domingo, 3 de abril de 2016

Safira

Safira                                  A pureza da natureza e     símbolo da honestidade
A safira era conhecida na antiguidade, pelos egípcios, como “a pedra das estrelas”. Eles acreditavam que a safira estimulava a honestidade, a verdade e a justiça. Independente das suas propriedades e “poderes”, a cor e a pureza dessa pedra, tão cobiçada e apreciada quanto o diamante, despertam o desejo e o interesse dos amantes das joias.
O nome safira é derivado do termo grego sappheiros que significa “a coisa mais bela” e do latim saphirus que significa “azul”.
Era muito utilizada por reis, rainhas e grandes homens da Igreja. Cravadas em anéis, tiaras e coroas, representavam o alto grau social das pessoas que as possuíam. Ainda hoje, a Corte Inglesa exibe suas peças excepcionais cravadas com essa pedra preciosa.
A safira pertence ao grupo mineral coríndon com qualidades gemológicas. É composto, basicamente, de óxido de alumínio, com a fórmula química Al2O3. No estado natural, esse composto químico é incolor. No caso da safira, a cor azul característica se deve à presença de titânio e ferro em sua composição. Apesar do nome safira estar relacionado à essa cor, a pedra preciosa que conhecemos tem uma grande variedade de cores, devido à presença de “impurezas metálicas” em sua composição.
A safira pode ser confundida com outras pedras. Em algumas das peças utilizadas na antiguidade foram cravadas gemas como lápis-lazuli ou topázio, achando que era safira. Só por volta de 1800 que descobriu-se que a safira pertencia ao grupo dos coríndons.

De acordo com a presença de alguns elementos, as safiras podem se apresentar em diversas cores como: amarela (com baixo teor de ferro), verde (pela presença de titânio), rosa, roxa, marrom, laranja (com a presença de ferro e cromo) e a safira Padparadscha, alaranjada tendendo para o rosa salmão (com a presença
de ferro e cromo).
Quando denominada safira (sem adjetivo) se refere sempre à azul. No caso das outras cores seu nome leva sempre a cor como complemento, também são conhecidas como fancy. O coríndon vermelho se refere ao rubi, sempre.
A safira (azul) é muito utilizada, na joalheria, em anéis de noivado e em peças com designer diferenciado, principalmente por sua cor intensa e luminosa. Entretanto, nos últimos anos, a popularidade das safiras coloridas, principalmente a amarela, vem crescendo. A possibilidade de substituir o diamante, raro e caro, foi “abraçada” por inúmeras celebridades. E, como não podia deixar de ser, caiu no gosto do povo.
Nós, da Revista Joias & Design temos que concordar, são lindas! E ainda com grande potencial de vendas!
Características gemológicas
As safiras tem um elevado grau de dureza o que, consequentemente, aumenta o seu valor e a dificuldade da lapidação. Dureza - 9 Mohs. Densidade relativa - 4,0. Fratura - concoide. Transparência - pode variar de transparente a opaco e apresenta brilho (lustre) vítreo a sub-adamantino translúcido. A safira apresenta um hábito piramidal cristalizando em bipirâmides hexagonais com estriações transversais nas suas faces.
Sua composição principal é de óxido de alumínio e traços de outros elementos como cobalto, ferro, titânio e cromo, que dão as cores à gema. Além das cores já citadas ainda podem ser encontradas em cinza e preta.
As melhores safiras são da Caxemira, na Índia, mas essas minas estão esgotadas. De lá, vinham as azuis, tão procuradas. Na Tailândia, em Chanthaburi, as safiras vão do azul escuro até o verde água. Safiras australianas não são de alta qualidade, apresentam uma cor azul-água, e às vezes negra. No Sri Lanka (região de Ratnapura), há uma pedra azul clara com uma pitada de roxo. São encontradas, também, safiras coloridas e a safira Padparadscha, alaranjada tendendo para o rosa salmão.
As mais belas pedras têm preços elevados, encontradas no Sri Lanka, Vietnã e Tanzânia. Os principais países produtores são a Birmânia, Tailândia, Sri Lanka, Austrália e Madagascar. É rara no Brasil, existindo no Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Minas Gerais. O maior centro de lapidação é a Índia.
Safira branca ou leucossafira
As safiras brancas são, na verdade, incolores. Não tem a presença de elementos que podem alterar a cor. Atualmente, são muito utilizadas na joalheria, por serem uma ótima opção de substituição do diamante em anéis de noivado. Só perdem no brilho. São mais baratas que as amarelas, rosas e azuis e com ótima durabilidade. Apesar de serem raras, a demanda não é tão alta, o que dá maior acessibilidade no preço.
Safira amarela
As safiras amarelas estão em crescente popularidade e demanda. São ótimas na substituição de diamantes, como as brancas. Entretanto, sua cor especial dá um toque alegre e jovial. A cor se dá devido à presença de um baixo teor de ferro no coríndon.
Há quem diga que esta gema estimula a energia criativa e traz prosperidade. Ativa o intelecto e a ação.
Safira rosa
A cor dessa safira é devido à baixa quantidade de cromo. Se a quantidade for grande a cor seria vermelho e, então, um rubi. 
Essa linha que divide a safira rosa do rubi é sempre atestada por testes gemológicos e análise da quantidade da presença de cromo.A cor rosa também está com alta demanda no mercado. Elas foram encontradas recentemente, mais ou menos 15 anos, na ilha de Madagascar, tornando-se mais abundante. Antes disso, só eram encontradas na Birmânia e Sri Lanka.
Se apresentam desde o rosa claro, intenso, até o rosa chiclete. Este último muito procurado na joalheria.
Safira violeta ou roxa
As cores violeta e roxo geralmente são confundidas mas, na verdade, são tonalidades diferentes de uma mesma cor. O roxo é uma mistura de vermelho com azul e o violeta é do roxo com branco. Essas cores são raras. Não raramente são confundidas com a ametista. As safiras violetas tem uma característica singular, pois podem mostrar mudanças na cor sob diferentes tipos de iluminação.
Safira cinza e preta
A safira preta é extraída em grande quantidade, a pedra é quase opaca. São baratas e consideradas de baixa qualidade. Pode, perfeitamente, substituir o ônix. Ás vezes podem ser de tom cinza bem escuro.
Safira laranja
Safiras laranjas também são raras, porém como sua cor não é das mais populares, seu preço também não acompanhou. Ainda no caso delas, o laranja que se compõe da mistura de cromo e ferro não é dos mais bonitos e agradáveis de se ver.
Safira verde
A cor verde das safiras é rara. É possível de encontrá-las quando as azuis e amarelas se encontram na mesma mina. A demanda dessa cor é pequena, portanto, os preços não são altos, até porque esmeraldas e turmalinas são mais fáceis de encontrar. As safiras verdes tem um tom mais escuro ou bem claros, porém com brilho intenso. Não raro, podem ser vistos traços de amarelo e azul, sob ampliação e, algumas vezes, até a olho nu.
Safira Padparadscha
Padparadscha são safiras pouco conhecidas do grande público, mas muito apreciadas por gemologistas, colecionadores e conhecedores do ramo. Esse nome veio do termo Sangalês que significa “flor de lótus”. A sua característica de cor é definida como um rosa alaranjado que pende para o salmão. Apesar de laboratórios renomados como AGTA e GIA divergirem sobre a certificação destas safiras, a maior parte delas tem esse tom e advém do Sri Lanka e, sob controvérsias, de Madagascar. São muito raras e caras, a “queridinha” das safiras.
Safira
A safira é a pedra azul mais preciosa e valiosa. 
Ela se destaca dentre as outras por sua cor e brilho inigualáveis.Quando denominamos somente “safira” estamos nos referindo sempre à de cor azul. Uma das mais famosas é a “Logan Sapphire”, com uma cor azul profunda e clareza excepcional, especialmente para uma pedra de seu tamanho. Ela foi examinada pelo Instituto Gemológico da América, em 1997, que a considerou uma safira natural de cor natural, sem evidência de tratamento térmico. Recentemente foi encontrada no Sri Lanka a maior safira do mundo com 42Kg. A empresa, Guruge Gems, proprietária da pedra dividiu-a em vários pedaços e lapidou a gema de que você vê na figura, ela vale incríveis 800 milhões de dólares. Essa cor sempre foi a preferida de homens da Igreja, reis e rainhas, pois é carregada de significados espirituais e de prosperidade. 
O que é asterismo
Na gemologia, asterismo é a propriedade de alguns minerais (p.ex., a safira, a esmeralda, a granada) de apresentarem, por efeito da reflexão ou da refração da luz, a imagem de uma estrela, na safira causado por inclusões de agulha do mineral rutilo. Quando a presença desse mineral é pequena se dá um aspecto sedoso, quando é maior provoca o asterismo. Há alguns estudiosos que defendem que o rutilo não provoca o asterismo e, sim, a presença de canais ocos cruzados seguindo três direções.
As safiras que apresentam esse efeito são chamadas de safira estrela ou astéricas e seu valor depende não só do quilate da pedra, mas também de sua cor e da visibilidade e intensidade do asterismo. Recentemente, esse fenômeno está sendo provocado em safiras sintéticas o que diminuiu consideravelmente o valor das pedras naturais que o apresentam.
Para que o efeito de estrela seja perfeito, a gema deve ser lapidada em forma de cabochão ou esfera. Em alguns casos a estrela parece se mover ao girar-mos a gema. As estrelas podem ser de 4, 6 ou 12 pontas. 
Safira sintética
As safiras sintéticas, como outras gemas, não são artificiais. Essa confusão pode ser provocada por inexperiência ou traduções errôneas. As gemas artificiais não tem nenhum tipo de traço ou origem da gema natural, ou seja, ela não existe na natureza.
As gemas sintéticas, produzidas em laboratório, tem como matéria prima as gemas naturais pulverizadas, que passam por um processo de fundição e recristalização, de forma que suas propriedades são muito semelhantes às naturais e, em alguns casos, idênticas. Essa síntese só pode ser identificada por microscópios gemológicos.
Por passar por processos rigorosos e caros, as gemas sintéticas também tem valor alto, porém mais acessíveis comparadas às naturais.
Os métodos mais utilizados na síntese de safiras sintéticas são: o primeiro que é o de fusão à chama o processo de Verneuil, criado em 1902 pelo francês Auguste Verneuil, até hoje continua sendo o mais utilizado e um dos mais baratos. Neste processo utiliza-se o pó de óxido de alumínio, que é colocado em um aparelho, após a colocação, é injetado oxigênio empurrando a mistura para baixo para que encontre com o hidrogênio injetado na parte inferior do aparelho. Isso provoca uma combustão com uma chama que atinge 2000°C. O pó de óxido de alumínio sofre fusão forma gotas, que vão caindo num suporte, se resfriam e cristalizam em coríndon. Ao incluir neste processo sais de crômio, titânio, ferro, etc. obtém-se safiras, safiras coloridas e rubis.
Já o processo de fluxo baseia-se em dissolver a alumina (no caso das safiras e rubis) em um composto fundido que atua como solvente. Essa mistura é colocada em um cadinho de platina e, após, é colocado em um forno com temperatura próxima a 1.300 oC.
Já o processo hidrotermal, envolve várias técnicas de cristalização de substâncias em soluções aquosas submetidas à altas temperaturas e pressões de vapor.
Outros processos como o Czochralski e Float-zone também são utilizados. Muitas safiras sintéticas são produzidas para aplicações industriais, comerciais e tecnológicas.
Para identificar a origem natural ou sintética da gema, é imprescindível o exame das inclusões à lupa e ao microscópio. Algumas outras características como natureza e conteúdo de seus elementos-traços podem fornecer indícios dessa origem, entretanto, não são diagnósticas.
As safiras naturais costumam apresentar inclusões minerais e líquidas, bem como zoneamento retilíneo de cor. 
Tratamentos
Tratamento térmico - é utilizado para intensificar a cor natural da gema ou até modificá-la, a safira pode ficar tanto mais clara quanto mais escura. Também é usado para melhorar a clareza da pedra. São utilizadas altas temperaturas que vão de 1.500 a 1.800oC, em fornos elétricos com aplicação de oxigênio ou não. A cor final é permanente e muito estável, desde que a pedra não seja exposta novamente à altas temperaturas. 
Esse tratamento é considerado o mais natural e aceitável pela GIA e outros laboratórios de certificação, pois não há adição de nenhum componente. Esse processo “termina” a reação química das impurezas minerais que ocorrem naturalmente dentro da pedra. 
Difusão - esse processo consiste em introduzir impurezas na gema por difusão de óxidos a altas temperaturas (em torno de 1.900 oC).
Agemaéco
locada em um cadinho, misturada à óxido de titânio ou outro agente colorante em pó e aquecida à alta temperatura. A atmosfera e o tempo são variáveis. O resultado é uma fina camada muito colorida de cor estável.
Clareamento - é o uso de produtos químicos para clarear a gema ou para remover cores indesejáveis. 
Outros tratamentos como: preenchimento das cavidades, aquecimento seguido de resfriamento e tingidura, também são utilizados, porém muitos são temporários e inaceitáveis. 
Avaliação
Como nas outras gemas coradas, a avaliação das safiras é baseada na saturação e intensidade da cor, transparência, lapidação e o tamanho. Os mesmos 4C ́s do diamante que já falamos na edição no 4 da revista.
COR/COLOR - As safiras pos- suem uma ampla gama de cores e cada cor tem suas próprias variações de qualidade. Em geral, quanto mais intensa a cor e menor a quantidade zonas de distração (inclusões), mais valiosa é a gema. Para as safiras azuis a avaliação da cor é mais importante para determinar seu valor. As mais valorizadas são azuis aveludadas para azul violeta (chamado de violetish blue), em meio a tons escuros médios. A saturação deve ser tão forte quanto possível, sem escurecer a cor e comprometer o brilho.
A graduação da cor das safiras é dividida em três categorias quantificáveis: intensidade (saturação), matiz (cor) e tom (claro/escuro) especificadas pela GIA. Termos como “azul”, “azul ligeiramente esverdeado”, “azul muito ligeiramente esverdeado” são usados para descrever as tendências de cores. A nomenclatura de gradação de cor também especifica seis níveis de saturação que variam de “acinzentado” para “moderadamente forte” para “cores vivas” e, nove níveis de tom, variando de “muito muito leve” para “muito muito escuro”.
TRANSPARÊNCIA/CLARITY - O grau de visibilidade através de uma safira é conhecido como transparência, que varia de transparente a opaca, sendo a transparente a ideal, conforme classificadas abaixo:
Transparente - visualização clara e distinta de objetos através da pedra. Estes safiras geralmente tem excelente brilho apesar de eventuais inclusões.
Semitransparentes - visualização ligeiramente turva ou borrada através da pedra.
Translúcido - visualização difícil através da safira. A luz é um pouco difusa.
Semi-translúcida ou semi-opaca - uma pequena fração da luz passa através da pedra.
Opaca - quase nenhuma luz passa através da pedra.
As safiras azuis tendem a ter mais inclusões que a maioria das safiras coloridas. O termo “inclusão” é utilizado para definir características encontradas dentro de uma gema e são, frequentemente, usados para indicar que a pedra é de origem natural. As inclusões, geralmente, diminuem o valor da gema, principalmente se elas ameaçarem a durabilidade. Elas podem se apresentar de diversas formas como cristais (inclusões sólidas como pequenos grãos), seda (fibras finas de rutilo) esta, apesar de ser uma imperfeição é a preferida pois, algumas vezes proporciona um aspecto aveludado à gema, aumentando seu valor, rachaduras, impressões digitais (inclusões que tem o aspecto
CARAT/PESO - o efeito do quilate sobre o valor de uma safira varia pela cor. As safiras amarelas são relativamente abundantes em tamanhos acima de cinco quilates, porém cinco quilates de safiras Padparadscha são extremamente difíceis de encontrar. Safiras azuis, rosa, laranja ou Padparadscha que excedam quinze quilates são especialmente valiosas. Como as safiras tem uma alta densidade, uma safira de um quilate parece menor que um diamante do mesmo peso.
A safira azul do centro do anel abaixo tem 18.79 carats.
CORTE/CUT - Comparável aos diamantes, os melhores cortes ou lapidações de safiras oferecem uma relação maior de profundidade/largura.
As pedras mais profundas parecem menores,mas mostram mais cor do que se fossem cortadas em proporções normais. Elas também preservam o peso e, consequentemente, o valor da gema. Quando o corte é raso parecem de cor mais clara do que os profundos. Safiras de qualidade têm boa simetria quando vistas de perfil - refletindo a luz de forma uniforme. Como a forma ori- ginal do cristal é em forma de pirâmide hexagonal, o corte profundo proporciona melhor obtenção da cor e proporções. Os cortes são orientados de acordo com o zoneamento de cores (cores diferentes em determinadas áreas), com o pleocroísmo (diferentes cores em diferentes direções) e a claridade da gema.
A safira estrela é sempre cortada em cabochão, para exibir o asterismo. A maioria das safiras são lapidadas em formato oval, esmeralda, corte redondo e cortes de almofada. Nas lapidações mistas, o pavilhão é lapidado em degraus paralelos e a parte superior é do tipo brilhante, como no corte esmeralda, que permitem um melhor aproveitamento da gema. Atu
almente, na Tailândia, Índia ou Sri Lanka a grande maioria das safiras apresentam lapidações mistas.
Na figura abaixo você pode ver os tipos mais comuns de cortes de safiras.
Cuidados 
Devido à sua dureza, a safira não requer muitos cuidados e pode ser limpa com apenas água morna e sabão, também pode ser utilizada uma porção de amônia para seis partes de água. Use uma escova de dente para esfregar atrás da pedra, onde pode juntar poeira. Como a maioria das pedras preciosas, evite realizar trabalho pesado ou entrar em contato com produtos químicos, pois isto pode danificá-la.

Gema - olho de tigre

Gema - olho de tigre

Olho de tigre
místico e versátil
Os árabes e gregos antigos acreditavam que o olho de tigre dava
clareza de pensamento, ativava o poder pessoal e integrava o espírito com a
energia da terra. Essa gema de beleza única, ainda hoje, é muito utilizada com intuito de promover benefícios espirituais e místicos. Na joalheria,
além da beleza e mistério que a envolve, ela se destaca por sua
versatilidade de aplicação e custo acessível.
O olho do tigre é uma gema amplamente utilizada na joalheria, por sua beleza, misticismo e versatilidade. Além disso, o preço é muito acessível. Tradicionalmente, costuma ser usado em joias para comemorar o aniversário de nono ano de casamento como brincos, colares, anéis, etc. O olho de tigre associado à outras pedras em uma joia, promove rara beleza e originalidade. Pode ser usado em diferentes estilo de design, desde bijuterias, design inovadores até em joias clássicas.
 Isso mostra a versatilidade de uma gema com coloração e efeitos únicos.
O olho de tigre é da família do quartzo, formado a partir do olho de falcão, um exemplo clássico de pseudomorfismo (que é a alteração interna do mineral, porém a aparência externa se mantém como a de outro mineral).
A crocidolita, que é muito densa e com estrutura fibrosa em forma de faixas paralelas onduladas, passa por um processo de substituição por quartzo. Durante esse processo o ferro, presente na crocidolita, dissolve e mancha o quartzo, proporcionando à gema as cores que vão do amarelo ao marrom avermelhado em faixas, com brilho e aspecto sedoso. Quando o nível de ferro na crocidolita é bastante alto, a cor amarela torna-se visível ao corpo do olho de tigre, onde minúsculas partículas de limonita se espalham entre as fibras do quartzo.

Recebeu esse nome devido ao efeito Chatoyanty ou chatoiance (em português). Esse efeito óptico é causado pelas inclusões fibrosas no corpo do mineral que, quando são estruturadas em uma única direção produzem uma faixa luminosa sobre a gema, dando o aspecto do brilho de um olho de gato. Em francês chat é gato.
O olho de tigre é composto por silicato, dióxido de ferro, enxofre, manganês e traços de cromo. Suas fontes de origem são: América do Sul, Austrália, EUA, Canadá, Namíbia, Índia e Mianmar. Os tons mais quentes são mais comuns, algumas pedras raras podem se apresentar azuis (chamadas de olho de falcão), isso acontece quando o pseudomorfismo não é completo. As vermelhas são obtidas através de tratamento térmico. Algumas pedras em tons verdes são encontradas raramente. Os tratamentos não são muito utilizados. A lapidação é feita, principalmente, em cabochões, que permitem a melhor visualização do efeito chatoiance. Apresentam um brilho de seda e a superfície é suave ao toque. Este corte dá à pedra o visual do olho de um grande animal.
O olho do tigre é muito usado com ouro porque o metal destaca as belas cores da pedra.
Marra mamba
O olho de tigre marra mamba é mais um dos maiores tesouros em pedras preciosas da Austrália. É encontrado em um pequeno depósito em Ranges Hamersley, localizada no noroeste da Austrália. O depósito é a única fonte no mundo, até agora conhecida, para esta pedra ricamente colorida. O olho de tigre marra mamba ocorre em bolsões isolados em costuras de crocidolita azul, eles normalmente apresentam lindos padrões intrínsecos de hematita metálica brilhante.
Marra Mamba está relacionado ao ferro de tigre, uma rocha alterada composta de olho-de-tigre, jaspe vermelho e hematita negra.
O marra mamba tende a ter mais de uma coloração acobreada do que a maioria dos olhos de tigre, tem mais hematita. As melhores peças têm uma cor avermelhada geral.
O marra mamba é único, difícil de encontrar e muito caro quando encontrado.
Ele recebe o nome da área onde se formou, há milhões de anos, na grande formação geológica rica em ferro, da região de Pilbara. O olho de tigre marra mamba não é vendido no atacado. O proprietário da mina na Austrália vende apenas pequenas quantidades de cada vez, por um preço elevado.
Tipos de lapidação
Como já dissemos, a lapidação mais usada para o olho de tigre é o cabochão, em diversas formas como 
quadrada, redonda, oval, etc., conforme você vê na figura abaixo. As formas facetadas são mais raras e utilizadas para dar um toque especial ao design das peças. As formas redondas (esferas) e os cascalhos de olho de tigre são muito utilizados em colares e brincos.
Tratamentos e imitações
As pedras olho de tigre normalmente não são tratadas ou reforçadas. Em situações específicas, o tingimento e o aquecimento podem ser usados para obter pedras mais avermelhadas ou de vários tons de marrom. Em alguns casos raros, o ácido nítrico pode ser utilizado para clarear cores muito escuras.
Quando olho de tigre é cortado e aparece um pouco de sua rocha hospedeira intacta é comercializado como “ matriz de olho de tigre”.
As imitações de olho de tigre também pode ser encontradas e, em geral, são compostas de resina, vidro ou cerâmica plástica.
Propriedades terapêuticas
Os místicos acreditam que essa gema é doadora de coragem, autoconfiança e determinação. Dizem que a pedra possui em si uma força espiritual muito grande. Auxilia quem a usa a entrar numa faixa vibracional, onde a força pessoal se alia à força divina e, com isso, a pessoa realiza e cumpre todos seus propósitos. Fortalece o aspecto mental positivamente, fazendo com que a pessoa acredite em sua força e em seu poder realizador. Acreditam que o poder da pedra está no mental e não no físico. O terço masculino, conhecido no Tibet como Japa Mala, no Oriente como Masbaha e na Grécia como Comboloi, é usado por todas as religiões para meditação, orações e pedidos de auxílio.

sábado, 2 de abril de 2016

O Mercado contra Dilma

O Mercado contra Dilma



02/04/2016


Não dúvida nenhuma de que lado os investidores estão nesta queda de braço que pode acabar com o Governo Dilma.

Os sinais são inequívocos.

A cada notícia ruim para o atual governo o mercado reage com uma forte alta e o dólar despenca um pouco mais. Bastou a PF levar o Lula, a força para depor, que o dólar despencou e as ações da Petrobras explodissem em uma valorização rara de 12%.

O fenômeno fez o Ibovespa, em 2016, andar na contramão das bolsas internacionais e criou um cenário altamente positivo para mercado brasileiro. No gráfico percebe-se que a Lava Jato literalmente está turbinando o Índice Bovespa, que só neste ano já subiu 15% a mais do que o Índice Dow Jones. O mesmo ocorre com o dólar que já despencou mais de 15% no ano.

Mesmo em um momento péssimo para o país, com forte recessão, desemprego em alta onde todos os indicadores da economia são os piores em décadas a bolsa brasileira festeja a possível queda de Dilma como se isso fosse um divisor de águas que pode mudar o Brasil para melhor.

Será possível que um governo comandado pelo PMDB, partido que abriga um sem número de investigados da Lava Jato, até então um dos pilares do atual governo petista e corresponsável por todas as mazelas e problemas que hoje colhemos, poderá mesmo mudar o panorama econômico?

Tudo leva a crer que só a queda de Dilma não será o suficiente para que voltemos ao crescimento e a bonança.

Vamos precisar de um Governo competente, que tenha o apoio da sociedade sem o qual nada será legítimo.