quarta-feira, 6 de julho de 2016

ÁGUA BRANCA, UM GARIMPO EM ASCENSÃO

ÁGUA BRANCA, UM GARIMPO EM ASCENSÃO



Vista aérea do garimpo.
Muito antes do garimpeiro e empresário Raimundo Santos, o conhecido Truth chegar ao garimpo Água Branca nos anos 70, já existia aquele que hoje é um garimpo em ascensão. Hoje, não podemos negar a luta de Truth e de muitos outros que por ali passaram ou que hoje se empenham para ver o garimpo tornando-se comunidade, o que está acontecendo com Água Branca, que devido a seu crescimento, transformou-se numa comunidade com 250 casas.
Vista da Comunidade de Água Branca.
A comunidade de Água Branca tem hoje, dentro da vila, uma população com cerca de 500 pessoas, e contando com os bachões (áreas de garimpagem) aproximadamente 4.000 pessoas. Hoje, o garimpo não é explorado apenas por garimpeiros, mas também por empresas mineradoras que estão se fixando lá.
Eu (Peninha) e o Presidente da Comunidade.
A exploração do ouro já não é feita somente com equipamentos antigos simples como o maracá, bico jato, cobra fumando e outros. A evolução atingiu também os instrumentos utilizados na extração como escavadeiras (PC), e métodos menos poluentes.
Eu (Peninha) no Garimpo de Água Branca
A comunidade possui hoje uma escola municipal que atende as crianças de 1ª à 4ª serie, um posto de atendimento de endemias para fazer exame e tratar os pacientes com malária, campo de futebol, igrejas das diversas religiões, moto-taxis, além de rede telefônica e sistema de internet ligando, assim, a área garimpeira ao mundo. Nos comércios há notebooks por que o acesso e comunicação pela internet dão-se mais fácil do que pelo telefone. A energia elétrica ainda é particular, ou seja, cada um tem seu grupo gerador.
Momento da despescagem.
Antigamente só era possível chegar ao garimpo de avião, atualmente, devido à ligação da rodovia estadual Transgarimpeira com a comunidade, o acesso é mais fácil, fato que torna Água Branca apta a vivenciar uma nova era do ouro.
No garimpo, fica evidente a corrida do ouro. Minha visita à vila durou cerca de 3 horas, e no decorrer dela, presenciei uma compra de ouro comprar mais de 500 gramas de ouro, o que prova que há, ainda, em Água Branca muito ouro para ser extraído.

Garimpeiro com bico jato.
A visita me fez ver a importância dos garimpos para a econômia do município de Itaituba que vive do ouro que ainda é à base de sua econômia, portanto, devemos nos unir para defender nossos garimpos e torcer para que os órgãos ambientais percebam nossa sensibilidade e atendam às nossas necessidades concedendo as licenças ambientais, e olhem a questão dos garimpos para vê-la como os outros órgãos a vêem. O DNPM, por exemplo, já liberou aproximadamente 2.000 PLG - Permissão de Lavra Garimpeira.
Escola da Comunidade.
Posto de Saúde da Comunidade.

Como achar um filão de ouro em poucos dias

Como achar um filão de ouro em poucos dias



Todo ouro aluvionar tem uma fonte original, Não há ouro sem mãe.
O ouro aluvionar é espalhado em grandes superfícies e depositado de forma horizontal;
Essas 2 características fazem deste tipo de ouro uma forma relativamente fácil de encontrar-lo.
Adicionado a forma do garimpeiro de pesquisar, testando o cascalho das grotas, de uma forma sistemática, pois cada garimpeiro fazendo o seu esforço individual, o esforço concentrado de todos os pesquisadores acabara formando uma cobertura sistemática; aí esta encontrado a forma de detectar praticamente todo o ouro aluvionar existente.

Mas quando tratar-mos do caso dos colúvios ou derrames e paleoaluvióes, ainda temos uma ocorrência horizontal, mas desta vez menos espalhada que do os aluviões
Tudo isto forma o ouro secundário, fácil, mas de volume limitado, pois ele é tão somente o que a erosão arrancou dos primários para espalhar
Mas de onde vem esse ouro secundário e como é que ele saiu dos primários?
O Ouro primário é o que esta inserido na rocha ou na rocha alterada na superfície, ou lagrese
Ele não esta sempre em forma de filões, que é a forma mais conhecida:
Ele esta sob diversas formas:
- disseminado no granito na pirita onde essa pirita quando altera cria uma cor vermelha no barro;
- Em gossans: são as pedras vermelhas tipo laterita mas muito mais pesadas, quando esse ouro disseminado apresenta concentrações de pirita; o gossan é formado pela alteração da pirita formando chapéus de ferro; geralmente há o gossan e há os veios de quartzo juntos
- Em veios de quartzo verticais com ou sem pirita, formando os conhecidos filões, mas estes só tem larguras de alguns cm a no máximo poucos metros de espessura
- Em stockworks de quartzo com veios de todas as direções chamados de casqueiros e próximos a uma shear ou zona de cizalhamento;
- Em veios horizontais de cada lado de uma shear, chamados de sheated veins
- Em corpos de vulcânicas com vênulas de quartzo ou de sulfetos

Cuidado: quando o filão é rico, ele é pouco espesso, é como se houvesse um equilíbrio; largo, o ouro fica espalhado, estreito, ele fica concentrado;
Isto se aplica na forma micro como na macro:
Quando há muito ouro num aluvião grande destes tipo do Rosa de Maio, Marupa, há menos chances de ter filões ricos, porque se os filões são ricos, eles são pequenos e se são pequenos, eles não terão fornecidos material suficiente para abastecer um aluvião tão grande. Esses grandes aluviões abasteceram-se com primários grandes, portanto pobres, disseminados;

terça-feira, 5 de julho de 2016

Garimpeiros de Coromandel recuperam 180 diamantes em Israel

Garimpeiros de Coromandel recuperam 180 diamantes em Israel


Valor Econômico
Foto: Reprodução
Garimpeiros de Coromandel recuperam 180 diamantes em Israel
Uma hora da tarde em Israel. Darío Machado Rocha, 51 anos, e três colegas garimpeiros de Coromandel, uma cidade de 27 mil habitantes no interior de Minas Gerais, estão diante do suntuoso prédio de vidro da Bolsa de Diamantes em Tel Aviv.

Eles Tomaram um avião pela primeira vez na vida - a não ser Darío - para uma missão inédita: negociar 445 quilates de diamantes diretamente no mercado internacional. Sonham receber US$ 800 mil pelas 180 pedras. Mas não imaginam que as gemas ficarão retidas ali por um ano, num longo e tortuoso processo que, no entanto, está prestes a terminar em final feliz.

A viagem ao exterior foi marcada após a audaciosa decisão da Cooperativa de Garimpeiros da Região de Coromandel (Coopergac) - que reúne 135 trabalhadores do Alto do Paranaíba, na divisa com Goiás - de atuar diretamente no mercado internacional de diamantes, sem a participação de intermediários. Estavam atentos às graúdas possibilidades de um comércio que movimenta US$ 100 bilhões por ano.

A saga para exportar os dois lotes de diamantes a Israel começou há um ano, quando os quatro fizeram as malas e tomaram o voo, com as 180 pedras a bordo. Entre elas, uma gema rara, cor-de-rosa, de 3,89 quilates, do tamanho de um grão de feijão.

Apenas Darío se virava no inglês. Nem o duro interrogatório da imigração israelense foi capaz de desanimar os vendedores. Numa sala fechada, mostraram e comprovaram a origem legal de suas mercadorias, por meio do certificado Kimberley - sistema criado no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) para garantir a origem legal das pedras e evitar o comércio internacional dos "diamantes de sangue" (Leia mais ao lado).

O procedimento dos agentes israelenses intimidaria qualquer um, mas valia a pena. Israel é um dos mais importantes centros de comercialização e lapidação de diamantes do mundo, e ali esperavam receber pelas pedras brutas 40% a mais do que conseguiriam no desaquecido mercado nacional. Só não sabiam ao certo qual seria a cifra.

Um acordo prévio havia estabelecido que a avaliação das gemas seria feita na própria corretora israelense, sediada num escritório dentro da Bolsa de Diamantes de Israel - um complexo de quatro suntuosos arranha-céus de vidro, conectados por pontes internas, em Tel Aviv. Ao verem aquelas torres e grandiosas, lembraram do garimpo. "Olha onde nós chegamos, os garimpeiros de Coromandel", pensou emocionado um dos integrantes do grupo, Wanderson Mendes de Souza, 23 anos. Registraram o momento em fotografias e seguiram pela rígida segurança do prédio da bolsa.

Além de receber pelo diamante bruto, os garimpeiros dividiriam com os parceiros israelenses o valor agregado na venda após a lapidação. Tudo indicava que seria um bom negócio. O contato inicial havia sido feito através de conhecidos, na base da confiança, que caracteriza esse tipo de transação. A primeira exportação direta, através da mesma corretora, havia sido um sucesso, embora o valor fosse bem menos expressivo - US$ 14 mil.

Vitória maior haviam alcançado em 2009, quando negociaram na Bolsa de Diamantes da Antuérpia, na Bélgica, a maior do planeta: 44 quilates vendidos por US$ 350 mil. A diferença agora é que, pela primeira vez, eram os garimpeiros os portadores da mercadoria, e não os estrangeiros que vinham buscá-las no Brasil.

No escritório da corretora, eles ficaram otimistas com a avaliação das primeiras cinco pedras. Mas depois de uma ligação em hebraico, eles contam, os preços começaram a despencar. A maior decepção foi o valor oferecido ao diamante rosa de 3,89 quilates. "Queriam pagar US$ 4.850, um preço de banana, enquanto nossa expectativa era de US$ 250 mil", diz Darío, uma das lideranças da Coopergac. "Eu 'nasci os dentes' no garimpo e sei muito bem que aquele preço era de total má-fé", afirma.

Seria óbvio pensar que, naquele momento, os quatro deveriam ter feito as malas e trazido os diamantes de volta ao Brasil. O fato é que ficaram numa saia-justa: se carregassem as pedras, estariam praticando formalmente uma espécie de contrabando. "Tínhamos todos os documentos para exportar os diamantes, mas não para trazê-los de volta ao Brasil", explica Darío. Com isso, tiveram que desapegar-se das gemas, transferidas para a duvidosa custódia da corretora em Tel Aviv.

Foi esse o começo de um sufoco que parecia não ter fim. Nos longos meses de negociação, segundo relatos de pessoas independentes envolvidas no processo, a corretora israelense negava-se a mostrar as pedras a outros interessados, e chegou a ameaçar lapidar as gemas - para total desespero dos 135 garimpeiros, que, em maior ou menor quantia, ganhariam com o empreendimento.

O maior aperto foi quando a corretora anunciou que havia vendido o diamante cor-de-rosa, o maior e mais valioso, a um comprador espanhol, supostamente por US$ 85 mil. Acrescentaram que pagariam apenas US$ 45 mil aos originais vendedores, pois descontariam os custos que tiveram no processo.

Foi esse o alerta final. Os garimpeiros acionaram quem podiam. Com a ajuda de especialistas no Processo Kimberley, chegaram ao presidente da Bolsa de Diamantes de Israel - o experiente empresário Avi Paz, descendente de uma tradicional família de comerciantes dessas pedras preciosas na Rússia e na Bélgica. Paz sugeriu que o caso fosse levado a uma arbitragem internacional e, pela primeira vez, os dois lados entraram em um acordo.

A arbitragem funcionou como uma espécie de conciliação, liderada por dois árbitros - um indicado por Paz e outro pelo presidente da bolsa de diamantes da Antuérpia. As duas partes sentaram-se frente a frente, sem a presença de advogados. A corretora israelense representada por um sócio.

A cooperativa brasileira, por Darío e Wanderson - que mais uma vez desembarcaram na moderna Tel Aviv. Uma integrante da embaixada do Brasil em Israel traduzia as negociações em hebraico. A decisão de três parágrafos, com força de sentença, foi publicada em novembro, num desfecho considerado satisfatório.

O valor da pedra rosa foi o principal assunto em discussão. Os árbitros determinaram que a corretora israelense pagasse US$ 180 mil aos garimpeiros. O empresário e gemólogo holandês Mike Angenent, que se dedica ao comércio justo de pedras preciosas, participou do processo como observador.

"Um avaliador convocado pelos árbitros declarou que não havia dúvidas de que a pedra era um rosa intenso, e não um rosa claro, o que significa um incremento de cerca de US$ 100 mil no valor", explica Angenent.

A cooperativa recebeu o total estipulado na sentença. Os custos da arbitragem foram divididos entre as duas partes. A história se completa com o envio das outras pedras ao Brasil. Há cerca de 15 dias elas aguardam apenas o desembaraço no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, para voltar às merecidas mãos dos garimpeiros.

Ao comentar o primeiro conflito em suas transações diretas ao mercado internacional, os integrantes da Coopergac não escondem um certo constrangimento com algumas falhas de percurso. A avaliação das pedras, sobretudo, deveria ter sido feita no Brasil.

"Toda aprendizagem tem um custo", contenta-se Darío, que, ao seguir a profissão de sua família, também se preocupou em ir além. Formou-se em comércio exterior, especializou-se em São Paulo, estudou inglês e elegeu-se vereador. "Falar é fácil, fazer é que é difícil", diz.

Tudo isso lhe rendeu conhecimento e trânsito nos diversos níveis empresariais e de governo. A Coopergac se tornou uma das cooperativas mais ativas do mundo na discussão do processo Kimberley.

Tanto é que, em novembro de 2007, ao comparecer à plenária do processo em Bruxelas, na Bélgica, Darío e seus amigos mereceram aplausos de representantes de 45 países, por serem os únicos representantes de garimpeiros no encontro, ao lado de colegas de Diamantina, também em Minas Gerais.

"Hoje eles são considerados um exemplo mundial", atesta João César de Freitas Pinheiro, diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Mineração do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) - órgão responsável por assegurar o cumprimento do Processo Kimberley no Brasil.

Ao avaliar a experiência, Darío diz que o saldo é positivo. "Estivemos pessoalmente com o presidente da Bolsa de Diamantes de Israel, que nos abriu as portas", conta. "E isso não é para qualquer um." Os garimpeiros revelam que seus planos agora incluem insistir no mercado israelense e negociar diamantes já lapidados, ganhando com o valor agregado.

E quanto às gemas que chegaram ao Brasil? O conflito em Israel caiu na boca do mercado e lançou holofotes sobre o trabalho da cooperativa. Notícias correm pra todos os lados sobre as 180 pedras claras, coloridas, de todo tamanho, dos garimpeiros de Coromandel. "Já tem muito comprador interessado", garante Darío.

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Diamante vermelho ‘enorme’ atrai atenções em exibição na Austrália


Diamante vermelho ‘enorme’ atrai atenções em exibição na Austrália

A Rio Tinto apresentou três diamantes vermelhos, um deles com 1,56 quilate, o maior que a mineradora já teve.
Esta é a primeira vez que a companhia australiana expõe três diamantes vermelhos juntos. O objetivo é vender, mas o preço, que certamente chega à casa dos milhões de dólares, ainda é um mistério.

Um diamante incolor em forma de pera, o maior já oferecido em leilão, foi vendido por um recorde de quase 27 milhões de dólares em um leilão realizado em Genebra, onde também foram batidos recordes de valores para pérolas e safiras, disse a casa de leilões Christie’s.
O diamante “Legado Winston”, de 101,73 quilates, o principal item do leilão Joias Magníficas, foi comprado pela empresa de joias e relógios Harry Winston por 25,9 milhões de francos suíços (26,7 milhões de dólares)
“A Harry Winston adquiriu o diamante mais perfeito já oferecido para venda em leilão”, disse Rahul Kadakia, diretor da Christie’s.

O leilão arrecadou um total recorde de 102 milhões de dólares por 257 lotes, mostrando que o apetite por gemas permanece inalterado.
“Preços recordes mundiais foram estabelecidos para diamantes, pérolas e safiras, desse modo firmando o apetite internacional pelas mais belas gemas e joias”, acrescentou Kadakia em comunicado.
Na terça-feira, um conjunto de diamantes e brincos de pérolas naturais pertencentes à atriz italiana Gina Lollobrigida foi vendido por 2,37 milhões de dólares no casa de leilão rival Sotheby’s, um recorde em leilão.A apresentação aconteceu em Sydney.

Fonte: Extra

Diamantes: Entenda a classificação dos diamantes por cor

Diamantes: Entenda a classificação dos diamantes por cor

Diamantes: Entenda a classificação dos diamantes por cor

Os diamantes são pedras preciosas subdivididas em quatro categorias conhecidas como os 4cs: o carat (quilates), a cor, o corte e a claridade, conforme explicamos no post “Diamantes: Entenda a classificação dos diamantes por claridade“. No post de hoje iremos detalhar a classificação por cor.
Um diamante é mais valioso a medida em que sua cor é mais próxima ao incolor, ou seja, quanto menos cor, mais valor. Os diamantes coloridos são a exceção dessa regra, esses são valorizados pela intensidade de sua cor, já que sua beleza está no colorido natural de sua pedra.


Classificação dos diamantes por cor. (Fonte Imagem: GIA)


Para classificar a cor do diamante, a escala de gradação de cor da GIA é a mais utilizada no mercado. A organização é feita  em ordem crescente e tem seu início na letra D e término na letra Z, sendo assim, a letra D representa o diamante maisincolor.


Diamante Incolor Bruto (Fonte Imagem: Pisarro)

A distinção de  cores dos diamantes pode ser muito sutil e até mesmo profissionais treinados utilizam-se de artifícios para identificar a cor de um diamante. Para saber qual é a cor da nova pedra, os profissionais submetem  o diamante novo e uma pedra de cor já conhecida a uma iluminação controlada e a condições de visualização precisa, para assim classificar a cor da nova pedra.


Diamantes

Curiosidade

O sistema de gradação de cores da GIA, conhecido como DZ, inicia-se na letra D porque antes de sua criação, diversos outros sistemas foram criados utilizando escalas A, B, C ou 0, 1, 2, 3 ou ainda I, II, II, sem qualquer definição clara, gerando assim interpretações errôneas. Por isso, os criadores da escala de cor da GIA, quiseram iniciar a escala do zero para evitar qualquer associação com os sistemas anteriores, começando a partir da letra  D.
A escala da GIA é a que tem maior aceitação universal.
Fontes:
GIA
Pisarro