No Blog Gemas Do Brasil, você encontra tudo sobre pedras preciosas, Curso de Gemologia Online, Outros cursos online na promoção e com garantia Hotmart. Garimpo de ouro, Garimpo de Diamante, Garimpo de Esmeralda, Garimpo de opala em PedroII e Feira de Pedras Preciosas no Brasil e no Mundo, enfim tudo para vc ganhar muito dinheiro com pedras preciosas, pois o Brasil é o País mais rico em Gemas.
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
OURO EM TOCANTINZINHO
Servidor da Copasa coleciona alianças encontradas no esgoto de moradores de BH
Servidor da Copasa coleciona alianças encontradas no esgoto de moradores de BH
Márcio Fernandes mostra coleção de anéis que encontrou na tubulação: renda extra ajuda no lanche
Em tese, pelo ralo só deveriam ir a água e a matéria orgânica que ela carrega após o uso, mas a verdade é que objetos de todo tipo chegam às Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) da Copasa. O descarte incorreto prejudica a eficiência do sistema e aumenta o custo.
Alguns objetos recebem atenção especial de Fernandes: as alianças. Ele coleciona esses símbolos do amor que desceram pelo ralo. “Acho que as pessoas perdem quando vão lavar a mão, esquecem no bolso da roupa”, imagina. E se escorrega da mão de um, vai parar na de outro. “Já dei de presente para minha esposa um anel lindo que achei no esgoto. Dei um trato nele, e quem olha acha que é coisa clássica”, conta.
Outros anéis, Márcio vendeu. Negociando umas 10 peças, já arrecadou cerca de R$ 800. “Não tenho certeza se tudo que juntei é ouro, mas acho que sim. No esgoto tem ácido, se não for ouro a peça fica preta”, avalia.
Quantidade
O engenheiro de operação, responsável pela ETE Onça, no bairro Ribeiro de Abreu, Olendino Moraes, também já viu de tudo nos equipamentos que impedem que os resíduos maiores entrem na estação. “Teve até um boi aqui”, conta.
Segundo ele, só nesta unidade de tratamento, são retiradas cerca de 150 toneladas de lixo por mês. A água que chega na estação passa por algumas “peneiras”, para remoção dos resíduos sólidos, ainda assim, o material que dissolveu passa e vai parar nos reatores.
Para retirar esse lixo remanescente, a unidade de tratamento eventualmente precisa ser paralisada. Os servidores da empresa entram, no local apertado e insalubre, para remover mais 200 toneladas desse “lixo fino” por ano.
Prejuízo
Tudo isso, que não deveria estar na água, gera um custo adicional de cerca de R$ 250 mil por mês, só em relação a região abrangida pela ETE Onça. Nesse valor estão incluídos gastos com manutenção das redes coletoras, frequentemente danificadas pelos resíduos sólidos, o transporte do material para o aterro sanitário e a manutenção dos equipamentos. “Esse custo inibe a empresa de investir em saneamento, construindo, por exemplo, mais estações de ratamento”, diz Olendino.
O recurso também poderia ser empregado em mais uma etapa de limpeza da água, que, assim, voltaria com melhor qualidade para os rios. Atualmente, ela retorna ainda sem condições de consumo para o ser humano. A alternativa seria passar por uma Estação de Tratamento de Água (ETA). “Com a crise hídrica, essa é uma possibilidade que deve ser considerada num futuro próximo”, comenta.
Especialistas são unânimes em afirmar que os resíduos sólidos de grande volume nos esgotos da Grande BH potencializam a poluição e encarecem o tratamento da água. As principais soluções apontadas para frear o lançamento dos objetos estranhos na rede são uma grande campanha de conscientização da população, a limpeza e a revitalização dos cursos d’água e o saneamento básico.
Para o professor da UFMG e engenheiro civil, especializado em engenharia hidráulica, Nilo de Oliveira, quando uma pessoa lança objetos como, por exemplo, móveis ou animais mortos, o material é levado pelo curso d’água e contribui para a degradação ambiental.
“A imagem negativa de poluição acaba incentivando outras pessoas a continuar o processo. O próprio poder público lança poluição nos córregos e rios. Se a qualidade da água fosse boa e sem o lixo, incentivaria a população a parar com esse vício”, afirma.
Consequência
Segundo Oliveira, é mais barato não lançar objetos no esgoto do que tratar a água já contaminada. “Há técnicas para ajudar a limpar a água nas estações e até como direcionar, com ar, esses grandes volumes, mas são processos caros e exigem manutenção e organização”, diz o engenheiro.
Ele ainda afirma que os resíduos sólidos acabam se prendendo nas estruturas de tratamento da água, reduzindo a capacidade de transporte de água, encarecendo o custo do processo e causando transbordamentos.
Educação
Presidente da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA), Dalce Ricas concorda com a afirmação do hidrólogo. Ela considera que se o Brasil tivesse cumprido a constituição de 1988 e inserido a educação ambiental nas escolas, a geração atual teria um comportamento diferente sobre o meio ambiente.
“Essa cultura de considerar que os cursos d’água têm a função de levar sujeira para longe precisa acabar. São necessárias campanhas educativas de massa e melhoria do saneamento básico. Nas estações de tratamento, os resíduos não removidos são devolvidos mais à frente, tanto com poluentes industriais, quanto com lixo e objetos de grande volume”, destaca Dalce.
Crise econômica brasileira causa redução de objetos de valor dispensados pela população
Márcio Fernandes trabalha com mais dois colegas, um deles, colecionador de talheres encontrados no esgoto da capital. Eles chegam a fazer competição de quem encontra mais objetos valiosos. Dinheiro também aparece. “O refrigerante do lanche, quase sempre a gente paga com os trocados que achamos”, diz.
Mas segundo Márcio, a “crise econômica já chegou no ralo”, porque o garimpo tem rendido menos ultimamente. Apesar de alertar para o mal que tanto lixo pode causar, uma “graninha” de vez em quando é bem-vinda.
“O ouro e o dinheiro não prejudicam, só ajudam. Mas os demais objetos atrapalham, dificultam o trabalho. O próprio usuário que entope a rede, inunda a rua. Agora, se quiser continuar jogando ouro, a gente agradece”, brinca.
Campanhas
O engenheiro da Copasa Olendino Moraes diz que a empresa investe em campanhas educativas, mas a população não assimila a mensagem por um longo prazo e o lixo retorna. “Quando fazemos campanhas na mídia, há uma melhora no comportamento das pessoas, mas é momentâneo. Depois, volta tudo, porque não faz parte da cultura do brasileiro. As pessoas pensam que não é problema delas, mas, em última instância, quem sofre é o ambiente”.
A ETE Onça é considerada a maior estação de tratamento de esgotos da América Latina. Ela trata 1.600 litros por segundo. Lá, cerca de 90% da carga orgânica e de sólidos grosseiros são retirados da água
Bahia terá a maior mina de ouro a céu aberto
Com previsão de lançamento da pedra
fundamental, a Yamana Gold trabalha em
ritmo acelerado, numa área de 450 hectares, para o projeto de
implantação da maior mina de ouro a céu aberto no estado da Bahia,
localizada no municipio de Santaluz, na região semiárida. Com um
investimento estimado em torno de R$ 323,3 milhões, o projeto prevê a
produção de 243,3 kg/mês de ouro.
O pesidente da CBPM, Alexandre Brust, e o diretor técnico, Rafael Avena Neto, visitaram a mina acompanhados de Marcos Moraes Silva e Gracílio Varjão, respectivamente gerente de projeto e gerente de minas da empresa canadense. Uma equipe de geólogos e técnicos da CBPM se juntou ao grupo para reconhecimento das atividades de implantação da mina e planta de beneficiamento e processamento do Projeto Ouro C1-Santaluz.
O Projeto C1-Santaluz fica em áreas arrendadas pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral - CBPM, que fez as primeiras cavas. O local, na área da Fazenda Maria Preta, região do Rio Itapicuru, a 35 km da sede, passa por uma rápida transformação. São várias máquinas trabalhando, equipamentos chegando, serviços de terraplanagem da planta de britagem da mina de ouro e estradas abertas.
. “A placa de moinho já está quase pronta. Quando colocar a placa em cima da base será a nossa inauguração”, prevê o gerente de Projeto da empresa, Marcos Moraes da Silva.
De acordo com estimativas de Marcos Moraes, “quando chegar a fase de produção, somente de impostos, a arrecadação do município de Santaluz pode atingir R$ 2 milhões/mês, maior do que a receita bruta que o municipio tem hoje”.
Além disso, ainda nesta fase, a Yamana Gold prevê a construção de uma pista de pouso, que depois será utilizada pelo municipio, sem falar nos empregos diretos e indiretos que serão gerados. “Desde já, as mudanças têm causado efeito na cidade, com a subida de preços dos imóveis e do aluguel”, destaca Marcos.
O pesidente da CBPM, Alexandre Brust, e o diretor técnico, Rafael Avena Neto, visitaram a mina acompanhados de Marcos Moraes Silva e Gracílio Varjão, respectivamente gerente de projeto e gerente de minas da empresa canadense. Uma equipe de geólogos e técnicos da CBPM se juntou ao grupo para reconhecimento das atividades de implantação da mina e planta de beneficiamento e processamento do Projeto Ouro C1-Santaluz.
O Projeto C1-Santaluz fica em áreas arrendadas pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral - CBPM, que fez as primeiras cavas. O local, na área da Fazenda Maria Preta, região do Rio Itapicuru, a 35 km da sede, passa por uma rápida transformação. São várias máquinas trabalhando, equipamentos chegando, serviços de terraplanagem da planta de britagem da mina de ouro e estradas abertas.
. “A placa de moinho já está quase pronta. Quando colocar a placa em cima da base será a nossa inauguração”, prevê o gerente de Projeto da empresa, Marcos Moraes da Silva.
Dividendos para o município
Na fase de implantação, a estimativa da Yamana é de criar 600 empregos diretos e 600 indiretos. Na fase de produção, a previsão é que sejam gerados 332 empregos diretos e 996 indiretos. Segundo o gerente de Minas, Gracílio Varjão, que veio de Carajás (PA) para apostar no projeto da Yamana no semiárido baiano, “a previsão inicial de vida útil da mina é de 9,5 anos”.De acordo com estimativas de Marcos Moraes, “quando chegar a fase de produção, somente de impostos, a arrecadação do município de Santaluz pode atingir R$ 2 milhões/mês, maior do que a receita bruta que o municipio tem hoje”.
Além disso, ainda nesta fase, a Yamana Gold prevê a construção de uma pista de pouso, que depois será utilizada pelo municipio, sem falar nos empregos diretos e indiretos que serão gerados. “Desde já, as mudanças têm causado efeito na cidade, com a subida de preços dos imóveis e do aluguel”, destaca Marcos.
Geólogos criam mapa-múndi de possíveis minas de diamante
Geólogos criam mapa-múndi de possíveis minas de diamante
O resultado não é um mapa da mina definitivo, porque os esforços se
concentraram em áreas mais antigas da crosta continental, uma faixa de
pouco mais de 300 quilômetros de espessura e 2,5 bilhões de
idade.
Embora alumínio, minério de ferro e petróleo sejam as riquezas exploradas atualmente pela mineração em maior escala, o ouro e o diamante sempre estiveram ligados aos grandes anseios não apenas dos mineradores, mas da própria humanidade.
O ouro não resistiu ao desenvolvimento das novas técnicas geoquímicas e geofísicas, e hoje seus depósitos são mais facilmente detectáveis, ainda que a exploração desses depósito nem sempre seja economicamente viável.
Mas o diamante tem permanecido fugidio. Localizar reservas de diamante é muito mais difícil do que encontrar agulhas em meros palheiros, tornando um "mapa da mina de diamante" provavelmente muito mais valioso do que um "mapa da mina de ouro".
Tipos de minas de diamante
Há dois tipos de "minas de diamante" - que os geólogos chamam de ocorrência. Uma ocorrência de grande porte e já mensurada passa a ser considerada uma reserva. E uma reserva explorada comercialmente torna-se uma mina.
O primeiro tipo são os diamantes de aluvião, cuja rocha matriz - onde diamante nasceu - sofreu um desgaste erosivo ao longo de milhões de anos, fazendo com que as preciosas pedras rolassem e se depositassem em regiões mais baixas dos leitos d'água, atuais ou passados. Todos os diamantes encontrados no Brasil são desse tipo de reserva mineral.
O segundo tipo é o kimberlito, a rocha matriz onde o diamante se forma, a grandes profundidades e pressões enormes. Movimentos tectônicos, ou a própria erosão do terreno circundante, podem deixar essas rochas até bem próximo da superfície, facilitando a exploração. A maioria das grandes minas de diamante, como as da África do Sul, são minas de kimberlito.
Mapa da mina de diamante
Mas, como se formam a profundidades muito grandes, encontrar kimberlitos é muito difícil e não existem muitas técnicas para que isso seja feito em larga escala.
Agora, em um trabalho de grande impacto na área, um grupo internacional de geólogos conseguiu mapear milhares de kimberlitos ao longo de toda a Terra. O estudo poderá ajudar na localização de áreas com maior probabilidade de se encontrar diamantes.
O resultado não é um mapa da mina definitivo, porque os esforços se concentraram em áreas mais antigas da crosta continental, uma faixa de pouco mais de 300 quilômetros de espessura e 2,5 bilhões de idade.
O motivo é que estão ali os diamantes de extração mais economicamente viável.
Como se formam os diamantes
Os diamantes são formados em condições de alta pressão a mais de 150 mil metros de profundidade, no manto, a camada da estrutura terrestre que fica entre o núcleo e a crosta.
A distribuição desses diamantes no subsolo é controlada por plumas mantélicas, um fenômeno geológico que consiste na ascensão de um grande volume de magma de regiões profundas. Essa distribuição natural tem sido feita dessa forma há pelo menos meio bilhão de anos.
As plumas, originadas da fronteira entre o núcleo e o manto terrestre, são responsáveis pela distribuição dos kimberlitos, as raríssimas rochas vulcânicas das quais são retirados os diamantes.
Os cientistas reconstruíram as posições das placas tectônicas nos últimos 540 milhões de anos de modo a localizar áreas da crosta continental relativas ao manto profundo nos períodos em que os kimberlitos ascenderam.
"Estabelecer a história da estrutura do manto profundo mostrou, inesperadamente, que dois grandes volumes posicionados logo acima da divisa entre o manto e o núcleo têm-se mantido estáveis em suas posições atuais no último meio bilhão de anos," disse Kevin Burke, professor de geologia na Universidade de Houston, nos Estados Unidos, um dos autores do estudo.
Dúvidas geológicas
De acordo com os pesquisadores, esses kimberlitos, muitos dos quais trouxeram diamantes de mais de 150 quilômetros de profundidade, estiveram associados com extremidades de disparidades em grande escala no manto mais profundo. Essas extremidades seriam zonas nas quais as plumas mantélicas se formaram.
Estranhamente, contudo, suas localizações parecem ter-se mantido estáveis ao longo do tempo geológico.
"O motivo para que esse resultado não tenha sido esperado é que nós, que estudamos o interior da Terra, assumimos que, embora o manto profundo seja sólido, o material que o compõe deveria estar em movimento todo o tempo, por causa de o manto profundo ser tão quente e se encontrar sob elevada pressão, promovida pelas rochas acima dele", disse.
Empresas brasileiras começam a explorar minerais esquisitos.
Empresas brasileiras começam a explorar minerais esquisitos. O problema é que os riscos ambientais são tão grandes quanto as oportunidades econômicas
Kurt Menchen, da Largo, e o vanádio. A empresa vai explorar o mineral no agreste baiano
Cada vez mais caros
O
preço desses minerais explodiu no último ano. Em janeiro de 2009, o
quilo do neodímio (usado para produzir ímãs, lentes e um tipo de laser)
estava cotado em US$ 15. Atingiu US$ 200 no início de 2010. Culpa da
China, disparado o maior produtor de terras raras do mundo. Os chineses
detêm 97% das vendas, estimadas em US$ 5 bilhões anuais (135 mil
toneladas por ano, uma demanda que deve chegar a 180 mil em 2012).
Exercem esse domínio desde os anos 90, quando entraram no mercado com
preços imbatíveis. Derrubaram as cifras da tabela periódica da mesma
maneira que desmontaram mercados de tecidos, calçados e bugigangas. As cotações subiram no fim de 2010, no momento em que a China impôs cotas de exportação desses produtos. Alegou que restrições ambientais na extração dos minérios tornaram a produção mais cara e escassa. Mas há outras interpretações. Alguns analistas afirmam que os chineses querem dizer adeus à condição de despachantes de commodities. Em vez de vender o neodímio em estado bruto, pretendem fabricar ímãs e vender os motores prontos. Eles têm adotado estratégia semelhante para agregar valor em outros ramos da indústria.
No Brasil, além do aumento do preço, a discussão sobre terras raras ganhou uma motivação adicional no fim de 2010. Em novembro, a U.S. Geological Survey, a agência americana de pesquisas geológicas, divulgou um artigo indicando que as maiores reservas do mundo estão em cidades brasileiras como Araxá (MG) e Catalão (GO). As estimativas não são consensuais. Tomaram como base estudos feitos por um técnico brasileiro, apresentados em um congresso em 1996. (O país já explorou esses produtos, mas os abandonou, juntamente com os Estados Unidos, após a investida chinesa.)
Nos últimos meses, o governo brasileiro abraçou a causa das terras raras – e o combate ao monopólio chinês. O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, tentou empurrar a Vale para esse campo. No mês passado, o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, afirmou que entraria no ramo e que havia pedido estudos para técnicos da companhia. Mas a equação não é tão simples. O preço dessas commodities está nas alturas. Mas todos no mercado esperam que baixe. Só não se sabe em qual andar o valor vai se estabilizar.
Risco ambiental
A
exploração desse tipo de minério é outro complicador. O nome terras
raras é um equívoco. Esses elementos são tão abundantes na crosta
terrestre como o níquel, o cobre, o zinco ou o chumbo. A dupla túlio e
lutécio é 200 vezes mais comum que o ouro. A raridade reside na
concentração com que ocorrem na natureza, extremamente baixa. Os 17
elementos são de difícil separação da terra e outros detritos. Há mais.
Esses metais tendem a se agrupar em rochas, junto a materiais
radioativos. Do ponto de vista de segurança (inclusive ambiental), a
exploração de terras raras é uma operação de risco. Considerações
semelhantes devem ser aplicadas à produção de minerais na Bahia. O tálio
também é radioativo. Os rejeitos do vanádio, como os de qualquer
minério, têm de ser permanentemente controlados. Todas essas minas
precisam ainda planejar como as atividades de exploração serão
encerradas. Soa surpreendente, mas o rompimento de barragens é uma consequência não tão rara da exploração inadequada de produtos extraídos da natureza. Elas são construídas para conter rejeitos, e nem sempre suportam aumentos repentinos de demanda. Nesses casos, o ritmo de extração cresce e os depósitos com detritos atingem níveis além dos previstos. Como falta fiscalização, sobram acidentes. Em 2007, uma barreira com restos de caulim, argila usada no branqueamento de papel, desabou perto de Barcarena, a 123 quilômetros de Belém (PA). Cerca de 70 milhões de litros do material foram despejados em um córrego. O resíduo não traz riscos para o ser humano, mas matou peixes. A Imerys, empresa responsável pelo empreendimento, foi multada em R$ 4 milhões.
O outro lado
Ocorre
que o esforço de extração de produtos pode valer a pena. E isso se
aplica aos novos minerais. É nesse sentido que aponta um estudo da
Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), de
Santa Catarina. Os pesquisadores analisaram o neodímio, usado na
fabricação dos superímãs. A operação comercial foi classificada como
“viável, competitiva e estratégica”. Atingiria um custo de US$ 87 o
quilo, sendo que o metal não deve ser vendido por menos de US$ 100. Mas
há uma ressalva, segundo Carlos Alberto Schneider, superintendente da
Certi: “É importante que o país domine toda a cadeia de produção. Temos
de extrair o material, separá-lo, formar a liga, construir os ímãs e os
produtos onde serão utilizados. Esse seria um bom negócio”. Um número crescente de empresas segue essa rota. A Molycorp Minerals vai reativar a maior mina de terras raras dos Estados Unidos, em Mountain Pass, na Califórnia. A Ucore Rare Metals, empresa do Canadá, procura pelos 17 elementos no Alasca. A australiana Lynas Corporation engrossa a fila. Todas essas companhias estão em alerta após o choque de preços provocado pela China. Aliás, os chineses foram mais longe. Eles não subiram somente as cifras. Usaram as terras raras como instrumento de pressão numa escaramuça com o Japão. Cortaram o fornecimento dos metais depois que um barco de pesca chinês foi apreendido por autoridades japonesas em um trecho do mar disputado pelos dois países. Ter reservas de terras raras pode nem ser uma vantagem excepcional, mas ficar sem elas parece representar um risco maior.
A
mina de vanádio em Maracás, no sul da Bahia. A operação comercial vai
começar em 2016 e ocupará uma área equivalente a 12 campos de futebol
Assinar:
Comentários (Atom)
-
A pequena cidade de Juína, no Mato Grosso, viu desde a década de 1990 o movimento em torno de seu subsolo ganhar tamanho e relevância, graça...