domingo, 5 de junho de 2016

Metade dos metais extraídos da Terra está sem uso

Metade dos metais extraídos da Terra está sem uso

Metade dos metais extraídos da Terra está sem uso
O pesquisador reconhece que, na maioria dos casos, a retirada do material não é simples. [Imagem: Universidade de Linkoping]
Mundo dos desconectados
Você sabia que apenas metade de alguns dos principais metais extraídos das minas de todo o mundo são realmente utilizados?
Isto pode até parecer estranho, mas estranho mesmo é o destino desses metais não utilizados.
A maioria do desperdício está no "mundo dos desconectados", de acordo com Bjorn Wallsten, da Universidade Linkoping, na Suécia.
Wallsten estudou detalhadamente a infraestrutura de duas cidades suecas - Norrkoping (135.000 habitantes) e Linkoping (150.000 habitantes) - e descobriu milhares de quilômetros de fios, cabos e dutos metálicos que estão simplesmente desconectados das suas respectivas redes, sem nenhuma serventia.
São principalmente ferro, cobre e alumínio na forma de trilhos, dutos de gás, cabos elétricos de alta tensão, fiação de baixa tensão e antigas redes telefônicas, entre várias outras possibilidades - todos já sem uso, mas que não são retirados para reciclagem.
Mineração urbana
O pesquisador reconhece que, na maioria dos casos, a retirada do material não é simples, pode interferir com a operação normal da infraestrutura elétrica, de água e de gás e de telecomunicações, e, em alguns casos, é até mesmo difícil apontar a responsabilidade pela "mineração urbana".
Mas ele aponta que, a exemplo da mineração tradicional, onde as minas são instaladas nas reservas de maior concentração de cada metal, é possível começar a reminerar áreas onde há mais metais, como antigas zonas industriais e prédios sem utilização.
Além disso, é desejável sincronizar qualquer manutenção nas redes com a retirada dos metais não utilizados.

Infelizmente, calcula Wallsten, com os atuais baixos preços dos metais, nenhuma dessas opções seria diretamente rentável. Para preservar os recursos minerais primários - aqueles que estão nas minas - ele recomenda que a legislação imponha a obrigatoriedade da recoleta dos metais pelas empresas responsáveis pelas respectivas redes.

sábado, 4 de junho de 2016

Didímio metálico é produzido no Brasil

Didímio metálico é produzido no Brasil


Didímio metálico é produzido no Brasil
Didímio metálico (Nd e Pr) produzido no IPT - o material é a base dos superímãs de terras raras. [Imagem: IPT]
Ímãs de terras raras
Uma tecnologia que permitiu obter didímio metálico pela primeira vez no país foi desenvolvida por pesquisadores do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo).
O didímio é uma liga metálica constituída dos elementospraseodímio e neodímio, elementos das terras raras. Ele é a base para a fabricação de superímãs usados em turbinas eólicas, motores para veículos elétricos e discos rígidos de computador, entre vários outros.
"A obtenção do didímio mostra que é possível, num futuro breve, a sua produção em escala industrial, contribuição definitiva para completar a cadeia dos ímãs de alto desempenho, peças-chave nas turbinas eólicas e carros elétricos, mas também necessários em dispositivos eletrônicos.
"A ideia é que se tenha no país domínio tecnológico de toda a cadeia produtiva dos ímãs permanentes, desde a extração mineral das terras raras até a fabricação dos ímãs," afirmou João Batista Neto, coordenador do projeto.
Didímio
O projeto é fruto de uma parceria do IPT com a mineradora CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), líder mundial na produção de nióbio, metal que é extraído de uma mina situada em Araxá (MG).
Além de nióbio, a reserva mineral possui alto teor de terras raras, que estão sendo concentradas em uma planta-piloto construída pela empresa. Entre os produtos já separados está o óxido de didímio.
O elo que faltava para dar andamento à produção dos superímãs era justamente a redução do óxido de didímio em metal, gerando o didímio metálico.
Para obter o material, a equipe do IPT desenvolveu um processo que usa reatores nos quais é feita a redução do óxido, retirando o oxigênio e deixando o didímio metálico purificado.
Com previsão de término para junho de 2016, o projeto agora se concentrará na otimização dos parâmetros de operação e controle do nível de pureza do didímio, já com vistas ao escalonamento do processo para escala industrial.


A HISTÓRIA DO MANGANÊS

História

Manganês na forma do pyrolucite minério de preto (dióxido de manganês, MnO2) foi utilizado pelos pintores pré-históricos da caverna de Lascaux região da França cerca de 30.000 anos atrás.
Em tempos mais recentes o Manganês foi usado por fabricantes de vidro para remover o tom esverdeado pálido de vidro natural.
Em 1740, o tecnólogo de vidro Berlim Johann Heinrich Pott investigou quimicamente e mostrou que não continha ferro como foi assumido. Desde que ele era capaz de fazer permanganato de potássio (KMnO4), um dos agentes oxidantes mais fortes conhecidos.
Vários químicos em 1700 tentou sem sucesso para isolar o componente de metal em pyrolusite.
A primeira pessoa a fazer isso foi o químico sueco e mineralogista Johan Gottlieb Gahn em 1774.
No entanto, um estudante em Viena, Inácio Kaim, já descreveu como ele tinha produzido de metal manganês, em sua dissertação escrita em 1771.

Símbolo: Mn

Número atômico: 25 
Massa atômica: 54,93805 amu 
Ponto de fusão: 1245,0 ° C (K 1518,15, 2273,0 ° F) 
Ponto de ebulição: 1962,0 ° C (2.235,15 K, 3563,6 ° F) 
Número de prótons / Elétrons: 25 
Número de nêutrons: 30
Cor:
 prateado / cinzento.
Data da descoberta:
 1774.
Usos:
 aço, baterias, cerâmica.

Estrutura atômica

Manganês
Número de níveis de energia: 4
Primeiro Nível de energia: 2 
Segundo Nível de Energia: 
Terceiro Nível de energia: 13 
Quarto Nível de energia: 2

Usos

O manganês (Mn), elemento químico, é demasiado frágil para ser de muito uso como um metal puro. É usado principalmente em ligas, como aço.
Aço contém cerca de 1% de manganês, para aumentar a força e também melhorar a trabalhabilidade e resistência ao desgaste.
Aço manganês contém cerca de 13% de manganês. Isto é extremamente forte e é usado para as vias férreas, cofres, canos das espingardas e barras de prisão.
Latas de bebidas são feitos de uma liga de alumínio com 1,5% de manganês, para melhorar a resistência à corrosão. Com o alumínio, antimônio e formar ligas de cobre altamente magnéticos.
manganês é utilizado como um catalisador, um aditivo de borracha e para descolorir e de vidro de cor verde, que é por impurezas de ferro.
Sulfato de manganês é usado para fazer um fungicida.
Manganês óxido é um poderoso agente oxidante e é usado na análise quantitativa. É também usado para fazer fertilizantes e cerâmicas.

Papel biológico

manganês é um elemento essencial em todos os organismos vivos conhecidos. Muitos tipos de enzimas contêm manganês. Por exemplo, a enzima responsável pela conversão de moléculas de água para oxigênio durante a fotossíntese contém quatro átomos de manganês.
Alguns solos têm baixos níveis de manganês e por isso é adicionado a alguns fertilizantes e dado como um suplemento alimentar para animais em pastoreio.
O corpo humano médio contém cerca de 12 miligramas de manganês. Levamos em cerca de 4 miligramas por dia a partir de alimentos como nozes, farelo, cereais integrais, chá e salsa. Sem ele, os ossos crescem spongier e quebrar mais facilmente. É também essencial para a utilização de vitamina B1.

Propriedades físicas

manganês é um duro, brilhante, metal frágil aço cinza. É tão frágil, de fato, que não pode ser maquinada na sua forma pura. Refere-se a usinagem a dobragem, o corte, e moldar de um metal por meios mecânicos. O ponto de fusão é de manganês 1.245 ° C (2.273 ° F) e o seu ponto de ebulição é de cerca de 2.100 ° C (3.800 ° F). A sua densidade é de 7,47 gramas por centímetro cúbico.
Manganês existe em quatro formas alotrópicas. Alótropos são formas de um elemento com diferentes propriedades físicas e químicas. O elemento muda de uma forma para outra, como a temperatura sobe. A forma que existe desde a temperatura ambiente até cerca de 700 ° C (1300 ° F) é a forma mais comum.

Propriedades quimicas

manganês é um metal moderadamente ativos. Combina-se lentamente com o oxigênio do ar para formar dióxido de manganês(MnO2). A temperaturas mais elevadas, reage mais rapidamente. Ela pode até mesmo queimar, emitindo uma luz branca brilhante. Manganês reage lentamente com água fria, mas mais rapidamente com água quente ou vapor. Dissolve-se na maioria dos ácidos com a liberação de gás hidrogênio. Também combina com flúor e cloreto de fazer difluoride manganês (MNF 2) e dicloreto de manganês(MnCl2).

Manganês - Organismo

Foi após a constatação que a insuficiência em manganês provocava uma diminuição no crescimento dos vegetais, o papel deste oligoelemento passou a ser estudado junto aos animais e ao homem.
Mas como os dados da literatura concernente à carência em manganês nos humanos são raros (salvo em casos acidentais durante uma nutrição artificial), somente se pode reportar às observações de laboratório em animais: podem-se descrever distúrbios tais como atrofia dos tendões, malformação dos ossículos do ouvido interno, anomalias da função reprodutora, retardamento do crescimento, distúrbios neurológicos e perturbações na coagulação do sangue.
Em todo o caso, sabe-se agora que a distribuição do manganês é grande nos tecidos e líquidos do organismo, notadamente onde a atividade dos mitocondrios (centro respiratório das células) é maior. Com efeito, o papel matabólico do manganês é considerável, pois ele ativa numerosas enzimas implicadas na síntese do tecido conjuntivo, na regulação da glucose, na proteção das células contra os radicais livres e nas atividades neuro-hormonais.
As necessidades diárias de manganês são mal conhecidas, mas seriam supostamente cobertas por uma alimentação diversificada. O que quer dizer que não podemos deixar de comer cereais, grãos e sobretudo nozes, que são muito ricas (17,07 mcg/g). Os legumes e as frutas contém pouco (1 a 2,5 mcg/g), a carne e os derivados do leite, praticamente nada (0,20 a 0,70 mcg/g). De outro lado, segundo certos autores, a concentração de manganês nos vegetais é ainda diminuída devido à redução de manganês no solo, causada pela erosão e exaustão por culturas intensivas.
Assim, uma suplementação em manganês é considerada por certos autores como indispensável, notadamente nos regimes privados de alimentos energéticos.
No rol dos benefícios imputados ao manganês podemos citar ação hipoglicemizante, ação sobre o metabolismo das gorduras, ação protetora das células hepáticas, um papel na biossíntese das proteínas e dos muco-polissacarídeos das cartilagens, assim como uma implicação no metabolismo dos neurotransmissores.
O manganês é considerado em oligoterapia como um carro-chefe: ele é básico no tratamento da diatese alérgica, igualmente presente na associação manganês-cobre que constitui o remédio da diatese. Este tratamento melhora sensivelmente as crianças ditas frágeis, perpetuamente resfriadas e fixando mal sua atenção. Ainda, o manganês encontra excelentes indicações no campo da artrose. Lembremos aqui que o manganês pode provocar reações passageiras e, pois, um agravamento dos sintomas alérgicos, daí a necessária prudência na sua administração e numa eventual associação com outros oligoelementos.
Pfeiffer, partidário da medicina ortomolecular (inventada por Linus Pauling, prêmio Nobel de biologia molecular), considerou o manganês (assim como o zinco) as vedetes dos oligoelementos. Seus trabalhos sublinham o interesse do manganês nas afecções articulares, na má tolerância à glucose, nos distúrbios neuropsíquicos (como a esquizofrenia ou as crises convulsivas), assim como nas dores do crescimento das crianças.
Uma tomada de manganês em doses altas se mostrou desprovida de toxidez, sendo o único problema encontrado, uma elevação da pressão arterial que se pode contrabalançar com o zinco (hipotensor), segundo Pfeiffer.

Carvão pode ter usos de alta tecnologia

Carvão pode ter usos de alta tecnologia


Carvão pode ter usos de alta tecnologia
Carvão não serve só para ser queimado: basta purificá-lo para que ele apresente propriedades sem paralelo. [Imagem: Jeffrey Grossman Lab/MIT]
Reabilitação do carvão
O carvão tem má-fama pela poluição gerada por sua queima, mas novas possibilidades de aplicação podem significar novas impressões.
O carvão é basicamente carbono, mas há diferenças enormes na sua forma de cristalização. Veja, por exemplo, o caso do grafite, dos nanotubos de carbono e do grafeno, todos igualmente carbono, mas cada um com suas próprias aplicações e potenciais futurísticos.
Brent Keller, do MIT, nos EUA, decidiu analisar o que poderia ser feito para recuperar o antecedente de má-fama de outros membros da família. Para isso, ele analisou as propriedades químicas, elétricas e ópticas de quatro tipos de carvão mineral, dentre as centenas conhecidas: antracito, linhito e dois tipos betuminosos.
O trabalho mostrou que basta gastar um pouco de esforço na purificação de cada tipo de carvão mineral para que ele revele seus verdadeiros valores, a maioria de alto potencial tecnológico. Na realidade, é o mesmo que acontece com o silício, que é o segundo elemento mais abundante na crosta da Terra, mas que não ocorre naturalmente com a pureza de 99,999% necessária para ser transformado em chips ou células solares.
Condutividade elétrica
Entre os vários aspectos interessantes revelados pelos minerais de carvão destaca-se uma ampla faixa de condutividades elétricas, que se espalha por várias ordens de magnitude - mais de 10 milhões de vezes de um ponto a outro da escala. Isto significa que um único tipo de carvão pode fornecer todas as propriedades elétricas necessárias para um componente eletrônico em particular.
Além disso, simplesmente ajustando a temperatura sob a qual o carvão é processado, é possível ajustar várias propriedades ópticas e elétricas do material para que ele atinja exatamente os valores desejados.
Para demonstrar esse potencial, Keller usou suas amostras, na forma de filmes finos feitos a partir do pó de cada tipo de carvão, para criar um pequeno dispositivo de aquecimento que poderia ser usado diretamente para desembaçar janelas de automóveis ou evitar a formação de gelo nas asas dos aviões, ou mesmo como parte de um implante biomédico.

Com base nas características do material e dos resultados do teste prático, os pesquisadores afirmam que o carvão pode ser usado em aplicações que vão de painéis solares e baterias até componentes eletrônicos para computadores. Para isso, basta que os cientistas dos materiais olhem para o carvão com outros olhos.

Vale: Murilo Ferreira na mira de Temer

Vale: Murilo Ferreira na mira de Temer



Geologo.com


Corre em Brasília o boato de que o presidente da Vale e ex-presidente do Conselho da Petrobras, Murilo Ferreira pode ser demitido da Vale pelo Presidente Temer.

Temer estaria limpando os cargos de alto escalão ainda ocupados por antigos aliados de Dilma.

No caso de Ferreira a saída será altamente benéfica para a Vale.

Ferreira substituiu o competente Roger Agnelli em 2011, quando a Vale tinha um valor de mercado gigantesco que ultrapassava a cifra de US$199 bilhões.

Desde então a Vale entrou em parafuso, mesmo quando o preço do minério de ferro ainda subia. Hoje a mineradora tem um valor de mercado ínfimo, de apenas US$21,2 bilhões configurando um prejuízo de 90% aos acionistas.

Entre as causas dessa imensa catástrofe a maior delas é a má gestão. É a má gestão de Murilo Ferreira que faz a Vale perder 8,5% de tudo o que compra segundo relatório do Citi de 2015.

Somente em 2013 a mineradora teve que depreciar o seu patrimônio em mais de 24 bilhões de reais.

A Vale vendeu, por apenas US$1 (um dólar), a mina de carvão Isaac Plains após ter investido US$835 milhões.

A sua incursão no carvão de Moatize é recheada de insucessos. A empresa investiu bilhões em mina, ferrovia e porto, mas não conseguiu produzir e exportar o previsto tendo que amargar prejuízos gigantescos.

A Vale andou na contramão comprando a INCO por 19 bilhões de dólares no momento em que o níquel começava um longo período de queda. Hoje a Vale tenta vender, sem sucesso todo o departamento de níquel.

Se a notícia for verdadeira e se o substituto for competente teremos motivos para celebrar.