BREVE HISTÓRIA DO DIAMANTE NO BRASIL
De finais do século XIX até os dias atuais (2ª parte) L | |
No final do século XIX, um evento histórico relacionado ao mundo do diamante alterou drasticamente o panorama vigente. A descoberta das primeiras pedras na África do Sul, ocorrida em 1866, foi um divisor de águas neste cenário, pois o Brasil, que até então detinha a primazia da produção, foi suplantado após aproximadamente 150 anos de liderança.
Os anos seguintes ao achado africano marcaram um período de franco declínio da produção brasileira, que não deveu-se ao esgotamento de suas reservas, mas sim aos baixos teores dos depósitos, que eram intensamente lavrados com base em trabalho escravo, abolido no final do século XIX. Quando os primeiros diamantes provenientes da África do Sul alcançaram a Europa, por volta de 1870, Lisboa, outrora o principal centro de comercialização de mercadoria bruta, também já perdera importância, se comparada aos centros de lapidação de Amsterdã e Antuérpia.Após o fim da denominada era brasileira na história do diamante, a região de Diamantina, em Minas Gerais, continuou sendo a principal fonte deste mineral no país, embora sua produção tenha se mantido em níveis relativamente baixos até o princípio dos anos 1960 quando, além das atividades dos garimpeiros autônomos e dos garimpos semi-mecanizados, empresas de mineração iniciaram a exploração das aluviões diamantíferas, utilizando o método de dragagem em larga escala, ao longo dos leitos do Rio Jequitinhonha e de seus afluentes. Esta região manteve-se hegemônica no país até meados dos anos 80 mas, atualmente, seus depósitos encontram-se relativamente próximos da exaustão. Por outro lado, o Triângulo Mineiro alcançou projeção nacional, devido a sua produção significativa e por ser a região de ocorrência de grande parte dos maiores diamantes brasileiros encontrados na primeira metade do século XX, sobretudo nos domínios hidrográficos do rio Abaeté, nos municípios de Coromandel, Estrela do Sul, Tiros, Patos de Minas, Monte Carmelo, Abadia dos Dourados e Romaria. Atualmente, está em curso um projeto de identificação de kimberlitos nas regiões oeste e central do estado de Minas Gerais. A produção de diamantes matogrossense ressurgiu no início do século XX com as descobertas ocorridas nas regiões de Poxoréo, que remontam à década de 20, e Nortelândia, Alto Paraguai e Arenápolis, entre o final da década de 30 e início dos anos 40. As atividades de garimpagem em aluviões dessas regiões continuaram, intermitentemente, durante as décadas seguintes e intensificaram-se a partir dos anos 70, no noroeste do estado, em Juína, e no sudoeste, nos municípios de Tesouro, Guiratinga, Alto Garças, Barra do Garças e Poxoréo, sendo, neste último, criada uma reserva garimpeira, em 1979. Nesta mesma década, a chegada de empresas de mineração, que passaram a prospectar diamantes sistematicamente na região, contribuíram para que a produção alcançasse maior relevância nos últimos 35 anos, convertendo Poxoréo em um importante centro produtor nacional. Em Rondônia, junto à divisa com o estado do Mato Grosso, a reserva indígena Roosevelt apresenta grande potencial diamantífero. Como no Brasil as atividades de mineração em terras indígenas são ilegais, há uma expectativa por parte da etnia Cinta-Larga, das mineradoras e dos garimpeiros quanto a sua regulamentação, após conflitos ocorridos em 2004. Atualmente, há diversos kimberlitos no estado sendo pesquisados com vistas à implantação de empreendimentos de mineração, principalmente na promissora região de Pimenta Bueno, no leste do estado. A produção de diamantes na região da Chapada Diamantina, no centro do estado da Bahia, teve seu esplendor na segunda metade do século XIX, quando as ocorrências de Lençóis, Andaraí, Palmeiras e Mucugê, na bacia do rio Paraguaçu, foram intensamente lavradas. As atividades de garimpagem diminuíram gradativamente no final do século XIX, até quase cessarem ao término da segunda década do século passado. A partir dos anos 80, várias garimpos entraram em atividade nos leitos dos rios situados no Parque Nacional da Chapada Diamantina e próximos dele. Por uma ação conjunta de entidades ligadas à mineração e ao meio ambiente, estes garimpos foram fechados em 1996. Os diamantes foram descobertos em Roraima no início do século XX, inicialmente na região do rio Maú e, mais tarde, nos leitos dos rios Cotingo, Quinô e Suapí. Na década de 30, deu-se a descoberta do depósito da serra do Tepequém, próximo à divisa com a Guiana, que manteve-se como o mais importante do estado por longo tempo. No início da década de 60, ocorreu um declínio da produção, como resultado da impossibilidade de aplicação de métodos rudimentares aos já baixos teores das aluviões remanescentes. A partir dos anos 70, teve início a produção mecanizada e, em meados da década seguinte, foi criada a reserva garimpeira de Tepequém, fechada em 1989. Dois anos mais tarde, deu-se a criação do Parque Nacional dos Índios Ianomâmis, neste estado em que as questões indígenas e ambientais exerceram influência preponderante na produção. Depósitos diamantíferos menos significativos foram descobertos nos séculos XIX e XX em diversas regiões do país, nos estados de Minas Gerais (Serra da Canastra e Presidente Olegário), Piauí (Gilbués e Monte Alegre), Paraná (Rio Tibagi), São Paulo (Franca), Mato Grosso do Sul (Aquidauana), Goiás (Israelândia e Araguatins), Pará (Itupiranga e Itaituba), Tocantins e outros. Atualmente, o Brasil detém uma posição quase insignificante no mercado global de diamantes, respondendo por aproximadamente 1 % da produção mundial. O modo de ocorrência dos diamantes em todas as localidades brasileiras mencionadas é similar, sendo as gemas lavradas em depósitos secundários, sejam aluviões, eluviões, colúvios e/ou em metaconglomerados. Embora no Brasil ocorram centenas de kimberlitos e lamproítos, as fontes primárias do diamante, a imensa maioria destes corpos rochosos é estéril ou apresenta teores insignificantes sob o ponto de vista econômico, de modo que, até onde sabemos, toda a produção ainda é oriunda de depósitos secundários. Os corpos mineralizados conhecidos ocorrem, assim como em todo o mundo, em regiões estáveis a pelo menos 1,5 bilhões de anos e, no Brasil, estão associados a lineamentos estruturais, embora não seja esta uma premissa em termos mundiais. Em nosso país, a proporção entre as pedras para uso em joalheria e as destinadas à indústria é muito variável segundo a origem, sendo o percentual de diamantes-gema na região da Serra do Espinhaço (MG) o mais alto do país, superior a 80 %, uma das maiores médias mundiais. Quanto à gênese, a teoria mais aceita hoje em dia é a de que os diamantes encontrados nos depósitos secundários brasileiros derivaram de fontes primárias de idade pré-cambriana, em alguns casos originalmente localizadas a centenas de quilômetros da região onde hoje são encontrados os diamantes, que teriam sido transportados e distribuídos por eventos glaciais. A título de curiosidade, cabe mencionar que evidências sugerem que os diamantes de algumas ocorrências, como as da região de Franca (SP) e do rio Tibagi (PR), sejam oriundos, em parte, do continente africano, evidentemente formados antes da separação continental América do Sul / África. Desde os anos 60, diversas empresas de mineração vêm atuando na prospecção sistemática por fontes primárias e secundárias de diamante em várias regiões do país que, descobertas e comprovadas viáveis, resultarão na renovação dos meios de produção, com os métodos empregados na atividade de garimpagem sendo gradativamente substituídos pelas operações mecanizadas de lavra e beneficiamento. | |
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quinta-feira, 4 de agosto de 2016
BREVE HISTÓRIA DO DIAMANTE NO BRASIL De finais do século XIX até os dias atuais (2ª parte)
CÉLEBRES DIAMANTES BRASILEIROS Descobertos até o final do século XIX
CÉLEBRES DIAMANTES BRASILEIROS
Descobertos até o final do século XIX | |
Atendendo à solicitação de um leitor, neste mês discorreremos brevemente sobre alguns famosos diamantes brasileiros, lembrando que a informação disponível sobre o tema é bastante controversa, entre outros motivos porque apenas parte dos grandes diamantes teve sua existência comprovada e pública, além do fato de que era comum a relapidação de espécimes famosos ao mudarem de mãos, quer fosse para imprimir a marca do novo dono ou para evitar que fossem reconhecidos.
De modo geral, os diamantes que se tornam célebres têm peso superior a 50 quilates, são aproximadamente incolores ou de cor de fantasia e possuem algum atrativo adicional, como seu tamanho, importância histórica, singularidade, lapidação e/ou lendas que o cercam.Como a Índia foi a única fonte importante de diamantes desde o quarto século antes de Cristo até a sua descoberta no Brasil, de lá procediam quase todos os exemplares de valor histórico. Apesar disto, especula-se que um ou outro famoso diamante de origem supostamente indiana possa ter sido realmente encontrado no Brasil. Apesar da enorme produção proveniente da região de Diamantina ter sido a responsável pela primazia do nosso país no fornecimento mundial durante um século e meio e do fato de que diversos dos maiores e melhores diamantes ali extraídos terem sido inseridos no acervo de jóias da coroa portuguesa, a maior parte dos grandes exemplares brasileiros foi descoberta mais tarde, no Triângulo Mineiro, principalmente nos municípios de Coromandel, Estrela do Sul, Tiros, Patos de Minas, Monte Carmelo, Abadia dos Dourados e Romaria. O primeiro grande diamante descoberto nesta região a receber nome e tornar-se público foi o denominado Bragança ou Regente de Portugal. Segundo o inglês John Mawe, em seu relato de viagem ao Brasil, o exemplar pesaria 144 quilates e teria sido encontrado no longínquo ano de 1798, no leito do rio Abaeté. De acordo com o mesmo autor, a pedra foi requisitada pela Coroa Portuguesa, como eram todas que pesassem mais de 20 quilates, e Dom João VI o usava em ocasiões especiais. É um espécime controverso e seu atual paradeiro é desconhecido, embora haja menção a um diamante com este nome entre as jóias da coroa sueca. Outro célebre diamante brasileiro é o Estrela do Sul, que possuía 261,38 quilates em estado bruto. Ele foi descoberto no ano de 1853, em um garimpo no Rio Bagagem, Triângulo Mineiro, por uma escrava, que mais tarde foi alforriada e recebeu uma pensão vitalícia. A pedra foi assim nomeada pelos irmãos franceses que a adquiriram, ocasionando a mudança do nome da localidade de Bagagem para a atual Estrela do Sul. A lapidação desta gema, realizada em 1857 pelo Sr. Voorzanger, de Amsterdã, durou 3 meses, resultando em um exemplar de 128,48 quilates e forma de almofada. O Estrela do Sul foi adquirido em 1867 por Khande Rao, soberano do reino indiano de Baroda, por aproximadamente US$400 mil. Ele foi o primeiro diamante brasileiro a obter notoriedade internacional e, durante mais de um século, o maior descoberto por uma mulher, até que a Sra. Ernestine Ramaboa, de Lesotho, encontrou um espécime de 601,26 quilates, em 1967. O Estrela do Sul mudou novamente de mãos em 2001, sendo adquirido por compradores que preferiram permanecer anônimos. Em dezembro do mesmo ano, foi submetido por eles à graduação no Laboratório Gemológico Gubelin, da Suiça, que estabeleceu um grau de pureza VS2 e descreveu sua cor como marrom rosáceo “fancy light”. Em 1857, portanto apenas quatro anos após a descoberta do Estrela do Sul, outro famoso exemplar, pesando 120,58 ct, foi encontrado no mesmo Rio Bagagem. Denominado Dresden Inglês, Dresden Branco ou E. H. Dresden, em homenagem ao agente inglês que o adquiriu no Rio de Janeiro e o levou a talhar no atelier de Coster, em Amsterdã, foi assim designado para diferenciá-lo do Dresden, o mais famoso diamante verde jamais encontrado, de procedência desconhecida. Conhecido por seus elevados graus de pureza e cor, o Dresden Inglês foi lapidado em uma única pedra com forma de gota, pesando 78,53 ct, e supõe-se que esteja de posse da família real de Baroda. Ao que consta, em 1859, no mesmo Rio Bagagem, teria sido encontrado um diamante de 250 quilates, denominado Estrela do Egito e, em 1867, um exuberante espécime de 105,50 ct, sem nome, no garimpo de Água Suja, município de Romaria. Se levarmos em consideração os diamantes de qualidade não gemológica, deveríamos incluir na relação dos maiores alguns carbonados, isto é, agregados criptocristalinos de cor usualmente preta, que consistem de uma mescla de diamante grafitizado e carbono amorfo, caracterizados pela ausência de clivagem e alta resistência. O maior deles foi descoberto no ano de 1842, na Chapada Diamantina, parte central do estado da Bahia, célebre pela ocorrência deste tipo de material. A pedra recebeu o nome de Carbonado Sérgio e pesava 3.167 quilates, portanto superior ao peso do Cullinan (3.106 ct), o maior diamante bruto já encontrado. | |
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
Riquezas de Minas Gerais
Riquezas de Minas Gerais

Matéria-prima é o que não falta. Minas Gerais é o maior produtor mundial de gemas coradas, mais conhecidas como pedras preciosas.
O grande problema é que a maioria das pedras preciosas de Minas Gerais sai no seu estado bruto. O tratamento e a lapidação são feitos fora do estado, na maioria das vezes no exterior.
No caso das pedras preciosas, muitas vezes elas retornam para o estado tratadas e lapidadas ou já em forma de jóias, agregando um grande valor à peça. É fácil perceber os prejuízos com a venda da pedra bruta, muito barata em relação à mesma pedra depois de beneficiada. Uma pena...pois aqui temos o produto mas não existem tantas pessoas capacitadas para desenvolver a função de lapidador.
CRIAÇÃO DO GEOPARQUE DO SERIDÓ É APOSTA PARA INTERIORIZAÇÃO DO TURISMO NO RN
CRIAÇÃO DO GEOPARQUE DO SERIDÓ É APOSTA PARA INTERIORIZAÇÃO DO TURISMO NO RN
Durante a semana passada, voltou a ser discutido em Caicó, mais precisamente na Câmara de Vereadores, a criação do Geoparque do Seridó. Autoridades, entidades, empresas e município ampliaram as análises em torno deste que promete ser o segundo geoparque do Brasil e terceiro da América Latina, com o objetivo de fomentar o turismo no interior, ao mesmo tempo em que visa valorizar as riquezas geológicas e arqueológicas existentes no Estado.
Collecione conversou com Temilson Costa, turismólogo e coordenador do Senac RN para saber quais novidades aconteceram na ocasião e o bate-papo, vocês conferem a seguir.
Collecione: Para muitos que não sabem ou não se deram conta, vamos esclarecer: O que é o Geoparque do Seridó?
Temilson: “Trata-se de uma proposta nascida em 2010 pelos professor Dr. Marcos Antonio Leite Nascimento (UFRN) e Rogério Valença Ferreira (Serviço Geológico do Brasil ou CPRM) que realizaram um estudo técnico e diagnosticaram as potencialidades geoturísticas da região. O conceito “geoparque” já está espalhado em 32 países e desencadeia um interesse crescente em muitos outros, isso porque influencia o desenvolvimento sustentável, funcionando como um parque delimitado pela riqueza geológica, envolvendo as comunidades e as atividades inerentes aquelas regiões, particularmente de caráter turístico e cultural”.
Temilson: “Trata-se de uma proposta nascida em 2010 pelos professor Dr. Marcos Antonio Leite Nascimento (UFRN) e Rogério Valença Ferreira (Serviço Geológico do Brasil ou CPRM) que realizaram um estudo técnico e diagnosticaram as potencialidades geoturísticas da região. O conceito “geoparque” já está espalhado em 32 países e desencadeia um interesse crescente em muitos outros, isso porque influencia o desenvolvimento sustentável, funcionando como um parque delimitado pela riqueza geológica, envolvendo as comunidades e as atividades inerentes aquelas regiões, particularmente de caráter turístico e cultural”.
Collecione: Qual a área precisa que compreende o projeto?
Temilson: “No Projeto Geoparque Seridó foram cadastrados 25 geossítios com base em mapas geológicos e geomorfológicos localizados nos municípios de Cerro Corá, Lagoa Nova, Currais Novos, São Vicente, Florânia, Cruzeta, Acari, Carnaúba dos Dantas, Jardim do Seridó e Parelhas, na região Seridó, do estado do Rio Grande do Norte”.
Temilson: “No Projeto Geoparque Seridó foram cadastrados 25 geossítios com base em mapas geológicos e geomorfológicos localizados nos municípios de Cerro Corá, Lagoa Nova, Currais Novos, São Vicente, Florânia, Cruzeta, Acari, Carnaúba dos Dantas, Jardim do Seridó e Parelhas, na região Seridó, do estado do Rio Grande do Norte”.
Collecione: Qual a importância que tal projeto e o que ele desencadeará para nossa região?Temilson: “Tendo em vista o caráter excepcional do patrimônio geológico do Seridó potiguar, associado aos aspectos biológicos, turísticos, culturais e históricos, nossa região apresenta grande potencial. O Seridó apresenta um patrimônio geológico de beleza singular, decorrente dos inúmeros processos naturais a que esta região foi submetida ao longo da história da Terra, cujo registro pode ser observado nas diversas formas do relevo, tais como as serras e picos ou até mesmo as exposições rochosas menores constituídas por granitos, gnaisses, mármores, quartzitos e arenitos. Segundo o governador Robinson Faria, ‘a criação do geoparque do Seridó será um passo importante para a interiorização do turismo para render a devida valorização às riquezas do RN. O governo está seguindo todas as orientações técnicas para viabilizar este parque, com ele um novo momento no que se refere ao desenvolvimento sustentável dos municípios incluídos'”.
Collecione: O que foi apontado na audiência realizada na Câmara de Vereadores de Caicó? Alguma novidade a respeito?
Temilson: “Debatemos o ‘Turismo, Educação e Cultura: oportunidades para o desenvolvimento da cidade de Caicó’, e observamos que mesmo sem uma participação popular, as pessoas disponibilizaram um pouco de seu tempo para discutir o tema e entender a importância da atividade turística para Caicó. A cidade já deveria ter o turismo de forma solidificada, não dependendo apenas das suas festas tradicionais como Carnaval e Festa de Sant’Ana. Verificamos que possuímos potencialidades turísticas para desenvolver vários tipos de turismo, desde o pedagógico, passando pelo de aventura, cultural, eventos, gastronômico, negócios e etc. Existe a possibilidade de incrementar um calendário de eventos que cabe com a sazonalidade e tenhamos essas atividades implementadas durante os vários meses do ano. Apesar de Caicó não estar contemplada no projeto, possui características e potencialidades para em um futuro próximo, também possuir um Geoparque Municipal, como foi citado na ocasião exemplos exitosos em Portugal, Espanha e França”.
Temilson: “Debatemos o ‘Turismo, Educação e Cultura: oportunidades para o desenvolvimento da cidade de Caicó’, e observamos que mesmo sem uma participação popular, as pessoas disponibilizaram um pouco de seu tempo para discutir o tema e entender a importância da atividade turística para Caicó. A cidade já deveria ter o turismo de forma solidificada, não dependendo apenas das suas festas tradicionais como Carnaval e Festa de Sant’Ana. Verificamos que possuímos potencialidades turísticas para desenvolver vários tipos de turismo, desde o pedagógico, passando pelo de aventura, cultural, eventos, gastronômico, negócios e etc. Existe a possibilidade de incrementar um calendário de eventos que cabe com a sazonalidade e tenhamos essas atividades implementadas durante os vários meses do ano. Apesar de Caicó não estar contemplada no projeto, possui características e potencialidades para em um futuro próximo, também possuir um Geoparque Municipal, como foi citado na ocasião exemplos exitosos em Portugal, Espanha e França”.
Collecione: Qual o panorama que vocês analisaram em relação às atividades turísticas desenvolvidas em Caicó?
Temilson: “Caicó possui empresas privadas e capital humano que possuem visão estratégica para desenvolver essa atividade, como exemplo, o profissional José da Paz, o Paizito, que atua como guia de turismo na cidade desde 2006. Bem como, a empresa Referência Comunicação que realiza há três anos o Congresso de Empreendedorismo do Seridó. No entanto, estas ações são pontuais e o que Caicó realmente necessita é de um trabalho em conjunto entre Governo Municipal, iniciativa privada e profissionais com formações na área, pois na Faculdade Católica Santa Teresinha, existem diversos turismólogos formados que buscaram outras áreas por não ter o devido reconhecimento”.
Temilson: “Caicó possui empresas privadas e capital humano que possuem visão estratégica para desenvolver essa atividade, como exemplo, o profissional José da Paz, o Paizito, que atua como guia de turismo na cidade desde 2006. Bem como, a empresa Referência Comunicação que realiza há três anos o Congresso de Empreendedorismo do Seridó. No entanto, estas ações são pontuais e o que Caicó realmente necessita é de um trabalho em conjunto entre Governo Municipal, iniciativa privada e profissionais com formações na área, pois na Faculdade Católica Santa Teresinha, existem diversos turismólogos formados que buscaram outras áreas por não ter o devido reconhecimento”.
Rutilo em Novo Horizonte-BA
Rutilo em Novo Horizonte-BA
Barracos de plástico, de papelão. No meio do nada, pequenos abrigos acolhem famílias inteiras. A vontade de ficar rico da noite para o dia impõe sacrifícios, improviso. A Vila da Esperança, construída por exploradores de um minério pouco conhecido, deve ser a mais nova vila de garimpeiros do Brasil.
Quem já ouviu falar em rutilo ou quartzo rutilado? Segundo os geólogos, é o minério da moda no mundo das pedras preciosas. Um cristal amarelado com fios dourados dentro. As minas foram descobertas há pouco tempo, em Novo Horizonte, sudoeste baiano. São as únicas no Brasil.
A maneira de extrair é o que há mais precário em mineração. Os aventureiros entram e saem de buracos sem nenhuma segurança, como se fossem exímios equilibristas. Os menos corajosos dependem de quem controla o carretel, uma espécie de elevador manual.
Os buracos mais rasos têm 15 metros de profundidade. Embaixo do chão, o trabalho, além de pesado, é extremamente perigoso. É preciso muita sorte, não só para encontrar o rutilo, mas para não morrer também, porque não há nada que sustente o teto. O otimismo e o sonho de ganhar muito dinheiro fazem com que eles esqueçam o medo.
Os garimpeiros Gilson e Giorlando Moraes começaram a abrir a galeria, e as pedras foram aparecendo. "A parte mais escura é o rutilo. Talvez tenha toneladas", comenta Gilson.
Um comprador pagou R$ 70 por 70 quilos de pedra – R$ 1 por quilo. Os preços do rutilo variam de acordo com a qualidade das pedras. Em três lotes selecionados, considerados bons, um vale R$ 100 reais o quilo, outro vale R$ 150 e o outro, R$ 300. O garimpeiro que encontrar uma peça especial ganha muito mais dinheiro. Os exportadores chegam a pagar até R$ 2 mil por quilo.
Antes de seguir para o exterior, o minério passa por uma limpeza. Os chineses compram tudo o que os garimpeiros produzem. Todo mês, a região exporta cerca de 60 toneladas. Só uma empresa vende quase mil tonéis de rutilo por ano para indústrias de Hong-Kong.
"O quilo de uma pedra especial custa de US$ 90 a US$ 150, mais de R$ 400", conta a gerente Leila Catarine Fernandes.
Enormes, bonitas e caras. As pedras que saíram do garimpo de Luiz Antônio dos Santos, só colecionadores ricos conseguem comprar. Chegam a custar R$ 70 mil.
"As pessoas compram para fazer bolas de pedras", diz o garimpeiro.
Molhado e no reflexo da luz do sol, dá para ver melhor a beleza do rutilo.
"Cinqüenta quilos custam cerca de R$ 30 mil. É fácil achar comprador", afirma Luiz Antônio.
Quem já ouviu falar em rutilo ou quartzo rutilado? Segundo os geólogos, é o minério da moda no mundo das pedras preciosas. Um cristal amarelado com fios dourados dentro. As minas foram descobertas há pouco tempo, em Novo Horizonte, sudoeste baiano. São as únicas no Brasil.
A maneira de extrair é o que há mais precário em mineração. Os aventureiros entram e saem de buracos sem nenhuma segurança, como se fossem exímios equilibristas. Os menos corajosos dependem de quem controla o carretel, uma espécie de elevador manual.
Os buracos mais rasos têm 15 metros de profundidade. Embaixo do chão, o trabalho, além de pesado, é extremamente perigoso. É preciso muita sorte, não só para encontrar o rutilo, mas para não morrer também, porque não há nada que sustente o teto. O otimismo e o sonho de ganhar muito dinheiro fazem com que eles esqueçam o medo.
Os garimpeiros Gilson e Giorlando Moraes começaram a abrir a galeria, e as pedras foram aparecendo. "A parte mais escura é o rutilo. Talvez tenha toneladas", comenta Gilson.
Um comprador pagou R$ 70 por 70 quilos de pedra – R$ 1 por quilo. Os preços do rutilo variam de acordo com a qualidade das pedras. Em três lotes selecionados, considerados bons, um vale R$ 100 reais o quilo, outro vale R$ 150 e o outro, R$ 300. O garimpeiro que encontrar uma peça especial ganha muito mais dinheiro. Os exportadores chegam a pagar até R$ 2 mil por quilo.
Antes de seguir para o exterior, o minério passa por uma limpeza. Os chineses compram tudo o que os garimpeiros produzem. Todo mês, a região exporta cerca de 60 toneladas. Só uma empresa vende quase mil tonéis de rutilo por ano para indústrias de Hong-Kong.
"O quilo de uma pedra especial custa de US$ 90 a US$ 150, mais de R$ 400", conta a gerente Leila Catarine Fernandes.
Enormes, bonitas e caras. As pedras que saíram do garimpo de Luiz Antônio dos Santos, só colecionadores ricos conseguem comprar. Chegam a custar R$ 70 mil.
"As pessoas compram para fazer bolas de pedras", diz o garimpeiro.
Molhado e no reflexo da luz do sol, dá para ver melhor a beleza do rutilo.
"Cinqüenta quilos custam cerca de R$ 30 mil. É fácil achar comprador", afirma Luiz Antônio.
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A pequena cidade de Juína, no Mato Grosso, viu desde a década de 1990 o movimento em torno de seu subsolo ganhar tamanho e relevância, graça...