sábado, 12 de março de 2016

Distrito de Cassununga foi povoado por famílias em busca de diamante.


Distrito de Cassununga foi povoado por famílias em busca de diamante. 
Hoje, área está abandonada e reúne histórias de assombrações.


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Uma região povoada durante intenso movimento de garimpo no século XX, o Distrito de Cassununga, no município de Tesouro, a 385 km de Cuiabá, se transformou em ruínas e, segundo moradores, é conhecida atualmente como 'Cidade Fantasma'. Fundado em 1928, o distrito abrigou garimpeiros até a década de 70, segundo o historiador Wilson Januário, que já escreveu um livro sobre a história dessa região.
Casas, escola e igreja abandonadas e materiais utilizados em garimpo ainda são estão encontrados no local.
Único garimpeiro que ainda reside no local, o aposentado João Antônio Ribeiro disse que em busca de uma vida melhor várias pessoas se mudaram para Cassununga. “Várias pessoas viam para o local garimpar e a cidade ficou famosa pelos diamantes”, disse.
Local onde viveu cerca de 2.500 moradores só tem três famílias (Foto: Reprodução/ TVCA)Local onde viveram cerca de 2.500 moradores agora só abriga três famílias (Foto: Reprodução/ TVCA)
Os diamantes foram extraídos de dois rios,enormes de 30 a 200 kilates no rio Cassununga e o Rio Garças. De acordo com o historiador, foram registrados muitos assassinados no auge do garimpo, que na época ficou conhecido como 'cidade sem lei'.Um geólogo que não quer ser identificado, falou que tem muitos diamantes a serem descobertos, pois tem kimberlitos ricos na região, na certa uma grande mineradora de fora vai extrair milhões ou bilhões de kilates, com nova tecnologia, ou bilhões de dólares.
O distrito hoje é conhecido por ser assombrado, segundo o morador. "À noite, escuto barulhos sempre e eu não vou olhar o que é”, disse Ribeiro. Na região tem três cemitérios de difícil acesso, pois ficam no meio de matagais.
Casas foram abandonadas por famílias de garimpeiros (Foto: Reprodução/ TVCA)Casas foram abandonadas por famílias de garimpeiros (Foto: Reprodução/ TVCA)
Os túmulos são feitos de ferro e alvenaria. As cruzes se desgastaram com o tempo. “Este cemitério foi construído depois que os outros dois da região central ficaram sem espaço. Não tenho coragem de andar por aqui à noite. Alguns amigos me falaram que ouviram vozes estranhas”, disse o dentista Issak Castelo Branco, que também mora no distrito.
Três famílias vivem nessa comunidade, localizada a cerca de 35 km da zona urbana de Tesouro.
Túmulos foram abandonados em cemitérios do distrito (Foto: Reprodução/ TVCA)Túmulos foram abandonados em cemitérios do distrito (Foto: Reprodução/ TVCA)
O garimpo foi fechado pela Justiça na década de 70. Os garimpeiros então migraram aos poucos para algumas cidades em outras regiões do estado, como Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, que estava em expansão naquela época.
“Os 2.500 garimpeiros deixaram o local em 1975 e foram para cidades vizinhas que estavam crescendo e para capital em busca de uma vida financeira melhor”, disse o historiador Wilson Januário.
Segundo o Censo divulgado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Tesouro possui 3.418 habitantes.

HISTÓRIA DO DIAMANTE

HISTÓRIA DO DIAMANTE

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A história dos diamantes é bem antiga,  nos últimos 2.500 anos eles vêm sendo utilizados em joias e adereços. O termo “diamante” é derivado da palavra grega “Adamas” (o inconquistável), prova suficiente de que, já na Antiguidade, era conhecida e apreciada por sua indestrutível beleza.
Os gregos se referiam aos diamantes como faíscas das estrelas que caíam sobre a Terra. Sobre eles, dizia-se também que o fogo refletido era a constante chama do amor. E mais: eles seriam lágrimas dos deuses.
A natureza comprova o quanto essas gemas são especiais… O diamante é a única pedra preciosa composta apenas de um elemento, o carbono. É exatamente a mesma composição do grafite, que parece seu antônimo: sem brilho, cinzento, quebradiço.
Quem pensaria em colocar uma pedra de grafite em um anel de noivado?
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A explicação, mais uma vez, vem da natureza. Embora diamante e grafite sejam compostos do mesmo elemento, a forma como os átomos de carbono se unem uns aos outros é completamente diferente.
A isso chamamos de alotropia, do grego allos (outro) e tropos (maneira), é o fenômeno que consiste em um elemento químico poder existir estavelmente sob formas diferentes, com diferentes propriedades físicas e químicas. Exemplo: grafita (grafite) e diamante. 
Até o século XVII, quase todos os diamantes comercializados no mundo tinham como origem a mina de Golconda, na Índia. Daquele local foram extraídos alguns dos mais famosos diamantes do mundo, como o Koh-i-Noor, que faz parte das joias da coroa da Inglaterra, e Orloff, patrimônio das joias da coroa da Rússia.
Mas, em 1725, o Brasil quebrou esta tradição, após a descoberta de diamantes na cidade de Diamantina, em Minas Gerais. Durante os 150 anos seguintes, o estado seria alçado à posição de maior produtor mundial de diamantes, perdendo esta posição, mais tarde, para a África do Sul.
Apenas 20% dos diamantes são utilizados para joalheria. O restante é aproveitado na área industrial. O diamante é muito resistente e utilizado, por exemplo, nos equipamentos de perfuração de petróleo e para o corte de vidro. O diamante é tão resistente que somente um diamante corta outro diamante.
O maior diamante foi encontrado na África do Sul, em 1905, e tinha 3106 quilates, que deu origem a 105 pedras de menor tamanho. Dentre elas está o diamante Cullinan I (também chamado de “Estrela da África”), com 530,20 quilates que adorna o cetro do Rei Eduardo VII, que está na Torre de Londres.
Localidades: Brasil, África do Sul, Congo, Angola, Tanzânia, Austrália, Federação Russa. Atualmente existem minas de diamantes nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará, Paraná e Roraima.
Analogias: Energia: projetiva. Planeta: Sol. Elemento: fogo. Signo: Áries, Leão. Chakras: todos. Tarô: A Justiça.
Fortalece funções cerebrais, ajuda o alinhamento dos ossos do crânio. Quebra bloqueios no chakra coronário e na personalidade, é um grande curador.
Afasta a negatividade, purifica o corpo físico e etéreo. Reflete os aspectos divinos de vontade e poder. Purifica e limpa sexualmente. Aumenta a força física e dá coragem.
É a mais neutra de todas as gemas e é extremamente poderosa para remover bloqueios, negatividade e disfunções sexuais. O Diamante intensifica a energia de outras pedras, promove a clareza do pensamento, amplia o pensamento, nos aproxima do Eu superior.
Em essência, é para trabalhar as partes espirituais mais elevadas do ser dentro do corpo físico.
Objetivos: espiritualidade, grande curador, paz, coragem, vigor. Protege contra os inimigos.
Diamante vermelho é a pedra das grandes paixões…


A extração rudimentar de opala em Pedro II, Piauí

A extração rudimentar de opala em Pedro II, Piauí, associada à informalidade da atividade mineral, tem originado um baixo nível de eficiência econômica. Trata-se de uma área garimpeira, conhecida há décadas. A qualidade da opala encontrada na região de Pedro II, só é comparada à da Austrália, que compete com o Brasil pela liderança do mercado mundial de opalas. As opalas de Pedro II, além de rara beleza apresentam alta resistência às mudanças de temperatura e maior dureza, o que as colocam em posição de destaque no mercado internacional. No entanto, a exploração da opala tem sido feita desordenadamente, ao longo dos anos. Não há trabalho de detalhamento geológico na área em questão, levando os garimpeiros a extraírem aleatoriamente esses bens, o que tem gerado sério passivo ambiental. Assim sendo, o Projeto Avaliação dos Depósitos de Opalas de Pedro II, uma ação do Programa Geologia do Brasil da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) – Serviço Geológico do Brasil, inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, tem por objetivo fornecer subsídios geológicos ao Arranjo Produtivo Local (APL) da Opala de Pedro II, através da caracterização geológica de seus depósitos, visando uma exploração ordenada e correta. Esse projeto foi iniciado pela CPRM em março de 2011, com duração prevista de três anos, estando sob a responsabilidade dos Departamentos de Recursos Minerais – DEREM e de Geologia – DEGEO, sendo executado pela Residência de Teresina (RETE). Quanto aos aspectos metalogenéticos, com base nos dados do projeto, corroborados por dados existentes na literatura, os depósitos primários de opala estão hospedados em sedimentos da Formação Cabeças, notadamente nas zonas de contato entre essas e as rochas básicas da Formação Mosquito, que as intrudem. A opala ocorre preenchendo fraturas e fissuras em arenitos silicificados e/ou no diabásio. A gênese do minério ainda não está definida, havendo autores que a associam às intrusões básicas e/ou ao intemperismo laterítico. A opala ocorre ainda em depósitos aluvionares, fruto do intemperismo, erosão e transporte da mineralização primária. 1.1 – Objetivos e Justificativas Os vários garimpos de opala encontrados, principalmente, no município de Pedro II vêm sendo explorados desde a década de 1940. Esse projeto tem por objetivo fornecer subsídios geológicos à APL da Opala de Pedro II, através de mapeamento em escala regional (1:100.000) duma área aproximada de 3.000 km2 , para identificar
 as principais litologias e estruturas ocorrentes na região, notadamente as portadoras e controladoras da mineralização. Em seguida, com mapeamento em escala de 1:10.000 ou maior na área onde se concentram as mineralizações, procurar detalhar as áreas promissoras e os garimpos já existentes. Ainda, elaborar o cadastramento e a descrição das ocorrências minerais. O projeto partiu de uma visão mais regional, buscando definir os corpos de diabásio cujos contatos com os sedimentos controlam a mineralização. A seguir foi dado um enfoque de maior detalhe, objetivando caracterizar a mineralização e identificar controles na escala de depósito. Os Arranjos Produtivos Locais são instrumentos de desenvolvimento econômico e social, trazendo benefícios para toda a comunidade. Este estudo pretende gerar informações que tornem mais eficientes os trabalhos de exploração e lavra da opala, contribuindo para geração de empregos e aumento da qualidade de vida da população de Pedro II e região. O estudo se faz necessário em função da escassez de informação geológica e da potencialidade da região para que novos depósitos de opala sejam encontrados. A área apresenta intensa atividade garimpeira, baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e através de apoio técnico adequado é possível fomentar e qualificar a atividade mineral local, gerando mais emprego e renda. 1.2 – Localização e Acesso A área do projeto está localizada na região nordeste do Estado do Piauí. (Figura 1.1). Abrange uma área de 3.000 km2 e engloba fração dos municípios de Pedro II, Milton Brandão, Piripiri, Domingos Mourão, Lagoa do São Francisco, Sigefredo Pacheco e Capitão de Campos, sendo que as zonas urbanas dos municípios de Piripiri, Capitão de Campos e Sigefredo Pacheco estão localizadas fora da área desse projeto. O polígono formado pelos vértices de coordenadas geográficas 41o 15’ e 41o 45’ W de Greenwich e 04o 15’ e 04o 45’ de latitude S emoldura os quadrantes sudeste, sudoeste, nordeste e noroeste das folhas 1:100.000 Piripiri, Pedro II, Conceição e Macambira, respectivamente SB.24-V-A-I-4; SB.24-VA-II-3; SB.24-V-A-IV-2; e SB.24-V-A-V-1 (Figura 1.2). O centro administrativo do município de Pedro II localiza-se na latitude 04o 25’29” S e longitude 41o 27’31” W, distando 210 km da capital Teresina. O acesso é realizado por rodovias federais asfaltadas, partindo de Teresina pela BR-343 até o posto rodoviário de Piripiri e aí pela BR-404 até Pedro II. A cidade de Pedro II está a uma altitude de 743 m (FUNDAÇÃO CEPRO, 2005) assentada na Serra dos Matões.

The Project Evaluation of Deposits of Opals of Pedro II

The Project Evaluation of Deposits of Opals of Pedro II, an action from the Geology of Brazil Program (PGB) supported by CPRM/Geological Survey of Brazil, is inserted in the Growth Acceleration Program (PAC) of the Federal Government. Started in 2011, was executed by Residence of Teresina. Aims to provide geological subsidies to Local Productive Arrangement (APL) of Opal of Pedro II, through the geological characterization of deposits, aiming at an orderly and proper exploration, besides elaborating registration and description of mineral occurrences. The work of geological mapping associated with bibliographic information allowed to individualize on project six lithostratigraphic units of Paleozoic and Mesozoic rocks, and Cenozoic sediments. The Paleozoic rocks are represented by formations: Jaicós (Serra Grande Group) - sandstones and occasionally interbedded mudstones, ferruginous sandstones and conglomeratic sandstones beds (Silurian); Pimenteira (Canindé Group) - fine clastic predominantly pelitic facies (siltstones and shales) with layers intercalated of fine sandstones (Devonian); Cabeças (Canindé Group) - quartz sandstone, locally with ferruginous levels, lateritizated, levels of laterite and lateritic conglomerates, and in Pedro II and neighborhoods, overlapping sandstones to diabases, are highly silicified and fractured, and may contain noble opal filling fractures (Devonian). All these formations are part of the Parnaíba Basin. Mesozoic igneous rocks of basic character, constituting large lenticular bodies or thick sills (dykes rarely), intrude the Paleozoic rocks, in particular, the sandstones of Cabeças Formation. Dated held in diabase collected in Roça opal-digging presented age between 194 and 209 Ma (206Pb/238U) and Concordia Age of 203 ± 2 Ma, associated with an MSWD 0.44 and probability of agreement of 0.51 - the result representing the crystallization age of the body (Upper Triassic - Lower Jurassic), thus compounding the Mosquito Formation. Colluvium-eluvial and Alluvial deposits represent the Cenozoic sediments. Treatment of collected data from fractures indicate fractures with average dips greater than 85o and predominance of the directions E-W and NE-SW. In the area, fractures form intersecting families, usually with two directions almost orthogonal to each other. Based on conjugate pairs σ1 inferences were made which resulted in two main directions: SW-NE and SE-NW. In the western portion of the area, prevails σ1 according to SW-NE direction, where there are no records of occurrence of opal. In the region adjacent to Pedro II despite still being observed σ1 according to SW-NE direction, near Boi Morto mine and Mamoeiro opal-digging, main occurrences of opal mines, was observed σ1 with NW-SE direction. This direction is consistent with fotoalignments, suggesting this as the main direction of mineralization in opals. As for metallogenesis, primary opal deposits are hosted in sediments of Cabeças Formation, notably in the areas of contact between them and the basic rocks that intrude them. Opal occurs filling fractures, fissures and veinlets in silicified sandstones, more rarely, in siltstones, and on the capa of diabase sills, where this was altered forming clay level that containing smectite. The genesis of opals of Pedro II is closely related to a hydrothermal environment, arisen with the intrusion of basic rocks in siliciclastic rocks of Cabeças Formation (Gomes e Costa, 1994). Essential data to corroborate this genetic model were presented by Marques et al. (2013), based on analyzes of fluid inclusions, mineralogical and chemical composition of these opals and their solid inclusions, and in large part of the solid inclusions partial dissolution features were observed, also referring to the hydrothermal environment, intense migration of fluids, added to own mineralogy of the same. However, some authors associate the genesis of the ore to lateritic weathering. Thus, we have as main factors associated with generation of primary deposits of opals in the region of Pedro II, the hydrothermal system and the structural pattern of the area. Opal also occurs in secondary deposits derived from the weathering, erosion and transport of primary mineralization, forming alluvial deposits and talus deposits, resulting from the breakdown of Cabeças Formation sedimentary rocks. The productive chain of Opal of Pedro II presents as bottlenecks: lack of daily specialized technical monitoring, what prevents
 a mining streamlined shape, leading to visible environmental liabilities; lack of financial resources to enable equipment to facilitate the mining; lack of continuous improvements in facilities that support the miners in the various opal-digging in the region; manpower drain; evasion of hand labor, because local young people, children and grandchildren of miners, are shunning the opal-digging, and leaving the branch in search of better professional horizons in large urban centers.

Depósitos de Opalas de Pedro II

O Projeto Avaliação dos Depósitos de Opalas de Pedro II, uma ação do Programa Geologia do Brasil (PGB) da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais / Serviço Geológico do Brasil (CPRM/SGB), está inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. Iniciado em 2011, foi executado pela Residência de Teresina. Tem como objetivo fornecer subsídios geológicos ao Arranjo Produtivo Local (APL) da Opala de Pedro II, através da caracterização geológica dos depósitos, visando uma exploração ordenada e correta, além de elaborar cadastramento e descrição das ocorrências minerais. Os trabalhos de cartografia geológica associados às informações bibliográficas permitiram individualizar no projeto seis unidades litoestratigráficas entre rochas paleozoicas, mesozoicas e coberturas cenozoicas. As rochas paleozoicas estão representadas pelas formações: Jaicós (Grupo Serra Grande) - arenitos e, ocasionalmente, intercalações de pelitos, arenitos ferruginosos e leitos de arenitos conglomeráticos (Siluriano); Pimenteira (Grupo Canindé) - clásticos finos predominando fácies pelíticas (siltitos e folhelhos) com camadas intercaladas de arenitos finos (Devoniano); Cabeças (Grupo Canindé) - arenitos quartzosos, localmente, com níveis ferruginosos, lateritizados, níveis de laterita, e de conglomerados lateríticos, sendo que, em Pedro II e vizinhanças, arenitos sobrepostos aos diabásios, estão silicificados e extremamente fraturados, podendo conter opala nobre preenchendo fraturas (Devoniano). Todas essas formações fazem parte da Bacia do Parnaíba. Rochas ígneas mesozoicas de caráter básico, constituindo extensos corpos lenticulares ou soleiras espessas (raramente diques), intrudem as rochas paleozoicas, em especial, os arenitos da Formação Cabeças. Datação realizada em diabásio coletado no garimpo da Roça apresentou idade entre 194 e 209 Ma (206Pb/238U) e Concordia Age de 203±2 Ma, associada a um MSWD de 0.44 e probabilidade de concordância de 0,51 - resultado representando a idade de cristalização do corpo (Triássico Superior – Jurássico Inferior), compondo, assim, a Formação Mosquito. Depósitos Colúvio-Eluviais e Aluvionares representam as coberturas cenozoicas. Tratamento dos dados coletados de fraturas indicam fraturas com mergulhos médios superiores a 85o e predomínio das direções E-W e NE-SW. Na área, as fraturas formam famílias entrecruzadas, normalmente com duas direções quase ortogonais entre si. Com base em pares conjugados foram feitas inferências de σ1 o que resultou em duas direções principais: SW-NE e SE-NW. Na porção oeste da área, prevalece σ1 segundo a direção SW-NE, onde não há registros de ocorrência de opala. Na região adjacente a Pedro II apesar de ainda serem observados σ1 segundo a direção SW-NE, nas proximidades da mina do Boi Morto e do garimpo do Mamoeiro, principais ocorrências de lavras de opala, foi observado σ1 com direção SE-NW. Esta direção é coerente com fotoalinhamentos, sugerindo esta como a direção principal de mineralização em opalas. Quanto aos aspectos metalogenéticos, os depósitos primários de opala estão hospedados em sedimentos da Formação Cabeças, notadamente nas zonas de contato entre estes e as rochas básicas que os intrudem. A opala ocorre preenchendo fraturas, fissuras e vênulas, em arenitos silicificados, mais raramente, em siltitos, e na capa das soleiras de diabásio onde este sofreu alteração formando nível argiloso que contém esmectita. A gênese das opalas de Pedro II está intimamente relacionada a um ambiente hidrotermal, surgido com a intrusão de rochas básicas nas rochas siliciclásticas da Formação Cabeças (Gomes e Costa, 1994). Dados essenciais que corroboram esse modelo genético foram apresentados por Marques et al. (2013), baseados em análises de inclusões fluidas, composição mineralógica e química dessas opalas e suas inclusões sólidas, sendo que em grande parte das inclusões sólidas foram verificadas feições de dissolução parcial, remetendo também ao ambiente hidrotermal, de intensa migração de fluidos, somado ainda à própria mineralogia das mesmas. No entanto, há autores que associam a gênese do minério ao intemperismo laterítico. Assim sendo, temos como principais fatores associados à geração dos depósitos primários de opalas da região de Pedro II, o sistema hidrotermal e o padrão estrutural da área. A opala ocorre ainda em depósitos secundários, oriundos do intemperismo, erosão e transporte da mineralização primária, formando depósitos aluvionares e depósitos de tálus, resultantes da desagregação das rochas sedimentares da Formação Cabeças. A cadeia produtiva da opala de Pedro II apresenta como gargalos: falta de acompanhamento técnico especializado diário, o que impossibilita uma lavra de forma racionalizada, levando a passivos ambientais visíveis; falta de recursos financeiros para viabilizar equipamentos que facilitem a lavra; falta de melhorias contínuas nas instalações que dão apoio aos garimpeiros nos diversos garimpos da região; evasão de mão-de-obra, pois os jovens da região, filhos e netos dos garimpeiros, estão se distanciando dos garimpos e abandonando o ramo em busca de melhores horizontes profissionais em grandes centros urbanos.