domingo, 15 de março de 2015

Degelo acelerado na Groenlândia Derretimento de calotas polares faz surgir depósitos de pedras preciosas.


Derretimento de calotas polares faz surgir depósitos de pedras preciosas.
Cidade que sobrevivia da pesca do camarão já sente impacto econômico.

À medida que os icebergs no Porto Kayak estalam e assoviam enquanto derretem, esta remota cidade ártica e sua cultura também estão desaparecendo com a mudança climática.
O maior empregador de Narsaq, uma empacotadora de camarões, fechou há alguns anos depois que os crustáceos foram para o norte em busca de águas mais frias.
Onde antes havia oito navios de pesca comercial, hoje não há nenhum. Como resultado, a população da cidade, uma das maiores do sul da Groenlândia, foi reduzida para 1.500 habitantes em apenas uma década. Os suicídios estão em alta. "A pesca é o coração desta cidade", disse Hans Kaspersen, um pescador de 63 anos. "Muitas pessoas perderam seu sustento."
Porém, mesmo com as temperaturas mais quentes afetando a vida tradicional na Groenlândia, elas também oferecem intrigantes novas oportunidades para este estado de 57 mil habitantes – e talvez em nenhum lugar isso seja mais aparente do que em Narsaq.
Vastos novos depósitos de minerais e pedras preciosas vêm sendo descobertos com o recuo da maciça calota polar da Groenlândia, formando uma indústria de mineração potencialmente lucrativa. Um dos maiores depósitos mundiais de metais raros – essenciais para a fabricação de celulares, turbinas eólicas e carros elétricos – fica exatamente ao lado de Nasdaq.
Isso pode ser oportuno para a Groenlândia, que sempre dependeu de meio bilhão de dólares em pagamentos de previdência social da Dinamarca, país ao qual pertence. Os lucros da mineração podem ajudar a Groenlândia a se tornar mais autossuficiente, e algum dia podem até mesmo transformá-la na primeira nação soberana criada pelo aquecimento global. "Uma de nossas metas é obter a independência", afirmou Vittus Qujaukitsoq, importante líder sindical trabalhista.
Mineração começa a ganhar força em cidade da Groenlândia devido ao degelo acelerado e à descoberta de recursos minerais (Foto: Andrew Testa/NYT)Mineração começa a ganhar força em cidade da Groenlândia devido ao degelo acelerado e à descoberta de recursos minerais (Foto: Andrew Testa/NYT)
Nova atividade econômica, novo impacto social
Mas a rápida transição de uma sociedade de pescadores e caçadores individuais a uma economia sustentada pela mineração corporativa levanta questões complexas. Como os assentamentos insulares da Groenlândia lidariam com um influxo de milhares de operários chineses ou poloneses, como foi proposto? Será que a mineração afetaria um ambiente essencial à identidade nacional da Groenlândia – as baleias e focas, os silenciosos fiordes de gelo, os míticos ursos polares? Conseguiriam os pescadores reinventar-se como mineiros?
"Acho que a mineração será o futuro, mas esta é uma fase difícil", declarou Jens B. Frederiksen, ministro de habitação e infraestrutura da Groenlândia e vice-premiê. "É um plano que nem todos querem. Estamos falando de tradições, a liberdade de um barco, profissões de família."
O Ártico está aquecendo ainda mais rápido do que outras partes do planeta, e o derretimento do gelo vem causando alarme, entre cientistas, a respeito do nível do mar. No nordeste da Groenlândia, a temperatura média anual subiu 2,5 graus Celsius nos últimos 15 anos, e cientistas preveem que a região poderia se aquecer de 7,8 a 11,7 graus até o fim do século.
O bloco de gelo que cobre os fiordes já não é mais estável o bastante para tráfego de trenós ou motoneves em muitas regiões. A pesca de inverno, essencial para alimentar as famílias, vem se tornando perigosa ou impossível.
Retrocesso do gelo no Ártico bateu recorde negativo histórico em 2012 devido às altas temperaturas do verão no Hemisfério Norte
Sempre se soube que a Groenlândia fica sobre enormes veios minerais, e o governo dinamarquês os mapeou durante décadas. Niels Bohr, físico nuclear dinamarquês que ganhou o prêmio Nobel e é membro do Manhattan Project, visitou Narsaq em 1957 por seus depósitos de urânio.
Mas as tentativas anteriores de explorar a mineração fracassaram, mostrando-se caras demais nas condições adversas. Agora, o aquecimento alterou a equação.

Em busca de ouro, zinco...
O Gabinete de Minerais e Petróleo da Groenlândia, responsável por administrar o crescimento, atualmente possui 150 licenças ativas para exploração mineral; há dez anos eram apenas 20. No total, as empresas gastaram US$ 100 milhões explorando os depósitos da Groenlândia no ano passado, e várias outras estão solicitando licenças para iniciar a construção de novas minas – de ouro, ferro, zinco e outros metais raros. Há também empresas estrangeiras explorando o petróleo offshore.
"Por mim, eu não ligaria se toda a camada de gelo desaparecesse", declarou Ole Christiansen, presidente da NunamMinerals, maior mineradora da Groenlândia, enquanto caminhava por um possível local para mineração de ouro perto de Nuuk, a capital. "Conforme o gelo derrete, estamos vendo novos lugares com geologias bem atraentes."
A mina de chumbo e zinco Black Angel, fechada em 1990, está tentando reabrir neste ano, disse Jorgen T. Hammeken-Holm, que supervisiona os licenciamentos no gabinete de mineração do país, "pois o gelo está recuando e há muito mais para explorar".
O governo groenlandês espera que essa mineração gere uma nova renda. Ao conceder o governo local à Groenlândia, em 2009, a Dinamarca congelou seu subsídio anual – que está programado para diminuir ainda mais nos próximos anos.
Mas a Groenlândia também pretende usar o poder proporcionado por seus novos recursos minerais para exercer "influência política em questões que importam para nós", explicou Frederiksen, o vice-premiê.
Muitos moradores se ressentem pelo fato de dinamarqueses mais instruídos administrarem as poucas empresas do pequeno país. O governo também quer persuadir a União Europeia a suspender sua proibição sobre as importações de produtos de foca, de 2009, que devastou um negócio crucial para o povo inuíte e resultou num acúmulo de 300 mil peles – cerca de cinco para cada habitante.
Vastos depósitos de pedras preciosas têm sido descobertos na região e chamado a atenção do mercado mundial de mineração (Foto: Andrew Testa/NYT)
Garimpos pelos próximos cem anos
Em Narsaq, um conjunto de casas com cores vivas e cercadas por fiordes espetaculares, duas empresas estrangeiras estão solicitando permissão ao governo para atuar na mineração.
"Isso é importantíssimo; podemos garimpar isso pelos próximos 100 anos", afirmou Eric Sondergaard, geólogo da empresa australiana Greenland Minerals and Energy, que estava nos arredores de Narsaq recentemente. Ele cutucava rochas num planalto parecido com a lua, onde se estima haver 9,5 milhões de toneladas de minério de terras raras.
Essa proximidade promete empregos e a empresa já está treinando alguns jovens em perfuração e inglês, o idioma internacional das operações de mineração. Eles pretendem construir uma planta de processamento, um novo porto e mais estradas (atualmente, a Groenlândia não possui nada disso fora das áreas povoadas).

O minúsculo aeroporto de Narsaq, antes ameaçado de fechamento pela falta de tráfego, poderá ser ampliado. Um proprietário de terras local está pensando em converter um bloco de apartamentos abandonado num hotel.
"Haverá muita gente vindo de fora, e isso será um grande desafio, já que a cultura groenlandesa sempre foi isolada", disse Jasper Schroder, estudante de Universidade da Dinamarca que veio passar férias em casa, em Narsaq.
Novos depósitos de minerais e pedras preciosas vêm sendo descobertos com o recuo da calota polar da Groenlândia
Ainda assim, ele apoia a mina e espera que ela gere empregos e contenha a onda de suicídios, especialmente entre seus colegas; a Groenlândia tem uma das maiores taxas de suicídio do mundo.

"As pessoas desta cultura não querem ser um fardo para suas famílias se já não podem contribuir", explicou ele. Mas nem todos estão convencidos dos benefícios da mineração.
"Claro que a mina vai ajudar a economia local e a Groenlândia, mas não tenho certeza se ela será boa para nós", declarou Dorothea Rodgaard, que administra uma pousada local. "Estamos preocupados com a perda da natureza."
Muitas decisões políticas importantes estão pendentes junto ao governo da Groenlândia. O sindicato nacional dos trabalhadores quer proibir o uso de tripulações estrangeiras com baixos salários, pois não quer ver o nível salarial local reduzido ou empregos perdidos para trabalhadores estrangeiros. Mas não existem trabalhadores nativos suficientes para construir as minas sem ajuda externa.
E para que o desenvolvimento vá adiante, o governo terá de revisar uma antiga política de "tolerância zero" contra a mineração de material radioativo – um reflexo da rígida postura antinuclear dinamarquesa. Minérios de terras raras ficam quase sempre entremeados com alguns elementos radioativos.
Simon Simonsen, prefeito da Groenlândia do Sul (que inclui Narsaq), afirmou que a maioria dos residentes da região já superou o medo inicial e aceitou os níveis de radioatividade envolvidos. "Se não conseguirmos essa mina", completou ele, "Narsaq continuará ficando cada vez menor".

A dura vida dos pesquisadores de diamantes primários

A dura vida dos pesquisadores de diamantes primários 



A pesquisa de diamantes em fontes primárias como kimberlitos e lamproitos, não é para qualquer um. É um trabalho altamente técnico, incrivelmente caro e se não for adequadamente conduzido, há o risco de se perder uma jazida ou de investir onde não existe depósito econômico.

Quando os teores são baixos, o que é o caso da maioria dos kimberlitos, uma amostra de pequeno volume não tem nenhuma representatividade e qualquer que seja o teor obtido não deve ser considerado. Para entender essa premissa é necessário ler os próximos parágrafos.

 A concentração dos diamantes na rocha fonte é, frequentemente muito pequena, de apenas algumas miligramas por tonelada. Isso obriga o pesquisador fazer verdadeiras minas piloto para obter dados fidedignos como teor, qualidade, preço e tamanho médio dos diamantes.

Um bom exemplo é a mina de Letseng no Lesotho. Ela é uma das mais importantes minas de diamante primário do mundo.

No kimberlito de Letseng o teor médio é de apenas 3 quilates (600 miligramas) por tonelada de minério.

Com teores tão baixos as amostras pequenas, de 50kgs, por exemplo, irão quase sempre dar resultados negativos para diamante. Se você fizer esse erro poderá simplesmente perder uma jazida de bilhões de dólares. Ou, gastar muito em um prospecto sem nenhum valor...

A pergunta que se deve fazer é: qual o tamanho mínimo de uma amostra que seja representativa do teor, qualidade, preço e tamanho do diamante de Letseng?

Lembre-se que o investimento em Capex para uma mina destas pode chegar e ultrapassar a 1 bilhão de dólares, o que nos obriga a ter muita confiança nos dados obtidos na pesquisa. Na realidade antes da viabilidade econômica o nível de confiança deve estar próximo dos 97,5%, mas isso é uma outra história...

Sem entrar em cálculos estatísticos complexos a resposta mais utilizada pelos pesquisadores é que é necessário coletar um mínimo de 2.000 quilates de diamante (por amostra) para que essa tenha alguma representatividade de teor.

Por este cálculo simples seria necessário uma amostra mínima de 67.000 toneladas. Ocorre que em Letseng os diamantes médios são os maiores do mundo. Este kimberlito é o que produz mais diamantes acima de 10 quilates, o que faz o preço médio do diamante de Letseng ser um dos mais elevados.

Estas características fazem com que uma amostra representativa tenha que ser, no mínimo, de 1 milhão de toneladas.

Assustado?

Lembre-se que dependendo do kimberlito existem imensas variações faciológicas o que vai aumentar em muito o número de amostras a serem coletadas. O pior é que cada fácie tem um teor diferente e alguns, no mesmo pipe, podem ser estéreis.

Ou seja, é necessário uma verdadeira mina para que o investidor tenha a certeza de que o projeto é viável.

É por essas características da jazida que várias empresas amostraram o kimberlito e nunca conseguiram entender os teores, qualidade e tamanhos médios reais. Alguns anos atrás eu debati esse assunto com um “expert” em diamantes Sul-Africano. Ele me confidenciou que a empresa dele havia investido milhões em Letseng sem conseguir ver a viabilidade do projeto, pois nunca amostraram grandes volumes, como necessário.

Como se vê, essas particularidades fazem a pesquisa em Letseng ser caríssima. Foi por isso que entre a descoberta em 1957 e a mina se passaram 20 anos e muitos perderam dinheiro em uma das jazidas mais rentáveis da África.

A sorte é que a garimpagem feita ao longo destes 20 anos produziu dezenas de milhares de quilates o que permitiu, aos mais espertos, uma avaliação preliminar dos teores, qualidade, preço e tamanho.

O histórico de produção serviu como uma mina piloto e orientou os geólogos quanto ao tamanho mínimo da amostra de Letseng.

Lembre-se deste exemplo quando for avaliar os teores de um kimberlito. Talvez a resposta só seja possível se a sua empresa estiver disposta a investir dezenas de milhões na pesquisa.





A mina é famosa por seus diamantes enormes como o Lesotho Promise de 603 quilates (foto – Gem Diamond

Vale mais uma vez depreciada continua em queda

Vale mais uma vez depreciada continua em queda 




Quando parecia que as ações da Vale voltariam a recuperar os imensos prejuízos elas voltaram a cair impulsionadas por mais avaliações negativas.

Desta vez foram o Jefferies Group e o Cowen and Company que rebaixaram a ação da mineradora de $8 para $5.

Outros analistas também colocaram a Vale, recentemente, em “underperform” como o caso do Itaú e do Credit Suisse.

Com isso as ações atingem o pior preço nas últimas 52 semanas.  Enquanto isso o Presidente Murilo Ferreira parece estar se preparando para abandonar o navio, mudando para a Petrobras...

Será isso um prenúncio de mais quedas?

Alderon bye bye: o melhor projeto de minério de ferro do Canadá em vias de fechamento

Alderon bye bye: o melhor projeto de minério de ferro do Canadá em vias de fechamento 




A empresa junior canadense Alderon, dona do Projeto de minério de ferro Kami, foi a empresa canadense mais celebrada nos últimos anos recebendo prêmios pela sua qualidade, inclusive o do Desenvolvedor do Ano de 2014.

No entanto, enquanto os canadenses se deixavam levar pelo marketing do projeto e por notícias de vendas de minério a mercado futuro, os problemas afloravam a medida que o preço do minério despencava no mercado internacional.

O que poucos viam é que Kami é um projeto de baixa qualidade, com baixíssimo teor, elevado work index, repleto de problemas e custos operacionais elevados que só eram aceitáveis aos preços de minério de ferro nas alturas.

Apesar de nunca divulgado o all-in cost de Kami deve superar os US$60-US$70/t o que torna o projeto um natimorto.

Os principais motivos servem de exemplo àqueles que querem promover as suas jazidas acima dos fundamentos técnico-econômicos.

Kami tem reservas de 668Mt @ 29% . 

Teores baixos, quando o mineral de minério é a magnetita, nem sempre são problemas intransponíveis.

No entanto, no caso de Kami o minério está contido em uma formação ferrífera a base de magnetita, mas com hematita, carbonatos e silicatos de ferro que afetam o teor de ferro total e podem causar problemas metalúrgicos se não forem separados.

Para complicar as rochas são bastante duras (elevado WI) e, para que o minério seja liberado, as moagens deverão atingir níveis abaixo de 200# . Tudo isso se traduz um custo elevadíssimo.

Pit Kami
Como se vê no gráfico do pit, o minério de Kami está subverticalizado. Isto obriga a mineradora a fazer uma lavra a céu aberto com 400m de profundidade e uma relação de estéril-minério proibitiva.

Mais custos.

A lavra a céu aberto só irá lavrar (se um dia for iniciada) 50% do corpo. O restante deverá ser lavrado com custos de mina subterrânea.

Ou seja: o restante do corpo nunca será lavrado.

Mas os investidores de hoje não estavam muito preocupados com o amanhã, afinal, para a maioria isso tudo não passa de uma jogada de bolsa onde o objetivo é o lucro no curto prazo.

Foi essa visão que enlouqueceu e cegou a muitos que desprezaram os fundamentos.

Para cegar mais ainda os investidores a Alderon conseguiu injetar centenas de milhões de dólares através de acordos de offtake, onde o comprador (chinês) paga hoje para garantir o fornecimento amanhã.

Estes acordos fizeram a ação da Alderon (que está $0,27 hoje) subir acima de $1,70 (veja o gráfico) o que levou os “ experts” e analistas a transformarem a empresa na melhor coisa “depois da invenção do pão quente...”

Apesar disso o Portal do Geólogo não se iludia e divulgava matéria explicando que os all-in costs do projeto eram proibitivos...


Hoje a situação da empresa é desesperadora. A única saída seria a lavra de teores mais elevados, que não existem.

Kami e Alderon é mais um caso onde uma empresa está mais interessada em promover os seus ativos esquecendo-se de “pequenos” pontos básicos que fazem um projeto ser bem sucedido no futuro.

Para a maioria dos investidores de primeira hora, o seed money, a Alderon já deu lucros gigantescos, pois as ações desses foram adquiridas por poucos centavos...

Os demais investidores, que chegaram após o IPO e que foram atraídos pelo “canto da sereia”...bem esses terão que carregar o mico preto...

Quem sabe eles vão, agora, aprender algo sobre a economia mineral antes de colocar tudo em sonhos.

Um case de como não investir em uma empresa de mineração sem antes saber o que está por trás do sucesso ou do insucesso do empreendimento...Ou por que o analista deve ser um geólogo especializado em economia mineral...

Botuobinskaya a nova mina de diamantes da Alrosa entra em produção

Botuobinskaya a nova mina de diamantes da Alrosa entra em produção 



Botuobinskaya é mais um kimberlito na região Yakutia. Esta região é famosa por seus pipes e pela enorme produção de diamantes.

O novo pipe deverá produzir um milhão de quilates em 2015, excedendo 2 milhões de quilates por ano a partir de 2016, até o final da vida útil da mina.

Botuobinskaya deverá ter um ROM de 400.000 toneladas extraídas de uma operação a céu aberto.

A Alrosa, a maior produtora de diamantes do mundo, espera compensar a produção decrescente do pipe Nyurbinskaya, que se encontra somente a três quilômetros, mantendo a produção local constante em torno de 7,5 milhões de quilates ao ano.

Botuobinskaya é o primeiro novo pipe a entrar em produção no Yakutia em dez anos.

O kimberlito tem uma reserva Jorc de 13,7 Mt @ 5,19 quilates por tonelada.

No total serão recuperados, ao redor de 93 milhões de quilates, graças a um teor altíssimo de 5,19 quilates por tonelada: uma anomalia raríssima.