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sábado, 12 de março de 2016
Depósitos de Opalas de Pedro II
O Projeto Avaliação dos Depósitos de Opalas de Pedro II, uma ação do Programa Geologia do
Brasil (PGB) da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais / Serviço Geológico do Brasil
(CPRM/SGB), está inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo
Federal. Iniciado em 2011, foi executado pela Residência de Teresina. Tem como objetivo
fornecer subsídios geológicos ao Arranjo Produtivo Local (APL) da Opala de Pedro II, através
da caracterização geológica dos depósitos, visando uma exploração ordenada e correta, além
de elaborar cadastramento e descrição das ocorrências minerais. Os trabalhos de cartografia
geológica associados às informações bibliográficas permitiram individualizar no projeto seis
unidades litoestratigráficas entre rochas paleozoicas, mesozoicas e coberturas cenozoicas.
As rochas paleozoicas estão representadas pelas formações: Jaicós (Grupo Serra Grande) -
arenitos e, ocasionalmente, intercalações de pelitos, arenitos ferruginosos e leitos de arenitos
conglomeráticos (Siluriano); Pimenteira (Grupo Canindé) - clásticos finos predominando fácies
pelíticas (siltitos e folhelhos) com camadas intercaladas de arenitos finos (Devoniano); Cabeças
(Grupo Canindé) - arenitos quartzosos, localmente, com níveis ferruginosos, lateritizados,
níveis de laterita, e de conglomerados lateríticos, sendo que, em Pedro II e vizinhanças,
arenitos sobrepostos aos diabásios, estão silicificados e extremamente fraturados, podendo
conter opala nobre preenchendo fraturas (Devoniano). Todas essas formações fazem parte
da Bacia do Parnaíba. Rochas ígneas mesozoicas de caráter básico, constituindo extensos
corpos lenticulares ou soleiras espessas (raramente diques), intrudem as rochas paleozoicas,
em especial, os arenitos da Formação Cabeças. Datação realizada em diabásio coletado no
garimpo da Roça apresentou idade entre 194 e 209 Ma (206Pb/238U) e Concordia Age de 203±2
Ma, associada a um MSWD de 0.44 e probabilidade de concordância de 0,51 - resultado
representando a idade de cristalização do corpo (Triássico Superior – Jurássico Inferior),
compondo, assim, a Formação Mosquito. Depósitos Colúvio-Eluviais e Aluvionares representam
as coberturas cenozoicas. Tratamento dos dados coletados de fraturas indicam fraturas com
mergulhos médios superiores a 85o
e predomínio das direções E-W e NE-SW. Na área, as
fraturas formam famílias entrecruzadas, normalmente com duas direções quase ortogonais
entre si. Com base em pares conjugados foram feitas inferências de σ1
o que resultou em duas
direções principais: SW-NE e SE-NW. Na porção oeste da área, prevalece σ1
segundo a direção
SW-NE, onde não há registros de ocorrência de opala. Na região adjacente a Pedro II apesar
de ainda serem observados σ1
segundo a direção SW-NE, nas proximidades da mina do Boi
Morto e do garimpo do Mamoeiro, principais ocorrências de lavras de opala, foi observado
σ1
com direção SE-NW. Esta direção é coerente com fotoalinhamentos, sugerindo esta como
a direção principal de mineralização em opalas. Quanto aos aspectos metalogenéticos, os
depósitos primários de opala estão hospedados em sedimentos da Formação Cabeças,
notadamente nas zonas de contato entre estes e as rochas básicas que os intrudem. A opala
ocorre preenchendo fraturas, fissuras e vênulas, em arenitos silicificados, mais raramente, em
siltitos, e na capa das soleiras de diabásio onde este sofreu alteração formando nível argiloso
que contém esmectita. A gênese das opalas de Pedro II está intimamente relacionada a um
ambiente hidrotermal, surgido com a intrusão de rochas básicas nas rochas siliciclásticas da
Formação Cabeças (Gomes e Costa, 1994). Dados essenciais que corroboram esse modelo
genético foram apresentados por Marques et al. (2013), baseados em análises de inclusões
fluidas, composição mineralógica e química dessas opalas e suas inclusões sólidas, sendo
que em grande parte das inclusões sólidas foram verificadas feições de dissolução parcial,
remetendo também ao ambiente hidrotermal, de intensa migração de fluidos, somado ainda
à própria mineralogia das mesmas. No entanto, há autores que associam a gênese do minério
ao intemperismo laterítico. Assim sendo, temos como principais fatores associados à geração
dos depósitos primários de opalas da região de Pedro II, o sistema hidrotermal e o padrão estrutural da área. A opala ocorre ainda em depósitos secundários, oriundos do intemperismo,
erosão e transporte da mineralização primária, formando depósitos aluvionares e depósitos
de tálus, resultantes da desagregação das rochas sedimentares da Formação Cabeças. A
cadeia produtiva da opala de Pedro II apresenta como gargalos: falta de acompanhamento
técnico especializado diário, o que impossibilita uma lavra de forma racionalizada, levando a
passivos ambientais visíveis; falta de recursos financeiros para viabilizar equipamentos que
facilitem a lavra; falta de melhorias contínuas nas instalações que dão apoio aos garimpeiros
nos diversos garimpos da região; evasão de mão-de-obra, pois os jovens da região, filhos e
netos dos garimpeiros, estão se distanciando dos garimpos e abandonando o ramo em busca
de melhores horizontes profissionais em grandes centros urbanos.
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