quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Você ainda acredita em políticos?

Você ainda acredita em políticos?




Mesmo para os céticos e calejados a politicagem praticada em Brasília não deixa de surpreender.

Brasília é a Meca do Clientelismo, o Shopping Center da política, o Reino do Fisiologismo onde alguém ou partido com algum cacife consegue, facilmente, comprar votos e aliados. Não interessam as ideologias ou todo o histórico passado de um político. O que interessa é a importância da propina e do favor a ser trocado.

Nesta relação de troca o único inocente é o coitado do povo que ainda acredita neles...

Aqui é a província do é dando que se recebe, onde quase tudo e quase todos estão à venda.

Sendo o centro do poder é aqui que os grandes negócios do Brasil são finalizados, endossados e aprovados. Não poderia existir lugar mais fértil para o enraizamento da corrupção peso- pesado da política nacional.

Os números são assustadores.

Somente a Lava Jato está acusando dezenas de políticos, uma lista que vai desde o baixo clero, do “pau mandado” até o topo da cadeia alimentar que inclui ministros, senadores, deputados e governadores atingindo, sem misericórdia, o cume do Senado e da Câmara dos Deputados.

Não existe partido político isento. Todos contribuem, de uma forma ou de outra, para a infame lista que não para de crescer.

Isto é apenas a ponta de um iceberg feio e sujo que vai desabrochar com o tempo contaminando a todos com as mais asquerosas notícias.

As acusações são graves: corrupção, lavagem de dinheiro, apropriação indébita, suborno, peculato e muitas outras que fariam qualquer cidadão decente morrer de vergonha. Mas, aos políticos acusados, essas terríveis e vis acusações não conseguem nem adicionar um rubor a suas “caras de pau”, ou o mais minimalista sinal de arrependimento: afinal, como eles dizem, “somos todos inocentes” ...

Sabendo dessas características dos nossos nobres políticos que Dilma e seus assessores se lançaram às compras. Em poucos dias o PT conquistou importantes aliados oferecendo em troca migalhas de poder na forma de alguns ministérios.

Bastou essa oferta para que muitos políticos, imediatamente, mudassem a sua atitude perante o Governo, que passa a ser encarado como o “patrão” nesta relação clientelista onde impera a prostituição de ideias e ideologias.

E o povo?

Bem, o povo é absolutamente secundário nesta equação de poder.

Para muitos políticos o povo é um número. São os votos que devem ser conquistados nas eleições quando tudo é possível e tudo, mas absolutamente tudo, é prometido em incessantes e contínuos estelionatos eleitorais.

É o carnaval da safadeza onde tudo é válido para que estes senhores e senhoras possam chegar à Brasília, o império da corrupção brasileira, e aqui se lambuzar na decomposição do Estado Cleptocrata.

Ao político honesto que lê essa matéria, minhas sinceras desculpas se algumas das frases acima, destinadas exclusivamente aos corruptos e somente a eles, possa ter, de alguma forma, o ofendido.

Mas, caro político honesto que me lê, o que o senhor (a) está fazendo para mudar definitivamente este horror que virou a política brasileira?

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