quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Usina de Belo Monte manteve em segredo veio de ouro, agora já sepultado sob concreto

Usina de Belo Monte manteve em segredo veio de ouro, agora já sepultado sob concreto



"Quando analisamos as rochas escavadas do sítio Belo Monte, verificamos que várias delas continham traços de ouro. A partir daí, todo nosso esforço foi manter esse segredo, para evitar que Belo Monte se transformasse numa nova Serra Pelada."
O "verdadeiro segredo de Belo Monte" -a existência do ouro- foi revelado ontem por Antônio Kelson Elias Filho, diretor de Construção da Norte Energia -detentora da concessão da hidrelétrica.
Não chega a ser surpresa que um veio do metal tenha sido descoberto na região da cidade paraense de Altamira, à beira da Transamazônica.
Afinal, a cerca de dez quilômetros de outro canteiro de Belo Monte, o do sítio de Pimental, começam os trabalhos para abrir a maior mina de ouro a céu aberto do Brasil, Belo Sun.
E Serra Pelada, o maior garimpo do país, fica a 400 km dali, em linha reta (o que, em território amazônico, pode ser considerado perto).
TESOURO SEPULTADO
Segundo Kelson, o veio é muito rico em ouro, uma média de 6 kilos por tonelada, talvez igual a serra pelada, o chamado "ouro bombril" na giria garimpeira, aonde vários garimpeiros tiraram toneladas de ouro, uma média de 50 kilos dia.Mas ai seria o fim do Belo Monte. Seria economicamente viável, se fosse avaliado de maneira isolada, talvez a maior mina de ouro do mundo, lembrando que perto dali tem a maior mina de ouro do Brasil, a BELO SUN , com teores de ouro altíssimos como a mineradora canadense já divulgou, e que vai retirar uma média de 100 kilos de ouro dia na Serra do Itatá, ao preço de hoje R$20.000.000,00 (Vinte milhões de reais dia) e  R$600.000.000,00 (Seiscentos milhões de reais mês) só na Serra do Itatá, perto do rio Xingú, em apenas 2 mil hectares de álvaras.
Como sua exploração implicaria adiar a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no entanto, a ideia foi abandonada, pois os garimpeiros iam invadir a Usina.
"Não valia a pena. Fechamos o poço com concreto", afirma o diretor da Norte Energia.
Assim se sepultou, para sempre, o segredo de Belo Monte.
Kelson havia prometido "revelaria  o verdadeiro segredo de Belo Monte" em setembro, durante visita à usina para a elaboração da reportagem "A Batalha de Belo Monte

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Região colombiana vive 'febre das esmeraldas'

Região colombiana vive 'febre das esmeraldas'


Esmeralda (Foto Parent Gery - Wikicommons)
Colômbia é uma das maiores produtoras de esmeralda
A pequena cidade de Pauna, na Colômbia, está vivendo uma verdadeira "febre das esmeraldas" desde sexta-feira, quando operários que trabalhavam na construção de uma estrada descobriram pedras preciosas nas suas proximidades.
As esmeraldas foram achadas por três trabalhadores na região conhecida como Nariz do Diabo.
De acordo com o prefeito de Pauna, Omar Casallas, citado pelo jornal colombiano El Tiempo, os três estavam cavando o solo para construir a fundação de um muro inclinado que protegeria a estrada quando fizeram a descoberta.
"Um deles estava perfurando a rocha com um martelo hidráulico e viu uma pedra verde brilhante", escreveu o jornal.
A notícia se espalhou não só por Pauna, mas também pelos povoados vizinhos de Maripí, Quípama e Muzo.
Logo, centenas de pessoas correram para as imediações do Nariz do Diabo com o objetivo de procurar mais esmeraldas.
Para evitar caos, a polícia teve de bloquear a estrada e a encosta íngreme perto da qual as pedras foram encontradas.
Segundo Casallas, uma das esmeraldas foi adquirida por 4 milhões de pesos colombianos (cerca de R$ 4,4 mil) e seria enviada aos EUA.
Outra, um pouco menor, seria usada para pagar estudos que identificarão a pureza das pedras da região.

Mercado

A Colômbia é um dos maiores produtores de esmeralda do mundo, juntamente com países como a Zâmbia e o Brasil. E Boyacá é uma das principais regiões produtoras do país.
Em pelo menos duas ocasiões, uma nos anos 60 e outra nos anos 80, disputas entre famílias e grupos produtores por minas e territórios ricos em esmeralda desataram conflitos que deixaram centenas de mortos no país - as chamadas "guerras verdes".
A Colômbia exporta hoje US$ 64 milhões (R$ 129 milhões) em esmeraldas, segundo a Fedesmeraldas, que representa produtores do setor. A associação diz, porém, que ainda há margem para aumentar a produção se mais investimentos forem feitos.

Garimpo de Diamantina - MG

 Garimpo de Diamantina MG



16garimpo
Área do garimpo fica às margens do rio Jequitinhonha, gravemente afetado pelo assoreamento

Os dias de extração ilegal de ouro e diamante no garimpo mais famoso de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, estão contados. A Polícia Civil está no encalço dos responsáveis pela retirada semanal de mais de 2 mil quilates em pedras preciosas – o equivalente a R$ 1 milhão – da área conhecida como Areinha. A 50 quilômetros do centro de Diamantina e já na divisa com o município de Couto de Magalhães de Minas, a região é explorada por mais de 1.200 garimpeiros e, por trás deles, empresários com alto poder aquisitivo.

Tanto eles quanto a mineradora que explorou a área por cerca de 20 anos são suspeitos de provocar danos ambientais contínuos. A questão com a empresa Rio Novo, integrante do grupo Andrade Gutierrez, já está na Justiça. Agora a polícia investiga a atuação dos garimpeiros que permanecem no trabalho desde 2007, apesar de cientes da ilegalidade. A retirada compulsória seria comandada por pessoas de alto poder aquisitivo em Diamantina.

“Estamos aprofundando a investigação para saber quem são. Há a suspeita de que sejam empresários ou políticos, mas ainda não temos essa confirmação. O que sabemos é que é preciso ter dinheiro para manter a situação. Muitas vezes, quem tem o dinheiro não vai garimpar, ele paga alguém para isso”, afirma o delegado regional de Diamantina, Carlos Capistrano. Ele comandou o levantamento preliminar da extração de ouro e diamante na Areinha antes de encaminhá-lo para a Divisão Especializada de Proteção ao Meio Ambiente.


Captação de água

Segundo fontes ligadas às investigações, os envolvidos no esquema, com alto poder aquisitivo, estariam atuando na prática criminosa de sonegação de impostos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e danos ambientais. Entre eles, a captação irregular de água do rio Jequitinhonha, usada em larga escala nas atividades do garimpo.

No período de seca, a Areinha é tomada por 120 dragas, responsáveis pela retirada da areia e minerais do leito do rio. O material é jogado em uma cava, de onde segue para uma esteira para a separação. Nesta época de cheia do rio, o movimento no garimpo cai, mas não cessa. E mesmo a possibilidade de responder criminalmente pela atividade, risco cada vez mais iminente, não afasta garimpeiros e “patrões”.

“Já existe, e sempre existiu, por parte de todos que ali operam, uma preocupação. Eles atuam sabendo que podem ser pegos a qualquer momento. Em tese, vale a pena”, avalia Capistrano. Mas o cerco tem se fechado, inclusive em torno da destinação do lucro captado no garimpo. De acordo com as investigações, a extração de pedras preciosas movimenta o comércio de imóveis e veículos, bens adquiridos para lavar o dinheiro da extração ilegal.



Mas a região da Areinha, que ganhou esse nome por causa dos montes de areia que se formaram no local onde eram descartados os rejeitos do que foi aproveitado pela mineradora que explorava a área, cultiva outro problema. “Não existe só o aspecto criminal, mas também o social. Hoje são 1.200 garimpeiros no local. Para você tirar essas pessoas dali, tem que ter uma contrapartida”, lembra o delegado. Na prática, isso significa que por um ponto final em seis anos de extração irregular vai muito além do fim da atividade em si.
 

Diamante: Características e propriedades

Diamante: Características e propriedades

Os primeiros relatos da fascinação do homem pelos diamantes foram encontrados em textos na Índia de cerca de 800 a.C. Eles descreviam a beleza e a pureza desses cristais, e a sua durabilidade ganhou significação mística e poderes supostamente mágicos.

A estrutura do diamante é constituída de átomos de carbono puro dispostos nos quatro vértices de um tetraedro e um único no seu centro. Devido a essa disposição geométrica, o diamante é bastante compacto, possui alta densidade (3,5g/cm3) e é a substância natural mais dura que se conhece. Além disso, é condutor térmico, bom isolante elétrico e dificilmente reage com outras substâncias.

A característica que distingue o diamante dos demais cristais é sem dúvida o seu inigualável brilho e a capacidade de decompor a luz branca nas cores do arco-íris: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta.

Quando um feixe de luz branca incide em uma das facetas de um diamante, sofre refração e se dispersa nas cores que o constituem. Esse efeito óptico (decomposição luminosa) ocorre porque o diamante possui um índice de refração bastante elevado para a luz, o que facilita a dispersão e a reflexão interna dos raios luminosos.

Em condições ideais, o objetivo da lapidação é fazer com que as dimensões e os ângulos das facetas da pedra sejam bem determinados, para realçar as reflexões da luz em seu interior. A pureza e a lapidação do diamante fazem com que o feixe emergente saia praticamente na mesma direção que o feixe incidente, impedindo, dessa forma, que parte da luz seja "perdida", o que poderia comprometer o brilho do cristal.

Fatores como o de ser riscado somente por um outro diamante, o grau de dureza, a resistência, o brilho, as várias cores e a raridade (como o Amsterdã -totalmente negro-, uma das pedras mais belas do mundo) confirmam que realmente os diamantes são para sempre!


6. Quais as características e as propriedades do diamante? Acima, réplica do Koh-i-noor original, famoso diamante que recebeu nova lapidação e não tem mais esse formato. Originário da Índia, seu nome significa "Montanha de Luz", em urdu, um dos idiomas indianos.

Você sabia que o alumínio já chegou a valer mais do que o ouro?

Você sabia que o alumínio já chegou a valer mais do que o ouro?

O alumínio certamente é um dos elementos mais abundantes da Terra. Hoje ele aparece em embalagens de alimentos, latinhas de refrigerante, na estrutura de aviões e tem mais de uma centena de aplicações. Porém, o metal nem sempre esteve disponível e a sua raridade fez com que ele chegasse a custar mais do que ouro. Não deixe de conferir este artigo para entender como isso aconteceu e conhecer um pouco mais sobre a história desse metal tão útil nos dias de hoje.

Um pouco de história

Shutterstock
Tudo começa com o fato de que, mesmo representando cerca de 8% da crosta terrestre, o alumínio não pode ser encontrado em sua forma metálica em nenhum canto do planeta. Ou seja, o alumínio aparece principalmente como parte de um composto químico, como o alúmen de potássio, por exemplo.
Mesmo antes do alumínio ser descoberto ou mesmo teorizado, os compostos da classe dos alúmens já possuíam diversas aplicações desde a antiguidade. No entanto, acredita-se que o primeiro registro do elemento date de 1807, quando o químico Sir Humphrey Davy argumentou que o alúmen era o sal de um metal que ainda não havia sido descoberto. Davy pretendia batizar esse elemento de “alumínio”.
Porém, existe algum debate na comunidade científica sobre Davy ter sido realmente o primeiro a falar sobre o metal, já que 30 anos antes (em 1778) o químico francês Antoine Lavoisier comentou em seu livro Elementos de Química que o que ele chamava de “argila” (óxido de alumínio) poderia teoricamente existir como um metal sólido, mas a tecnologia disponível não permitia desfazer a forte ligação entre os átomos de oxigênio.

A produção de alumínio

O alumínio como conhecemos hoje foi originalmente criado em laboratório por Hans Christian Oersted ao aquecer o cloreto de alumínio com amálgama de potássio em 1825. Em homenagem ao trabalho de Humphrey Davy, o novo metal ganhou o nome de alumínio. Porém, o material obtido por Oersted não passava de algumas lascas de metal pequenas e impuras – o que dificultava a análise do material.
Dois anos depois, Friedrich Wöhler desenvolveu uma nova maneira de isolar o alumínio em pó e melhorou bastante as técnicas utilizadas no experimento de Oersted. Mesmo assim, foi preciso esperar mais 18 anos até que a quantidade de metal produzida fosse suficiente para que os cientistas pudessem analisar suas propriedades.
Em 1845, o alumínio começou a fazer sucesso. Mas foi apenas em 1854 que o químico francês Henri Sainte-Claire Deville desenvolveu uma maneira de produzir o metal em larga escala com o uso de sódio. Pela primeira vez na História, esse método permitiu a produção de quilos do metal de uma única vez. Para se ter uma ideia, Deville conseguia produzir em um único dia a mesma quantidade que Wöhler levaria anos para obter.

Preço de ouro

No ano seguinte, em 1855, 12 pequenos lingotes de alumínio foram colocados em exposição em uma enorme exibição francesa organizada a pedido do imperador francês Napoleão III. Imediatamente após a exibição, a demanda pelo novo metal leve e brilhante aumentou significativamente. Como o metal se mostrou ideal para produzir joias, não demorou muito para que a elite francesa estivesse usando broches feitos de alumínio.
Entretanto, o responsável pela produção em larga escala do metal não gostou de saber que o elemento estava sendo usado por uma pequena classe de pessoas quando poderia estar beneficiando às massas. E o imperador Napoleão III – que havia financiado o estudo e a produção do metal muito antes da exibição – compartilhava o pensamento do químico e acreditava que o alumínio poderia ser usado para produzir equipamentos leves para seu exército. De fato, alguns capacetes chegaram a ser confeccionados, mas o alto custo do refinamento do material impediu a continuidade do projeto.
Frustrado, Napoleão III fez com que seu estoque de alumínio fosse derretido e transformado em talheres. Uma das evidências desse fato é que existiam rumores de que o imperador francês comia em pratos de alumínio e dividia seus luxuosos talheres apenas com convidados nobres, enquanto as outras pessoas utilizavam peças forjadas em ouro.
Não existem meios de confirmar se a história dos talheres de Napoleão III é verdadeira ou não. Mas fato é que, mesmo sendo muito mais abundante do que o ouro, o alumínio era mais difícil de ser obtido, o que o tornava um dos metais mais caros e nobres da época.

Da nobreza à banalidade

Mas esse panorama começou a mudar em 1886, quando descobriu-se que era possível obter grandes quantidades de alumínio através da eletrólise. A descoberta foi feita por Paul Lois Toussaint Héroult e Charles Martin Hall quase ao mesmo tempo. Curiosamente, os dois trabalhavam de maneira independente na França e nos Estados Unidos, o que levou o processo – que é utilizado até hoje – a ser chamado de Héroult/Hall em homenagem aos dois profissionais.
Dois anos depois, o químico austríaco Carl Josef Bayer revelou que o óxido de alumínio podia ser obtido a partir da bauxita com baixos custos. Todos esses processos fizeram com que o preço do alumínio despencasse 80% do dia para a noite. Dentro de poucos anos, o alumínio passou do posto de metal mais caro do planeta para o lugar do mais barato.
Em termos de comparação, vale pensar que em 1852 (ou seja, antes do surgimento do processo de Héroult/Hall), o quilo do metal era vendido por 1,2 mil dólares. Já no início do século 20, a mesma quantidade não chegava a custar um dólar.