No Blog Gemas Do Brasil, você encontra tudo sobre pedras preciosas, Curso de Gemologia Online, Outros cursos online na promoção e com garantia Hotmart. Garimpo de ouro, Garimpo de Diamante, Garimpo de Esmeralda, Garimpo de opala em PedroII e Feira de Pedras Preciosas no Brasil e no Mundo, enfim tudo para vc ganhar muito dinheiro com pedras preciosas, pois o Brasil é o País mais rico em Gemas.
História das Minas de Ouro e Diamante: O Ouro Mineiro
Barra de ouro extraído em Minas,em 1809, devidamente quintado.
Em
Minas, a descoberta do ouro se deu no final do séc. XVII,
simultaneamente, por vários bandeirantes e sertanistas: Salvador
Fernandes Furtado descobriu as lavras do Ribeirão do Carmo (Mariana),
Antônio Dias Cardoso revelou a existência do metal precioso no vale do
Tripuí (Ouro Preto), o padre João Faria descobriu o famoso ouro preto.
João Lopes de Lima apontou outras jazidas no Ribeirão do Carmo. Borba
Gato revelou as minas de Sabarabuçu (Sabará). Domingos Fonseca Leme
descobriu ouro em um afluente do rio das Velhas. Domingos do Prado, no
rio Pitangui. Bartolomeu Bueno, no rio Pará. Antônio Garcia Cunha, nas
margens do rio das Mortes (São João DeL Rei). Tantas descobertas
simultâneas e em áreas relativamente distantes entre si, evidentemente,
não foram meras coincidências. O desabrochar instantâneo de tantas
minas tem explicação mais pragmática: em 1694, sucumbindo ao óbvio, a
Coroa Portuguesa decidiu modificar a legislação que a tornava dona de
todos os minérios encontrados no Brasil. A partir de então, o direito de
posse das minas seria concedido ao descobridor, cabendo ao rei apenas e
tão-somente um quinto dos achados. Agora, o ouro estava acessível a
quem se interessasse por ele. Só então os sertanistas de São Paulo
revelaram ao mundo as minas que já deveriam conhecer havia pelo menos 20
anos. O fato teve repercussão global, pois as lavras encontradas nas
Gerais configuraram a maior descoberta de ouro registrada no planeta,
até então. Foi o maior volume de ouro, explorado da forma mais célere.
Portugal instituiu um método, extremamente, eficiente de exploração do
ouro mineiro. Em breve, as mais de mil toneladas, oficialmente,
arrancadas das entranhas da terra fariam o fausto e a opulência das
cortes européias, especialmente da Inglaterra, graças ao Tratado de
Methuen (o tratado dos vinhos e dos panos), curiosamente, assinado com
Portugal,logo após ao descobrimento das minas auríferas, em 1703, no
qual se estabeleceu, entre outros termos, que à Inglaterra caberia
metade de todo o ouro descoberto no Brasil. Portugal se beneficiou com
pouco do ouro explorado nas Minas Gerais. Boa parte da porção de ouro
que caberia aos portugueses, conforme as absurdas cláusulas do tratado,
foi parar nas mãos do Vaticano e da Casa Real dos Hapsburgs da Áustria, a
monarquia mais influente da Europa, na época. O ouro extraído de
nossas terras criou as condições financeiras necessárias para a mais
importante revolução econômica do mundo - a Revolução Industrial. O
ouro mineiro permitiu que a circulação de moeda fosse triplicada na
Europa, já que o metal era e ainda é usado como lastro para emissão
monetária. Diante da abundância monetária conseqüente da abundância de
ouro nos mercados europeus, foi possível o acúmulo de capitais que
resultaram na Revolução Industrial, primeiramente, na Inglaterra, graças
ao tratado dos vinhos, panos e muito ouro. Mas, o ouro mineiro não
foi todo perdido. Ele foi responsável pelo surgimento de uma cultura
urbana frenética, complexa e esplendorosa, sem precedentes em terras
americanas e ainda há bastante ouro em Minas. O chamado ouro de aluvião
que se extraiu facilmente e em grande quantidade nas margens dos
ribeiros, este sim se esgotou. O ouro de filões e veios ainda é farto. O
que, definitivamente, encerrou o ciclo do ouro em Minas foi a abolição
da escravidão. Sem escravos a atividade se tornou inviável, sob o ponto
de vista econômico. Foi quando houve o predomínio das companhias
inglesas na exploração do ouro mineiro, as quais implantaram métodos
industriais de extração do metal, alcançando grande produção, em
continuidade à histórica pilhagem da riqueza de Minas. Posteriormente,
diante da onda nacionalista que se irrompeu com o Estado Novo de Vargas e
da justificada consternação que a usurpação de nosso ouro,
historicamente, tem afetado o imaginário da nação, Getúlio Vargas,
finalmente, desmantela grande parte do sistema de exploração aurífera
montado pelos ingleses e ,desde então, explorar ouro em Minas se tornou
tabu.
Diamantes do médio rio Jequitinhonha, Minas Gerais: qualificação gemológica e análise granulométrica
RESUMO Os
depósitos aluvionares da bacia do Rio Jequitinhonha, em Minas
Gerais, constituíram a fonte da maior parte dos diamantes produzidos
no Brasil desde 1714 até meados da década de 1980. Essa importância
histórica e econômica motivou a apresentação dos dados quanto à
granulometria e qualificação gemológica dos diamantes nas áreas de
concessão das mineradoras Tejucana e Rio Novo. Em adição, a
amostragem adquirida em 14 pontos ao longo do rio é instrumental para
a composição de um banco de dados, tendo em vista a identificação da
origem de populações de diamantes. No mega-lote estudado,
constituído por 186.052 pedras (17.689 ct), merece ser destacada a
grande proporção (82,2%) de diamantes gemológicos. Palavras-chave: Rio Jequitinhonha, diamante, distribuição granulométrica, qualidade gemológica. ABSTRACT The
Jequitinhonha River basin alluvial deposits, in Minas Gerais, were
the source of most of the Brazilian diamond production since 1714
until the last middle eighties. This historical and economical
importance is in itself a reason to publish grain-size and
gemological quality data concerning the diamonds of the Tejucana and
Rio Novo mining companies concession areas. In addition, extensive
sampling (186,052 stones or 17,689 ct) on 14 locations along the
river can contribute to create an important database to identify the
origin of different diamond populations. Among other observations, the
high proportion (82,2%) of gem diamonds should be stressed. Keywords: Jequitinhonha River, diamond, grain-size distribution, gemological quality.
1. Introdução Diamantes
foram descobertos no Brasil nas proximidades de Diamantina,
centro-norte de Minas Gerais, ao início do século XVIII. Nesse
contexto, a bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha se destaca por
sua importância, não só histórica, como também comercial, uma vez que
a maior parte dos diamantes daquele distrito foram produzidos sobre
tal bacia, nas suas porções superior e média. No médio curso do rio
Jequitinhonha, os aluviões são mais largos, permitindo a operação de
grandes dragas de alcatruzes, como as das mineradoras Tejucana e Rio
Novo, ao contrário do que ocorre no seu alto curso. O objetivo do
presente trabalho é apresentar os dados quanto a granulometria e
qualidade comercial referentes à produção de diamantes do Médio
Jequitinhonha. Além disso, busca-se compor um banco de dados que
apóie o desenvolvimento de um modelo para a identificação da origem
de diferentes populações de diamantes.
2. Depósitos diamantíferos do rio Jequitinhonha Na porção superior do rio Jequitinhonha, os vales são apertados, freqüentemente formando canyons entalhados
sobre as rochas quartzíticas da serra do Espinhaço. Nessa área,
como a largura dos aluviões raramente excede os 20 m, somente atividades
garimpeiras são viáveis. A partir da localidade de Mendanha , o rio ganha o seu médio curso, desenvolvendo aluviões mais largos, muitas vezes com o flat alcançando
1.000 m de largura, onde as companhias Tejucana (atualmente com os
serviços interrompidos) e Rio Novo operam diversas dragas de
alcatruzes, acompanhadas, respectivamente, de dragas de sucção.
No processo minerador, a draga de sucção segue à frente retirando o
capeamento arenoso, estéril, enquanto a draga de alcatruzes, em
seguida, escava, recolhe e trata o cascalho basal do depósito, rico
em diamantes (ouro também é recuperado como subproduto).
A
lavra de diamantes aluvionares do rio Jequitinhonha abrange
exclusivamente sua calha atual, de idade recente a sub-recente. A fonte
desses diamantes está concentrada nos conglomerados proterozóicos
intercalados na Formação Sopa-Brumadinho, aflorantes em porções altas
da serra do Espinhaço nas cabeceiras do rio e sua margem oeste,
constituindo, assim, um novo ciclo geológico de erosão-deposição. A
forte queda no gradiente do rio, com altitudes entre 1.200-1.500 m no
espigão serrano para 700-600 m na área da jazida, fez com que os
diamantes fossem reconcentrados nesse trecho aluvionar estudado .
Na área de concessão da Mineração Rio Novo, mais ou menos na parte
central do depósito (em termos longitudinais), a espessura média do
cascalho mineralizado é de 4 m, para uma cobertura estéril que, em
geral, alcança porte similar
3. Identificação da fonte de lotes de diamantes Desde
quando foi percebido que a produção diamantífera de certos países
africanos, como Angola, Serra Leoa e Congo, estava atrelada ao
financiamento de grupos engajados em guerras civis locais (os
chamados conflict diamonds, também conhecidos em português
como "diamantes-de-sangue"), uma campanha internacional patrocinada pela
ONU tem procurado impor sanções à importação de material desses
países. Além disso, a comunidade consumidora, sentindo-se moralmente
abalada por tais acontecimentos, estimulou a pesquisa de propostas
científicas visando a conhecer a real procedência dos lotes de
diamantes, para evitar que essa produção chegasse aos grandes centros
lapidadores. Entretanto, logo ficou claro que inexistiam
metodologias científicas seguras capazes de identificar tal procedência
(Janse, 2000; Shigley, 2002). Desde
longa data se tem percebido que diferentes depósitos diamantíferos,
desde os primários, mostram particularidades específicas (Lewis,
1887). Nesse sentido, as médias de tamanho, valor ou qualidade
gemológica, a freqüência relativa de formas cristalográficas, a
presença de certas variedades, bem como outras propriedades químicas
afins, poderiam ser relacionados com certos depósitos ou áreas
diamantíferas. Estudos nesse sentido foram inicialmente propostos
para alguns kimberlitos sul-africanos (Harris et al., 1975, 1979),
norte-americanos (Otter et al., 1994) e para os pláceres costeiros da
Namíbia (Sutherland, 1982). No Brasil, estudos semelhantes incluíram
os diamantes da mina de Romaria - Triângulo Mineiro (Svisero &
Haralyi, 1985), do rio Tibagi - Paraná (Chieregatti, 1989) e da serra
do Espinhaço - norte de Minas Gerais (Chaves, 1997; Chaves et al.,
1998). Diversos autores
(Chambel, 2000a,b; Chaves et al., 1998; Janse, 2000; Shigley, 2002)
procuraram enfatizar que os diamantes de determinado depósito têm uma
história geológica comum e, assim, devem possuir características que
são "únicas" para cada depósito. Documentando tais características,
elas poderiam conduzir à identificação do local de origem do lote de
diamantes. Para isso, entretanto, precisa-se envolver análises
estatísticas sobre populações de diamantes com grande número de
indivíduos e os resultados precisam de ser compilados dentro de um
programa de dados para cada área produtora de diamantes do mundo. Tal
assinatura mineralógica, ainda que bastante fácil de se obter nas
jazidas em fontes primárias, torna-se mais complicada em relação aos
depósitos secundários, muitas vezes dispersos sobre grandes regiões. A
apresentação dos dados referentes aos aluviões do rio Jequitinhonha
pretende ser uma contribuição a tal proposta.
Chega
a parecer enredo de história em quadrinho. O mistério do tesouro
perdido no Mont Blanc reúne um prefeito francês, um alpinista alpino, um
historiador, um Judeu que é um rico comerciante de pedras preciosas de
Londres, e suas conexões tênues em busca de um saco de jóias perdidas
descoberta no pico de Mont Blanc.
A história começa em 24 de janeiro de 1966. No ar, o avião da Air
India, vôo 101 começa sua descida em direção ao aeroporto de Genebra. O
piloto teve a infelicidade de calcular mal a altitude da aeronave e o
Boeing 707 se viu em rota de colisão com o cume do Mont Blanc, a
montanha mais alta da França.
Todas as 117 pessoas a bordo morreram quando o avião acertou a montanha.
“Ele fez uma enorme cratera na montanha”, disse um guia de alpinistas
que foi o primeiro a chegar ao local. Ele começou dizendo. “Tudo foi
completamente pulverizada. Nada era identificável com exceção de algumas
cartas e pacotes.”
E foi aí que “o bicho pegou”. Pacotes?? Pacotes???
Adivinha só o que estava num destes pacotes?
Várias tentativas de resgate para recuperar os corpos e destroços
foram canceladas devido ao mau tempo no cume. Muitos restos da aeronave –
incluindo um saco do correio diplomático e um cubo de roda – foram
recolhidos lá de cima desde a tragédia, mas pedaços de metal retorcido
do avião ainda se encontram em cantos e recantos do pico. O saco de correio diplomático localizado nas montanhas
Demorou meio século, no entanto, para o local do acidente revelar o seu maior segredo: as pedras preciosas!
Entre os destroços em chamas que se espalharam através da uma
geleira, uma pequena caixa cheia com mais de 100 esmeraldas, safiras e
rubis foi arremessada pelo ar e engolida pelo gelo da montanha. Uma cópia do jornal que além estava lendo à bordo do avião. O jornal incrivelmente sobreviveu ao desastre
A caixa, que agora duas famílias estão reivindicando, tinha seu nome
estampado na lateral. Ela afundou na geleira, só reaparecendo 47 anos
depois, pelas mãos de um escalador local, que após encontrar a caixa,
levou até a polícia local.
Os jornais noticiaram a decisão do alpinista de não ficar com o seu achado, no valor estimado de € 246.000!
“Como você pode ver, ele é muito honesto”, disse o chefe da polícia
local Sylvain Merly. “Ele era um alpinista … e ele não queria ficar com
algo que pertencia a alguém que tinha morrido.”
Merly levou as jóias direto para o prefeito de Chamonix, que as
armazenou em um cofre no subterrâneo da prefeitura até que os meios de
comunicação foram informados do caso.
Quando a história veio à tona, os jornalistas começaram a futucar o caso em busca de mais detalhes.
Curiosamente, aquele acidente não foi o primeiro, mas sim o segundo
acidente da Air India na mesma área! Dezesseis anos antes, um outro
avião, um Constellation conhecido como Malabar Princess, tinha caído na
montanha, também em sua aproximação para Genebra. Assim, os destroços de
dois aviões estão espalhados sobre essa área.
Dan disse que o rumor local, era que o alpinista que descobriu o saco
de jóias era um homem de Bourg-Saint Maurice, uma aldeia a três horas
de de Chamonix. “Todos nós ouvimos que estava acontecendo, mas era um
mistério. Agora sabemos que foi fato um verdadeiro -.. Mas ainda não sei
quem era”
Embora pareça uma história linda de honestida à toda prova, o caso pode não ser muito bem assim:
Ao que parece, os jornalistas da BBC “suaram a camisa” em busca de fotos
das pedras. Em vão. Olha o depoimento do jornalista. Chega a dar pena:
Eu comecei a fazer tentativas para filmar as jóias. Mas
Sylvain Merly disse que não tinha mais autorização de discutir a
história com os jornalistas, me dirigindo ao prefeito do departamento de
Haute-Savoie, em Annecy. O gabinete do prefeito disse que não tinha
nada a ver com a investigação e me enviou para falar com para François
Bouquin, chefe de gabinete do prefeito em Chamonix. Bouquin por sua vez,
deu de ombros e falou que o gabinete do prefeito não era responsável
por conduzir o inquérito, me apontando o tribunal de Bonneville. O
tribunal de Bonneville disse que não era com eles, e sim com o tribunal
de Albertville, que, confuso e sem saber do que se tratava, me enviou de
volta para Bouquin – que disse que, em retrospectiva, ele não tinha
certeza de quem estava no comando do tribunal.
No fim das contas, depois de muito penar, o jornalista aumentou a
pressão sobre as autoridades e ouviu uma resposta que lembra a nossa
resposta padrão, usada até quando alguém é flagrado com dólar na cueca: A
tipicamente brasileira “estamos investigando o caso”.
Após uma insistência gigantesca dos jornalistas, as autoridades de
Chamonix enviaram uma foto das pedras: Dentro de sacos plásticos que
tornam impossível de reconhecê-las. (parece piada, né?) Os sacos com as pedras preciosas
Francoise Rey se diz convencida de que o prefeito e o alpinista
fecharam um acordo de 50-50 muito antes de divulgar aos jornalistas a
existência das jóias. Segundo a lei francesa, há uma janela de dois anos
em que o bem poderia retornar aos seus donos.
“Se nenhum proprietário é encontrado até então, metade vai para o
prefeito de Chamonix e a outra metade vai para o alpinista”, o Mister honesto.
Francoise Rey diz que tem certeza do que está rolando:
“Tenho a certeza de que eles estão interessados em manter as pedras e
que eles não vão fazer absolutamente nada para ajudar as famílias ou os
proprietários a provar que são os donos legítimos das jóias.”
Como o prefeito Fournier, está em campanha para eleições locais, ele
não estava disponível para responder as perguntas, por isso Bouquin
falou em seu lugar, negando que eles pretendem dividir o achado (me
espantaria é se ele dissesse o contrario). “Essa sugestão de que fecharam um
acordo é completamente louca. Não há acordo. Nós nem sequer sabemos quem
encontrou as pedras. Há uma lei que obriga um procedimento que deve ser
seguido, e isso é tudo.”
O fato é que 1990, enquanto Francoise Rey estava pesquisando para um
de seus livros sobre acidentes da Air India naquelas montanhas, ela teve
acesso a um dossiê criminal compilado pelo tribunal local de
Bonneville, que continha muitos dos documentos recolhidos após o
acidente.
Analisando suas notas, a Sra. Rey fez uma descoberta surpreendente.
Anotada dentro das páginas são os detalhes de um documento de seguro
para um pedido de jóias perdidas destinados a um homem, que vivia em
Londres.
Ela havia anotado o nome da família: Issacharoff.
Infelizmente, porém, Francoise não conseguiu anotar o primeiro nome
do reclamante. “Eu vi a carta. Que eu não tenho, mas eu vi. Já escrevi
em minhas anotações o nome da pessoa que estava esperando as pedras em
Londres. Estou certa de que há muitos mais detalhes nesta carta. A
principal coisa a fazer é voltar a encontrar esta carta. Mas isso está
sendo muito difícil. ”
Uma vez que o tal processo não será aberto ao público nos próximos 75
anos, quando qualquer um que queira terá acesso ao arquivo, o processo
de localização da família dos donos das pedras parece ser um longo
caminho a percorrer.
No entanto, uma rápida busca na internet revelou que a família
Issacharoff é um dos maiores e mais antigos comerciantes de pedras no
Reino Unido. A empresa familiar começou com o antepassado de origem
russo-judaica em 1930. Os Issacharoffs tornaram-se os maiores
importadores de pedras preciosas no país.
Avi, o atual diretor da empresa agora chamado Diamonds Henig, diz que
ele pode lembrar que seu pai falou sobre o acidente, e também do alívio
coletivo da família que não tinha nenhum parente naquele avião. Avi
explica que normalmente, quando a família fez uma compra desse porte, um
deles iria ao lugar para buscar as pedras pessoalmente.
Neto de Ruben e filho de Davi, Avi é o terceiro na linha sucessória
de administração da empresa. Seu pai não pode mais se lembrar dos
detalhes exatos. “Consultamos nossos advogados, mas eles nos disseram
que não tinha grandes chances. Nós não temos registros que datam de 50
anos atrás. A única maneira de provar a propriedade é se nosso nome
estivesse escrito na embalagem.”
A família Issacharoff com sede em Londres não são os únicos
pretendentes das jóias. Outro conjunto de Issacharoffs, esses da Espanha
– curiosamente não são aparentados, mas, ainda mais curiosamente, esses
também são comerciantes de pedras preciosas – já estariam se
aproximando das autoridades francesas, na tentativa de obter acesso à
carta que Francoise Rey fala.
Bouquin, do gabinete do prefeito, diz que viu a embalagem em que
foram encontradas as pedras, mas não é necessariamente possível extrair
um nome dela.
“Talvez nós pudéssemos ser capaz de identificar o nome no pacote, mas
é muito difícil de ter certeza. Ele esteve 50 anos sob o gelo.”
Enquanto isso, os dias e os meses vão passando…
Você cava o buraco e dá uma olhada lá pra dentro. O que você vê parece saído de um filme de sci-fi (malfeito) dos anos 50:
Será o cocô fossilizado de um unicórnio?
Não. Trata-se da Opala. Curiosamente, esse mineralóide, como é
chamado, só é encontrado com qualidade em dois lugares do mundo:
Austrália e… Piauí! Isso mesmo, aqui no Brasil, na cidade de Pedro II
está uma das maiores e mais importantes jazidas de Opala (claro que
existem outras jazidas e Opala no mundo, sobretudo na África) da Terra.
Segundo a wikipedia:
O mineralóide Opala é sílica amorfa
hidratada. Neste material, o percentual de água pode chegar a 20%. Por
ser amorfo, ele não tem formato de cristal, ocorrendo em veios
irregulares, massas, e nódulos. Tem a fratura conchoidal, brilho vítreo,
dureza na escala de Mohs de 5,5-6,6, gravidade específica 2,1-2,3, e
uma cor altamente variável.
A opala pode ser branca, incolor, azul-leitosa, cinza, vermelha,
amarela, verde, marrom e preta. Frequentemente muitas dessas cores podem
ser vistas simultaneamente, em decorrência de interferência e difração
da luz que passa por aberturas regularmente arranjadas dentro do
microestructura do opala, fenômeno conhecido como jogo de cores ou
difração de Bragg. A estrutura da opala é formada por esferas de
cristobalita ou de sílica amorfa, regularmente dispostas, entre as quais
há água, ar ou geis de sílica. Quando as esferas têm o mesmo tamanho e
um diâmetro semelhante ao comprimento de onda das radiações da luz
visível, ocorre difração da luz e surge o jogo de cores da opala nobre.
Se as esferas variam de tamanho, não há difração e tem-se a opala comum.
O termo opalescência é usado geral e erroneamente para descrever este
fenômeno original e bonito, que é o jogo da cores. Na verdade,
opalescência é o que mostra opala leitosa, de aparência turva ou opala
do potch, sem jogo de cores.
As veias de opala que mostram jogo de cores são frequentemente muito
finas, e isso leva à necessidade de lapidar a pedra de modos incomuns.
Um doublet de opala é uma camada fina de opala colorida sobre um
material escuro como basalto ou obsidiana. A base mais escura ressalta o
jogo de cores, resultando numa aparência mais atraente do que um potch
mais claro. O triplet de opala é obtido com uma base escura e com um
revestimento protetor de quartzo incolor (cristal de rocha), útil por
ser a opala relativamente delicada.
Dada a textura das opalas, pode ser difícil obter um brilho razoável.
As variedades de opala que mostram jogo de cores, as opalas preciosas,
recebem diversos nomes; do mesmo modo, há vários tipos de opala comum,
tais como: opala leitosa (um azulado leitoso a esverdeado); opala resina
(amarelo-mel com um bilho resinoso); opala madeira (formada pela
substituição da madeira com opala); Menilite (marrom ou cinza) e
hialite, uma rara opala incolor chamada às vezes Vidro de Müller.
A opala é um gel que é depositado em temperatura relativamente baixa em
fissuras de quase todo tipo de rocha, geralmente sendo encontrado nas
formações ferro-manganesíferas, arenito, e basalto. Pode se formar
também em outros tipos de materiais, como nós de bambus. A palavra opala
vem do sânscrito upala, do grego opallos e do latim opalus,
significando “pedra preciosa.”
A opala é um dos minerais que podem formar fósseis, por substituição. Os
fósseis resultantes, embora possam não ser especialmente valiosos do
ponto de vista científico, atraem colecionadores por sua beleza.
A maior parte da opala produzida no mundo (98%) vem da Austrália. A
cidade de Coober Pedy, em particular, é uma das principais fontes. As
variedades terra comum, água, geléia, e opala de fogo são encontradas na
maior parte no México e Mesoamérica.
Existem opalas sintéticas, que estão disponíveis experimental e
comercialmente. O material resultante é distinguível da opala natural
por sua regularidade; sob ampliação, as áreas com diferentes cores são
arranjadas em forma de “pele de lagarto” ou padrão “chicken wire”. As
opalas sintéticas são distinguidas das naturais mais pela falta de
fluorescência sob luz UV. São também geralmente de densidade mais baixa e
frequentemente mais porosas.
Dois notáveis produtores do opala sintética são as companhias Kyocera e
Inamori do Japão. A maioria das opalas chamadas sintéticas, entretanto,
são denominadas mais corretamente de imitações, porque contêm
substâncias não encontradas na opala natural (por exemplo,
estabilizadores plásticos). As opalas Gilson vistas frequentemente em
jóias vintage são, na realidade, um vidro laminado.
Dá uma olhada na beleza desse material sensacional:
Esta é uma amostra de opala assim que é escavada numa jazida asutraliana.
Então as amostras são ensacadas em estado
bruto e enviadas para lavagem e posterior lapidação. É aqui que a
verdadeira “mágica” acontece.
É após a lapidação que o material passa a ser vendido para os artistas que farão jóias com ele.
Algumas opalas bem legais:
Os aborígines da Austrália têm uma lenda. Eles dizem que o Criador
veio para a Terra em um arco-íris para dar uma mensagem de paz para toda
a humanidade. O lugar onde o pé do Criador tocou a terra era repleto de
rochas e tornou-se vivo, começou a brilhar em todas as cores do
arco-íris. E é assim que Opalas foram criadas.
Talvez isso explique porque o nome Opala é derivado da palavra
sânscrita “upala”, que significa “pedra preciosa”. Esta provavelmente é a
raiz da palavra para o termo grego “opallios”, que se traduz como
“mudança de cor”. Até 1920 as Opalas eram bastante incomuns. Antes da
descoberta da jazida da Austrália de 1849, as únicas fontes de opala
eram o Brasil e a Hungria. Quando as Opalas australianas surgiram, elas
eram tão espetaculares e sua diferença foi tão marcante que os donos das
minas na Hungria espalharam o boato que opalas australianas não eram
opalas reais.
Graças ao boato, a opala australiana não apareceu no mercado mundial até 1890. Ninguém comprava porque acreditaram nos boatos.
Por muito tempo ninguém sabia porque as opalas da Austrália eram tão
lindas. Na década de 1960 uma equipe de cientistas australianos
analisaram as amostras de Opalas com um microscópio eletrônico. Eles
descobriram que pequenas esferas de gel de sílica produziam
interferência na passagem da luz, causando as incríveis refrações, que
são responsáveis ??pelo jogo fantástico de cores dentro do material.
Em outras palavras, como a opala é formada de sílica, ela deixa a luz
atravessar, e é essa entrada de luz e consequente divisão dela em
micro-prismas, que dá às Opalas sua cor.
Entre as diversas formas de opala existente, (há as mais
transparentes, as leitosas, as esverdeadas, é uma quantidade enorme de
variações) estão as Opalas negras.
A opala negra é a mais rara e valiosa de todas as opalas. Estas gemas
sempre tem a cor de fundo escura, que contrasta lindamente com os
brilhos multicoloridos naturais da Opala.
Quanto mais brilhante e mais nítidas as cores contrastantes, o mais valiosa a amostra de Opala negra.
A opala negra é rara, ao ponto de algumas pessoas colecionadoras de gemas a considerarem como “o Santo Graal da Opalas”.
Por sua inacreditável variação visual e beleza, as opalas são muito
usadas para a produção de jóias. Algumas opalas de jazidas no México,
chamadas Opalas de fogo, são tão sensacionais que lembram até rubis:
Há também a opala azul peruana, que é a pedra nacional do Peru. Eles dizem que ela tem a cor do mar do Caribe.
Será verdade que a mineração é uma “atividade extrativista de safra única” como intensamente divulgado?
À medida que a crise da mineração mundial recrudesce, os nossos ouvidos são bombardeados por várias frases de efeito.
Na maioria das vezes, de tanto ouvirmos esses ” mantras virais”
geralmente propalados por políticos, juristas, analistas e até por
“especialistas” em mineração, acabamos acreditando sem contestar, em um
clássico caso de fecundação pelo ouvido...
A frase que eu quero dissecar aqui de que “ a mineração é uma atividade extrativista de safra única”foi,
aparentemente criada pelo Presidente Arthur Bernardes. Essa frase vem
sendo repetida, ad nauseam, por milhares como um verdadeiro dogma de fé.
Será que o minério é, realmente, um bem não renovável e quando ele acaba
não mais existirá um substituto, ficando somente a lembrança?
Preocupante não é?
Fique tranquilo. Esse conceito não passa de um terrorismo verbal sem
nenhum fundamento científico-econômico. Trata-se de uma afirmativa
absolutamente equivocada que, na realidade, vem sendo desmentida, a cada
dia, ao longo da evolução do Homem.
Para entendermos o gigantesco erro desta frase temos que entender o conceito de minério: minério é um ou mais minerais que podem ser extraídos economicamente.
Quando falamos em minério falamos, sempre, em um conceito econômico.
Aquilo que hoje é considerado minério talvez fosse considerado “lixo” ou
estéril há algumas décadas. Da mesma forma, muito do que é considerado
estéril (que não pode ser lavrado economicamente) ou “lixo” pelos
mineradores de hoje, poderá se tornar minério no futuro próximo.
O minério que estamos lavrando hoje é o que de melhor existe em termos
de teores, métodos de extração, processamento e de custos operacionais,
tudo dentro dos parâmetros atuais da economia e do conhecimento humano.
Se algum geólogo descobrir uma nova fonte de um determinado mineral, que
possa ser lavrada a custos substancialmente mais baixos, aquilo que era
considerado, até então, minério passa a ser rejeitado nas minas.
Em casos mais sérios as minas são fechadas por questões econômicas: é quando o minério vira estéril.
É o caso atual das centenas de minas de minério de ferro, fechadas em
todo o mundo, especialmente na China, por questões de economicidade.
Já, do outro lado do espectro, assim que um determinado mineral começar a
escassear os preços irão subir, graças a uma oferta menor. Os preços
mais altos permitirão a lavra econômica de novos tipos de minério,
desconsiderados até então.
O petróleo é um bom exemplo.
Antigamente só era econômico a extração de petróleo continental, raso,
com custos operacionais baixíssimos, de poucos dólares por barril. À
medida que o preço do barril subiu outros tipos de jazidas se tornaram,
também, econômicas. É o caso do petróleo de águas profundas como o do
pré-sal e aquele encontrado nas areias betuminosas do Canadá cujos
custos operacionais ainda são muito elevados.
Este conceito se aplica, literalmente, à todos os tipos de minérios.
Quando os depósitos de minério de ferro de alto teor (>63% Fe) tipo
Carajás forem totalmente lavrados os mineradores começarão a minerar
aqueles de mais baixo teor. Será a vez dos 58% de ferro, que serão
substituídos pelos de 40%, 30% etc...
O interessante é que os volumes de minérios de mais baixo teor são, sempre, maiores do que os de alto teor.
Ou seja: a medida que os minério de alto teor acabarem eles serão
substituídos por volumes exponencialmente maiores de minérios de mais
baixo teor.
A nova “safra” terá, sempre, uma tonelagem maior do que a anterior...
Isso mostra que a mineração na Terra terá uma longevidade imensa. Mesmo
depois de vários séculos ou milênios de mineração, serão raríssimos os
minerais que irão se exaurir sem que tenham um substituto economicamente
viável.
E, até nestes casos, uma nova janela irá se abrir, a da mineração espacial, e novas “safras” irão se repetir...