quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A tabela do tesouro

A tabela do tesouro

Empresas brasileiras começam a explorar minerais esquisitos. O problema é que os riscos ambientais são tão grandes quanto as oportunidades econômicas

Shutterstock; Getty Images; Divulgação
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A cotação do ouro bateu novos recordes em meados do mês passado. Atingiu pela primeira vez US$ 1,6 mil a onça (31,1 gramas). Mas as grandes oportunidades de negócios estão em minerais sobre os quais você nunca ouviu falar. Lantânio, neodímio, európio e disprósio, por exemplo. Parece a escalação de um ataque de marcianos ou uma estrofe de um poema dadaísta. Nada disso. São os nomes de alguns dos produtos em alta crescente nas bolsas de commodities. E não são os únicos. No pequeno município de Maracás, a 365 quilômetros ao sul de Salvador, o termo vanádio foi incorporado ao vocabulário local. Ali, em pleno agreste baiano, ocorre a maior concentração desse metal em jazidas de todo o planeta. O produto, cuja cor escura destoa da terra alaranjada da região, é usado na fabricação de um tipo especial de aço e alumínio, mais leve e resistente que os convencionais.
A relação entre o vanádio e os 25 mil habitantes de Maracás (40% deles na zona rural) não é nova. Sua presença na região é conhecida há duas décadas. A exploração da reserva, contudo, só se tornou viável agora. Ela foi puxada pelo aumento da demanda por ligas metálicas menos pesadas, usadas pela indústria aeronáutica, a construção civil e os fabricantes de tubulações de óleo e gás. “A necessidade de reconstruir as áreas afetadas pelo acidente nuclear de Fukushima, no Japão, também contribuiu para aquecer o mercado”, diz o gaúcho Kurt Menchen, presidente da Largo Mineração, empresa de origem canadense responsável pela extração do minério na Bahia. O preço do vanádio quase dobrou entre 2007 e 2008, de US$ 7,40 para US$ 12,90 a libra. Caiu com a crise nos Estados Unidos, mas voltou a subir em 2011, chegando a US$ 9.
A mina da Largo deve começar a operar em 2012. Hoje, não passa de uma vala, com 30 metros de comprimento. Nos próximos 15 anos, assumirá uma forma elíptica, com quase 400 metros de comprimento no seu trecho mais extenso. Ocupará uma área equivalente a 12 campos de futebol. Estão previstos investimentos de US$ 270 milhões na região. Um total de 1,2 mil trabalhadores será contratado na primeira etapa da exploração. São números tão eloquentes para o agreste baiano que o impacto da mina deve reverberar em pelo menos sete cidades. A reserva está estimada em 10 milhões de toneladas – mas pode ser o dobro, segundo pesquisas recentes.
O tal do tálio
Barreiras, outra cidade baiana, a 900 quilômetros de Salvador, é um polo produtor de soja, algodão e milho. Agora, está se familiarizando com a palavra tálio – outro elemento emergente da tabela periódica. Uma das maiores minas desse metal do mundo foi descoberta ali, em fevereiro. Tem reservas estimadas em 60 toneladas, o suficiente para suprir a demanda global por seis anos. E esse pode ser um cálculo parcimonioso. A pesquisa concentrou-se em 2% da região.
O tálio é usado em motores de carros, supercondutores, chips, vidros de alto poder de refração e dispositivos de comunicação sem fio. O grama do produto valorizou 30% em quatro anos. A jazida de Barreiras será explorada pela Itaoeste, criada em 2002 pelo empresário Olacyr de Moraes, o rei da soja nos anos 70. Ela transformará o Brasil em um competitivo fornecedor, num segmento dominado pela China e pelo Cazaquistão. A exploração está prevista para começar em 2015.
Não é só vanádio e tálio. A Bahia está se tornando o maior centro de mineração do país. O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia, registrou 11.257 pedidos de pesquisa mineral no Brasil entre janeiro e maio deste ano, 44% mais que no mesmo período do ano passado. A Bahia foi a principal alavanca desse salto, com 2.584 solicitações.
Terras raras
As terras raras representam outra oportunidade. Trata-se de um conjunto de minerais não ferrosos, com 17 variedades, descobertos entre 1794 e 1907. Diferem uns dos outros no número de elétrons em torno do átomo. Por isso, ocupam uma ala específica da tabela periódica. O ataque da seleção de Marte (com lantânio, neodímio, európio e disprósio) faz parte desse grupo. A equipe completa inclui cério, praseodímio, promécio, samário, gadolínio, térbio, hólmio, érbio, túlio, itérbio, escândio, ítrio e lutécio. Formam um time e seis reservas.
Os nomes são esquisitos, mas suas aplicações são estratégicas. As terras raras são usadas em vários produtos de tecnologia de ponta. Um exemplo são os ímãs de alta capacidade, usados em motores que movimentam carros elétricos ou turbinas das torres eólicas. Outras partes dos veículos também se valem desses minerais. O Prius, o híbrido da Toyota, usa 500 gramas de lantânio em suas baterias. Eles também estão na receita de smartphones, iPods e iPads, além de fibras ópticas, painéis solares, lâmpadas de LED e mísseis. São essenciais para boa parte das ferramentas e brinquedinhos eletrônicos do século 21.
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Ouro fecha em alta, com perspectiva de juros baixos

Ouro fecha em alta, com perspectiva de juros baixos


Nova York – Os preços do ouro registraram leve alta na sessão , com os investidores ajustando suas carteiras diante do aumento nas expectativas de que os juros nos Estados Unidos ficarão baixos por mais algum tempo.
O contrato mais negociado de ouro na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), com vencimento em dezembro, fechou cotado a US$ 1.137,60 por onça-troy, em alta de 0,1% (US$ 1,00).
“Esperamos que o ouro continue operando ao redor das expectativas com o Fed(Federal Reserve), o banco central americano e dependente de dados econômicos dos EUA”, disse o Barclays em relatório.
Entre os demais metais preciosos, a prata subiu 2,9%, para US$ 15,708 por onça; a platina avançou 0,4%, para US$ 912,90 a onça; e o paládio caiu 1,2%, para US$ 689,20 por onça. Fonte: Dow Jones Newswires.

Boi Morto Mine, Pedro II, Piauí, Brazil

Boi Morto Mine, Pedro II, Piauí, Brazil


Opal

Boi Morto Mine, Pedro II, Piauí, Brazil
Opal

Boi Morto Mine, Pedro II, Piauí, Brazil
Opal

Boi Morto Mine, Pedro II, Piauí, Brazil
 
Name(s) in local language(s): Mina do Boi Morto, Pedro II, Piauí, Brazil
 
A precious opal mine.



... Segundo histórias de moradores da região, a Mina do Boi Morto recebeu essa denominação porque no local um boi muito valente foi morto por um sertanejo. A morte do animal gerou muita confusão e fez com que o local da mina passasse a ser conhecido como Boi Morto.

A exploração da opala no Boi Morto iniciou ainda nos anos 60 e em 2005 foi iniciado o trabalho de recuperação da mina, que se encontrava bastante degradada devido à ação de estrangeiros, que vieram para Pedro II para extrair a opala, pedra preciosa que só é encontrada na cidade e na Austrália.

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros

Mas, para encontrar pedra preciosa, é preciso sorte e dedicação.
Mineral é encontrado apenas em Pedro II e na Austrália.


Na pequena cidade de Pedro II, no norte do Piauí, a opala extra, pedra encontrada apenas nessa região e no interior da Austrália - que faz o mineral ser considerado precioso e chega a custar três vezes mais que o ouro - é o que move a economia local. Por ano, a cidade vende perto de 400 quilos de joias feitas com a pedra para os mercados interno e externo.
Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Divulgação/Sebrae)Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí.

Tamanho é o valor do mineral que um garimpeiro chega a “achar” - com sorte e muita insistência - até R$ 60 mil em pedras em um mês. Normalmente, o ganho não atinge essa cifra com tanta frequência. No entanto, segundo José Cícero da Silva Oliveira, presidente da cooperativa dos garimpeiros de Pedro II, a atividade tem se desenvolvido, e o setor vem mantendo boas expectativas de crescimento - sustentável. Hoje, são explorados, legalmente, cerca de 700 hectares, o equivalente a 7 milhões de metros quadrados.
“A exploração não é mais desordenada. Todos os trabalhadores da cooperativa trabalham em áreas regulares, com licenciamento, com equipamento de segurança. Sempre recebemos a visita de fiscais de vários ministérios”, afirmou. No regime de cooperativa, 10% de tudo o que se ganha em vendas é dividido entre os 150 associados. “Mas se um encontra uma pedra maior, por exemplo, fica para ele. Se não fosse assim, não daria certo, né?”, ponderou.
Na chamada Suíça piauiense, devido às temperaturas mais amenas, que não castigam a cidade, diferente de muitos municípios do Nordeste, Pedro II tem cerca de 500 famílias, entre garimpeiros, lapidários, joalheiros e lojistas que vivem da opala, de acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Piauí. A população de Pedro II, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 37.500 pessoas.
Opala bruta (E) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II. (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)Opala bruta (esq.) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II.

Pedro II tem se consolidado, nos últimos anos, como um polo de lapidação de joias. “Além da opala, também usamos pedras de outros estados do Sudeste, do Sul. Compramos essas pedras, lapidamos e fazemos as joias”, contou a presidente da Associação dos Joalheiros e Lapidários de Pedro II, Surlene Almeida. Esse tipo de atividade é desenvolvida há cerca de oito anos.

Em relação ao tempo em que as minas de opala são exploradas, a transformação das pedras em joias é recente, mas está evoluindo. Na cidade, já foi instalado um centro técnico de ensino de lapidação, design e joalheria, segundo Surlene. “É como se fosse um curso técnico mesmo, onde as pessoas se especializam nessa atividade.”

Apesar de o forte da economia de Pedro II ser a mineração, a cidade também vive da agricultura familiar. Durante o inverno, que tem períodos mais chuvosos, muitos garimpeiros migram para esse outro tipo de sustento.

Você ainda acredita em políticos?

Você ainda acredita em políticos?




Mesmo para os céticos e calejados a politicagem praticada em Brasília não deixa de surpreender.

Brasília é a Meca do Clientelismo, o Shopping Center da política, o Reino do Fisiologismo onde alguém ou partido com algum cacife consegue, facilmente, comprar votos e aliados. Não interessam as ideologias ou todo o histórico passado de um político. O que interessa é a importância da propina e do favor a ser trocado.

Nesta relação de troca o único inocente é o coitado do povo que ainda acredita neles...

Aqui é a província do é dando que se recebe, onde quase tudo e quase todos estão à venda.

Sendo o centro do poder é aqui que os grandes negócios do Brasil são finalizados, endossados e aprovados. Não poderia existir lugar mais fértil para o enraizamento da corrupção peso- pesado da política nacional.

Os números são assustadores.

Somente a Lava Jato está acusando dezenas de políticos, uma lista que vai desde o baixo clero, do “pau mandado” até o topo da cadeia alimentar que inclui ministros, senadores, deputados e governadores atingindo, sem misericórdia, o cume do Senado e da Câmara dos Deputados.

Não existe partido político isento. Todos contribuem, de uma forma ou de outra, para a infame lista que não para de crescer.

Isto é apenas a ponta de um iceberg feio e sujo que vai desabrochar com o tempo contaminando a todos com as mais asquerosas notícias.

As acusações são graves: corrupção, lavagem de dinheiro, apropriação indébita, suborno, peculato e muitas outras que fariam qualquer cidadão decente morrer de vergonha. Mas, aos políticos acusados, essas terríveis e vis acusações não conseguem nem adicionar um rubor a suas “caras de pau”, ou o mais minimalista sinal de arrependimento: afinal, como eles dizem, “somos todos inocentes” ...

Sabendo dessas características dos nossos nobres políticos que Dilma e seus assessores se lançaram às compras. Em poucos dias o PT conquistou importantes aliados oferecendo em troca migalhas de poder na forma de alguns ministérios.

Bastou essa oferta para que muitos políticos, imediatamente, mudassem a sua atitude perante o Governo, que passa a ser encarado como o “patrão” nesta relação clientelista onde impera a prostituição de ideias e ideologias.

E o povo?

Bem, o povo é absolutamente secundário nesta equação de poder.

Para muitos políticos o povo é um número. São os votos que devem ser conquistados nas eleições quando tudo é possível e tudo, mas absolutamente tudo, é prometido em incessantes e contínuos estelionatos eleitorais.

É o carnaval da safadeza onde tudo é válido para que estes senhores e senhoras possam chegar à Brasília, o império da corrupção brasileira, e aqui se lambuzar na decomposição do Estado Cleptocrata.

Ao político honesto que lê essa matéria, minhas sinceras desculpas se algumas das frases acima, destinadas exclusivamente aos corruptos e somente a eles, possa ter, de alguma forma, o ofendido.

Mas, caro político honesto que me lê, o que o senhor (a) está fazendo para mudar definitivamente este horror que virou a política brasileira?