quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Ferrosos ou metais básicos?

Ferrosos ou metais básicos?



 
Os últimos cinco anos foram terríveis para a mineração.

No período a maioria das commodities caíram (veja o gráfico).

O fenômeno afugentou os investimentos e reduziu significativamente o valor de mercado da maioria das mineradoras.

Os maiores impactos foram sentidos pelas mineradoras de minério de ferro, muitas das quais tiveram que fechar as portas. Minas e projetos foram paralisados. A maioria, possivelmente, não voltará a operar tão cedo.

Algumas mineradoras, que haviam apostado em várias commodities para se proteger de crises como esta, viram horrorizadas os preços do minério de ferro e dos metais básicos (cobre e níquel) serem reduzidos ao longo de cinco anos de queda quase ininterrupta.

O gráfico mostra que os principais metais básicos da indústria, o cobre e o níquel, também caíram quase tanto quanto o minério de ferro.

Estas quedas afetaram sobremaneira a Vale, que é a maior produtora de minério de ferro e uma das maiores de níquel. A empresa viu o seu valor de mercado derreter como um sorvete no asfalto de 40 graus. Em cinco anos ela perdeu 88% do seu valor de mercado tirando o sono, e o dinheiro, de milhares de investidores ao redor do mundo.

Um desastre.

O mesmo cenário atingiu, também, a maioria das mineradoras, algumas das quais mergulharam em dívidas apostando em uma recuperação que nunca veio. É o caso da Glencore que hoje luta para não desaparecer.

A surpresa veio de onde ninguém esperava. O zinco é o metal básico que quase não perdeu valor ao longo de cinco anos.

Esta estabilidade deve-se a depleção das minas e a ausência de descobertas de jazimentos importantes nos últimos anos.

A última grande fase de pesquisa foi nas décadas de 70 e 80, quando o mundo da exploração mineral se voltou, quase que exclusivamente, para a busca dos metais básicos.

Hoje, três a quatro décadas depois, as jazidas que antes sustentavam as economias, começam a se exaurir.

Algumas minas como Perseverance e Brunswick que produziam juntas mais de 335.000t fecharam.

Outras estão quase fechando.

É o caso de Century, um mega jazimento de zinco na Austrália que deverá reduzir a sua produção em 31% em 2015. O mesmo fenômeno ocorre com inúmeras jazidas de chumbo e zinco ao redor do mundo.

Somente em 2014 o mercado de zinco mundial teve um déficit de 309.000 toneladas de zinco. A tendência é que esse déficit se agrave e que, em consequência, os preços escalem.

Quem sabe o zinco não seja o metal que vai iniciar um novo ciclo de pesquisa mineral de nível mundial?

Afinal, um dia desses o período de quedas deve acabar e um novo superciclo de commodities vai comandar, mais uma vez, o mundo mineral.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Febre do ouro' leva duas mil pessoas para garimpo em Mato Grosso

Febre do ouro' leva duas mil pessoas para garimpo em Mato Grosso

 
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A estimativa é de que mais de duas mil pessoas, nos últimos 15 dias, estejam trabalhando na mineração.

 





 
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 Uma serra localizada a 20 quilômetros da cidade de  Pontes e Lacerda (a 150 quilômetros de Cuiabá) vive uma verdadeira 'corrida pelo ouro' e já é chamada de “Serra Pelada de MT'. Grandes pepitas de ouro, amplamente divulgadas pela internet e por meio de aplicativos celulares, chamam a atenção e 'acirram' a disputa por espaço. A estimativa é de que mais de duas mil pessoas, nos últimos 15 dias, estejam trabalhando na mineração. 

Procurada pela reportagem investigadores da Delegacia Municipal de Pontes e Lacerda, informaram que o delegado Gilson Silveira do Carmo, titular da unidade, já realizou diligências pelo local e chegou a realizar detenções. Entretanto, o número de conduzidos não foi divulgado. 
 
Por causa da extração desordenada, imagens divulgadas como sendo da área, mostram a devastação da região, além de um aglomerado de pessoas e de alojamentos instalados. 

Nas redes sociais é cada vez maior a disseminação de informações: "Mina de ouro descoberta em Pontes e Lacerda (MT) causa alvorço na população", diz o Cabo da PM,  Davino Padilha Vieira Neto, em postagem no Facebook. A publicação ganhou mais de 190 compartilhamentos em um período de 15 horas. 
Vídeos divulgados nas redes sociais e por meio de aplicativos mostram uma espécie de organização no local, com direito até mesmo a 'segurança'. 

Sema avalia se garimpo que atrai centenas de pessoas em Mato Grosso é legal

Sema avalia se garimpo que atrai centenas de pessoas em Mato Grosso é legal

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) ainda vai avaliar a regularidade de um garimpo na cidade de Pontes e Lacerda (443 quilômetros de Cuiabá), que tem atraído centenas de pessoas após a informação de que uma grande quantidade de ouro teria sido encontrada. Segundo a assessoria, o órgão vai atuar juntamente com as forças de segurança pública em uma operação, ainda sem data para ocorrer, para descobrir qual é a situação ambiental da propriedade onde é feita a suposta extração da pedra preciosa. “Como fugiu do controle, então vai ser feito junto com outros órgãos de segurança. Após as verificações, serão tomadas as devidas providências”.
Conforme Só Notícias já informou, o temor do governo é uma corrida desenfreada pelo ouro na região e, consequentemente, os conflitos que esta situação traria. A informação foi disseminada, principalmente, por meio de fotos e vídeos em aplicativos de celular e também em redes sociais.
Segundo informações da assessoria de imprensa, o Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) também está atento à situação para preservar a ordem pública e prevenir qualquer conflito na região, localizada na divisa com a Bolívia. No entanto, até o momento não foi registrado nenhum crime que exija a atuação do Gefron no local.

Nova Serra Pelada: Garimpo atrai milhares em Mato Grosso

Nova Serra Pelada: Garimpo atrai milhares em Mato Grosso

Segundo moradores locais, tem pessoas abandonando os empregos e vendendo casas para investir nos maquinários para extração garimpeira. Há 15 dias mais de 2 mil pessoas estão extraindo ouro Pontes e Lacerda virou.
 - Começa chamar atenção uma informação que comecou nas redes sociais, dando conta que a cidade de Pontes e Lacerda (448 km a Oeste da Capital) se tornou a nova 'Serra Pelada'.
Há 15 dias mais de 2 mil pessoas estão extraindo ouro da região, que fica numa zona rural a 36 km do município. Segundo moradores locais, tem pessoas abandonando os empregos e vendendo casas para investir nos maquinários para extração garimpeira.
Relatos dão conta que a corrida ao ouro teve início após um sitiante ter feito a primeira extração no local,de 20 kilos de ouro em pouco tempo, da forma manual e depois avisou outras pessoas que começaram a procurar a serra, que pertenceria à União.
O garimpo está localizado numa serra localizada a 20 quilômetros da cidade de  Pontes e Lacerda. 

Por causa da extração desordenada, imagens divulgadas como sendo da área, mostram a devastação da região, além de um aglomerado de pessoas e de alojamentos instalados.

Terras-raras: China vai cortar produção para alavancar preços

Terras-raras: China vai cortar produção para alavancar preços




O Grupo China Northern Rare Earth estará efetuando um corte de 10% na produção dos terras-raras. O principal motivo foi a forte queda dos preços desses elementos causada pela lavra ilegal que gerou um excesso de oferta.

A China é a maior produtora de terras-raras do planeta e dona da única bolsa exclusiva de terras-raras, a Baotou.

Apesar de toda a estratégia governamental para conter a queda dos preços os preços dos elementos terras-raras não pararam de cair. Em 2015 os preços caíram 34% e a produção, somente em julho, dobrou em relação a 2014. Este desequilíbrio reduziu a margem de lucro da mineradora para apenas 2%.

O excesso de oferta é causado pelos garimpeiros de terras-raras que produzem sem controle de qualidade em lavras obsoletas extremamente danosas ao meio ambiente.

É graças a essa produção ilegal que a China Northern Rare Earth e os outros quatro grandes produtores de terras-raras irão cortar drasticamente a produção tentando com isso forçar uma alta de preços.

A alta será provavelmente inócua, pois irá exacerbar a produção ilegal, que floresce sem controle do estado.