sábado, 18 de abril de 2015

ouro ameaçado pela crise na Grécia continua em queda






ouro ameaçado pela crise na Grécia continua em queda 





Na bolsa de futuros de Nova York o ouro está em queda devido a ameaça de não pagamento do dívida grega.

Trata-se de uma parcela de US$2,7 bilhões que deve ser paga, ainda em maio e junho, ao FMI.

A inadimplência grega poderá afetar ainda mais a estabilidade da Zona do Euro atingindo as economias locais e, consequentemente o preço do metal. 

Petrobras: corrupção paralisa poços. Descobertas e produção ameaçadas

Petrobras: corrupção paralisa poços. Descobertas e produção ameaçadas 





Quatro grandes empreiteiras contratadas da Petrobras buscam proteção judicial por não terem como pagar os custos e rolar débitos, já que a Petrobras parou de pagar os contratos existentes e os créditos secaram devido aos efeitos da Lava a Jato.

Você pode dizer que eles estão colhendo o que plantaram.

No entanto existe um efeito pernicioso, neste mundo globalizado: a contaminação de toda a cadeia interligada que acaba penalizando, não somente aos protagonistas, mas a toda a sociedade.

Um bom exemplo é o da mais recente empreiteira a buscar proteção judicial: o Grupo Schahin.

O Schahin está buscando recuperação judicial para 28 de suas subsidiárias que estão com débitos de seis e meio bilhões de reais. Com este débito a empresa já não pode mais financiar as suas atividades de engenharia e construção.

O Schahin deve para grandes bancos como o HSBC e o Deutsche Bank que o estão processando em busca do dinheiro emprestado.

Este processo de inadimplência do Grupo Schahin detona um efeito dominó que vai atingir não só a Petrobras como todo o povo brasileiro. O Grupo, descapitalizado e sem crédito, paralisou cinco sondas e plataformas que operavam para a Petrobras. Eles estavam sondando em uma descoberta gigante feita no pré-sal onde a Petrobras planejava investir mais de US$200 milhões.

Situação semelhante ocorre com várias outras empresas que participaram ou não do escândalo de corrupção que assola a Petrobras.

Aos poucos, os megaprojetos que ontem eram o orgulho da Petrobras e o futuro do Brasil, são paralisados, junto com poços, sondas e construções deixando para traz o desemprego, o abandono e as causas judiciais que não param de crescer.

Este é o legado da corrupção, do descaso e da incompetência, onde tão poucos destruíram muito de tantos...

Petrobras descobre novo campo de óleo e gás na Bacia do Amazonas

Petrobras descobre novo campo de óleo e gás na Bacia do Amazonas 





Quem pensava que a Bacia do Amazonas era carta fora do baralho deve reconsiderar. A Petrobras informou que o furo 1-BRSA-1293-AM intersectou óleo leve e gás em 550m dentro de um intervalo arenoso.

O poço tem a Petrogal (40%) como sócia.

Ainda na semana a Petrobras anunciou outra descoberta na plataforma, na Bacia do Espírito Santo.

A empresa controla 100% desta última descoberta.



Imagem: poço de petróleo jorrando na selva panamenha

segunda-feira, 13 de abril de 2015

O LÁPIS-LAZÚLI

O LÁPIS-LAZÚLI

É a pedra (rocha) oficial do anel de formatura dos psicólogos, assim considerada a partir de 31 de março de 2006, pela Resolução nº 002/2006 do Conselho Federal de Psicologia brasileiro.


 

O Lápis-Lazúli (Silicato de alumínio e sódio com enxofre) é uma rocha cujo nome deriva do latim e árabe que significa “pedra azul”, em sua composição química encontramos os minérios:
  • lazurita (25% 40%);
  • silicato do grupo dos feldspatoides de fórmula química (Na,Ca)8(AlSiO4)6(S,SO4,Cl)1-2);
  • calcita (branca);
  • sodalita (azul); 
  • pirita (amarelo metálico);

É possível também conter: augita, diópsido, enstatita, mica, hauyinita, hornblenda, noseana e ainda podendo haver quantidades mínimas de loellingita. 
Encontrado geralmente em mármores cristalinos (metamorfismo de contato), o lápis-lazúli em sua melhor cor é o azul intenso, com pequenos grãos de pirita dourada. 
ATENÇÃO NA HORA ESCOLHER SEU LÁPIS-LAZÚLI: pois, para ser valioso, não deve haver nenhum veio (risco ou estria) de calcita (minério geralmente de cor branca, podendo ser ainda na cor verde ou alaranjado) e as inclusões da pirita (minério dourado, muitas vezes confundido com ouro) devem ser pequenas. Observe as figuras, a primeira é uma Lápis-Lazúli de baixa qualidade e a segunda é uma Lápis-Lazúli de altíssima qualidade:

No entanto, os grãos de pirita são importantes para identificar a pedra como genuína e não diminuem o seu valor, ou seja, o que diminui mesmo o seu valor é a calcita.

Calcita
Pirita

CUIDADO: é muito comum o Lápis-Lazúli, de qualidade inferior, ser tingido para melhorar sua cor, estes ficam na maioria das vezes muito escuros, com um tom de azul-acinzentado, portanto não se deixem enganar.
A rocha pode ser encontrada no Afeganistão (Badakshan, Shortugai, sendo que estas minas são as mais antigas do mundo, podendo ter fornecido aos Faraós e Sumérios); são também encontrados nos Andes perto de Ovalle, no Chile, onde são geralmente mais pálidos que o azul-escuro, na Bahia (Brasil) e em outras fontes menos importantes.
O Lápis-Lazúli pode ser usado em joias, caixas, mosaicos, vasos, ornamentos. Tendo sido muito usado na arquitetura de palácios e igrejas, e como método de pintura oriental, até mesmo como tinta-a-óleo no Renascimento. Já foi chamado de safira e, para os Romanos, era um afrodisíaco.
O Olho de Horus
NA HISTÓRIA EGÍPCIA 


Máscara de Tutancâmon
 
Pó de Lápis-Lazúli



O Lápis-lazúli, no Egito antigo, era usado em amuletos e ornamentos (assim como os também pelos assírios e pelos babilônicos), escavações egípcias que datam de 3000 a.C. continham milhares de artigos como joias e objetos feitos da rocha. O pó do Lápis Azul era usado pelas egípcias como uma sombra cosmética para o olho. Na forma de um olho ajustado no ouro (O olho de Hórus), foi considerado um amuleto de grande poder.


Bracelete: Escaravelho de Lápis-Lazúli
PARA IDENTIFICAR O LÁPIS-LAZÚLI
  • Cor: azul, mesclado com branco da calcita (quanto menor quantidade melhor a qualidade) e grãos dourados da pirita (que serve identificar a rocha)
  • Forma: compacto, maciço
  • Densidade: 2.7 a 3.0 gramas por centímetro cúbico
  • Dureza: 5 - 5.5
  • Brilho: baço
  • Fratura: desigual
  • Sistema cristalino: não há, lápis é uma rocha. Lazurite, o principal constituinte, frequentemente ocorre como um dodecaedro. Não existe Lápis-Lazúli transparente, como cristal, por exemplo.
  • Clivagem: não tem
  • Transparência: opaca
  • Índice de refração: 1.5

domingo, 12 de abril de 2015

Garimpeiros e mineradora canadense travam disputa por ouro de Belo Monte

Garimpeiros e mineradora canadense travam disputa por ouro de Belo Monte

A apenas 14 km do paredão erguido pela barragem da hidrelétrica, uma guerra foi deflagrada após Belo Sun querer transformar o local no maior projeto de exploração de ouro do Brasil

Belo Monte (Foto: Divulgação)
A hidrelétrica de Belo Monte ganhou um forte aliado para alimentar as polêmicas que envolvem a exploração dos recursos naturais da Amazônia. Desta vez, porém, o interesse não está nas águas do Xingu. Agora, o alvo é o ouro. Nos pés da barragem de Belo Monte, a apenas 14 km do paredão erguido pela barragem da hidrelétrica, uma guerra foi deflagrada entre garimpeiros que vivem na região e a empresa canadense Belo Sun. A companhia, que não tem nenhum vínculo com a usina, quer transformar o local no maior projeto de exploração de ouro do Brasil. Mas as ambições minerais viraram caso de polícia.

A Belo Sun denunciou os garimpeiros de terem mexido em terras da região sem a devida autorização ambiental, justamente na área onde a empresa pretende instalar sua planta industrial para extrair ouro nas margens do rio Xingu, no município de Senador José Porfírio (PA). A Polícia Civil abriu inquérito e partiu para cima dos garimpeiros. Há três semanas, a Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema), vinculada à Polícia Civil, convocou 16 garimpeiros para prestarem esclarecimentos na delegacia. Se condenados por crime ambiental, podem ser obrigados a prestar serviços sociais ou a pagar cestas básicas.

A população local ficou indignada. Os garimpeiros, que trabalham no local há mais de 60 anos, acusam a Belo Sun de querer expulsá-los sem direito a indenizações. Cerca de 2 mil pessoas da região vivem do garimpo. "As pessoas só querem ter seus direitos reconhecidos. A empresa não ofereceu nada para o povo. Estamos falando de gente que nasceu e se criou no lugar, e que não sabe fazer outra coisa", disse Valdenir do Nascimento, presidente da Cooperativa dos Garimpeiros da região.

O ouro de Belo Monte está encravado no subsolo de uma região conhecida como Volta Grande do Xingu. A licença ambiental que os garimpeiros tinham para atuar na região venceu em dezembro do ano passado. Eles alegam que pediram renovação do documento para a Secretaria do Meio Ambiente do Pará, mas que esta deu uma autorização de lavra para uma área completamente fora do local onde eles atuavam, um pedaço de terra que não tem ouro. "Quando reclamamos que a demarcação estava errada, disseram que a gente não queria autorização nenhuma e cancelaram a licença. Ficamos sem ter onde trabalhar", afirmou Nascimento.

O delegado Waldir Freire Cardoso, chefe de operação da Dema, disse que a polícia constatou a lavra de ouro sem autorização. "A denúncia envolvia pessoas e pequenas empresas que atuavam numa área que a Belo Sun diz que é dela. Para nós, não interessa se a denúncia vem da Belo Sun ou de quem quer que seja. A autuação foi motivada por conta de constatação do dano ambiental", disse.

Licenças
Há três anos a Belo Sun busca o licenciamento para o seu garimpo industrial, processo que é tocado pelo governo do Pará. A empresa já tem a licença prévia do projeto e se prepara para pedir a licença de instalação, documento que libera efetivamente a extração do ouro. O Ministério Público Federal questionou o Ibama sobre a necessidade de o órgão federal assumir a responsabilidade pelo licenciamento, dada a sua proximidade com a hidrelétrica e a potencialização dos impactos socioambientais por conta da mineração, mas o tema não saiu dos escaninhos da secretaria estadual.

A Norte Energia, dona da hidrelétrica, evita falar publicamente sobre os planos da Belo Sun, mas sabe-se que sua diretoria torce o nariz sobre a possibilidade de ter bombas explodindo no subsolo do Xingu, bem ao lado de sua barragem. A Belo Sun foi insistentemente procurada para comentar o assunto, mas não retornou ao pedido de entrevista. A empresa, que pertence ao grupo canadense Forbes & Manhattan, um banco de capital fechado que investe em projetos de mineração, tem planos de aplicar US$ 1,076 bilhão no projeto "Volta Grande", de onde sairiam 4,6 mil quilos de ouro por ano, durante duas décadas.

"A Belo Sun não tem mais direito de estar naquela área do que os garimpeiros artesanais, que estão ali há seis décadas. Apesar disso, a empresa age como se fosse proprietária da região, constrangendo os moradores do local e pressionando sua saída", disse Leonardo Amorim, advogado do Instituto Socioambiental (ISA). "Trata-se de uma mineradora com um mero pedido de lavra e uma licença ambiental sub judice, numa terra pública."