domingo, 26 de abril de 2015

Avanco Resources consegue financiar o Projeto Antas até a produção de cobre

Avanco Resources consegue financiar o Projeto Antas até a produção de cobre


Uma boa notícia entre tantas notícias ruins.

A junior australiana Avanco Resources informa que conseguiu levantar AU$80 milhões através da venda de ações e de negociação de royalties.

Com esse dinheiro a empresa espera levar o projeto de cobre Antas, situado na Província dos Carajás, até o estágio de produção. A transição irá durar 12 meses e a empresa espera iniciar a produção ainda no primeiro trimestre de 2016.

O Fundo BlackRock deverá financiar os últimos $15,6 milhões através de uma transação de royalties.

A partir de agora a mineradora entra em fase de construção de um projeto de mina a céu aberto com flotação que irá produzir 12.000t por ano de cobre e 7.000 onças de ouro.

O Projeto Antas consiste em um corpo sulfetado tipo IOCG, associado a vulcânicas e formações ferríferas de um greenstone belt Arqueano.

Antas tem uma reserva (provada + provável) de 2,6Mt @ 3,19% Cu e 0,66g/t Au. O cut-off desta operação é de 0,9% Cu.

A empresa está com um valor de mercado de $129 milhões.

Minério de ferro em alta forte faz Vale ter a melhor semana em 16 anos

Minério de ferro em alta forte faz Vale ter a melhor semana em 16 anos




As ações da Vale subiram 7% somente hoje atingindo R$18,70, a maior alta do Ibovespa. A Vale já subiu 25% desde o dia 22 de abril, a melhor semana desde 1999.

O principal motivo desta alta é a recuperação do preço do minério de ferro que subiu, somente hoje 5,5% atingindo US$57,81/t.

Uma excelente notícia para a mineração como um todo que recebe esta lufada de esperança em um momento em que quase todos os analistas apostavam que os preços do minério de ferro estariam nos patamares de US$30/t.

Terremoto de magnitude 7,9 no Nepal mata mais de mil pessoas

Terremoto de magnitude 7,9 no Nepal mata mais de mil pessoas


Segundo o US Geological Survey um terremoto de 7,9 na escala Richter atingiu a região entre Kathmandu e Pokhara.

O governo declarou estado de emergência. Existem mais de 1.130 mortes já contabilizadas, a maioria próxima do epicentro.

Os tremores foram sentidos a centenas de quilômetros e 18 alpinistas que tentavam alcançar o pico do Everest foram soterrados por uma avalanche.

Além das vítimas o terremoto destruiu monumentos importantíssimos listados como patrimônio mundial.

É o caso da Torre de Dharahara foto do antes e depois.

Torre destruída

terça-feira, 21 de abril de 2015

Minas brasileiras inesquecíveis: ontem e hoje

Minas brasileiras inesquecíveis: ontem e hoje

Embora nossa limitação de espaço, aqui e agora, não nos permita destacar todas as minas brasileiras inesquecíveis,
vale lembrar as a seguir, que marcaram profundamente a Indústria Mineral brasileira.
 
A mina de Morro Velho, ouro, Minas Gerais
Nosso caminhar histórico inicia-se em 1834, ano em que a mina de Morro Velho, no então arraial de Congonhas do Sabará, hoje município de Nova Lima (MG), começou a ser explorada pela Saint John Del Rey Mining Company, empresa fundada por um grupo de investidores ingleses em 1830, em Londres.
Esta foi a mais antiga mina subterrânea do Brasil e uma das mais profundas do mundo. Cabe salientar, entretanto, que a exploração “não industrial” desta mina começou muito antes, por volta de 1725, pelas mãos da família do padre Antônio de Freitas.
Os métodos rudimentares, que até então utilizavam mão-de-obra escrava, foram reestruturados após a chegada dos ingleses, dando início a uma fase industrial nas operações.
A mina funcionou normalmente até 1857, quando ocorreu um grande desmoronamento em seu interior, afetando a produção até 1859. Em 1867, 10 anos após, houve um incêndio no interior da mina, que a destruiu praticamente toda. Após este fato, novos poços (A e B) foram abertos, e as explorações foram reiniciadas em 1872. Em 1886, um novo desastre viria a interromper o processo de produção e, somente em 1892, com a perfuração dos poços C e D, com 700 metros de profundidade cada, a produção começou novamente a ser retomada. Esta foi aumentando progressivamente a partir de 1894, quando uma nova era se iniciou.
A Mina Grande foi fechada em agosto de 1995. Em 2003, foi realizada a desativação por completo da Mina Velha, considerada à época a mais antiga mina de ouro em atividade do mundo.
A Mina Velha (da superfície até o nível 7) tinha cerca de 600 m de profundidade. Já a Mina Grande (do nível 8 até o 29) seguia o mesmo filão aurífero, e atingiu uma profundidade de 2.453 m - ambas tinham acessos independentes. Em 2003, ano de fechamento da Mina Velha, foram contabilizadas mais de 570 t de ouro extraídas em toda a história da empresa até então. (1)
“A maior mina de ouro no Brasil em atividade, hoje, é a do Morro do Ouro, da Kinross, em Paracatu, MG, com produção de ROM, em 2010, de 46,3 milhões de t”. (2)
 
A primeira mina de carvão mineral, Santa Catarina
Coincidentemente, no mesmo ano de 1834, foram concluídos “pesquisas realizadas em 1833 por Alexandre Davidson e respectivos estudos, ambos objeto de relatório, em assuntos de carvão, enviado ao Governo Imperial: o relatório afirmava que as jazidas eram extensas e o carvão de boa qualidade, mas rendeu apenas mensagens políticas pedindo mais atenção ao assunto” (2) 
“Finalmente, a 9 de fevereiro de 1886, segue para o Porto de Imbituba o primeiro carregamento de carvão (...), 700 t (...), destinado a Buenos Aires”: “o carvão remetido a Buenos Aires (Argentina), custou à empresa mineradora 25$000 (vinte e cinco mil réis) a tonelada, considerando apenas o custo de produção, e foi vendido por apenas 6$000 (seis mil réis). Tamanha diferença, mais a concorrência com o carvão de Cardiff, importado da Inglaterra, levou a empresa à paralisação imediata de suas atividades” (3).
Como se pode ver, “mina” não era – e, ainda hoje, nem sempre o é – sinônimo de grandes lucros, como muitos ainda hoje imaginam, mas, sim, e não poucas vezes, exemplo de epopéia.
“A Primeira Guerra Mundial permitiu, num primeiro momento, um crescimento de produção de carvão na região, incentivando o ingresso de empresas nacionais, algumas das quais em atividade até o presente momento; entre elas destacaram-se a Companhia Carbonífera Urussanga (1918) e a Companhia Carbonífera Próspera (1921). Posteriormente, no Governo de Getúlio Vargas, foi implementada a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN (1946)”. (4)
Atualmente, a mina maior produtora brasileira de carvão mineral (ROM) é a mina de Candiota, da Companhia Riograndense de Mineração - CRM, com 1,883 milhão de t de carvão mineral (ROM), em Candiota, RS. (2)
 
A mina de bauxita, Poços de Caldas, Minas Gerais
Em 22 de fevereiro de 1935, foi criada a Companhia Geral de Minas - CGM, “visando o aproveitamento da bauxita de Poços de Caldas, MG. Para este fim, foram construídas amplas instalações junto à linha férrea (...), com um potente moinho de minério, trazido da Argentina (...). A bauxita recebia um beneficiamento primário, sendo seca, moída e ensacada”. (5)
“Por aquisição das ações da CGM, (...) a Alcoa criou, em 25 de maio de 1965, a Companhia Mineira de Alumínio - Alcominas, (...) que inaugura sua fábrica em novembro de 1970, que constava de uma fábrica de alumina (óxido de alumínio - obtida da bauxita), com capacidade de 120 t/ano e uma sala de cubas, com capacidade de 60 t/ano de metal”, completando, assim, a industrialização da bauxita. (5)
No Brasil de hoje, a maior mina de bauxita é a do Aviso, em Oriximiná, PA, pertencente à Mineração Rio do Norte (MRN), com produção em 2010 (estimada) de 14,576 milhões t de ROM. (2)
 
A mina do Cauê, minério de ferro, Minas Gerais
Situada em Itabira, Minas Gerais, a mina do Cauê - também conhecida como “mina do Pico do Cauê” ou, simplesmente, “Cauê” - é, sem sombra de dúvida, um dos maiores ícones entre as minas brasileiras: “em 1973 tornou-se a maior mina do mundo ocidental”. (6)
Pertencente à então denominada Companhia Vale do Rio Doce – hoje Vale S.A.–, suas expressivas produções anuais e crescente importância internacional têm início, particularmente, com os denominados “Acordos de Washington, firmados em 03 de março de 1942, na capital norte americana e tendo como signatários Brasil, Estados Unidos e Inglaterra”, Acordos estes que, “entre outros pontos, definiram as bases para a organização no Brasil de uma companhia de exportação de minério de ferro”, tendo como base a jazida do Pico do Cauê (6).
Inicialmente, a mina do Cauê começou a ser lavrada “por processos rotineiros, sem nenhuma aparelhagem mecânica, sendo o minério transportado em caminhões até a ponta dos trilhos da EFVM (Estrada de Ferro Vitória a Minas), em Oliveira Castro (MG), a 22 km da jazida”: “a meta de exportação era de 1,5 milhão de t de minério de ferro” (6), quantidade extremamente expressiva para a época.
Não é nenhum exagero, certamente, dizer que a mina do Cauê reescreveu a história da Mineração no Brasil - e foi destaque, também, na Mineração mundial -, inclusive no que respeita ao intensivo uso de tecnologia de beneficiamento, como a concentração magnética de alta intensidade, uso esse que resultou na ampla utilização dos itabiritos do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, com o que o País teve um brutal aumento de suas reservas de minério de ferro, da ordem de dezenas de bilhões de toneladas, lavradas, beneficiadas e vendidas no mercado interno ou exportadas, inclusive sob a forma de pelotas.
O espetacular crescimento da Vale – que, dentre outras, detém e opera a maior mina de minério de ferro do Brasil, a N5 (Complexo Carajás), em Parauapebas, Pará, que em 2010 produziu cerca de 53 milhões t de ROM (2) – sem dúvida deve muito à mina do Cauê.
 
A mina da Serra do Navio, minério de manganês, Amapá
Primeiro empreendimento industrial de sucesso na Amazônia, a mina da Serra do Navio, da Icomi, foi inaugurada em 05 de janeiro de 1957 e, cinco dias depois, “acontecia o primeiro embarque do minério de manganês para o exterior. O Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, estava ao lado das mais destacadas personalidades da vida política e cultural do País” (7).
“Comparado com os processos rudimentares utilizados em Minas Gerais” (na grande maioria das minas do citado Estado), o minério de manganês da Serra do Navio era “fragmentado com dinamite, removido por escavadeiras, transportado em caminhões basculantes até o britador e daí, automaticamente, para lavagem e classificação, transportado por correia automática até os silos e daí levado, através de ferrovia, para o Terminal de Santana, descarregado em vagões e automaticamente embarcado por correias transportadoras. A capacidade do sistema era de 2000 t/h” (7).
Embora tecnologicamente a mina da Serra do Navio estivesse em dia com o que havia de mais moderno à época na Mineração mundial, a nosso ver, em uma leitura e visão de hoje, o mais importante a destacar, quando lembramos da referida mina, é a qualidade ambiental e social do empreendimento, que, dentre outros, construiu a primeira “Estação para tratamento de esgotos” da Amazônia na Vila Serra do Navio, bem como propiciou no Brasil, à época (anos 1950), orgulhosamente, por exemplo, índices de “Mortalidade por todas as causas - óbitos por 1000” semelhantes aos dos Estados Unidos (EEUU = 25,2; Serra do Navio, Brasil, Amazônia: 27,6) e de “Mortalidade Infantil - Coeficiente por 1000” melhores do que os de todos os maiores e/ou mais desenvolvidos países do mundo à época (Serra do Navio, Brasil, Amazônia = 3,4; União Soviética = 7,1; Estados Unidos = 9,3; Suécia = 9,8) (7): ou seja, Mineração com qualidade ambiental e responsabilidade social no Brasil não é “coisa de hoje”. 
A maior mina de manganês do País, hoje, é a do Azul, pertencente à Vale Manganês, que, em 2009, produziu 2,3 milhões t de ROM. (2)
 
As minas brasileiras e a construção do
desenvolvimento sustentável do País
A história das minas brasileiras e a de nossa Mineração exibe, a todos nós, um excelente painel de extrema coragem empreendedora, ações estatais e privadas, desenvolvimento tecnológico e multiplicação de reservas minerais, superação de desafios de logística e infra-estrutura, cuidados ambientais, responsabilidade social real, força exportadora, industrialização do País, formação educacional e cidadã de brasileiros em todos os rincões do nosso território - destacadamente em regiões ínvias e de difícil acesso - e, acima de tudo, compromisso com as novas gerações, como bem demonstram os registros, as experiências e o sucesso dos hospitais e escolas existentes em nossos empreendimentos minerais, com especial destaque para o cuidado e o carinho com a saúde materno-infantil.
Em outras palavras, no Brasil, Mineração tem sido, é e deverá continuar a ser exemplo de empenho na construção do desenvolvimento sustentável do País.

Metais Preciosos

Metais Preciosos




São chamados de metais preciosos (ou metais nobres) o ouro, a prata e os metais do grupo da platina. Estes compreendem platina, paládio, ródio, rutênio, irídio e ósmio. O ouro e a prata são os mais importantes e os mais conhecidos. Mas a platina é bem mais valiosa. Na indústria joalheira, usa-se ouro, prata, platina, paládio e ródio, este último geralmente como revestimento de outros metais (banho de ródio). Os metais preciosos são todos raros na crosta terrestre, embora possam estar muito disseminados, como é o caso do ouro. Possuem alta densidade, são maleáveis (podem ser reduzidos a folhas) e dúcteis (podem ser reduzidos a fios).

O Ouro


Elemento Químico
O ouro é o elemento químico de número atômico 79 e massa atômica 196,97. É um metal do Grupo 1B da tabela periódica, como a prata e o cobre.

Mineral
O ouro raramente se combina com outros elementos, sendo, por isso, encontrado na natureza geralmente no estado nativo. Cristaliza na forma de cubos e octaedros, mas é muito mais 
Pepita de ouro
Pepita de ouro
comum encontrá-lo na forma de escamas, massas irregulares (pepitas) ou fios irregulares. É opaco e tem cor amarela típica, mas, quando pulverizado, pode ser vermelho, preto ou púrpura. Seu brilho é metálico, a dureza baixa (2,5 a 3,0) e a densidade muito alta (19,30).

A baixa dureza permite que ele seja facilmente riscado com um canivete ou mesmo com um pedaço de vidro. Devido à alta maleabilidade, quando martelado amassa em vez de quebrar. Se mordido, fica com marcas dos dentes. O brilho não é muito intenso, ao contrário do que muitos pensam.

A pirita é um sulfeto de ferro que, por sua semelhança com o ouro, é chamada popularmente de "ouro dos trouxas" ou "ouro dos tolos". Ela é, na verdade, até bem diferente do ouro. É bem mais leve que ele, não é maleável e seu brilho costuma ser bem mais forte. E, ao contrário do ouro, é comum aparecer na forma de belos cristais.

O ouro ocorre em aluviões e em veios de quartzo associados a rochas intrusivas ácidas. É encontrado também como teluretos e ligas naturais, pois geralmente contém algo de prata. Forma série isomórfica com a prata, ou seja, a mistura ouro-prata pode ocorrer em todas as proporções.

Está muito disseminado na crosta terrestre, geralmente associado ao quartzo ou à pirita. Estima-se haver quase nove milhões de toneladas de ouro dissolvido na água do mar. Um dos poucos elementos com o qual o ouro se combina é o telúrio, formando teluretos. Assim, esse metal é encontrado em minerais como krennerita, calaverita e silvanita. A liga com prata chama-se eletro.

Metal
O ouro é o mais maleável e o mais dúctil dos metais. Com 1 g desse metal, podem-se obter até 2.000 m de fio ou lâminas de 0,96 m² e apenas 0,0001 mm de espessura. É bom condutor de calor e eletricidade e não é afetado nem pelo ar, nem pela maioria dos reagentes químicos. Há quem o considere o mais belo dos elementos químicos. Seu ponto de fusão é 1.063 °C.

Fontes de Obtenção
Os principais minerais fornecedores de ouro são ouro nativo, krennerita, calaverita, eletro, silvanita e pirita. Ele é obtido também na metalurgia de vários metais. Estudos indicam que o metabolismo da bactéria ralstonia metallidurans leva à formação de pepitas de ouro.

Usos
Acervo do Metropolitan Museum of Arts (Nova Iorque). Foto: P.M.Branco
Acervo do Metropolitan Museum of Arts (Nova Iorque). Foto: P.M.Branco
O ouro é usado principalmente em moedas; em segundo lugar, em joias e decoração. É útil também em odontologia (hoje muito pouco usado), instrumentos científicos, fotografia e indústria eletrônica. Para confecção de joias, usam-se ligas com 75% de ouro (o chamado ouro 18 quilates) ou, às vezes, com apenas 58,33% (ouro 14 quilates). É empregado também em fotografia, na forma de ácido cloro-áurico (HAuCl4), e na indústria química, em ligas com cobre, prata, níquel e outros metais. A foto ao lado mostra sandálias e dedeiras de ouro da antiga civilização egípcia. As sandálias foram escurecidas para se assemelharem ao couro.

Quem tem uma joia e não sabe ao certo se ela é feita com ouro, deve fazer o teste usando água-régia, uma mistura de ácido nítrico com um volume três ou quatro vezes maior de ácido clorídrico, ambos concentrados. As agências de penhores da Caixa Econômica Federal fazem esse teste, que indica se a joia é feita com ouro e se se trata de ouro 18 quilates ou outro tipo de liga (ouro puro não se usa em joias).

Principais Produtores
É produzido principalmente na África do Sul (11 % da produção mundial em 2006), seguindo-se EUA, Austrália, China e Peru. Entre 1700 e 1850, o Brasil foi o maior produtor de ouro do mundo, com um total de 16 toneladas no período de 1750-1754, originada predominantemente das aluviões da região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. A importância do Brasil continuou crescente até a primeira metade do século XIX, quando perdeu a liderança diante das grandes descobertas de ouro aluvionar da Califórnia, nos Estados Unidos.

Entre 1965 e 1996, nossa produção alcançou 877 toneladas, representando cerca de 4% da produção mundial. O ouro brasileiro é extraído principalmente em Minas Gerais e no Pará. Em 2003, a produção foi de 40,4 t e em 2004, de 47,6 t de ouro. Segundo o Mapa de Reservas de Ouro do Brasil, elaborado em 1998 pelo Serviço Geológico do Brasil, as reservas em ouro brasileiras são estimadas em 2.283 toneladas.

Preço
O preço do ouro varia constantemente, já que é muito usado como investimento. Em 29 de junho de 2007, a onça-troy (31,103 gramas) valia US$ 647, metade do preço da platina (US$ 1.273), mas quase o dobro do preço do paládio (US$ 365).

Curiosidade
Estima-se que todo o ouro do planeta daria para fazer um cubo de 15 m de aresta. Em 1999, joalheiros de Dubai fizeram a maior corrente de ouro do mundo: 4.382 m. Usaram ouro 22 quilates e gastaram cerca de US$ 2 milhões. A peça foi vendida em praça pública, em pedaços.



A Prata


Elemento Químico
A prata é o elemento de número atômico 47 e massa atômica 107,87. É um metal do grupo 1B, como o ouro e o cobre.

Mineral
A prata cristaliza no sistema cúbico (como o ouro) e seus cristais podem ser cubos, dodecaedros ou octaedros. Entretanto, eles são raros e o mineral é geralmente acicular, fibroso, dendrítico ou irregular. 
Prata de hábito filiforme. Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais.
Prata de hábito filiforme. Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais.
Tem cor cinza (prateada), inclusive quando em pó. Não tem clivagem. Sua dureza é baixa (2,5 a 3,0); e a densidade, alta (10,50), mas muito inferior à do ouro. Ocorre em filões. Possui intenso brilho metálico, o qual enfraquece se o ar contiver enxofre, o que geralmente ocorre nas cidades.

Metal 
A prata é um metal muito dúctil e maleável. Permite obter lâminas com 0,003 mm de espessura e fios de 100 m pesando apenas 38 mg. Duas peças de prata podem ser soldadas a marteladas, desde que aquecidas a 600ºC. Seu ponto de fusão é 960 °C. É o metal que melhor conduz o calor e a eletricidade. Tem propriedades semelhantes às do Cu e do Au.

Fontes de Obtenção
A prata forma 129 minerais, sendo extraída de muitos deles, como pirargirita, argentita, acantita, cerargirita, galena argentífera, stromeyerita, tetraedrita, pearceíta, proustita, stephanita, tennantita, polibasita, silvanita e prata nativa. Pode ser obtida também como subproduto na metalurgia do zinco, do ouro, do níquel e do cobre. Ela está muitíssimo menos disseminada que o ouro na natureza.

Usos 
Usa-se prata em: moedas, espelhos, talheres, joalheria, odontologia (como amálgama), soldas, explosivos (fulminato), chuvas artificiais (iodeto), óptica (cloreto), fotografia (nitrato), germicida, objetos ornamentais e ligas com cobre. Para joias e objetos ornamentais, usam-se ligas com 10% de cobre (prata 90 ou prata 900) ou, mais frequentemente, com 95% de prata (prata 950).

Principais Produtores
O maior produtor de prata é o México, com 2.748 t (dados de 2002), seguindo-se Peru, China e Austrália, todos com mais de 2.000 t. O Brasil produziu em 2002 apenas 10 t, em Minas Gerais e sobretudo no Paraná, como subproduto do chumbo. 

Curiosidade
A maior pepita de prata conhecida foi encontrada em Sonora (México) e tinha 1.026 kg.



A Platina


Cristal de platina (Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais - O Mineral
Cristal de platina (Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais - O Mineral
Elemento Químico
A platina é o elemento químico de número atômico 78 e massa atômica 195,09. Pertence ao grupo 8B da tabela periódica, junto com o níquel e o paládio.

Mineral
A platina é um mineral do sistema cúbico, geralmente encontrada em grãos irregulares, raramente em octaedros ou cubos. Tem cor cinza-aço, traço cinza brilhante, brilho metálico, sem clivagem. É, às vezes, magnética. Tem dureza 4,0 a 4,5 e densidade 21,40 (altíssima).

Metal
A platina é um metal maleável, dúctil, resistente à corrosão pelo ar, solúvel em água-régia. Absorve hidrogênio como o paládio. Provoca explosão do hidrogênio ou do oxigênio. Seu ponto de fusão é 1.773,5 °C.

Fontes de Obtenção
Pode ser extraída de vários minerais: sperrylita, platini­rídio, polixênio, cooperita e ferroplatina. A platina nativa ocorre na natureza geralmente misturada com ferro, irídio, paládio e níquel. Ocorre em aluviões e em rochas básicas, como dunitos, piroxenitos e gabros.

Usos
É empregada em joalheria (com 35% de paládio e 5% de outros metais), instrumental para laboratório, odontologia, eletricidade, ogivas de mísseis, catalisadores, pirômetros, liga com cobalto, fornos elétricos de alta temperatura, fotografia e em vários outros produtos industriais.

Principais Produtores
A platina é produzida principalmente pela África do Sul (134 t em 2002), seguindo-se Rússia (35 t), Canadá (7 t) e Estados Unidos (4,39 t).

Preço
Em 29 de junho de 2007, a onça-troy de platina valia US$ 1.273, quase o dobro do preço do ouro (US$ 647).

Curiosidade
Em 1985, foi exposto em Tóquio (Japão) um vestido feito à mão com fios de platina, pesando 12 kg e avaliado em um milhão de dólares.




O Paládio


Elemento Químico
O paládio tem número atômico 46 e massa atômica 106,4. Pertence ao mesmo grupo da platina (8B).

Mineral
É um mineral do sistema cúbico, de cor cinza-aço, que ocorre na forma de grãos (pepitas), às vezes com estrutura fibrorradiada. É séctil, de brilho metálico. Tem dureza 4,5 a 5,0 e densidade 11,40.

Metal
O paládio é inoxidável, dúctil e muito maleável, podendo ser reduzido a folhas de 0,0001 mm de espessura. Seu ponto de fusão é 1.500 °C. Tem notável capacidade de absorção de hidrogênio (até 900 vezes seu próprio volume), formando possivelmente PdH2.

Fontes de Obtenção
O paládio é extraído dos minerais de platina.

Usos
É usado como catalisador, em instrumentos odontológicos (prótese e ortodontia) e cirúrgicos e em relojoaria e joalheria (neste caso como substituto da platina). Forma ligas com ouro (ouro marrom, ouro branco-médio, ouro branco-suave).

Principais Produtores
Em 2002, o maior produtor de paládio foi a Rússia (84 t), seguindo-se África do Sul, Estados Unidos e Canadá.

Preço
Em 29 de junho de 2007, a onça-troy de paládio valia US$ 365, pouco mais da metade do valor do ouro (US$ 647).

Curiosidade
O nome do paládio deriva de Pallas, planetoide descoberto em 1802, um ano antes de se descobrir o elemento. O mineral paládio foi descoberto pela primeira vez em Morro do Pilar, Minas Gerais.