domingo, 12 de abril de 2015

Yamana deve lançar ações da Brio Gold no terceiro trimestre

Yamana deve lançar ações da Brio Gold no terceiro trimestre




A Yamana Gold planeja abrir o capital de sua nova empresa a Brio Gold ainda no terceiro trimestre de 2015. Com o IPO a Yamana espera capitalizar e adicionar valor aos projetos Fazenda Brasileiro na Bahia e Pilar em Goiás e C1 Santa Luz.

A produção de ouro da Brio Gold no último trimestre foi de 31.000 onças de ouro sendo que 61,29% foi proveniente da mina de Pilar em Goiás.

Os custos operacionais médios das duas minas é de US$825. No entanto a Yamana espera que a produção da Brio Gold atinja 1,3 milhões de onças em 2015 com um custo operacional médio de US$730/t.

A mina de Pilar tem um controle mais moderno e deverá melhorar a produção e os custos operacionais ao longo do ano.

Já a mina de Santa Luz, ainda em estudos metalúrgicos, deverá eventualmente contribuir com 100.000 onças de ouro a partir de 2016.

 
O Brasil ainda vai ser o maior  exportador de ouro do mundo. Só a região de Marabá, Altamira, Tapajós no Pará, tem toneladas de  ouro a serem descobertas, só em Altamira/Pa a Belo Sun Confirmou toneladas de ouro em apenas 5% dos Alvarás na Volta Grande do Xingú, vai ser outra "SERRA PELADA" OU TALVEZ 100 Vezes a reserva da serra pelada, muitos bilhões de dólares!

Exploração mineral: como fazer um erro de bilhões de dólares?

Exploração mineral: como fazer um erro de bilhões de dólares?




O Geólogo de exploração e sua equipe são os principais responsáveis por trilhões de dólares de retorno para as suas empresas e para os países onde elas trabalham. São eles os descobridores dos jazimentos, que podem ser pequenos ou gigantescos, que irão alimentar a indústria e praticamente todos os segmentos da economia, criando milhões de empregos e, muitas vezes, mudando completamente a economia e o rumo do país.

Imagine um Brasil sem Carajás, ou uma África do Sul sem platina e diamantes, os Emirados Árabes sem o petróleo, um Chile sem o cobre ou os Estados Unidos sem o ferro...

A importância dos minerais no cotidiano de todos nós é tão grande que é praticamente impossível pensar em qualquer coisa que nos cerca que não tenha sido originado em uma mina ou cuja existência não esteja diretamente ligada aos produtos minerais extraídos. Até os produtos orgânicos como a madeira, os tecidos e o próprio papel não seriam usados intensivamente se não fosse a mineração.

Mas, como sempre, existe o outro lado da moeda. O mesmo geólogo de exploração que descobre riquezas pode ser o responsável direto por prejuízos imensos.

Talvez você se pergunte como isso é possível.

Na maioria das vezes o erro bilionário, como todo o erro,  só será percebido e quantificado muito tempo depois de ter sido feito.

É o caso de Argyle, que uso para ilustrar o ponto.

Descoberto em 1979, Argyle é um olivina lamproito que se tornou o maior produtor individual de diamantes do planeta, famoso por ser, também, a fonte dos melhores e mais caros diamantes rosa do mundo.

Em 1994 a mina de Argyle produziu  42 milhões de quilates de diamantes, o equivalente a uma carga completa de um caminhão...

Pois essa mina, que gerou e vai gerar bilhões de dólares à sua dona a Rio Tinto, poderia ter uma história muito diferente se não fosse um erro crasso feito pela equipe de exploração mineral da De Beers, algum tempo antes da descoberta...

Segundo a história oficial, o diamante de Argyle foi descoberto por uma equipe de geólogos de uma associação entre a CRA Ltd (Rio Tinto) e a australiana Ashton Mining Ltd. A descoberta ocorreu durante um follow-up em uma anomalia de diamante descoberta em sedimentos de corrente coletados na drenagem Smoke Creek, durante um programa de prospecção regional.

Os geólogos estavam coletando amostras de sedimento de corrente e rochas, durante o follow-up, quando foi avistado um diamante em um formigueiro... A drenagem de Smoke Creek nasce em uma estrutura onde está encaixado o lamproito de Argyle (imagem).

O achado acelerou o processo e, em 1983, foi tomada a decisão de implantar uma gigantesca mina a céu aberto.

Até aí essa é a história que todos conhecem. O que ainda está para ser contado é o que aconteceu antes da descoberta oficial.

Décadas depois do início da mina, o amigo John Collier, que era o General Manager da  CRA na época da descoberta e, mais tarde, o responsável pela exploração mundial da Rio Tinto, me confirmou que a história do diamante no formigueiro era real. Mas, o que eu fiquei sabendo, contado pelo próprio geólogo do projeto, Warren Atkinson, foi tremendamente interessante e cria uma nova versão à descoberta, ao mesmo tempo em que desvenda um dos grandes erros da exploração mineral mundial.

Bem antes da CRA e Aston coletarem as duas amostras com diamantes nas drenagens de Smoke Creek, uma outra mineradora, a gigante Sul-Africana De Beers, considerada por muitos como a única empresa  no mundo a dominar a prospecção de kimberlitos, havia também trabalhado e amostrado a região de Argyle.

O que levou os geólogos da De Beers a perder a maior jazida aflorante de diamantes do mundo?  Uma jazida cujos diamantes formavam um halo de dispersão de dezenas de quilômetros drenagem abaixo: uma das amostras da CRA, com diamante, foi coletada a 20km de distância do corpo...

Muitos dirão que a De Beers tropeçou na sua própria fama.

A empresa havia desenvolvido uma metodologia de prospecção que usava os minerais satélites de kimberlitos, extraídos de sedimentos de corrente, cuidadosamente coletados. Através dos estudos desses minerais, principalmente das granadas tipo piropo, ilmenitas e cromo-diopsídios a De Beers conseguia perceber, com grande dose de precisão, a proximidade de um corpo kimberlítico. Esse método exploratório funcionou muito bem na África e até no Brasil. No entanto, na Austrália, tudo deu errado e a maior jazida de diamantes do mundo foi, simplesmente, perdida.

É que Argyle não é um kimberlito, mas sim um lamproito, uma rocha diferente, com minerais satélites distintos. O lamproito de Argyle praticamente não tem granadas, poucas ilmenitas e raros cromo-diopsídios.

O melhor satélite do lamproito de Argyle, como você já deve ter imaginado, é o próprio diamante e, secundariamente, a cromita. Se a De Beers tivesse analisado as suas amostras para micro diamantes, diamantes com diâmetro menor que 0,5mm, ela teria encontrado Argyle antes de qualquer outra empresa.

Aí a realidade seria muito diferente da de hoje...


satélites do diamante
Na imagem acima granadas piropo e um microdiamante recuperados em programa de prospecção para fontes primárias de diamantes.

É irônico, mas algumas amostras de sedimentos de corrente coletadas pela De Beers, isso só foi constatado após Argyle, continham micro e, também, macro diamantes.

O erro foi grave, afinal quando pesquisamos um mineral ou elemento a primeira análise deve ser direcionada para o próprio, coisa que a prepotência da De Beers, que achava que tudo sabia da exploração mineral para diamante, a fez errar.

Não foi só Argyle que a De Beers perdeu.

Ela perdeu todas as demais jazidas diamantíferas da região, como Ellendale 4 e todas as jazidas, incluindo as canadenses descobertas posteriormente pela Rio Tinto que, fortaleceu-se com Argyle, tornando-se uma feroz e poderosa competidora.

Mais ainda, a De Beers viu o seu cartel, o CSO (Central Selling Organization), ruir. Era o CSO, que regulava os preços e controlava com mão de ferro 90% das vendas de diamantes no mundo.  A Rio Tinto foi a primeira mineradora, fora do Cartel, a contestar a De Beers e estabelecer uma operação de venda, em 1996, na Antuérpia, o que ajudou a desmontar a CSO.

O prejuízo da De Beers, por não ter tratado adequadamente as amostras coletadas, foi simplesmente imenso, da ordem de muitos bilhões de dólares e repercute até hoje.

A responsabilidade do geólogo de exploração é enorme. Lembre-se disso quando fizer o seu trabalho de pesquisa mineral.

Nada supera a qualidade!

Projeto da Belo Sun pode produzir 3,5 Mi de onças de ouro no Pará

Projeto da Belo Sun pode produzir 3,5 Mi de onças de ouro no Pará




A Belo Sun informou ontem que concluiu o estudo de viabilidade do projeto de ouro Volta Grande, próximo a Altamira (PA). A mineradora canadense afirma ser possível uma produção anual média de 205 mil onças de ouro durante 17 anos de vida útil da mina. O documento apontou reservas provadas e prováveis de 3,8 milhões de onças de ouro em Volta Grande.

domingo, 5 de abril de 2015

ALEXANDRITA

ALEXANDRITA



A mais rara e valiosa variedade de crisoberilo exibe as cores verde e vermelha, as mesmas da Rússia Imperial, e seu nome é uma homenagem a Alexandre Nicolaivich, que mais tarde se tornaria o czar Alexandre II; de acordo com relatos históricos, a sua descoberta, nos Montes Urais, em 1830, deu-se no dia em que ele atingiu a maioridade.

Como uma das mais cobiçadas gemas, esta cerca-se de algumas lendas, a mais difundida das quais diz que o referido czar teria ordenado a execução de um lapidário, depois que este lhe devolveu uma pedra de diferente cor da que lhe houvera sido confiada para lapidar.

Esta lenda deve-se ao fato de que a alexandrita apresenta um peculiar fenômeno óptico de mudança de cor, exibindo uma coloração verde a verde-azulada (apropriadamente denominada “pavão” pelos garimpeiros brasileiros) sob luz natural ou fluorescente e vermelha-púrpura, semelhante a da framboesa, sob luz incandescente. Quanto mais acentuado for este cambio de cor, mais valorizado é o exemplar, embora, para alguns, os elevados valores que esta gema pode alcançar devam-se mais a sua extrema raridade que propriamente à sua beleza intrínseca.

Esta instigante mudança de cor deve-se ao fato de que a transmissão da luz nas regiões do vermelho e verde-azul do espectro visível é praticamente a mesma nesta gema, de modo que qualquer cambio na natureza da luz incidente altera este equilíbrio em favor de uma delas. Assim sendo, a luz diurna ou fluorescente, mais rica em azul, tende a desviar o equilíbrio para a região azul-verde do espectro, de modo que a pedra aparece verde, enquanto a luz incandescente, mais rica em vermelho, faz com que a pedra adote esta cor.

Este exuberante fenômeno é denominado efeito-alexandrita e outras gemas podem apresentá-lo, entre elas a safira, algumas granadas e o espinélio. É importante salientar a diferença entre esta propriedade e a observada em gemas de pleocroísmo intenso, como a andaluzita (e a própria alexandrita), que exibem distintas cores ou tons, de acordo com a direção em que são observadas e não segundo o tipo de iluminação a qual estão expostas.

Analogamente ao crisoberilo, a alexandrita constitui-se de óxido de berílio e alumínio, deve sua cor a traços de cromo, ferro e vanádio e, em raros casos, pode apresentar o soberbo efeito olho-de-gato, explicado detalhadamente no artigo anterior, no qual abordamos o tema do crisoberilo.

As principais inclusões encontradas na alexandrita são os tubos de crescimento finos, de forma acicular, as inclusões minerais (micas, sobretudo a biotita, actinolita acicular, quartzo, apatita e fluorita) e as fluidas (bifásicas e trifásicas). Os planos de geminação com aspecto de degraus são também importantes características internas observadas nas alexandritas.

Atualmente, os principais países produtores desta fascinante gema são Sri Lanka (Ratnapura e diversas outras ocorrências), Brasil, Tanzânia (Tunduru), Madagascar (Ilakaka) e Índia (Orissa e Andhra Pradesh).

No Brasil, a alexandrita ocorre associada a minerais de berílio, em depósitos secundários, formados pela erosão, transporte e sedimentação de materiais provenientes de jazimentos primários, principalmente pegmatitos graníticos. Ela é conhecida em nosso país pelo menos desde 1932 e acredita-se que o primeiro espécime foi encontrado em uma localidade próxima a Araçuaí, Minas Gerais. Atualmente, as ocorrências brasileiras mais significativas localizam-se nos estados de Minas Gerais (Antônio Dias/Hematita, Malacacheta/Córrego do Fogo, Santa Maria do Itabira e Esmeralda de Ferros), Bahia (Carnaíba) e Goiás (Porangatú e Uruaçú).

A alexandrita é sintetizada desde 1973, por diversos fabricantes do Japão, Rússia, Estados Unidos e outros países, que utilizam diferentes métodos, tais como os de Fluxo, Czochralski e Float-Zoning, inclusive na obtenção de espécimes com o raro efeito olho-de-gato.

A distinção entre as alexandritas naturais e sintéticas é feita com base no exame das inclusões e estruturas ao microscópio e, como ensaio complementar, na averiguação da fluorescência à luz ultravioleta, usualmente mais intensa nos exemplares sintéticos, devido à ausência de ferro, que inibe esta propriedade na maior parte das alexandritas naturais.

Na prática, a distinção por microscopia é bastante difícil, seja pela ausência de inclusões ou pela presença de inclusões de diferente natureza, porém muito semelhantes, o que, em alguns casos, requer ensaios analíticos mais avançados, não disponíveis em laboratórios gemológicos standard.
O custo das alexandritas sintéticas é relativamente alto - mas muito inferior ao das naturais de igual qualidade - pois os processos de síntese são complexos e os materiais empregados caros. O substituto da alexandrita encontrado com mais frequência no mercado brasileiro é um coríndon sintético “dopado” com traços de vanádio, que também exibe o câmbio de cor segundo a fonte de iluminação sob a qual se observa o exemplar. Eventualmente, encontram-se, ainda, espinélios sintéticos com mudança de cor algo semelhante à das alexandritas.

Turismo Mineral: gemas de Minas atraem turistas de todo o mundo

Turismo Mineral: gemas de Minas atraem turistas de todo o mundo

A história de Minas Gerais tem início com a procura pelas riquezas minerais no estado. Os registros das primeiras descobertas de gemas no Estado de Minas Gerais datam de 1554, quando ocorreram as primeiras Entradas e Bandeiras que percorreram o interior do Brasil em busca de ouro e outras riquezas. Hoje o estado é conhecido internacionalmente pelo subsolo rico em minerais, gemológicos e amostras raras para coleção, sendo o principal produtor de ouro, gemas coradas e diamantes do Brasil. Todas estas características fazem com que o turismo mineral tenha uma grande procura, principalmente pelo mercado internacional.
Os principais pólos mineradores são os municípios de Ouro Preto, Itabira, Guanhães, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Araçuaí, Diamantina e Corinto, onde é possível acompanhar uma série de atrativos ligados a atividade mineradora, além de promover o acesso e a comercialização das gemas e minerais produzidos no estado.
Além do ouro, as principais pedras preciosas encontradas no estado são a esmeralda, a água-marinha, topázios, o diamante, a turmalina, a alexandrita, o crisoberilo, o heliodoro, a morganita, o olho-de-gato, a kunzita, a andaluzita, a granada, a ametista e o citrino. O estado ainda tem a produção de gemas exclusivas encontradas na região, como o topázio imperial, que tem sua extração no município de Ouro Preto.
Gemas de Minas Gerais atraem turistas de todo o mundo
Gemas de Minas Gerais atraem turistas de todo o mundo
A grande quantidade de gemas produzidas no estado, alinhado aos atrativos culturais e naturais presentes nas principais regiões, formam um grande produto turístico, e que é comercializado pela D’Minas Turismo. Fatores históricos, geológicos, geográficos, sociais integrados formam um roteiro temático que disponibiliza para os turistas momentos de conhecimento cultural, vivências e compras.
Ouro Preto e Mariana
Uma das cidades em que a mineração está mais evidente na sua história e no cotidiano do seu povo é Ouro Preto e Mariana. E toda a atividade turística está ligada ao turismo mineral e comercialização de gemas.
A estruturação turística também coloca a disposição dos turistas grandes atrativos. Um exemplo é o Museu de Ciência e Técnica, cujo acervo mineralógico é um dos maiores da América Latina e a Casa dos Contos, edificação por onde passava todo o ouro produzido na região para a cobrança do quinto. O garimpo de topázio imperial de Antonio Pereira, ainda em funcionamento e explorado com técnicas totalmente artesanais recebe um expressivo fluxo de turistas e tem pavimentação asfáltica até sua entrada.
Mariana também é uma boa opção para visitação, a primeira cidade e capital de Minas Gerais tem além do seu conjunto arquitetônico a única mina de ouro aberta a visitação turística do Brasil, a antiga Mina de Ouro de Passagem.
Itabira e Nova Era
A região de Itabira e Nova Era tem grande importância na produção mineral do estado, pois a região é uma das principais produtoras de esmeraldas do mundo além das históricas e impressionantes minerações de ferro do Quadrilátero Ferrífero. Além da esmeralda e do ferro, ainda se encontra nos arredores a alexandrita, gema cuja raridade e preço são impressionantes. O Brasil é o principal produtor desta gema, com pouquíssimos exemplares que chegam ao comércio.
Na região é possível visitar as áreas de garimpagem de esmeralda (Capoeirana) e a compra de amostras.
Esmeralda de Nova Era: uma das maiores produtoras do mundo
Esmeralda de Nova Era: uma das maiores produtoras do mundo
Guanhães e arredores
Nos arredores de Guanhães, Santa Maria do Itabira, Ferros e Sabinópolis encontram- se inúmeros garimpos e minerações de água- marinha e outras gemas da família do berilo, ligados à presença de múltiplos corpos pegmatíticos (rochas especiais ricas em minerais raros).  A água- marinha é uma das gemas símbolo do Brasil no mercado internacional e sua produção é quase que totalmente artesanal, com poucas pessoas trabalhando em pequenas lavras.
Apesar de não ter uma infra-estrutura turística, a região recebe a freqüentemente visitação turístico-científica organizada por universidades, congressos e instituições de pesquisa do Brasil e de países da Europa.
Governador Valadares, Teófilo Otoni e Vale do Jequitinhonha
A região que reúne os municípios de Governador Valadares, Teófilo Otoni, Padre Paraíso e Araçuaí é hoje reconhecida como uma referência para o turismo mineral e também para quem comprar uma variedade de gemas. Espécimes de coleção na forma bruta com alguns centímetros de altura chegam a alcançar preços de vários milhares de dólares, e atraem muitos turistas.
Na grande região de Governador Valadares (Galiléia, Conselheiro Pena, Barra do Cuité, Divino das Laranjeiras) são produzidas quase todas as variedades de gemas: turmalinas, granadas, água-marinhas, brasilianitas e outros minerais raros. Recentemente um estudo avançado de mineralogia apresentou nove espécies novas de minerais descobertas no Brasil e destas, seis são provenientes desta região. São elas a coutinhoíta, a lindbergita, a atencioíta, a matioliíta, a arrojadita e a ruifrancoíta.
A cidade de Governador Valadares mantém ainda um dos grandes eventos da área, a Brazil Gem Show que apresenta stands com impressionante variedade mineral e reflete a riqueza econômica e cultural deste segmento.
Em Teófilo Otoni, encontra- se a Gems Export Association (GEA) que  representa a  indústria e os  comerciantes e organiza a Feira Internacional de Pedras Preciosas (FIPP), realizada anualmente e que atrai grande número de expositores e forte visitação internacional. O evento entrou para o circuito dos consumidores mundiais de gemas e minerais raros.  É o evento mais importante turisticamente para toda a região do Vale do Mucuri e um dos mais importantes do Brasil para o setor.
Governador Valadares e Teófilo Otoni são referência no turismo mineral
Governador Valadares e Teófilo Otoni são referência no turismo mineral
A produção, beneficiamento, comércio e exportação de gemas em Teófilo Otoni fazem deste município a capital das gemas na América do Sul e coloca toda a região entre as maiores províncias gemológicas do mundo.
Em Araçuaí e no Vale do Jequitinhonha também é possível apreciar a produção de pedras preciosas. A região é grande produtora de kunzitas, hiddenitas, andaluzitas e petalitas, além das turmalinas, topázios-azuis e berilos.
Diamantina e Serro
A região da Serra do Espinhaço e sua geologia de beleza cênica incomparável tiveram uma grande importância para a história do Brasil Colônia. Assim como Ouro Preto e Mariana a história destas cidades sempre esteve ligada a exploração mineral e principalmente a produção de diamantes.
Durante cerca de 140 anos (s éculos XVIII e XIX) o Brasil foi o maior produtor do mundo de diamantes, fornecendo material para a maior parte das jóias da realeza européia nesta época.
Em Diamantina, um dos cartões postais da cidade tem uma importância para a história da geologia do Espinhaço. Trata-se da famosa Casa da Glória, que foi transformada em Centro de Estudos que recebe estudantes e pesquisadores do Brasil e do exterior, além de apresentar para os turistas a história do diamante.
Na cidade ainda é possível conhecer o Museu do Diamante, com peças raras ligadas ao período áureo e a mais antiga joalheria do Brasil, a Joalheria Pádua de 1883.
Museu do Diamante em Diamantina: história gira em torno da exploração mineral
Museu do Diamante em Diamantina: história gira em torno da exploração mineral
Corinto e Curvelo
A região de Corinto e Curvelo, entre outras localidades no entorno, apresenta uma intensa produção de quartzo e inúmeras oficinas de lapidação artesanal, um atrativo a parte para os visitantes. Na região ocorre também a feira anual de minerais (Feira de Curvelo) onde é possível ter acesso a amostras do mineral.