sexta-feira, 13 de maio de 2016

Há pelo menos 6 milênios o ouro vem fascinando a todos

Do latim, aurum.
Símbolo químico: Au.

Há pelo menos 6 milênios o ouro vem fascinando a todos não apenas pela sua cor e brilho inigualáveis, mas também pela nobreza de suas propriedades.
 Grupo Fitta
Grupo Fitta
IBGM; foto Roberto Lima
 
Dúctil, maleável e flexível...
Um grama de ouro pode ser esticado em um fio finíssimo de quase dois quilômetros, sem se romper.

Imutável...
Pode ser fundido a outros metais e depois purificado inúmeras vezes, sem perder suas propriedades.
Inalterado pela passagem do tempo...
A emoção de saber que aquele metal pode ter sido extraído das profundezas da terra há milhares de anos.
Brilhante, parece irradiar luz própria...
Como o Sol, ao qual era comparado pelos gregos.
 
Cacharel
Cartier
 
Quimicamente inativo...
É misticamente associado à imortalidade.

Para os alquimistas - que acreditavam que as substâncias morrem e ressuscitam, finalmente transmutadas em ouro – este nobre metal é, nada mais nada menos, do que a perfeição.

Destaques - Ouro

With this ethical ring, I thee wed

Diante de Relatório da Agência de Proteção do Meio Ambiente nos Estados Unidos - que alerta para o fato da mineração de ouro gerar mais lixo tóxico do que qualquer outra indústria nos Estados Unidos - empresas aderem ao chamado "ecostyle" e alardeiam só trabalhar com ouro reciclado ou "vintage". Diamantários também apostam no marketing do "no blood diamonds".
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Gemas Coradas | Turmalina

Gemas Coradas | Turmalina

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Siegfried Becker
Termo empregado para designar um grupo de minerais que, quimicamente, trata-se de silicatos de boro e alumínio, de composição complexa.
Sua fórmula geral pode ser definida por XR3Y6B3O27(O,OH,F)4 , onde:
X = Na, Ca, K e, menos freqüentemente, Mn2+, Mg, H3O+
R = Fe2+, Mg, Fe3+ e, menos freqüentemente, (Al + Li), Mn2+, Ca, Cr3+, Ti4+
Y = Al3+, Fe3+, Cr3+ e, menos freqüentemente, Mg, Va3+, Fe2+, Mn3+,Ti3+, Ti4+

Cristalografia


A turmalina apresenta hábito prismático, com estrias paralelas ao eixo vertical.
Sua seção transversal apresenta quase invariavelmente uma forma triangular caracteristicamente arredondada.
Siegfried Becker
 

Propriedades Físicas e Ópticas


Dureza: 7 a 7,5.
Densidade relativa: 3,01 a 3,21; usualmente 3,06 (o aumento ocorre em função do teor de ferro).
Índices de refração: 1,624 (-0,010 +0,015) - 1,644 (-0,010 +0,022).
Birrefringência: 0,014 a 0,032; usualmente 0,020.
Pleocroísmo: forte (dois tons do matiz fundamental).

Cores

Como era de se esperar, da complexidade da composição química da turmalina resulta uma enorme gama de cores, como nenhuma outra gema apresenta.
Existem nomenclaturas de turmalinas que utilizam critérios mineralógicos e de cor, porém ambas têm inconvenientes. Como não é possível distinguir as espécies segundo o critério mineralógico por meio dos ensaios gemológicos standard e o critério de cor é meramente comercial, a tendência atual é designá-las por turmalina com a descrição adicional da cor.
Os principais termos comerciais, segundo as cores, são os seguintes: rubelita (rosa intensa a vermelha), indigolita ou indicolita (azul), verdelita (verde), schorlita (preta), dravita (marrom) e acroíta (incolor).
As principais espécies (ou subespécies) mineralógicas no grupo das turmalinas são as seguintes: elbaíta (a mais importante sob o ponto de vista gemológico), liddicoatita, dravita, uvita e schorlita.
As causas de cor em turmalinas são igualmente complexas, pois nem todos os exemplares de uma determinada cor têm necessariamente a mesma causa de cor, assim como um dado elemento cromógeno não é necessariamente responsável por apenas uma coloração.
Resumidamente, pode-se afirmar com relação às cores mais usuais que: o ferro é responsável pelas verdes, azuis (às vezes envolvendo também o processo de transferência de cargas), pela seqüência amarelo a marrom e parte das rosas e vermelhas; o cobre e/ou o manganês provocam o aparecimento dos azuis, verdes e púrpuras de tons pouco usuais das turmalinas da Paraíba.
 
Turmalinas rosa, diamantes, peridotos, safiras amarelas e pérolas cultivadas; Porchet
É freqüente nas turmalinas o zoneamento de cor em torno do eixo principal, usualmente com o rosa ou vermelho no núcleo e o verde na periferia (popularmente conhecida como melancia); ou bem o zoneamento longitudinal, com diferentes cores nas extremidades.
Estes materiais são designados por bicolores ou policrômicos e o efeito se deve às pequenas alterações na composição durante o processo de formação do mineral.

Modos de Ocorrência e Principais Regiões Produtoras

O modo de ocorrência característico da turmalina é em pegmatitos graníticos e nas rochas que circundam esses depósitos.
Os principais continentes e países produtores desta gema são:

América do Sul

Brasil
MG: Província Pegmatítica Oriental, sobretudo as regiões de Araçuaí-Jequitinhonha-Salinas-Virgem da Lapa;
Malacacheta-Rio Urupuca-São José da Safira e Conselheiro Pena-Divino das Laranjeiras-Galiléia.
PB: São José da Batalha.
RN: Parelhas.
 
Turmalinas rosa no corpo da borboleta, sob exemplar de ametista; Forum Romano

África:

Nigéria, Moçambique, Zâmbia, Madagascar, Namíbia, Tanzânia e Quênia.

Ásia:

Afeganistão e Sri Lanka.

América do Norte:

EUA (Pala e Mesa Grande, ambas na California).

Tratamentos

A complexidade da composição das turmalinas influi também na resposta variável dessas gemas aos tratamentos, embora estes costumem ser consistentes para uma dada procedência.
Os tratamentos empregados com mais freqüência em turmalinas são os seguintes:
Turmalina Paraiba Azul; IBGM
 
• Exemplares de cor verde ou azul escuros muito saturados adquirem coloração menos intensa mediante tratamento térmico a temperaturas entre 500oC e 725oC (usualmente 650oC);
• Espécimes incolores ou rosa claro adquirem tons mais escuros e saturados por irradiação;
• Turmalinas da Paraíba, de qualquer cor, adquirem coloração azul “neón” ou verde de vários tons mediante tratamento térmico, a aproximadamente 550oC. Algumas das cores obtidas por tratamento em material da Paraíba e do Rio Grande do Norte ocorrem também naturalmente.
Todos os tratamentos mencionados são estáveis e não detectáveis por ensaios gemológicos standard.
A turmalina foi obtida por síntese apenas para fins experimentais; em vista de sua diversidade de cores, ela pode ser imitada por uma série inumerável de materiais gemológicos.

A sustentabilidade existe nos garimpos?

A sustentabilidade existe nos garimpos?


O principio amplamente divulgado de tirar o ouro uma única vez e deixar os buracos, ou seja, a prova incontestável da insustentabilidade é muito mais complexa e não é totalmente verdadeira no garimpo e isto por diversas causas que apresentamos abaixo:

- Renovações de produções nas grotas pequenas através de novas tecnologias de extração, permitindo a baixa do teor de corte. A primeira lavra sendo normalmente manual, tendo passado por outras formas de lavras como o bico jato, no mesmo local. Conhece se diversas repassagens com uso de bico jato de 3 polegadas, 4 , 5 e agora 6 polegadas em aluviões. Existe até uma grota chamada grota das sete repassagens e esta localizada na cabeceira do Rio Muiuçu, no garimpo Comandante mamar, já no estado do amazonas
- Recuperação do ouro fino não extraído nas passagens anteriores através de processos químicos como a cianetação
- Revitalização dos ouros nos aluviões: a causa destas revitalizações é variada e não totalmente explicada, mas a liberação do ouro da pirita através da acidez do solo, a ação debactérias solidificadoras de ouro em formas de ions são amplamente aceitas.
- O uso de Pás Carregadeira (PC) que permitiu abaixar o teor de corte e lavrar aluviões médios e de teores baixos. Não sabemos se nestes aluviões o processo de renovação verificado nos aluviões pequenos ira ocorrer, pois até agora, só houve uma passagem e o prazo de renovação ocorrido nos aluviões (alguns anos) pequenos não chegou a termo nos aluviões médios.
- O uso de dragas cada vez maiores e mais profundas em rios navegáveis, realizando repassagens quase infinitas. Só que no caso dos rios, com o realuvionamento e a modificações da localização dos rejeitos, a perda de parte importante nas caixas e um possível abastecimento contínuo proveniente das margens deixa os rios com teores médios e baixos mas ainda com teores lucrativos   
- A propagação e integração da informação, com a descoberta de ouro fora dos aluviões, em colúvios, elúvios e filões, tanto por garimpeiros que ficam seguindo os bamburros dos aluviões no rumo da montanha, ou por empresas que mapeiam os solos com amostragens geoquímicas e descubram anomalias auríferas desconhecidas dos garimpeiros fora dos aluviões
- A tecnologia de profundidade com garimpeiros indo buscar o ouro a mais de 100m de profundidade
Isto explica que os garimpos do Tapajós se mantem há mais de 50 anos e tudo indica que poderá se manter por mais um período de 50 anos
Um outro fator de continuidade e sustentabilidade é a redução da população garimpeira, associado ao aumento das opções de frente de trabalho ou seja o índice de ocorrências/garimpeiro que estava na faixa de 0,125 em 1983 hoje esta na faixa de 0,5

Conhecem os guias para encontrar diamante

Conhecem os guias para encontrar diamante



Os diamantes até nos aluviões ricos são raros e dificilmente podem ser encontrados através de testes. O prospector de diamante não procura a pedra diretamente, mas através de guias. Se achar esses guias, pode se abrir uma cata para encontrar alguns diamantes pequenos e se achar esses diamantes pequenos numa cata, poderá ter diamantes maiores numa pista de 50 metros.

Os garimpeiros de diamante conhecem os guias ou acompanhantes do diamante ou satélites como os técnicos prefiram falar. Quando os encontram num cascalho, sabem que pode haver a preciosa pedra. Só que eles conhecem pela terminologia garimpeira.
Se o garimpeiro falar em esmeralda, cuidado, não é a belíssima pedra verde, é tão somente zircon;
Iremos apresentar esses guias pelo nome garimpeiro e traduzir pelo nome técnico internacionalmente conhecido..


Alguns dos satélites (guias) mais importantes do Diamante:

Figado de galinha.--------Jaspe vermelho (Heliotropo)
Marumbé.--------------------Jaspe amarelo ou marrom
Palha de arroz.--------------Cianita
Chicória.-----------------------Granada piropo
Fundo.--------------------------Diamantes menores que um ponto
Ferragem.----------------------Rutilo
Fava.----------------------------Monazita (fosfato de Cerio)
Feijão preto.-------------------Goetita
Ovo de pomba.---------------Quartzo hialino rolado
Osso de cavalo.-------------Cianita
(Osso de cavalo e palha de arroz è a mesma coisa)
Cativo.---------------------------Martita
Pedra de Santana.-----------Pirita limonitizada
Pretinha.------------------------Turmalinitos
Pretinha reluzente.-----------Turmalina
Esmeralda.----------------------Zircão
Resina.---------------------------Estaurolita
Ilmenita.--------------------------Ilmenita magnesiana


Lista fornecida pelo geólogo Fernando Lemos


No tapajós, observa-se grande quantidade de feijão preto e ovo de pombo e pouca chicória

A memória dourada das 432 pistas de pouso do Tapajós

A memória dourada das 432 pistas de pouso do Tapajós


A primeira imagem retirada do google earth mostra uma pista engolida pela floresta ( a pista esta só de um lado da grota, a outra margem foi derrubada para ajudar na decolagem)
a segunda é um mapa das 432 pistas copiado do livro: A indústria Mineral no Para de Alberto Rogério Benedito da Silva


432 pistas de pouso abertas nos tempos onde as estradas não atravessavam a província;
A maioria hoje não esta mais utilizada, mas mesmo desativadas e a mata tomando conta, essas pistas ainda são importantes para:
- definir a posse e os limites das propriedades tradicionais, apesar das contestações com a chegada da nova onda de garimpeiros modernos....
- para ligar com a bibliografia técnica antiga, dos trabalhos realizados tanto por empresas como por órgãos governamentais que não usavam GPS na época.
- Para um acesso rápido no caso das pistas ainda estarem em operação
- Para delimitação dos requerimentos do subsolo
- Para contratos legais de superficiários: a empresa interessada devera assinar contrato com o superficiário, ou seja, o dono da pista, mesmo esta estando desativada. A eventual presença de outro garimpeiro local será ou por autorização deste superficiário ou um invasor de fora com intuito de fazer um reco rápido e ir embora.


- E essencialmente para amarrar com GPS a memória garimpeira, só que terá que andar muito, usar outra pista ou um acesso rodoviário novo para chegar ao local e pedir a um garimpeiro, geralmente idoso para mostrar todos os pontos da sua memória das ocorrências de ouro de sua juventude; Tendo a memória garimpeira, servira de base para pesquisar e reativar.
O uso das imagens de satélite com os seus impactos visíveis nas aluviões é uma forma de approach inicial, mas nada pode comparar se com as informações garimpeiras in loco com a presença de ouro grosso, ouro com prata (proximidade de filões), locais de bamburros, zonas pepitadas, entradas de montanha, filões pressentidos que a imagem de satélite não mostra.