quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Bolsa brasileira dispara com o possível envolvimento de Lula na compra de medidas provisórias

Bolsa brasileira dispara com o possível envolvimento de Lula na compra de medidas provisórias



 
As notícias da China foram positivas e as bolsas acordaram em alta.

No entanto o que está realmente alavancando o Ibovespa são as notícias da Operação Zelotes que parecem implicar Lula na compra de medidas provisórias.

Segundo o delegado da PF Marlon Cajado existe um inquérito em andamento que investiga a participação de Lula no esquema de tráfico de influências. Acredita-se que já existem provas contundentes que envolvem, também, importantes ex-ministros como Erenice Guerra (Casa Civil), Nelson Machado (Previdência) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral).

O dólar cai e o Ibovespa passa dos 4% de alta.

A Vale sobe acima dos 10% e a Petrobras já ultrapassa os 5%.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Maior variedade de rochas ornamentais do mundo está no Brasil

Maior variedade de rochas ornamentais do mundo está no Brasil


De 16 a 19 de fevereiro de 2016, a cidade de Vitória (ES) receberá a 41º edição da Stone Fair | Marmomac Latin America, a maior feira de rochas ornamentais da América Latina. 
Arquitetos, especificadores e profissionais do segmento estarão no evento para conhecer pedras diferenciadas, suas aplicabilidades e novos maquinários que vêm permitindo aos fornecedores aumentar muito o leque de opções e usos. As rochas ornamentais são muito utilizadas como revestimentos porque têm um ciclo de vida longo, especialmente em ambientes com grande circulação de pessoas e materiais. 

O Brasil se destaca por ser o país com a maior diversidade de rochas ornamentais do mundo, além de contar com uma das maiores reservas existentes. As características da natureza brasileira formam rochas de coloração única, como as que têm os tons amarelados ou verde escuro, tipicamente brasileiros. 

Tipos de rochas ornamentais encontradas no Brasil 

As principais pedras que podem ser consideradas exclusivamente brasileiras – ou pelo menos só exploradas no Brasil – são os pegmatitos ("feldspatos") e os quartzitos maciços. Elas são rochas muito duráveis, pelo grau de resistência a agentes químicos e abrasão. Os pegmatitos têm cristais gigantes de feldspato, quartzo e outros minerais, enquanto os quartzitos têm cristais muito finos de quartzo e outros minerais acessórios. 

O Brasil produz rochas exóticas em grande quantidade, que são todas aquelas que diferem totalmente dos granitos tradicionais. Mesmo os granitos comuns ou tradicionais recebem outros fatores além dos geológicos, como os climáticos e geomorfológicos, que auxiliam na formação do padrão estético. Um exemplo é a lixiviação das águas em climas tropicais e subtropicais, que origina a maior parte dos granitos amarelos (que são nada mais que resultado da oxidação de minerais escuros que contém ferro e magnésio). 

Aquarela, Bianco Torrone Desenhado, Carajás, Dalmata, Gold Macaubas, Negresco, Splendor Gold, Sucuri, Terra Rossa, Via Láctea são alguns exemplos de rochas exóticas brasileiras. 
Entre as exóticas, existem ainda as superexóticas, como a Amarula, Avatar, Cometa, Green Bamboo, Iron Red, Madreperola, Moulin Rouge, Nova Roma, River Storm, Santorini, Vitória Régia.

Além de exóticas, dentro desse grande segmento, muitas são classificadas como rochas clássicas, como por exemplo: Amarelo Maracanã, Black San Gabriel, Branco Desirée, Caravelas Regina White, Green Ubatuba, Marrocos, Ornamental BR, Ouro Brasil, Samba White, Violeta Tropical, Yellow Carioca. 

Mesmo os granitos muito comuns no Brasil, e particularmente na metade norte do estado do Espírito Santo, como os verdes do tipo Ubatuba, Labrador, Pavão, etc., são raramente encontrados fora do Brasil. 

Tendências de mercado e exportações 

Atualmente, as exportações de chapas são fortemente orientadas para o mercado dos EUA, incluindo um bom percentual de rochas exóticas, direcionadas justamente para bancadas no mercado residencial unifamiliar. As exportações de blocos são direcionadas principalmente para a China, e incluem preferencialmente materiais convencionais, destinados a grandes obras comerciais e residenciais multifamiliares. 

O uso de materiais exóticos como os quartzitos, é uma forte tendência que foi consolidada nos últimos anos em países como os Estados Unidos. Os quartzitos brasileiros que estão em alta são principalmente os brancos como o White Macaubas e Mont Blanc. Por serem materiais naturais, sofisticados e possuem uma enorme resistência mesmo com o uso intensivo, o quartzito está sendo amplamente aplicado nas casas dos norte-americanos. 
Segundo o site de projetos residenciais de luxo da Sater Luxury Design Collection, o mármore vem sendo utilizado em banheiras e em pisos, por ser considerado extremamente elegante e fácil de limpar.A maior parte das rochas brasileiras, sejam elas homogêneas/convencionais ou movimentadas/exóticas, estarão expostas e poderão ser observadas na Feira de Vitória. 

Contribuição à petrologia de pegmatitos mineralizados

Contribuição à petrologia de pegmatitos mineralizados em elementos raros e elbaítas gemológicas da província pegmatítica da Borborema, nordeste do Brasil

A Província Pegmatítica da Borborema (PPB) é mundialmente conhecida desde a II Guerra
 Mundial por seus pegmatitos mineralizados principalmente em Ta-Nb, Be, Sn, Li e mineraisgemas
 (elbaíta, água marinha, morganita, espessartita, etc.). Esses pegmatitos graníticos,
 de idade Brasiliana (Neoproterozóico), estão encaixados principalmente em biotita-xistos da
 Formação Seridó e em quartzitos e metaconglomerados da Formação Equador. A geologia,
 estrutura interna e mineralogia destes pegmatitos graníticos vêm sendo estudadas há mais
 de meio século, mas novas espécies minerais continuam a ser descritas, até os dias atuais.
 Os primeiros estudos de litogeoquímica, química mineral e de inclusões fluidas, foram
 publicados durante a última década e são ainda muito escassos. Desenvolveram-se estudos
 de inclusões fluidas, litogeoquímica e química mineral em micas, feldspatos, turmalina,
 granada, gahnita e nióbio-tantalatos. Os pegmatitos Boqueirão, Capoeira 1, 2 e 3, e
 Quintos, situados no município de Parelhas, Estado do Rio Grande do Norte foram
 selecionados para este estudo devido a sua perfeita zonação, no primeiro caso e por causa
 de trabalhos mineiros ativos nos outros casos, possibilitando a obtenção sistemática de
 amostras frescas e bem localizadas. São pegmatitos heterogêneos típicos, encaixados
 discordantemente em quartzitos e metaconglomerados da Formação Equador,
 mineralizados em elementos raros, conhecidos classicamente pela produção de tantalatos,
 berilo e espodumênio. Os pegmatitos Capoeira e Quintos foram reativados recentemente
 para a extração da elbaíta mundialmente conhecida como turmalina Paraíba , de cor azul
 turquesa e brilho excepcional. São registrados rosetas de elbaíta crescendo a partir de uma
 massa de albita em direção a bolsões de quartzo da parte central dos pegmatito Quintos e
 Capoeira 2. Estas feicões sugerem uma origem primária para os agregados elbaíta-albita
 em vez de formarem corpos de substituição, como se supunha. A ocorrência de nióbiotantalatos
 exóticos na zona II do pegmatito Quintos, sugere um alto grau de fracionamento.
 A ocorrência de apófises de quartzo-albita-turmalina, conectado por meio de veios albíticos
 à zona de albita do pegmatito Capoeira 2, indica a possibilidade de que os pegmatitos
 Capoeira 2 e 3, pequenos e mais fracionados, tenham se formado a partir de apófises do
 pegmatito Capoeira 1, maior e menos fracionado. Análises de microssonda eletrônica em
 turmalinas negras da zona de borda dos pegmatitos Quintos e Capoeira revelaram tratar-se
 de dravitas e não schorlitas como se supunha, baseados em razões Fe/(Fe+Mg) variando
 entre 0,30 a 0,48. As elbaítas gemológicas dos pegmatitos Quintos e Capoeira se
 distinguem de elbaítas usuais pelos altos teores de CuO, atingindo 1,73% em peso, excesso
 de Al na posição estrutural Y e grande vacância (até 0,49apfu) na posição X, confirmando
 dados de outros autores. Estes dados indicam que elas se cristalizaram em temperaturas
 mais baixas que as elbaítas do pegmatito Boqueirão. As granadas têm de 56% a 88 mol%
 de espessartita, onde os maiores teores de Mn foram encontrados nas granadas do
 pegmatito Quintos. Não se observam variações químicas consideráveis ao longo de perfis
 borda-núcleo em um mesmo cristal de granada. Altas relações Zn/Fe (13,27 a 14,2) e 83,3 a
 92,1mol% de gahnita em espinélio verde dos pegmatitos Capoeira 2 e Quintos corroboram
 com alto grau de fracionamento destes pegmatitos. Análises de elementos maiores e traços
 em muscovitas, por fluorescência de raios-X e por ICP-MS revelam conteúdos de Rb de até
 10200 ppm e relações K/Rb variando entre 8 e 69. A interpretação de relações gráficas K/Rb
 versus Rb, K/Rb versus Ba, K/Rb versus Zn, K/Rb versus Ga e Al/Ga versus Ga, permitem
 classificar, ainda preliminarmente, esses pegmatitos como tipo complexo , subtipo
 lepidolita . A química mineral de granada e turmalina são coerentes com esta classificação.
 O pegmatito Quintos, de acordo com estes dados, é o que alcançou o maior grau de
 fracionamento, seguido por Capoeira 2 e 3, sendo Capoeira 1 e Boqueirão, os menos
 fracionados. Dois principais grupos de inclusões fluidas (IF), respectivamente aquosas e
 aquocarbônicas, podem ser observadas. As IF aquocarbônicas de baixa salinidade (2-4%
 NaCleq., em peso) e 40 a 50 vol. %CO2 líquido, são formadas já durante a cristalização da
 zona de contato dos pegmatitos, coexistindo com o magma pegmatítico até o final da
 cristalização da zona de blocos de feldspato (III). A fase carbônica dessas IF é
 dominantemente CO2, com 0,3 a 1,2mol% de N2 e outros voláteis abaixo dos limites de
 detecção da microespectrometria Raman. As IF aquosas, com moderada salinidade (10 a
 25% NaCleq., em peso), se individualizaram durante a formação dos núcleos de quartzo e
 corpos de substituição, seguidas por inclusões aquosas de baixa salinidade em estágio
 tardio da formação do quartzo. Dados microtermométricos de inclusões fluidas, em
 combinação com dados petrológicos experimentais existentes sobre as condições de
 estabilidade de espodumênio e euclásio, permitem estimar as condições de cristalização
 dos pegmatitos entre 580-400ºC e 3,8kbar, em condições isobáricas. A saturação precoce
 em H2O e CO2 seguida por saturação em água contrasta com observações em muitas
 outras províncias pegmatíticas no mundo, onde dados de IF estão disponíveis. A saturação
 precoce em voláteis está também em desacordo com resultados experimentais de saturação
 em água, com vidro macusani simulando a cristalização de pegmatitos, mas outros
 exemplos de saturação precoce são conhecidos na literatura. Observações de campo,
 dados de química mineral e de inclusões fluidas indicam diferenças nos graus de
 fracionamento entre os pegmatitos estudados. Os pegmatitos Capoeira 2 e Quintos,
 portadores das elbaítas do tipo turmalina Paraíba , são os mais evoluídos. Os dados de
 química mineral sugerem um alto grau de fracionamento dos pegmatitos estudados em
 comparação com dados de outros pegmatitos da Província. Finalmente, as diferenças no
 grau de fracionamento e observações de campo sugerem a possibilidade de diferentes
 estágios de formação de pegmatitos na Província

Classificação dos depósitos minerais quanto ao processo formador

Classificação dos depósitos minerais quanto ao processo formador

Na tabela abaixo apresentamos resumidamente a classificação dos Depósitos Minerais quanto ao Processo Formador. Aqui detalharemos cada tipo.
 
PROCESSOS ATUANTES NO INTERIOR DA TERRA (ou Hipogênicos)
Segregação Magmática– São aqueles depósitos, não incluindo os pegmatitos, que foram formados diretamente da cristalização do Magma. Eles são de dois tipos:
Cristalização Fracionada – No magma fundido (“melt”) alguns cristais podem se formar mais cedo que outros à medida que o mesmo se resfria e o ponto de cristalização de cada mineral é atingido.
Nesse processo de cristalização progressiva dos cristais eles não estão em equilíbrio com o “melt” e passam a se diferenciar do líquido em fusão. Isso se dá através de diferenças de densidade / processos gravitacionais, diferenciação por convecção de fluxo, pressão e dilatação.
Os processos envolvendo diferenças de densidade e gravitacionais são os mais importantes e resultam na formação de cristais mais pesados na base da câmara magmática. As rochas formadas dessa maneira são chamadas de “cumulatus” ou “cumulus” e são freqüentemente caracterizadas por um acamamento rítimico (camadas de magnetita e/ou cromita e camadas de silicatos, como no Complexo Ígneo de Bushveld). Minerais acessórios de Cr, Ti, V e Fe (óxidos), Ni, Cu e EGP (sulfetos) formam-se nos estágios iniciais de cristalização do magma.
Exemplos de Depósitos – Tipo:
Complexo de Bushveld (África do Sul)
Great Dyke (Zimbabwe)
Complexo de Stillwater (USA)
Campo Formoso (Brasil) – cromo
  • Líquido Imiscível
- São líquidos que não se misturam como o óleo e água. Os exemplos clássicos envolvem sulfetos e silicatos Os casos mais comuns são sulfetos de ferro, mas, níquel, cobre e platina também ocorrer. Ex. Sudbury, Canadá.
PROCESSOS HIPOGÊNICOS
Secreção Lateral– Formação de depósitos minerais por lixiviação de metais e SiO2 da rocha hospedeira. O magma segrega os elementos químicos das rochas adjacentes, interagindo com a encaixante devido à abertura promovida por fraturas. É difícil de distinguir do embasamento – derivado de fluidos hidrotermais.
Exemplo – Caso histórico do Yellowknife Goldfields – O Depósito Mineral ocorre em lentes de quartzo-carbonato em zonas de cisalhamento clorítica cortando anfibolitos. Os principais minerais são quartzo, carbonatos, sericita, pirita, arsenopirita, stibnita, calcopirita, pirrotita, esfalerita, galena e ouro nativo. Halos de alteração de carbonato-sericita e clorita-carbonato ocorrem nas rochas hospedeiras adjacentes aos depósitos. O Quartzo é o mineral mais importante, tendo uma quantidade substancial sido subtraída do halo de alteração. Alguma subtração de Fe, Mg, Ca, Ti e Mn também ocorreu e isso é indubitavelmente a fonte de mineral minério de pirita-calcopirita-pirrotita. Alumina is empobrecida na parte externa do halo e concentrada na parte interna do halo na forma de sericita. C02 e H20 foram adicionados por fonts externas.Cálculos indicam que o anfibolito cisalhado tem 20 x a concentração de metais necessários para produzir toda a mineralização do depósito. Então, nesse caso, a Secreção Lateral é um modelo viável.
Pegmatitos – São rochas ígneas de granulação muito grosseira. Comumente formam diques e massas de uns poucos metros até 1-2 Km de comprimento. Atribui-se a representação da fase volátil do magma – processo pneumatolítico. Na realidade Depósitos Minerais econômicos são relacionados com pegmatitos graníticos oriundos de magmas félsicos mais água. Elementos residuais tais como Li, Be, Nb, Ta, Sn and U não são acomodados na cristalização final da fase silicática e se cristalizam na fase volátil. Quando essa fração é injetada nas rochas regionais um pegmatito é formado. As temperaturas de deposição variam desde 250 a 750 °C.
A formação dos pegmatitos se dá na fase final de resfriamento do magma, através da percolação de soluções ricas em sílica, água e, ocasionalmente, em alguns íons que não entraram na estrutura cristalina dos minerais até então formados. A partir destas soluções hidrotermais são gerados os pegmatitos, constituídos principalmente por quartzo e feldspato potássico. No entanto, em alguns casos, estas soluções hidrotermais podem estar enriquecidas por elementos químicos de importância econômica fazendo com que os pegmatitos sejam mineralizados a tungstênio, uraninita, estanho, turmalina, topázio, etc.
Os Pegmatitos são divididos em simples (plagioclásio, quartzo e mica não zonados) e complexos (maior variedade de minerais e fortemente zonados). São sinônimos do tipo simples e complexo os pegmatitos não-diferenciados e diferenciados e homogêneos e heterogêneos. Nesses últimos podem ser encontrados cristais gigantes de diversos metros.
 
Um pegmatito heterogêneo (zonado) e bem diferenciado exibe, via de regra, quatro zonas, divididas grosso modo, em: Zona I: parte mais simples do pegmatito zonado, estando mais próximo da encaixante, mineralogia: feldspato, turmalina, biotita e granada; Zona II: intercrescimento gráfico de quartzo e feldspato; Zona III: apresenta os mesmos minerais das outras zonas, porém com grandes dimensões, grandes blocos em contato, os minerais mais raros se encontram nesta zona; Zona IV: grandes blocos, compostos quase que essencialmente de quartzo.
Hidrotermal – Os processos hidrotermais são caracterizados por soluções aquosas quentes responsáveis pela formação do Depósito Mineral. A faixa de temperatura varia desde 50 °C a 450 °C, sendo a água com alta salinidade (salmoura) a fase mais importante.
Os quatro aspectos fundamentais para a mineralização hidrotermal acontecer são: i) Fonte dos fluidos hidrotermais e metais, ii) Alteração hidrotermal, iii) Estabilidade de sulfetos e; iv) transporte e precipitação dos metais.
As alterações hidrotermais mais comuns e suas respectivas associações mineralógicas, com base em Corbett & Leach (1998), Reed (1997), Titley (1992), Rose & Burt (1979) e Meyer & Hemley (1967) são:
Alteração Potássica: caracterizada por feldspato potássico e/ou biotita, tendo como acessório quartzo, magnetita, sericita e clorita.
Alteração Propilítica: caracterizada principalmente pela associação clorita-epidoto com ou sem albita, calcita, pirita, e como acessórios o quartzo-magnetita-illita. A alteração propilítica ocorre geralmente como halo gradacional e distal de uma alteração potássica, gradando desde actinolita-biotita no contato da zona potássica à actinolita-epidoto na zona propilítica. Em zonas mais distais se observam associações de epidoto-clorita-albita-carbonatos gradando a zonas progressivamente mais ricas em clorita e zeolitas hidratadas formadas a baixas condições de temperatura. Esta característica zonal e gradacional é reflexo de um gradiente termal decrescente desde o núcleo termal (alteração potássica mesta discusão) até fora. Esta alteração se forma a condições de pH neutro a alcalino à faixas de temperatura baixa (200°-250°C). A presença de actinolita (280°-300°C) pode ser indicador da zona de alteração propilítica interior.
Albitização: normalmente associado com alteração propilítica de alta temperatura, ocorre em geral como substituição seletiva de plagioclásios junto com actinolita
Sericítica: quartzo e sericita com minerais acessórios como clorita, ilita e pirita, porém com predominância de sericita. A alteração quartzo-sericítica ocorre na faixa de pH entre 5 e 6 a temperaturas acima de 250°C.
Saussuritização – Processo através do qual os feldspatos são alterados para uma mistura de zoisita, clinozoisita ou epídoto finamente divididos, acompanhados por albita, quartzo, calcita, clorita e ocasionalmente, granada. Os plagioclásios mais cálcicos perdem Ca e Al, gerando albita e normalmente pequenos cristais de epidoto, sericita, carbonato e, às vezes também clorita, gerando aspecto poiquilítico. A alteração também pode gerar escapolita, prehnita, zeólitas, alofano, montmorillonita e caulinita.
Alteração Argilítica: caracterizada por argilas (caulim) e maior ou menor quantidade de quartzo. Essa alteração ocorre na faixa de pH entre 4 e 5 e pode co-existir com alunita em pH entre 3 e 4. A caolinita se forma a temperaturas abaixo de 300°C, ( <150°-200°C0. Acima dos 300°C a fase estável é a pirofilita.
Alteração Argilítica Avançada: Ocorre em ampla faixa de temperatura, porém as condições de pH entre 1 e 3,5 e se caracterizada principalmente por quartzo residual (“vuggy sílica”) com ou sem a presença de alunita, jarosita, caolim, pirofilita e pirita. A temperatura acima de 350°C pode ocorrer andalusita + quartzo.
Alteração Carbonatada: caracterizada por calcita, dolomita, ankerita, siderita, com maior ou menor sericita, pirita e/ou albita. Os carbonatos ocorrem numa ampla faixa de temperatura e pH, associados com caolinita, clorita e minerales calciossilicatados. Zonação de carbonatos em função de pH incremental é observado em muitos sistemas hidrotermais. Carbonatos de Fe-Mn (siderita-rodocrosita) co-existem com caolinita e illita, enquanto que carbonatos mistos de Ca-Mn-Mg-Fe (rodocrosita-ankerita-kutnahorita-dolomita) ocorrem com illita e clorita, e carbonatos de Ca-Mg (dolomita-calcita) ocorrem com clorita e minerais calciossilicatados. Esta zonação é interpretada como produto da mobilidade decrescente de Fe, Mney Mg a pH progressivamente mais alto. Os carbonatos podem aparecer em todo tipo de ambiente hidrotermal.
Alteração Calciossilicatada (“skarn” ou escarnitos): silicatos de Ca e Mg dependendo da rocha hospedeira Calcário ou Dolomita. Calcário: granadas andradita e grosularita, wollastonita, epidoto, diopsidio, idiocrasio (vesuvianita), clorita, actinolita. Dolomita: fosterita, serpentinita, talco, tremolita, clorita. A alteração calciossilicatada ocorre abaixo condições de pH neutro a alcalino e diversas faixas de temperatura. A associação zeolita-clorita-carbonatos é formada a baixas temperaturas e epidoto, seguido por actinolita, ocorrem a temperaturas progressivamente maiores. Os minerais de zeolita são particularmente sensíveis a temperatura. Zeolitas hidratadas (natrolita, chabazita, mesolita, mordenita, stilbita, heulandita) predominam a condições de baixa temperatura (<150°-200°C), enquanto que zeolitas menos hidratadas tais como a laumontita (150°-200°C) e wairakita (200°-300°C) ocurrem a temperaturas e profundidades progressivamente maiores em sistemas hidrotermais. Em alguns sistemas se observa pumpellita/prehnita a temperaturas mais elevadas (250°-300°C), em asociação, em alguns casos, com epidoto. Actinolita é estável a temperaturas >280°-300°C.
Alteração Tipo Greissen: Caracterizado por moscovita de granulação grossa, feldspato e quartzo, com ou sem topázio e/ou turmalina. Esta alteração ocorre principalmente associada a fases pneumatolíticas em rochas graníticas, a temperaturas acima de 250°C.
Processos Metamórficos ou Metassomáticos – Metamorfismo são todas as modificações na assembléia mineral de uma rocha, no estado sólido, que ocorrem no interior da crosta da Terra, como resultado das mudanças na temperatura (T) e pressão (P), ou ação de fluidos hidrotermais a partir de 200-250 oC (<200-250 oC ocorre a diagênese/rochas sedimentares) e vai até a curva da anatexia, ou seja, até fusão parcial da rocha e formação de MIGMA (migmatitos) ou até a fusão total com a formação do magma (rochas magmáticas ou Ígneas). Essas modificações podem ser de caráter regional, restrita ao contato entre um corpo de rocha quente intrudido em uma rocha mais fria (Met. de Contato), devido a fluidos quentes (Hidrotermal), atuação preponderante da pressão (dinamometamorfismo), entre os principais tipos. Os processos hidrotermais e o de escarnitização – formação de “skarn” merecem especial destaque sendo, por isso, tratados separadamente quando se trata de Depósitos Minerais.
Metamorfismo Regional: A hidratação / desidratação que ocorre em processos metamórficos (Regional) pode concentrar metais no “front” de metamorfismo. Em Kalgoorlie (Oeste da Austrália) o metassomatismo sódico transformando K-feldspato em plagioclásio Sódico resultou na expulsão de ouro que não poderiam permanecer acomodados nas lamelas de geminação do feldspato potássico.
Metassomatismo de Contato: Rocha quente intrudem rochas mais fria provocando uma espécie de “queimadura” (Rocha de Metamorfismo de Contato, tipo tactito, cornumbianito etc). A rocha intrusiva promove o calor e os fluidos com metais e/ou necessários para a reconcentração formando os Depósitos Minerais.
Dinamometamorfismo: Predomina a ação da pressão, ou seja, a pressão é o principal agente transformador da rocha original (protólito). Ocorre em zonas de falhamentos e, especialmente em Zonas de Cisalhamento que são importantes ambientes para Depósitos Minerais de ouro.
Metamorfismo Hidrotermal: Já tratado anteriormente, são transformações promovidas por reações entre a hospedeira e fluidos quentes (saumoura).
Quando a temperatura é o agente preponderante na transformação da rocha a mesma é chamada de “Metamorfito”. Quando predomina a pressão, a rocha é denominada de “Tectonico”, sendo Tectonico-S de a estrutura principal é a foliação e Tectonico-L se a lineação

Pegmatito

Pegmatito:s.m. - Rocha onde os minerais atingem grandes dimensões, em geral acima de vários centímetros. Em geral são corpos tabulares (dique) composto por feldspato, mica e quartzo. Apesar de ser um assunto controverso, a opinião mais aceita entre os geólogos, atribui origem ígnea a estas rochas.
Os pegmatitos são importantes fontes de minerais raros como turmalina, topázio, berilo, crisoberilo, granadas,tantalita e espodumênio entre outros.
Não é incomum encontrar estes minerais em tamanhos centimétricos, podendo chegar a metros. No pegmatito Jonas, Município de Conselheiro Pena, Minas Gerais, foi encontrado um cristal de turmalina rubelita com 1,07 metros de comprimento, pesando 125 quilos, tendo sido vendido por US$ 9000,00 (dólares).
No pegmatito Grota da Generosa, Município de Sabinópolis, Minas Gerais, tem sido encontrado cristais de microclina com até 3 metros e berilo com até 70 cm de diâmetro.
Entre os autores que atribuem origem ígnea aos pegmatitos, a opinião mais comum sobre o processo que leva à sua formação é a de que são originados de soluções residuais aquosas enriquecidas em silício e metais raros, provenientes do processo de resfriamento de rochas ígneas, em particular graníticas.
A presença de metais como cloro, flúor, fósforo e boro, atuam como fundentes, abaixando o ponto de fusão destes líquidos e criando um ambiente suficientemente fluído que permite fácil e rapidamente a difusão dos íons através da solução e em direção aos cristais que estão sendo formados.
Os íons presentes nesta solução aquosa, além do silício, são aqueles que não podem ocupar facilmente, por substituição, espaço no retículo cristalino dos minerais formadores da rocha de onde são provenientes. Estes íons são, principalmente, berílio, lítio, estanho, tântalo, nióbio, flúor, boro, cloro, que os principais constituintes dos minerais raros encontrados nos pegmatitos, como turmalina, mica lepidolita, topázio, cassiterita, volframita, berilo e suas variedades, etc.

Pegmatitos anatéticos

Alguns autores atribuem a formação de alguns pegmatitos ao processo de fusão parcial (anatexia), na base da crosta continental, de rochas pré existentes, o que acarreta a formação de líquidos aquosos, super aquecidos e enriquecidos em silício, alumínio, podendo ter ferro e, mais raramente, metais raros, como os citados acima.
Para estes pegmatitos tem sido dada a denominação de pegmatitos anatéticos, que no geral, quase não contém minerais raros, tendo uma composição meramente granítica, isto, com feldspato e quartzo e alguma mica muscovita e biotita. Os pegmatitos encontrados ao longo da Faixa Móvel Ribeira, parecem ser predominantemente deste tipo.
É possível que tal líquido formado por fusão parcial, atue como um lixiviador de metais das rochas por onde percola. De qualquer modo, seja como fluído residual, seja como fluído formado por fusão parcial, ambos apoiam a origem ígnea para os pegmatitos.

Pegmatitos alcalinos

No Estado do Rio de Janeiro também são encontrados alguns pegmatitos associados a rochas alcalinas recentes e pré-cambrianas, como o pegmatito alcalino de Xerém mineralizado em coríndon azul (safira).

Minerais de pegmatitos

Albita, anatásio, berilo, biotita, cassiterita, cerussita, elbaita, euxinita, ferrocolumbita, fluorapatita, fluorita, hematita, ilmenita, lepidolita, magnetita, microclina, milarita, monazita, montmorillonita, muscovita, nontronita, ortoclásio, pirita, piromorfita, quarto, rutilo, turmalina preta, espodumênio, uraninita e zircão