulares.
Apesar de a ametista ser amplamente conhecida, apenas alguns locais abrigam esta pedra preciosa. Tais cristas ocorrem em cavidades alongadas em rochas de granito e em revestimentos de ágata. Há pedras lindíssimas provenientes da Rússia, Uruguai, Índia e Sri Lanka, sendo que o principal produtor é o Brasil.
Por vezes, o corindon comum roxo ou a safira, de qualidade gema, em tons de ametista são designados ametista oriental, expressão utilizada por joalheiros para pedaços de quartzo ametista comum, mesmo não sendo proveniente de fontes orientais.
Considerada a pedra do nascimento, a ametista é o símbolo do entendimento celeste, do pensamento pioneiro e da acção na filosofia e religião. Outrora, fora utilizada pelos soldados nos cabos das espadas como amuleto contra a morte nas batalhas.



"Alexandrite”
A alexandrite é uma das três variedades distintas do crisoberilo. É um óxido duplo de alumínio e berilo (BeAl2O4). A união da sua rede cristalina é iónica. Cristaliza no sistema rômbico e raramente em cristais isolados.
A característica mais sensacional desta gema consiste na sua surpreendente capacidade de mudar de cor. Verde ou verde-azulado à luz do dia, a Alexandrite adquire um tom suave de vermelho ou púrpura sob uma luz incandescente. Esta propriedade óptica produz-se porque absorve radiações amarelas e azuis, deixando passar as vermelhas e verdes. Esta característica óptica única faz com que seja uma das gemas mais interessantes.
A alexandrite é muito escassa, algo que está directamente relacionado com a sua composição química. É basicamente um crisoberilo, um mineral incolor ou amarelo transparente. Este difere de outros crisoberilos na medida em que não só contém ferro e titânio, mas também crómio como uma impureza principal. E é este elemento que explica a sua mudança de cor espectacular.
Ao contrário de outras gemas, a alexandrite necessita de condições geológicas muito específicas para a sua formação. O elemento berílio (um dos principais constituintes do crisoberilo) e crómio (o corante numa alexandrite) têm características químicas contrastantes e geralmente não ocorrem em conjunto, sendo encontrados em tipos de rocha distintos. Este cenário geológico ocorre raramente na Natureza, motivo pelo qual as alexandrites são escassas.
A Rússia manteve-se como a principal fonte de alexandrites a partir do momento em que gemas extraídas de minas nos Urais se tornaram disponíveis no mercado. É deste país que a gema recebe o seu nome, em homenagem ao czar Alexandre II. Esta situação modificou-se em 1987, quando alexandrites foram descobertas na região de Minas Gerais, no Brasil. A cor das pedras brasileiras é reconhecidamente um verde não tão forte como o da alexandrite russa, mas a mudança de cor é claramente perceptível. A alexandrite é também obtida de fontes no Sri Lanka, na região de Tunduru no sul da Tanzânia – que tem vindo a produzir alguns exemplares em circulação desde meados da década de 1990, na Índia, na Birmânia, em Madagáscar e no Zimbabwe.
É uma gema bastante rara que alcança valores muito elevados. Como nota, as Alexandrites dos Montes Urais (Rússia) estrão completamente esgotadas, na actualidade.

Pedro II As opalas

Pedro II


As opalas



A cidade de Pedro II possui uma característica que pouca gente conhece: abriga uma das únicas regiões de garimpo de opala da América Latina, e no mundo só existem na Guatemala, México, Austrália, Estados Unidos e Japão. As pedras de Pedro II são muito mais resistentes, apresentando-se melhor do que as de seus concorrentes.
A opala é uma pedra abundante no município. Existem basicamente três tipos: a opala negra, de cor preta; a opala de fogo, de cor vermelha; e a opala nobre, considerada extra, com sete cores. A opala é a “pedra da lua”, por apresentar a cor do satélite terrestre. Existem em Pedro II aproximadamente dez garimpos, cada um com suas características próprias, que variam de acordo com a qualidade das pedras. De todas essas minas, a mais importante é a do Boi Morto, a 6 km do centro, hoje praticamente desativada, a não ser pelos poucos garimpeiros que ainda arriscam encontrar cascalho em uma montoeira. As pedras do Mina do Boi Morto são as mais valiosas por apresentarem boa qualidade e bom tamanho.


Ao chegar ao consumidor final, a opala passa por um trabalhoso processo, que envolve desde as escavações até a delicada forma de lapidação. Conheça agora como esse processo funciona:
1) Com exceção da Mina do Boi Morto, que se localiza numa furna, todas as demais são trabalhadas a céu aberto.]
2) Os equipamentos mais usados são: pá, picareta, peneira, enxadeco e bomba de irrigação, que tanto pode ser usada no desbaste, pela pressão da água, como na lavagem do cascalho na peneira.
3) Do garimpo, o material bruto colhido segue para os centros de lapidação, onde se inicia um processo que envolve: serragem do cascalho, através de serra diamantada; formatação da opala, usando rebolo de esmeril carburundo (granulação própria para pedra) ou diamantada; colagem, feita com laquê para colar a pedra na madeira; lixamento, usando-se lixa manual com granulação de 180 a 220; alisamento, feito com feltro usando grão de esmeril, de granulação 320; polimento, usando feltro com pó de Trípoli e óxido de cromo.
5) Na comercialização, a pedra é vendida por quilate e o preço pode chegar a US$ 70.00 na sua qualidade extra, geralmente pedras acima de 10 quilates. O maior centro de compra é São Paulo, com representação já instalada em Pedro II.
Versões
Existem muitas versões para a descoberta da opala em Pedro II. Uma delas conta que tudo aconteceu a partir dos botões da camisa de um antigo morador da cidade. Ao encontrar o mineral, o cidadão resolveu cortá-lo em forma de botão e usá-lo na camisa, chamando a atenção das pessoas. Outra versão conta que o processo de polimento se iniciou com a observação do conteúdo do papo de uma galinha, que ao ciscar no cascalho engolia as opalas, e a sua natureza avícola se encarregava de polir as pedras, encontradas já reluzentes em seu papo.

Mineração de opala pode gerar R$ 50 milhões

Mineração de opala pode gerar R$ 50 milhões

A mineração da pedra preciosa opala, que varia entre R$ 20 e R$ 300 o grama bruto, ainda pode ser mais bem explorada no Brasil. A afirmação, feita por especialistas no setor, indica que com um investimento de R$ 100 milhões nas minas do Piauí o rendimento da pedra, que hoje soma R$ 4,8 milhões no ano, poderia crescer 10 vezes, atingindo R$ 50 milhões em cinco anos.
“O mundo possui uma grande carência da gema que poderia ser suprida pelas minas brasileiras”, afirmou Marcelo Morais, especialista na questão da opala pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) estima que um terço do volume de produção de gemas – com exceção do rubi, do diamante e da safira – vem do Brasil.
De acordo com o especialista, a única mina no mundo que possui a extração da pedra está na Austrália, onde já há um desgaste bem maior do que o encontrado nas minas brasileiras. “O movimento na Austrália, por ser muito mais antigo, já está em fase de finalização. Números indicam que mais de 80% da mina deles foi explorada; já a nossa exploração é recente”, afirmou Morais.
Aproveitando esta possível lacuna dentro do setor, o professor de Arqueologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Carlos Antônio Monteiro argumenta que seria necessário um investimento na casa de R$ 100 milhões para que a pedra no Brasil fosse usada com mais qualidade. “Esse investimento, que seria em equipamentos, aumento de mão de obra, profissionalização e estudos profundos, traria um retorno de até dez vezes em cinco anos para as minas piauienses.”
Segundo números do Sebrae, o Piauí possui 30 minas descobertas que possuem opala. Todas ficam localizadas na cidade de Pedro II, a 222 quilômetros da capital, Teresina, e somam 700 hectares de terreno, o que representa sete milhões de metros “Trata-se de um espaço de potencial elevadíssimo, com condições de trabalho e mão de obra disponível”, afirmou Monteiro.
Para o geólogo do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) David Fonseca falta delimitação do minério na área, algo que deveria ser feito por mapeamento geológico para que o total da reserva seja calculado. “Gemas se localizam em bolsões nas rochas, portanto, precisam de estudo específico”. Fonseca explica que a geologia de Pedro II é errática, ou seja, de difícil localização e que as minas são exploradas de maneira muito rústica, o que acarreta em desperdício.
Existem três tipos de opala no Brasil. A opala-de-fogo, que é encontrada no Piauí, Rio Grande do Sul e em outros estados. A opala comum, presente em vários estados, e a nobre, que há somente no Piauí e é considerada a variedade mais preciosa e procurada.
Exportação
Quando o assunto é exportação, tanto Morais quanto Monteiro concordam: o Brasil possui um potencial extremamente amplo para o fornecimento da pedra no mundo. De acordo com números da Associação Gemológica da Austrália, o país da Oceania é responsável por 90% do abastecimento mundial, número que deverá ser alterado, caso o Brasil melhore sua produção. Em 2010, o total de exportações brasileiras do setor de gemas e metais preciosos atingiu R$ 2.269 bilhões, segundo dados do IBGM.
Atualmente, a cidade produz cerca de 500 quilos de joias por ano, de acordo com a Associação dos Joalheiros e Lapidários de Pedro II (Ajolp). Deste número, apenas 6% são exportados. “Nossos principais mercados estão na Europa. Com destaque para Alemanha, Bélgica e França”, afirmou Antônio Mário de Oliveira Lima, presidente da maior fabricante de joias da região, o Ateliê de Prata.
Para a presidente da Ajolp, Surlene Almeida, a exportação tem crescido, acompanhando o crescimento da região. “Prevemos um aumento na casa de 20% este ano, no sentido de alta nas exportações. Isso porque a Opala está caindo cada vez mais no gosto dos estrangeiros, e os modelos brasileiros também agradam”, afirmou.
Conforme avalia a diretora executiva da feira Bijoias, Vera Masi, a riqueza das opalas do Piauí é inestimável, pois possuem um grau de dureza ideal para a lapidação. “Um quilate bruto do produto chega a custar U$ 100, enquanto 100 kg de ametista custam U$ 10 mil”, afirmou a diretora, que atende lojistas há 25 anos.
Associação
Para organizar os ganhos com Opala na cidade, a cooperativa dos garimpeiros de Pedro II, presidida por José Cícero da Silva Oliveira, vem trabalhando para crescer de forma sustentável. “Hoje, somos 150 trabalhadores e podemos arrecadar por mês até R$ 60 mil, no máximo”, afirmou.
Depois da organização da cooperativa, Oliveira afirma que já houve na região um processo de formalização que antes não acontecia. “A exploração não é mais desordenada. Todos os trabalhadores da cooperativa trabalham em áreas regulares, com licenciamento, com equipamento de segurança. Sempre recebemos a visita de fiscais de vários ministérios”, afirmou. No regime de cooperativa, 10% de tudo o que se ganha em vendas é dividido entre os 150 associados.
Os números do Sebrae apontam ainda que na chamada Suíça piauiense, devido às temperaturas mais amenas tem cerca de 500 famílias, entre garimpeiros, lapidários, joalheiros e lojistas que vivem da opala.
A população que reside em Pedro II, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 37.500 pessoas.
“O município recebeu autorização legal para extração da pedra em 2005, antes disso, era tudo feito de forma muito crua” afirmou Monteiro.
O presidente da cooperativa explica também que em função desse mau uso da mina nos últimos 30 anos muita pedra foi jogada fora.
“Sem estrutura, os mineradores descartavam partes das rochas pois não achavam importantes os pequenos pedaços da pedra. Hoje, trabalhamos com toda a parte descartada, que chamamos de rejeito.”

Opalas

Opalas

Com as suas diversas variedades, as opalas têm maravilhado os Homens desde a Antiguidade. Esta pedra, com exemplares de uma beleza ímpar, é tida como a gema nacional da Austrália.
A opala ocorre em diversas variedades, entre as quais distingue-se a opala nobre, a opala comum, a opala de fogo e a opala de madeira. Todas são usadas em joalharia.
Tal como o quartzo, a opala é uma substância composta por sílica (SiO2) e também por água (até 10%). É uma substância amorfa, não possui uma estrutura cristalina e deste modo não pode ser denominada de mineral, no sentido estrito do termo, mas sim de mineralóide. Apresenta-se em veios, glóbulos e em crostas de várias cores. Tem uma dureza ligiramente inferior à do quartzo.

As opalas são muitas vezes impregnadas com óleo para disfarçar a presença de microfracturas que se desenvolvem espontaneamente, muito provavelmente devido à perda de moléculas de água quando expostas ao ar. Também se usam resinas e silicone. Estes tratamentos não são permanentes.
A opala comum quando surge com cores bonitas é, geralmente, talhada em cabochão(1) para fazer parte de aneis e colares. As cores passam pelo verde, amarelo, rosa, vermelho e azul.
A variedade mais importante é a que exibe um “jogo de cores”: a dita OPALA NOBRE. Pode ser descrita como preta ou branca consoante a sua cor: a preta inclui o cinzento, o azul escuro e o verde; a branca inclui os tons claros. A variedade mais valiosa é a opala nobre “preta” devido ao facto de ser a que mostra da melhor maneira (com mais contraste), a multiplicidade de cores. Algumas variedades brancas e porosas são tratadas de modo a torná-las “negras”. Para isso são imersas em soluções saturadas de açucar e posteriormente tratadas com ácido sulfúrico concentrado para retirar a água. O efeito traduz-se na retenção dos átomos de carbono do açúcar nos interstícios da pedra.
O “JOGO DE CORES” ou iridescência(2) é causado pela difracção da luz incidente que é devida ao tipo de estrutura que as opalas apresentam.
Até 1964 esta estrutura não era conhecida e consequentemente a síntese de opalas não era possível. Foi graças ao micoscópio electrónico, que se descobriu que os apreciados efeitos ópticos eram produzidos pelo arranjo tri-dimensional de esférulas de sílica de igual tamanho (ultramicroscópicas) espaçadas regularmente, que funcionam como uma rede de difracção.

A difracção da luz provoca a sua decomposição em cores do espectro de luz visível. São essas cores que se podem observar quando a pedra é olhada de diversos ângulos e que a tornam tão desejada.
O tamanho das esférulas de sílica varia consoante os diversos tipos de opala. Desta forma, consoante o maior ou menor tamanho das esférulas de sílica também o “jogo de cores” produzido tem mais ou menos cores: as opalas constituídas por esférulas maiores permitem a passagem, através dos espaços entre elas, de todos os componentes da luz branca; as opalas constituídas por esférulas menores bloqueiam os comprimentos de onda maiores (responsáveis pelos vermelhos e laranjas). Assim as primeiras produzem uma irisação com muitas cores (do vermelho ao violeta do espectro de luz visível) e as segundas produzem uma irisação com menos cores.

Depois de conhecida a estrutura das opalas, foi possível iniciar experiências para a sua síntese. Em 1974, as primeiras opalas sintéticas foram comercializadas por Pierre Gilson.
A opala é depositada em cavidades e fissuras nas rochas, a partir da precipitação química de águas ricas em silício ou pode ter origem na acumulação de restos de esqueletos de organismos marinhos animais (radiolários e espículas de certas esponjas) e vegetais (diatomáceas). Também ocorre em fósseis substituíndo as estruturas originais (opala de madeira).
A opala de madeira, xilopala ou xilóide, forma-se quando no processo de fossilização há a substituição da celulose, principal constituinte da madeira, por opala. Na floresta Petrificada de Holbrook, no Arizona, EUA, encontram-se magníficos troncos de araucária petrificados com 65m de comprimento e 3m de largura. Este local é actualmente um Parque Nacional.
A opala de fogo, também muito apreciada, apresenta-se transparente com uma bonita cor castanho-mel avermelhado. Por vezes esta variedade exibe também iridescência, tornando-se mais valiosa. Esta variedade provém essencialmente do México.

A melhor maneira da opala exibir o efeito do “jogo de cores” é quando é talhada em cabochão. As opalas de fogo são muitas vezes facetadas e no caso de poderem exibir alguma iridescência são frequente talhadas com a “mesa” (a faceta maior da coroa), ligeiramente curva.
Opalescência é um termo que se refere ao efeito translúcido e leitoso que algumas opalas apresentam; no entanto este termo é, muitas vezes, erradamente utilizado para definir o efeito óptico da multiplicidade de cores observadas nas variedades de opala nobre.
O nome opala deriva de upala, que em sânscrito significa pedra ou pedra preciosa. Esta pedra é conhecida e apreciada desde a Antiguidade. Os Romanos consideravam-na a gema mais bela depois da Esmeralda. Contava-se que “(…) no sec. I a.c., o senador Nonnio preferiu partir para o exílio a ter de ceder uma opala preciosa a Marco António.” In colecção Minerais e Pedras Preciosas, 1993.
Foi associada ao poder e a várias capacidades medicinais, mas mais tarde adquiriu fama de trazer azar. Esta fama perdurou durante muito tempo e só nos finais do sec. XIX, com a descoberta das enormes jazidas na Austrália, é que começou outra vez a ser procurada como pedra de adorno. A rainha Victória, que gostava muito desta gema, contribuiu muito para a sua divulgação.
As jazidas mais antigas localizam-se na ex-Checoslováquia. Actualmente cerca de 96% da produção de opalas nobre provem da Austrália. Há também jazidas no México, no Brasil, nos EUA (Oregon, Nevada e Idaho) e na Ucrânia.

As bonitas opalas australianas foram descobertas em 1869 em Listowel Downs (em Western Queensland), mas é só em 1889 que a indústria das opalas se estabelece, quando Tullie Wollaston as comercializa com sucesso. Ocorrem numa vasta região denominada de “cintura de opala de Queensland”, com 800 Km, entre New South Wales e a fronteira Queensland / Kynuna; são zonas muito áridas aonde as condições de vida são difíceis.
Actualmente os exemplares de opala nobre preta provêm de Lightning Ridge, New South Wales, mas no passado entre as décadas de 30 e 60 magníficas opalas pretas provinham da mina Mighty Hayricks.
Situada entre Adelaide e Darwin, Cober Pedy é a mina de opala mais larga do mundo e foi descoberta em 1915 por um rapaz de 14 anos de idade durante uma expedição à procura de água. Cober Pedy é responsável por cerca de 80% da produção australiana.
(1) Cabochão é um estilo de talhe: a pedra apresenta um topo côncavo de forma, geralmente, arredondada e uma base mais ou menos plana.
(2) Iridescência – reflecção das cores do arco-íris.

Um terço da indústria do xisto americano pode ser paralisada se o barril do petróleo cair abaixo de US$40

Um terço da indústria do xisto americano pode ser paralisada se o barril do petróleo cair abaixo de US$40 




Segundo o bilionário texano Ross Perot Jr a indústria do xisto, que é a maior produtora de gás natural e de óleo dos Estados Unidos, pode sofrer se o barril de petróleo cair abaixo de US$40.

Ele acredita que entre 20 a 30% dos projetos sejam fechados a estes preços.

Somente o óleo produzido nos folhelhos (xistos) americanos, que é de 4 milhões de barris ao dia, pode abastecer o Brasil, com sobra. A produção do xisto é maior do que a produção do Iraque.

É esse petróleo que está ameaçando os tradicionais produtores árabes que, em contrapartida, estão fazendo o preço do barril cair, em uma queda de braço com os americanos.

Esta madrugada o Presidente Barack Obama falou especificamente sobre o óleo e gás do xisto, dizendo que é uma conquista americana que o governo dos Estados Unidos irá proteger.

Talvez os americanos tenham uma carta na manga para proteger os produtores locais...