sábado, 17 de outubro de 2015

Taxista de MS comemora "febre do ouro" em Pontes e Lacerda

Taxista de MS comemora "febre do ouro" em Pontes e Lacerda

Garimpo mobiliza mais de três mil na busca de enriquecer em local de serra

Busca por “bamburrar” ou enriquecer levou três mil pessoas a município de Mato Grosso  Busca por “bamburrar” ou enriquecer levou três mil pessoas a município de Mato Grosso

Corrida alucinada por ouro movimenta a pacata Pontes e Lacerda, a 457 quilômetros de Cuiabá (MT). O taxista sul-mato-grossense Manoel Cabral, 57 anos, já perdeu as contas de quantas corridas fez até a área na Serra do Monte Cristo. Para o local, famílias inteiras se mudaram na esperança de “bamburrar” ou enriquecer.
“A cidade estava morta e hoje ouvimos de garimpeiros que encontraram vinte e até quarenta quilos de ouro. Tem bastante gente de fora como Rondônia, Pará e Mato Grosso do Sul. Todo o dia a gente vai lá”, contou o taxista ao Portal Correio do Estado.
Natural de Paranaíba, a 413 quilômetros de Campo Grande, Manoel relatou que a cidade mato-grossense tem histórico de garimpo, porém não nas proporções atuais onde mais de três mil pessoas buscam ouro. Isso depois que uma pepita de 20 quilos foi encontrada na região há 30 dias.
O local, conforme o taxista, lembra muito Serra Pelada que representou na década de 1980 o maior ponto de exploração a céu aberto do mundo, estando localizado no sul do Pará.
Para acessar o garimpo, distante cerca de 30 quilômetros da cidade, o valor médio do táxi chega a R$ 120. Ao menos 23 taxistas realizam cinco corridas diárias, sem contar carros e motos particulares. “Torço para não fechar o garimpo”, disse Manoel.
Homens, mulheres e crianças chegam a dormir na serra, enquanto os trabalhos ocorrem durante a madrugada. Geradores garantem iluminação na área de propriedade da União. Há rumores de que uma operação possa dar fim ao garimpo.

O ouro de Pontes e Lacerda e o golpe iminente

O ouro de Pontes e Lacerda e o golpe iminente




A corrida do ouro da Serra do Caldeirão em Pontes e Lacerda está revolucionando a pequena cidade.

Calcula-se que milhares de faiscadores de ouro já estejam trabalhando nas serras, apenas 30km de Pontes e Lacerda. Os números são controversos, mas o fato é que uma enorme corrida está em andamento.

Esta corrida do ouro é alimentada pelas redes sociais onde são postadas fotos de pepitas gigantescas, quase todas falsas.

A possibilidade de enriquecimento fácil em época de crise é irresistível e atraiu as pessoas, não só de Pontes e Lacerda, mas de todo o Brasil.

É um fenômeno social de proporções que movimenta a economia da região.

O garimpo está completamente coberto por alvarás de pesquisa da Serra da Borda (2006) e Santa Elina (1999), o que o torna ilegal. É por isso que toda a comercialização do ouro é feita nos subterrâneos sem que possamos saber, exatamente, a relevância da produção.

De qualquer forma as notícias espalhadas, como sempre nestes casos, são excepcionais. Fantasia ou realidade?

Fala-se que uma boa parte do ouro é de pepitas grandes recuperadas com detectores de metal. Após esta primeira fase os garimpeiros escavam e recuperam o minério utilizando processos rudimentares e de baixa eficiência.

As fabulosas histórias, verdadeiras ou falsas, chegaram aos ouvidos dos deputados locais. Como não poderia deixar de ser os “nobres deputados” se organizaram para dominar, e por que não dizer, lucrar com o garimpo de ouro.

Cinco deputados organizaram uma comissão para visitar e controlar o garimpo. Eles já tecem planos para “proteger” os garimpeiros através da criação de uma cooperativa.

Em busca de votos e dinheiro os deputados se esquecem da Lei.

Existe uma legislação federal sobre o assunto que transcende completamente a autoridade desses políticos, mas isso parece não os intimidar. Os deputados querem se aliar ao prefeito e controlar o garimpo o que deve ser impossível se a legislação brasileira for seguida.

No entanto, estamos no Brasil e contratos da área mineral já foram rasgados no passado...

O DNPM e o Ibama , estranhamente, ainda não se pronunciaram.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Nova Serra Pelada' provoca corrida do ouro em Mato Grosso

Nova Serra Pelada' provoca corrida do ouro em Mato Grosso

Publicação: 16/10/2015 11:16 Atualização:

Homens e mulheres sobem aos montes pelas serras da Borda e Santa Bárbara em busca de algum pontinho que brilhe em meio a terra. Ali, o que reluz realmente é ouro. Atraídos pelo o que estão chamando de "nova Serra Pelada", milhares de forasteiros chegam todos os dias à cidade de Pontes e Lacerda, em Mato Grosso.

Com cerca de 40 mil habitantes, o município, que fica na divisa com a Bolívia, surgiu da garimpagem. "Até na cidade dá pra achar ouro, mas como fazia tempo que não achavam nada, a população foi desenvolvendo outras formas de ganhar dinheiro", explica Gilmar Souza, assessor da prefeitura. Agora, quase 3 mil pessoas já estão em Pontes e Lacerda atrás da sorte.

A "corrida do ouro" começou há cerca de um mês, quando um homem encontrou uma pepita de ouro de 20 kg, como conta a história que tem circulado pelo WhatsApp.

"Dizem que ele andava de biz velha, agora tem uma caminhonete", conta Houston Santos, morador de Aragarças, em Goiás, na divisa com Mato Grosso. Os "aventureiros", como os moradores têm chamado quem está se instalando no garimpo, vêm de diversos Estados, como Bahia, Pará e Rondônia.

Santos resolveu não se aventurar no garimpo, mas desde então tem recebido mensagens com fotos e relatos. "Um homem já teria tomado facada por causa de uma pedra de 5 kg e tem pontos de prostituição no entorno", conta. Nas fotos, as lonas e cabanas feitas ao pé da serra se espalham e é fácil perder a conta de quantas sejam.

A prefeitura nega que tenham acontecido casos de violência e que haja prostituição, mas afirma que não pode agir. "A serra fica em uma APP (Área de Proteção Ambiental), mas as pessoas entram por fazendas particulares. Um deles já colocou porteira para barrar o acesso. Outros cobram estacionamento, e a pessoa sobe mais 600 metros", diz o assessor.

Em entrevistas a jornais locais, o prefeito Donizete Barbosa (PSDB) diz que o maior problema na cidade tem sido para os empresários. Apesar de ter aquecido o comércio, a descoberta das jazidas tem levado muitos funcionários a abandonarem seus postos de trabalho.

"É bom que tem dinheiro girando, mas os funcionários estão em falta", relata um comerciante. Nas lojas, faltam pás e picaretas as concessionárias trocam carros pelas pedrinhas brilhantes, e os hotéis estão cheios de novos hóspedes.

De acordo com os relatos, mesmo quem não é garimpeiro tem conseguido ganhar de R$ 700 a R$ 800 por dia apenas com o que sobra depois que os "profissionais" encontram pepitas maiores com a ajuda de detectores de metal, tipo 1 kilo. O grama do ouro é vendido entre R$ 100 e R$ 120 em Pontes e Lacerda.

Ação
Na tarde de terça-feira, o Ministério Público de Mato Grosso ajuizou uma ação civil pública na Justiça Federal pedindo o fechamento do garimpo ilegal e a retirada das pessoas que estão na região. De acordo com o MP-MT, a exploração da área é ilegal, pois não há autorização ou licença para lavra emitida pelo Departamento Nacional de Produção Mineral. A decisão está prevista para esta sexta-feira, 16.

O governo do Estado também anunciou que está formulando um plano de ação com relação à exploração do novo garimpo. Uma vistoria técnica vai ser feita por servidores das superintendências de Licenciamento Ambiental e de Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Segundo a emissora de rádio estadual, informações obtidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico apontam que a Mineradora Santa Elina requereu autorização, em 1991, para realizar pesquisa na região, mas ainda não obteve licença.

Descoberta de jazidas de ouro movimenta pacata cidade de MT

Descoberta de jazidas de ouro movimenta pacata cidade de MT

'Aventureiros' chegam diariamente a Pontes e Lacerda em busca de ouro.
Funcionários têm deixado emprego para ir a garimpo que 'parece cidade'.

Pepitas de ouro foram pegas em garimpo
(Foto: Júlio Cezar Ferreira de Souza/ Arquivo pessoal)
A descoberta de jazidas de ouro entre as serras da Borda e Santa Bárbara tem movimentado a pacata cidade de Pontes e Lacerda, localizada a 483 km de Cuiabá. A notícia se espalhou nas últimas duas semanas e muitos 'aventureiros', como são chamados pelos moradores da cidade, já que muitos não são garimpeiros profissionais, migraram para a região em busca de ouro, como relata o dono de uma concessionária na região, João Manoel Ramirez. 
Ele vendeu, nesse período, quatro veículos para esses garimpeiros, que chegaram ao município atraídos pelo ouro fácil. "Eles falaram que o dinheiro era do garimpo", afirma.
Um problema que essa descoberta causou foi a redução da oferta de trabalhadores na cidade, já que muitos optaram por ir para o garimpo. Está difícil manter os funcionários no emprego, segundo o prefeito da cidade, Donizete Barbosa (PSDB), que também é empresário na região.

A venda do ouro encontrado nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) aqueceu o comércio. Os hotéis, por exemplo, estão lotados, segundo a presidente da Associação Comercial de Pontes e Lacerda, Regina Aparecida de Moraes.
"Não tem trabalhadores porque as pessoas estão indo para os garimpos. Na minha empresa, de construção de rede de energia, oito funcionários faltaram ao serviço para procurar ouro. Quem ganha R$ 2 mil vai lá [no garimpo] e tira isso numa noite", declara.
"Alguns segmentos estão sentindo impacto maior, como as lojas que vendem ferramentas, como enxadas e pás, usadas no garimpo. Nos últimos 15 dias, esgotaram os estoques dessas ferramentas no comércio local. Os hotéis também estão cheios, principalmente aqueles mais populares, onde a estadia é mais barata, já que as pessoas vêm para trabalhar", relata.
As veias auríferas foram encontradas pelos moradores do município de 41.408 habitantes, segundo o IBGE, que, após acharem grandes quantidades do metal precioso, começaram a circular imagens de grandes pepitas pelas redes sociais e pelo WhatsApp, o que deve ter contribuído com o aumento da migração para aquela região.
"Antes, a cidade era mais tranquila e agora têm muitas pessoas de fora circulando. A cidade está mais movimentada. É notório isso", enfatiza a representante do comércio no município.
Vários barracas foram armadas em garimpo  (Foto: Júlio Cesar Ferreira de Souza/ Arquivo pessoal)Vários barracas foram armadas em garimpo (Foto: Júlio Cezar Ferreira de Souza/ Arquivo pessoal)
Quase uma cidade
A movimentação entre as serras, a aproximadamente 30 km do perímetro urbano de Pontes e Lacerda, é intenso, que, de acordo com o autônomo Júlio Cesar Ferreira de Souza, que mora na cidade, 'parece uma cidade'. "Deve estar beirando umas 2 mil pessoas. Tem idosos, crianças, famílias. Algumas ficam o tempo todo lá, se revezando em turno de 12 horas", conta.
Garimpo deve ter cerca de 2 mil pessoas "
Júlio Cesar Ferreira de Souza, morador
Ele foi ao local quatro vezes, sendo que a primeira há 10 dias para conhecer, e, no dia seguinte, retornou para tentar encontrar pepitas. "Eles cavam [garimpeiros], passam o aparelho, pegam as pedras maiores, sobem a terra para cima e lá tem outra equipe para pegar as pepitas menores. Daí a gente pode mexer nessa terra", diz. O grama do ouro naquela região está sendo comercializado em torno de R$ 100.
Júlio explicou que o dono de uma propriedade rural, que compreende parte do garimpo, fechou o acesso ao local explorado e os 'aventureiros' arrumaram outra alternativa para chegar ao local. No entanto, o acesso é pago.
"Um vizinho está cobrando R$ 50 por veículo para passar na propriedade dele. Esse acesso é mais rápido e fica a 600 metros do local de acesso à subida [da serra]". No local, só é possível subir a pé.
Barracas são montadas na serra (Foto: Júlio Cesar Ferreira de Souza/ Arquivo pessoal)Barracas são montadas na serra (Foto: Júlio Cesar Ferreira de Souza/ Arquivo pessoal)
'Fora de controle'
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) informou que, possivelmente, o garimpo nessa região, entre essas duas serras, funciona de maneira ilegal, já que não consta nenhuma autorização ou pedido de licença para exploração da área no órgão.
Por meio de assessoria, a pasta afirmou que a situação no garimpo estaria fora de controle e que, por causa disso, não será possível encaminhar um técnico do órgão para verificar o caso in loco. Desse modo, a questão está sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).
Área está sendo explorada sem autorização (Foto: Júlio Cesar Ferreira de Souza/ Arquivo pessoal)Área está sendo explorada sem autorização (Foto: Júlio Cesar Ferreira de Souza/ Arquivo pessoal)
A Sema não confirmou que a área ocupada por garimpeiros é de preservação permanente, como informou o prefeito, mas adiantou que não se pode ter garimpo nesse tipo de área, independentemente de ser propriedade particular ou não. Além disso, para a exploração de qualquer subsolo é necessário ter permissão da União.
Em nota, a Sesp informou que a situação está sendo monitorada. "O Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) também está atento à situação, para preservar a ordem pública e prevenir qualquer conflito na região, localizada na fronteira com a Bolívia. No entanto, até o momento não foi registrado nenhum crime transfronteiriço que exija a atuação do Gefron no local", diz.
Sem autorização da União
O superintendente regional do Departamento Nacional de Proteção Mineral (DNPM), Márcio Amorim, diz que a área encontra-se em fase de pesquisa para fins de exploração mineral e que a licença não foi expedida por questões burocráticas do governo. "As pessoas estão lá sem autorização para extração de bens minerais e podem responder pelo crime de usurpação de bens públicos e podem ser processadas com base na legislação vigente", destaca.

O desastre se aproxima: fomos depreciados, também, pela Fitch

O desastre se aproxima: fomos depreciados, também, pela Fitch





Mais uma agência internacional de ratings, a Fitch Ratings, faz um downgrade do Brasil. Anteriormente a Standard & Poor’s havia rebaixado o Brasil para o nível de mau pagador, que não pode receber os investimentos dos grandes fundos.

Faltava somente mais uma depreciação para que o país caia na vala comum e que os nossos papéis sejam considerados lixo pelo mercado.

Felizmente a depreciação da Fitch, de BBB para BBB- nos coloca um degrau acima do lixo e dos maus pagadores.

Foi por muito pouco.

No entanto é um claro aviso ao Governo Dilma que nem tudo está certo como a presidente transparece em seus discursos populistas.

Se sofrermos uma nova desvalorização com a Fitch seremos penalizados de uma forma definitiva, pois bastam os ratings de duas agências para sacramentar a nossa sorte.

A Fitch disse que o downgrade reflete os débitos crescentes de uma política econômica equivocada, os desafios de uma reforma fiscal e a difícil situação política do Governo Dilma. A agência menciona , também, a corrupção de nível mundial ocorrida na Petrobras e a economia brasileira entrando em forte recessão.

Ela reflete aquilo que todo o brasileiro já sabe e que o governo teima em negar.