domingo, 3 de julho de 2016

Mina de diamantes é capaz de 'engolir' helicópteros na Rússia

Mina de diamantes é capaz de 'engolir' helicópteros na Rússia

A mina de Mirny é a maior de todas as minas da Sibéria. Dessa região saem 25% dos diamantes espalhados pelo mundo.

G1
No meio do nada. Pior ainda: no meio de um "nada" gelado. Uma cidade inteirinha foi construída à beira de um buraco. E não é qualquer buraco, não. É uma cratera de proporções inacreditáveis. Capaz de derrubar helicópteros. E ela esconde uma das maiores riquezas do planeta. O Fantástico foi até o "umbigo do mundo".
"Ir para a Sibéria" é uma expressão bem conhecida. Significa mais ou menos "ir para o fim do mundo". E alguns lugares de lá são piores que outros. Mirny, por exemplo, fica longe de tudo e de todos. Mesmo assim, 35 mil pessoas moram em Mirny, debruçadas em um buraco.
É um baita de um buraco! A cratera tem um diâmetro de 1,2 mil metros. São 525 metros de profundidade. Talvez mais simples seja pensar que o Pão de Açúcar, com seus 395 metros, caberia confortavelmente lá dentro.
Cavar, cavar para fazer um buraco assim, só por algo muito valioso. A pedra mais rara, a mais cara. A mina de Mirny é a maior de todas as minas da região mais rica em diamantes no mundo.
Para chegar a Mirny são seis horas de voo a partir de Moscou, a capital da Rússia. E deve-se evitar passar por cima do buraco. Por um fenômeno ligado à pressão das massas de ar, quatro helicópteros já foram sugados e caíram ao sobrevoar a imensa cratera. Ninguém vai para lá a passeio.
A má fama da Sibéria começou no tempo dos czares, os imperadores russos. Ser mandado para a Sibéria. Essa é uma expressão que ficou conhecida pelo mundo todo. Isso porque era uma punição aplicada na Rússia desde o século XIX, ainda na época dos czares. Depois muito mais utilizada pelo regime comunista no século XX.
Milhões de pessoas foram mandadas pra lá. A Sibéria era conhecida como prisão sem muros, sem grades. Isso porque a região era tão distante de tudo que era impossível escapar.

“Essa ideia de que 'ah, vamos mandar para a Sibéria' como se fosse um lugar de exilio ou de inferno e somente isso, essa é uma ideia ocidental. Para os russos existe esse lado também, mas a Sibéria é muito mais do que isso, muitos veem um mundo, como a Amazônia nossa, um mundo de muita natureza”, explica o historiador da USP Ângelo Segrillo.
Um filme dos anos 50 mostra os pioneiros da mineração na Sibéria, uma região maior que o Brasile que então era praticamente desconhecida. A chegada era de paraquedas. E os diamantes encontrados nos riachos apontaram o lugar onde a mina de Mirny deveria ser cavada.
Hoje, 25% dos diamantes espalhados pelo mundo saem dessa região.
Nas ruas de Mirny, se misturam os russos ocidentais, brancos e louros, e os descendentes das etnias que sempre habitaram a Sibéria, mais morenos e com olhos puxados.
Eles dividem uma vida dura feito um diamante, só que sem o brilho. De colorido na cidade, só as flores do curto verão e os brinquedos das crianças. E no inverno é um inferno.
Quando amanheceu, no auge do verão, faziam 10°. Na Sibéria, o frio é até difícil de compreender. Até 30 anos atrás, o pior: -65°. Agora, com o aquecimento global, as coisas melhoraram um pouco: menos 45°, uma média de -30°. Trabalhar na Sibéria não e para qualquer um.
Durante oito, nove meses, essa parte da Sibéria é um oceano branco.
O russo Nickolai Grogorievich Bondarev foi um dos raros que chegaram para trabalhar na mina, ainda nos anos 70, e ficaram. Ele ri, com seus dentes de ouro, ao falar da vida em uma mina de diamante a céu aberto.
Diz que se acostumou, aponta a cratera e conta como foram sendo construídos os quase oito quilômetros de estrada que iam serpenteando o buraco para trazer as toneladas de terra de onde se retiravam os diamantes. Isso durou 44 anos, de 1957 a 2001.
Os diamantes são formados em lugares onde não chegaremos nem perto. Algo em torno de 150 quilômetros de profundidade. Podemos ir para o espaço: só a Lua, aqui pertinho, fica a 384.400 quilômetros. Mas na direção contrária é impossível. E a dificuldade tem a ver com a temperatura: quanto mais profundo mais quente.
Os diamantes são cristais de carbono puro formados em temperaturas em torno de mil graus centígrados. Eles chegam à superfície através de um tipo de atividade vulcânica. É como se fosse um elevador que sobe rapidamente das profundezas do nosso subterrâneo para o térreo. Quando sobe o magma, aquela massa mineral incandescente e pastosa, os diamantes vêm junto. Os diamantes chegam ao fim dessa viagem envoltos numa massa de terra que tem a forma de uma esguia taça de champanhe. O buraco da mina de Mirny seria a parte mais larga, mas resta o pé da taça ainda para ser explorado.
A única atividade que ainda existe é a retirada da água do buraco. Água que brota das paredes e, em outros meses, da neve derretida. Mas por que não deixar tudo encher de água e transformar esse buracão em um belo lago? Isso porque a mina continua, na verdade, a existir. Mas muito mais profunda: a 1,2 mil metros existem homens trabalhando.
Os russos fizeram uma entrada paralela para essa nova mina, agora subterrânea. Lá ainda existe diamante para mais 30, 40 anos. É uma estrutura enorme, porque a retirada de diamantes nessa escala é um processo industrial muito mais complexo.
Frotas de caminhões levam toneladas de terras que são lavadas para que se possa separar os diamantes. Isso necessita muita água, e gera muita poluição. Os rios em torno da cidade sofrem com isso. Mas Mirny só existe por causa dos diamantes.
O geólogo Ilya Korokov é um dos mais importantes da Rússia. Num dos livros escritos por ele, se podem ver os diversos tipos de diamante. E é curioso porque, de certa forma, os diamantes em estado bruto são uma decepção.

Cortadas e lapidadas, as pedras ficam muito mais brilhantes, mais vivas. Um mundo iluminado. Quantos quilates, cor, corte, clareza?
Mas o gosto por eles é relativamente recente, tem menos de cem anos. No começo do século passado, uma agência de propaganda americana criou o slogan que todo mundo hoje conhece. Dizia: um diamante é para sempre!
Comprar e dar um anel de diamante no casamento simbolizaria uma união eterna, brilhante e sólida. A ideia pegou.

Mini Era Glacial? O que esperar do futuro próximo

Mini Era Glacial? O que esperar do futuro próximo



 
A única coisa que podemos dizer com absolutamente certeza é que não temos certeza de nada quando o assunto é o clima futuro.

Entre os anos de 1300 e 1850 o mundo conheceu a Mini Era Glacial, que foi amplificada entre 1645 e 1715. Nestes 70 anos o Sol atravessou o que se convencionou chamar de Mínimo de Maunder (gráfico): uma fase caracterizada pelo quase desaparecimento das manchas solares.

Manchas solares
Antes da Mini Era Glacial os astrônomos contavam milhares de manchas solares (de 40.000 a 50.000 em um único ano), mas após o ano de 1645 elas praticamente desapareceram. Neste período em um ano eram visualizadas pouco mais de 50 manchas solares.

Incrível, mas mais incrível ainda foi o efeito devastador que esse fase de baixa atividade magnética solar teve sobre a Terra. Foi a última Mini Era do Gelo, cujo ápice durou quase 100 anos e destruiu economias, arrasou colheitas e até o transporte fluvial (muitos rios e lagos congelaram). O mar Báltico congelou e o transporte entre a Finlândia e a Groenlândia com o resto do mundo foi praticamente inviabilizado. Os glaciais das Alpes invadiram cidades e fazendas matando e destruindo.

Com o frio veio o colapso das plantações e, neste período, milhões de pessoas morreram de fome e de doenças, principalmente na Europa.

Em 1696 1/3 da população da Finlândia morreu de fome.

Tudo isso ocorreu com uma temperatura média de apenas dois graus centígrados abaixo das atuais...

Gradativamente as manchas solares reapareceram, atingindo o Máximo entre os anos de 1950 e 2000 (veja o gráfico). O Mundo havia voltado ao normal.
Manchas solares estatística recente
Mas, nestas últimas décadas os cientistas vem observando, preocupados, o decréscimo das manchas solares. Se torna óbvio, pelos gráficos do NOAA (veja), que o Solar Maximum já foi ultrapassado e que em pouco tempo as manchas solares irão praticamente desaparecer...mais uma vez.

Já em 2009 Bill Livingston do NOS havia previsto, através das medições do magnetismo solar (ele percebeu que os campos magnéticos decaiam a 50 gauss por ano), que em 2015 as manchas deveriam desaparecer iniciando mais uma Mini Era Glacial.

Ele errou!

As manchas desapareceram somente agora, em 2016.

Hoje faz uma semana que o Sol parece uma bola de bilhar amarela, sem manchas, assim como todos os gráficos estavam prevendo.
Segundo Livingston as manchas só aparecem quando o campo magnético solar está acima de 1.500 gauss, um limiar que tudo leva a crer foi atingido a uma semana atrás...

A partir deste ponto tudo é pura especulação.

Será que as manchas solares voltarão e um novo ciclo será reiniciado ou será que estamos, realmente, no início de uma nova Mini Era Glacial e que teremos uma repetição do fenômeno que afetou o mundo entre 1645 e 1815?
temperaturas nos últimos 2416 anos
No gráfico das temperaturas (acima) feito pelo climatologista Cliff Harris dos últimos 4.416 anos é possível ver com precisão a alternância cíclica entre as mini eras de resfriamento e as mini eras de aquecimento global, sempre relacionadas a temperatura média de 57,1 graus Fahrenheit (12,5 graus centígrados).

A cada ciclo as fases de resfriamento se tornam mais longas e mais frias. A última foi a Mini Era Glacial entre 1300 e 1800.

Se estivermos adentrando um período de resfriamento global, como tudo indica, é hora de planejar.

Um novo hiato implicará, mais uma vez, em invernos extremos na Europa e na América do Norte e Ásia, onde, por coincidência estão as maiores economias e as maiores concentrações populacionais.

Não é preciso ser um vidente para entender os possíveis desdobramentos: o mundo pode entrar em um período de décadas de problemas relacionados ao frio.

Veremos a volta da mineração do carvão, que hoje se encontra praticamente banido dos radares dos mineradores. Com a necessidade de aquecimento os preços dos hidrocarbonetos irão subir viabilizando os jazimentos dos oil sands do Canadá. Projetos de energia limpa serão, possivelmente, engavetados.

Com a queda na produção agrícola no norte os países como o Brasil, pouco afetado pelas mudanças climáticas, se tornarão gigantescos produtores de grãos e demais commodities agrícolas.

Vai ser um tempo para tirar o casaco e as luvas do armário, sonhar com o efeito estufa e se preparar para uma mudança radical.

Se você gosta de esquiar não vai precisar voar para o hemisfério norte...

Tanzanite

the 'one source' wonder
Tanzanite is a gem variety of zoisite that is strongly pleochroic, showing shades of either purple, blue, or slate gray, depending on which way the stone is turned.
rough tanzanite
While tanzanite's most desirable color as a 'gemmy' stone (to be set) is a deep blue to violet-blue, the stone also frequently comes in shades of lavender, lilac and periwinkle blue.
Surprisingly, almost all tanzanite comes out of the ground a gray to root beer brown color. Although some stones found on the surface are purple-blue because of the heat of the equatorial sun, most tanzanite -- like many other gems -- is heat-treated to bring out the deeper, more desirable violet-blue color. This 'artificial' process merely continues the organic color treatment that tanzanite underwent millions of years ago while still under ground.
Tanzanite is found almost entirely in Tanzania. Millions of years ago, metamorphous slates, gneiss stone and quartzites shaped impressive flat insular mountains, now known as the Merelani Hills on the wide planes near Mount Kilimanjaro and Tanzania's border with Kenya. It is in the core of these unusual rises that tanzanite is mined.
independent miners in merelani, tanzania 
photo: professional jeweler
Tanzania remains the primary commercial source of tanzanite, a condition seen as both a blessing and a curse.
This is because the supply of 'one locality' stones like tanzanite is particularly vulnerable: the deposit can run out (as was the rumor about tanzanite a few years ago) or the volatile politics of the area can interrupt the flow of stones for indefinite periods (also driving up prices). For instance, in 1998, supplies ground to a halt due to flooding, while cave-ins took many lives and security breaches at the mine sites escalated.
Very small deposits of tanzanite have been found in Kenya, but have not been considered large enough for commercial purposes until recently. With tanzanite's ongoing popularity even these small deposits are now being mined.

chrysoprase

golden leek or granny smith?
carved chrysoprase koalas
photo: gem exotica
Although its Greek name meaning "golden leek," denotes a golden yellow color, chryoprase is actually a beautiful translucent apple-green color, similar to Granny Smith apples.
Formed by the weatherization of serpentine, chrysoprase occurs as fillings in cavities in serpentine. As the elements break down the serpentine, nickel, silica and other iron oxides are dissolved out of the stone and collect in cracks, crevices and saprolite (a soft, rich clay) in the underlying environment.
chrysoprase mine, marlborough, queensland
Australia currently has the worlds largest deposits of quality chrysoprase, estimated to be about 85% of world supply; it also has a pale lime variety known aslemon chrysoprase.
Deposits are found in the Marlborough district of central Queensland, at Mount Davies in the remote northwest of South Australia, and at Wingelina and Yerilla in Western Australia. Queensland's chrysoprase is the most water-retentive, and therefore, the least prone to color fade or cracking.
The gem is also found to a limited extent at Revdinsk, near Ekaterinburg, in the Russian Urals, as well as in India.
The US has several locations -- most notably at Nickel Mountain, near the small town of Riddle in Douglas County, Oregon (in the southwest part of the state) -- where it occurs in nickeliferous serpentine.

Natural citrine

various colors of citrine 'plates' ready for sale
photo: silvestre 'garimpo'
Natural citrine is a rare form of quartz crystal found in amethyst deposits. Many natural citrines may have started out as amethyst but heat from nearby magmatic forces caused the change to citrine. However, most citrines on the market today are heat treated amethyst or smokey quartz, cooked at high temperatures to produce the orange-yellow colors currently in demand.
Many citrine as well as amethyst mines are near the equator, including those in Brazil, currently the world's largest producer of heat-treated citrine (from amethyst). Due to operational costs, lack of electricity, or the expense and time to procure an electric or gas oven in Brazil's remote mining areas, the preferable method of heat-treating is often to bury the brownish (low grade) amethyst in the soil, cooking it with sunlight.