sábado, 1 de agosto de 2015

ÁGUA-MARINHA EBERILOS MAXIXE E TIPO-MAXIXE

ÁGUA-MARINHA E
BERILOS MAXIXE E TIPO-MAXIXE





A água-marinha é a variedade azul a azul-esverdeada da espécie mineral berilo e, certamente, trata-se da gema mais característica e representativa do Brasil, onde existem inúmeras ocorrências significativas em corpos pegmatíticos e depósitos secundários deles derivados.
A imensa maioria das águas-marinhas utilizada em joalheria, no Brasil e no exterior, foi já submetida a tratamento térmico. Como o consumidor de jóias prefere a atraente cor puramente azul desta gema, o procedimento consiste em submeter os espécimes de matiz originalmente azul-esverdeado a aquecimento a temperaturas entre aproximadamente 400 e 450oC, mediante as quais adquirem a cor azul, pela remoção do componente amarelo, devido à redução de Fe3+ para Fe2+. Como a cor resultante é permanente, esta é uma prática comercial estabelecida e que não requer, obrigatoriamente, a sua revelação, embora seja recomendável que o produtor a informe ao montador e este ao seu público consumidor.
Berilo Maxixe e Berilo Tipo-Maxixe
Eventualmente, deparamos-nos com berilos de intensas cores azuis ou azuis-esverdeadas que, no entanto, não são águas-marinhas. Estas cores ocorrem na natureza, mas podem ser igualmente obtidas por irradiação e ambas são instáveis. A taxa de descoloração destes materiais é bastante variável, de modo que o empalidecimento pode ocorrer em apenas umas poucas semanas ou durar até dezenas de anos, de acordo com as condições em que são mantidos e/ou da freqüência com que são usados.
Acredita-se que o material original, não-tratado, foi encontrado na segunda década do século passado na Mina do Maxixe, ao sul de Araçuaí (MG), daí a designação "berilo Maxixe". No início da década de 70, material similar, provavelmente oriundo de Barra de Salinas, município de Rubelita (MG), reapareceu no mercado internacional de gemas, sendo então designado "berilo tipo-Maxixe".
Atualmente, atribui-se o azul intenso destes materiais a um centro de cor produzido por irradiação (natural no berilo Maxixe e induzida no berilo tipo-Maxixe) em espécimes originalmente incolores, rosas pálidos ou amarelos pálidos, de determinadas localidades no Brasil e em outros países, desde que possuam certos precursores (NO3- no berilo Maxixe e CO3-2 no berilo tipo-Maxixe).
Os berilos Maxixe e tipo-Maxixe podem, geralmente, ser identificados através de ensaios gemológicos convencionais, como a espectroscopia de absorção na região da luz visível (apresentam linhas intensas na região do vermelho e débeis próximas da região do amarelo, todas ausentes no espectro da água-marinha); a averiguação do pleocroísmo (exibem dicroísmo anômalo, pois, ao contrário da água-marinha, a cor mais intensa corresponde ao raio ordinário); e o exame das inclusões por microscopia (podem apresentar películas fluidas com aspecto listrado característico).
Além disso, usualmente os berilos Maxixe e tipo-Maxixe possuem densidade e índices de refração superiores aos da água-marinha e o berilo tipo-Maxixe pode apresentar fluorescência azul-esverdeada sob luz ultravioleta de ondas curtas, embora estas características não sejam diagnósticas e, portanto, devam ser interpretadas com muita cautela.
Pode-se identificar materiais suspeitos submetendo-os também a um eventual teste direto de descoloração, mediante exposição à luz do sol, durante uma ou mais semanas; por meio de tratamento térmico a aproximadamente 200oC; ou através da imersão em água, em ebulição, ambos durante cerca de 30 minutos.
Caso os ensaios acima referidos não sejam suficientes para identificar a amostra, faz-se necessário recorrer às técnicas analíticas avançadas e não estritamente gemológicas.

CRISOBERILO (ALEXANDRITA)

A mais rara e valiosa variedade de crisoberilo exibe as cores verde e vermelha, as mesmas da Rússia Imperial, e seu nome é uma homenagem a Alexandre Nicolaivich, que mais tarde se tornaria o czar Alexandre II; de acordo com relatos históricos, a sua descoberta, nos Montes Urais, em 1830, deu-se no dia em que ele atingiu a maioridade.

Como uma das mais cobiçadas gemas, esta cerca-se de algumas lendas, a mais difundida das quais diz que o referido czar teria ordenado a execução de um lapidário, depois que este lhe devolveu uma pedra de diferente cor da que lhe houvera sido confiada para lapidar.

Esta lenda deve-se ao fato de que a alexandrita apresenta um peculiar fenômeno óptico de mudança de cor, exibindo uma coloração verde a verde-azulada (apropriadamente denominada “pavão” pelos garimpeiros brasileiros) sob luz natural ou fluorescente e vermelha-púrpura, semelhante a da framboesa, sob luz incandescente. Quanto mais acentuado for este cambio de cor, mais valorizado é o exemplar, embora, para alguns, os elevados valores que esta gema pode alcançar devam-se mais a sua extrema raridade que propriamente à sua beleza intrínseca.

Esta instigante mudança de cor deve-se ao fato de que a transmissão da luz nas regiões do vermelho e verde-azul do espectro visível é praticamente a mesma nesta gema, de modo que qualquer cambio na natureza da luz incidente altera este equilíbrio em favor de uma delas. Assim sendo, a luz diurna ou fluorescente, mais rica em azul, tende a desviar o equilíbrio para a região azul-verde do espectro, de modo que a pedra aparece verde, enquanto a luz incandescente, mais rica em vermelho, faz com que a pedra adote esta cor.

Este exuberante fenômeno é denominado efeito-alexandrita e outras gemas podem apresentá-lo, entre elas a safira, algumas granadas e o espinélio. É importante salientar a diferença entre esta propriedade e a observada em gemas de pleocroísmo intenso, como a andaluzita (e a própria alexandrita), que exibem distintas cores ou tons, de acordo com a direção em que são observadas e não segundo o tipo de iluminação a qual estão expostas.

Analogamente ao crisoberilo, a alexandrita constitui-se de óxido de berílio e alumínio, deve sua cor a traços de cromo, ferro e vanádio e, em raros casos, pode apresentar o soberbo efeito olho-de-gato, explicado detalhadamente no artigo anterior, no qual abordamos o tema do crisoberilo.

As principais inclusões encontradas na alexandrita são os tubos de crescimento finos, de forma acicular, as inclusões minerais (micas, sobretudo a biotita, actinolita acicular, quartzo, apatita e fluorita) e as fluidas (bifásicas e trifásicas). Os planos de geminação com aspecto de degraus são também importantes características internas observadas nas alexandritas.

Atualmente, os principais países produtores desta fascinante gema são Sri Lanka (Ratnapura e diversas outras ocorrências), Brasil, Tanzânia (Tunduru), Madagascar (Ilakaka) e Índia (Orissa e Andhra Pradesh).

No Brasil, a alexandrita ocorre associada a minerais de berílio, em depósitos secundários, formados pela erosão, transporte e sedimentação de materiais provenientes de jazimentos primários, principalmente pegmatitos graníticos. Ela é conhecida em nosso país pelo menos desde 1932 e acredita-se que o primeiro espécime foi encontrado em uma localidade próxima a Araçuaí, Minas Gerais. Atualmente, as ocorrências brasileiras mais significativas localizam-se nos estados de Minas Gerais (Antônio Dias/Hematita, Malacacheta/Córrego do Fogo, Santa Maria do Itabira e Esmeralda de Ferros), Bahia (Carnaíba) e Goiás (Porangatú e Uruaçú).

A alexandrita é sintetizada desde 1973, por diversos fabricantes do Japão, Rússia, Estados Unidos e outros países, que utilizam diferentes métodos, tais como os de Fluxo, Czochralski e Float-Zoning, inclusive na obtenção de espécimes com o raro efeito olho-de-gato.

A distinção entre as alexandritas naturais e sintéticas é feita com base no exame das inclusões e estruturas ao microscópio e, como ensaio complementar, na averiguação da fluorescência à luz ultravioleta, usualmente mais intensa nos exemplares sintéticos, devido à ausência de ferro, que inibe esta propriedade na maior parte das alexandritas naturais.

Na prática, a distinção por microscopia é bastante difícil, seja pela ausência de inclusões ou pela presença de inclusões de diferente natureza, porém muito semelhantes, o que, em alguns casos, requer ensaios analíticos mais avançados, não disponíveis em laboratórios gemológicos standard.
O custo das alexandritas sintéticas é relativamente alto - mas muito inferior ao das naturais de igual qualidade - pois os processos de síntese são complexos e os materiais empregados caros. O substituto da alexandrita encontrado com mais frequência no mercado brasileiro é um coríndon sintético “dopado” com traços de vanádio, que também exibe o câmbio de cor segundo a fonte de iluminação sob a qual se observa o exemplar. Eventualmente, encontram-se, ainda, espinélios sintéticos com mudança de cor algo semelhante à das alexandritas.

IDADE DOS METAIS

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O emprego pelo homem pré-histórico de materiais como o bronze e o ferro que deram nome ao período conhecido como idade dos metais.

O objetivo desta materia é desvendar onde e quando aproximadamente o manuseio do cobre e de outros metais (ligas) começou para tanto segue um Pequeno resumo sobre a Idade dos Metais.
Nas matérias que seguem falaremos sobre estes metais utilizados largamente em fundição para bijuterias. No sistema proposto no século XIX por arqueólogos escandinvavos, a pré-história pode ser ordenada em estágios sucessivos de desenvolvimento tecnológico, segundo os instrumentos empregados. Assim, à idade da pedra se segue a idade dos metais que abrange as idades do bronze e do ferro. No entanto, o conhecimento dos metais não ocorreu simultaneamento nas diferrentes regiões do mundo antigo. Na Grécia por exemplo, a idade dos metais começou antes de 3000 a.C., enquanto na China isso se deu por volta de 1800 a.C. Origens.
O períoso de transição entre o neoloitico (fase da pedra polida) e a idade do bronze é comunmente denominado calcolitico, ou idade do cobre.
Embora inizilamente raro, o cobre já era utilizado no leste da Anatólia em 500 a.C., e seu uso logo se generalizou. A encrópole pré-hitita de Alac ostenta estatureas de cervos e touros de cobre, além de numerosas peças de urivesaria e joalheria.

Mais ou menos em 3500 a.C., o rápido desenvolvimento da metarlurgia ontribuiu para a urbanização na Mesopotâmia. Po volta de 3000 a.C., o uso o cobre, já comum no Oriente Médio, começou a atingir as culturas eolíticas do continente europeu. Foi usado na Hungria e na Espanha, egiões ricas em minérios desse metal, e difundido na Europa por tribos
nômades. Entretanto, foi o bronze - liga de cobre e estanho -, introduzido or artesãos vindos da Asia em busca de estanho, que revolucionou a Europa.
Em pouco tempo, floresceu na Europa central, na Espanha e na Inglaterra a iade do bronze, enriquecida pelo intercâmbio com Creta.
Idade do Bronze : O calcolítico pode ser considerado como parte da idade do bronze, mas essa liga foi muito raramente utilizada no período. A idade do bronze se desenvolveu de fato entre 4000 e 2000 a.C. Na europa, estendeu-se até o século XIII a.C., quando os grandes movimentos celtas para lá levaram o onhecimento do ferro.

Por volta de 2000 a.C., Biblos, porto da costa fenícia de influência egípicia, era importante centro metalúrigo do bronze. Ali foram encontrados arcófagos de reis vassalos ou aliados dos faraós da XII dimastia, com vasos e prata, harpas de bronze, facas e punhais. Em Ugarit (Ras-Shamra) ao Norte da Síria, o empenho do bronze, introduzido no fim do terceiro milênio difundiu-se muito rapidamente e alcançou o apogeu na época do novo império egício e da expansão miceniana na Síria. Em 1500 AC. aproximadamente a metalurgia florescia na Europa, onde espadas, pulseiras e grampos eram às vezes trabalhados com técnicas artísticas. O motivo predominante nas obras da idade do bronze era espiral, e na Alemanha e na Escandinávia a ela se acrescentaram as estilizações de animais, pricipalmente do cisne.

Idade do Ferro : útilmo estágio tecnológico e cultural da pré história, a idade do ferro é o período em que esse metal subsitutui o bronze na fabricação de utensílios e armas. Seu início também varia de acordo com a região geográfica. o Oriente Medio e no sudeste da Europa, começou aproximadamente em 1200 a.C. mas na China somente em 600 a.C.. Embora no Oriente Médio , por exemplo o ferro tanha sito utilizado de forma limitada como um metal raro e precioso pelo menos até 3000 a.C. não há indicação alguma de que tivessse sido apreciado pelas qualidade que o diferenciam do cobre. Entre 1200 e 1000 a.C., no entanto, o intercâmbio da metalurgia e de objetios de ferro ocorreu de forma rápida e abrangente.
A utilização deste metal na fabricação de armas permitiu que pela primeira
vez as populações se armassem e promovesse movimentos que, durante dois mil anos seguintes, mudaram a face da Europa e Asia.

Uma gema muito bonita, mas pouco conhecida é o dioptásio.

Uma gema muito bonita, mas pouco conhecida é o dioptásio.
É um silicato hidratado de cobre – Cu6 Si6O18.6H2O – que geralmente forma cristais verdes, pequenos, prismáticos ou romboédricos, transparentes, de brilho vítreo a sub-adamantino.
É um mineral raro, transparente, que se assemelha à esmeralda. Ocorre na zona superficial dos veios de cobre, junto com calcita, malaquita, crisocola e outros minerais, principalmente em regiões desérticas.
É encontrado na Rússia (Sibéria), Chile, República Democrática do Congo, Cazaquistão, EUA e Namíbia. Deste último país vêm os melhores espécimens.
Por sua semelhança com a esmeralda, é também conhecido por esmeralda-do-congo e esmeraldina.
Joias com dioptásio não devem ser limpas com ultrassom, pois é uma gema bastante frágil.
 
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DRUSA DE DIOPTÁSIO 
(Duda & Rejl - La Gran Enciclopedia de los Minerales)
 
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CRISTAIS DE DIOPTÁSIO
 
 
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DIOPTÁSIO DO KAZAKISTÃO

Às vezes as pessoas pensam que os topázios sempre são azuis ou amarelos

Às vezes as pessoas pensam que os topázios sempre são azuis ou amarelos. Na realidade, os topázios ocorrem numa vasta gama de matizes, sendo os vermelhos e roxos os mais apreciados. Os topázios azuis são abundantes no mercado. Para a surpresa de muitos, o seu azul raramente é natural. Em geral, o azul é derivado de tratamento. A partir dos anos 1970, a combinação de radiação e tratamento térmico possibilitou a produção de tons de azul, tornando essa variedade conhecida e farta.

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Foto: Gemological Institute of America

A variedade mais prezada é oriunda de depósitos brasileiros, localizados no estado de Minas Gerais. A famosa Mina do Capão produz o raríssimo topázio Imperial, reconhecido mundialmente como o topázio mais valioso. Costuma-se  dizer que os matizes desta variedade reproduzem o leque de cores de um amanhecer ao por do sol.

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Foto: Gemological Institute of America
Os responsáveis pelos matizes das distintas variedades de topázios são os elementos de impureza ou defeitos estruturais. O elemento responsável pelas cores rosadas, avermelharas e violetas é o cromo. Já as imperfeições em nível atômico, na estrutura do cristal da gema, podem produzir topázios azuis, marrons e amarelos. O vermelho, entretanto, é o mais desejado de todos e representa menos da metade de um porcento de todos os topázios encontrados.