domingo, 29 de março de 2015

Será que o impensável vai ocorrer e a Vale vai vender parte de Carajás?

Será que o impensável vai ocorrer e a Vale vai vender parte de Carajás?


Desde a descoberta, em 1967, Carajás vem sendo o maior e mais rico distrito mineiro do Brasil. Lá existem grandes concentrações de minério de ferro, cobre, ouro, alumínio, manganês, molibdênio, níquel e caulim.

Mas foi o ferro de Carajás que literalmente transformou a Vale em uma potencia mundial, chegando em 2006 a ultrapassar a Rio Tinto e se tornar a segunda maior mineradora do planeta.

Infelizmente, mesmo com a qualidade excepcional do minério, a empresa vem sofrendo um cruel e lento processo de degradação causado por planejamentos deficientes e péssimas tomadas de posição.

Como resultado destes sucessivos erros a megamineradora perdeu, sistematicamente, o seu valor de mercado: em 2006 a empresa valia US$298 bilhões e hoje teve o seu “market cap” reduzido para apenas US$28,1 bilhões.

Uma queda, maior que 90%, inexplicável para quem tem a qualidade de Carajás e o melhor minério de ferro do mundo.

Uma realidade que nos envergonha!

Agora, em mais um desdobramento do mau gerenciamento recorrente que a caracteriza, a depauperada mineradora, a quarta do mundo, está colhendo o veneno que ela mesma plantou: a queda do preço do minério de ferro.

Esta queda, que foi causada pela inundação de minério de ferro em um mercado em processo de encolhimento, foi mais acentuada do que os protagonistas da trapalhada (Vale, Rio Tinto e BHP) imaginaram.

Enquanto todos os executivos acreditavam em preços ao redor dos US$90/t, o que se viu foi um desastre. Os preços caíram abaixo de US$55 e podem continuar ultrapassando a barreira dos US$50/t.

Os prejuízos estão sendo imensos, tornando as fraquezas da Vale ainda mais aparentes.

Além da óbvia perda de receitas e de investidores a empresa mergulha em um cenário de dívidas que ameaçam a eclipsar a própria empresa.

O analista do Deutsche Bank, Wilfredo Ortiz, agiu rápido e jogou a primeira pedra: ele diz que a Vale deve vender, pelo menos 20%, do seu melhor e mais extraordinário projeto: Carajás.

O que Ortiz fala foi ecoado por outros que também concordam que a empresa talvez não tenha outra solução a não ser a venda de Carajás.

Uma venda que, para todos os brasileiros deve ser inaceitável.

Vender parte de Carajás para tapar os buracos causados pelo mau gerenciamento é absolutamente impensável. Infelizmente essa medida, proposta pelos estrangeiros, serve para mostrar o que os executivos da Vale fizeram nos últimos anos com uma empresa que era sólida e o orgulho de um país.

Comprar um pedaço de Carajás é o sonho de qualquer mineradora do mundo, afinal ninguém mais tem minério de ferro com tal volume e qualidade.

No nosso entender isso pode, também, ser interpretado como um crime lesa-pátria. Carajás é um patrimônio nacional e como tal deve ser tratado.


O trem de Carajás e a pobreza...

O trem de Carajás e as desigualdades que poderiam ter sido minimizadas se a empresa adicionasse valor aos bilhões de toneladas de minério de ferro que ela exportou.

A Vale já causou inúmeros estragos à economia nacional e ao povo brasileiro que ainda se encontra mergulhado no desemprego e na pobreza, ao vender o minério de Carajás sem nenhum valor agregado. Ela literalmente “entregou” o minério de altíssima qualidade a preços de banana para chineses, japoneses e coreanos que usam o aço de Carajás para gerar produtos industrializados de alta tecnologia que exportam de volta ao Brasil a preços exorbitantes.

Graças a essa política pouco inteligente bilhões de toneladas de minério de ferro, vendidas a preços espúrios, retornaram com preços estratosféricos.

Alguém reclamou?

Não! Nós continuamos pagando, humildemente, sem questionar ou reclamar, como bons terceiro-mundistas que somos.

Por décadas os executivos da Vale celebraram a venda de um minério de ferro sem nenhum valor adicionado. Todo o lucro da cadeia produtiva é repassado aos países importadores.

Enquanto eles celebravam, muitos de nós, brasileiros, choramos.

Se o Brasil deixar, esses mesmos incompetentes, podem querer vender parte de Carajás para encobrir os seus próprios erros gerenciais.

Não queremos acreditar nesta hipótese, mas se ela for realmente cogitada, vamos lutar para que Carajás não seja entregue em uma bandeja e que os responsáveis da Vale voltem a celebrar, mais uma vez como heróis, em cima da dilapidação do patrimônio brasileiro.

sábado, 28 de março de 2015

Guerra do minério de ferro: preço atinge US$54,80/t. Assustada Fortescue pede para grandes mineradoras “agir como adultos”

Guerra do minério de ferro: preço atinge US$54,80/t. Assustada Fortescue pede para grandes mineradoras “agir como adultos”




O preço da tonelada do minério de ferro atingiu agora, US$54,80 no Porto de Tianjin, na China. Uma queda de 1,3% que fez as ações das mineradoras, também, cair.

A Vale está sendo negociada a -3,5%.

Do outro lado do mundo a quarta maior produtora de minério de ferro, a Fortescue, já começa a dar sinais evidentes de seus primeiros estertores.

Andrew Forrest, o CEO e principal acionista da Fortescue, abriu a boca e disse para o trio Vale, Rio Tinto e BHP que eles deveriam começar a “agir como adultos” iniciando um corte de produção e com isso evitando o colapso de tantas mineradoras.

A fala de Forrest parece não ter tido eco junto às mineradoras do triunvirato. Ele pode até ser interpretada como uma proposta de aliança para subir os preços do minério de ferro de volta para o patamar de US$90/t...

Sam Walsh, o CEO da Rio Tinto, não perdeu a oportunidade e disse que os comentários de Forrest “não faziam senso e que talvez ele não tenha tido a devida assessoria jurídica”...

O que Sam Walsh quer dizer é que se ele( Rio Tinto) não suprir o minério de ferro uma outra empresa vai.

Com esse raciocínio está fechado o círculo.

É guerra e ninguém vai carregar os feridos...

Real fraco traz investidores estrangeiros para a Bovespa: Petrobras sobe

Real fraco traz investidores estrangeiros para a Bovespa: Petrobras sobe




O Ibovespa está em alta, na contramão das demais bolsas, impulsionado pela forte entrada de capital estrangeiro.

Nos últimos dias os investidores estrangeiros compraram, na bolsa, mais de dois bilhões de reais. Eles se beneficiam de um Real barato que torna as ações brasileiras muito atraentes.

A Petrobras que pode publicar os seus balanços, paralisados desde setembro de 2014, subiu, somente hoje 5,58%.

terça-feira, 24 de março de 2015

Nem só de diamantes vive a Mineração duas Barras

Nem só de diamantes vive a Mineração duas Barras


Que a Mineração Duas Barras e sua subsidiária Brazil Minerals estão no comércio de diamantes todos sabem, mas que agora começaram a vender areia nem todos sabem...

Pois areia, um subproduto da operação de lavra do aluvião diamantífero está trazendo um novo fluxo de caixa para os cofres da mineradora. A planta de lavagem tem uma capacidade instalada de 450.000 toneladas, ou 80 toneladas de sedimentos por hora. George Prajin Não precisa ser Einstein para perceber que se 36% do sedimento processado é areia a produção diária será de 230t de areia por dia que podem ser vendidos reduzindo ainda mais os custos operacionais do processo. < br>
A Brazil Minerals produz diamantes, ouro e, agora, areia.

Interessado em diamantes? Que tal 77,77 quilates de pura beleza?

Interessado em diamantes? Que tal 77,77 quilates de pura beleza?




Enquanto a indústria tenta entender se o momento do diamante é bom como se esperava, contabilizando as vendas do Natal, do feriado chinês e do St Valentine, em outro cenário, o mundo verá mais um leilão espetacular calcado exatamente na venda de uma única pedra.

Em abril a Sotheby´s vai leiloar um diamante raro. Uma pedra perfeita de cor amarela vívida com 77,77 quilates: o Pricey.

A pedra, pela sua qualidade, transparência, pureza e cor extraordinária é considerada muito rara e deverá ser vendida por mais de US$8 milhões.

Será que existirão compradores para essa raridade?

Com certeza sim! O dinheiro existe e pedras dessa qualidade são grandes investimentos de elevada liquidez.

Interessado?