quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Mina de ouro repousa sob a pobreza

Mina de ouro repousa sob a pobreza


Há aproximadamente dois séculos, levas de aventureiros se revezaram por algum tempo em temporadas quase sempre breves na região de Cachoeira, uma área inóspita e na época pouco habitada do município de Viseu, próximo à divisa com o Maranhão. Eles não se demoravam ali por lazer. Eram faiscadores de ouro, garimpeiros em trânsito, aventureiros movidos pela ilusão da riqueza fácil.

Mas só garimpeiros? Nos primeiros tempos, sim. Depois deles, entretanto, vieram as mineradoras, empresas organizadas. Mas elas também não criaram raízes. A primeira foi a canadense Brascan, que lá chegou em 1954. Depois dela vieram várias outras, todas também meio que de passagem, e entre elas, como ocorreu sempre ao longo dos últimos dois anos, novas levas de garimpeiros, sazonalmente na busca de ouro. Agora, está lá a décima empresa de mineração.

Cachoeira, que durante muitas décadas não passou de um simples garimpo, às vezes rústico e hostil, às vezes semiabandonado, começou a mudar sua história a partir da década de 1990. Em 1995, mais precisamente o antigo vilarejo que foi se formando ao longo dos anos, e já então elevado à condição de vila, obteve finalmente a sua emancipação político-administrativa. O antigo distrito de Viseu transformou-se em município e a partir daí ganhou vida própria.

Desde então, Cachoeira do Piriá cresceu bastante. Sua população hoje é estimada em perto de 28 mil habitantes. Mas é uma população pobre. O mais recente diagnóstico social lá realizado concluiu que a taxa de analfabetismo no município é de 76%, o índice de pobreza chega a 49,7%, o rendimento médio da população é de R$ 196,53, sendo o último censo do IBGE, e 40% das famílias dependem do Bolsa Família. Cachoeira do Piriá rivaliza também com alguns municípios do Marajó na lista dos que têm o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano – lá, de 0,551 – de todo o Estado.

De tudo isso, de certa forma já se sabia, inclusive a própria população local. Mas agora já existem fatos novos que poucos conhecem. Por exemplo: parte da população pobre de Cachoeira do Piriá vive literalmente sobre um depósito subterrâneo de ouro. E mais: exatamente por estar em cima desse depósito, uma parcela dos moradores da cidade vai ter que deixar o local e ser remanejada para outra área. Com direito a indenização justa, obviamente.

Outra coisa que as pessoas ignoram, mas não deveriam ignorar – principalmente aquelas que residem em Cachoeira – é que elas estão expostas a duas situações extremamente perigosas. Uma, o uso de explosivos (dinamite) por pessoas não autorizadas nem capacitadas a manusear produtos perigosos, o que constitui crime. Outra, o processamento de rejeitos do antigo garimpo em duas plantas de cianetação.

Os rejeitos são coletados e vendidos aos responsáveis pelas duas plantas por ex-garimpeiros desempregados. Ocorre que as unidades de cianetação estão operando de forma irregular. Elas ocupam irregularmente áreas que já possuem portarias de lavra expedidas pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), não têm autorização legal para funcionar e muito menos o licenciamento ambiental, obrigatório nesse tipo de empreendimento. E o que é mais grave: o cianeto, que estão utilizando no processo de extração do ouro, é um dos produtos químicos mais tóxicos e letais que existem na natureza. Ou seja, estão colocando em sério risco a vida das pessoas e o meio ambiente.

DNPM na defesa dos garimpeiros

A flagrante ilegalidade das operações que estão se processando no antigo garimpo, por um lado, e por outro as graves ameaças que a atividade hoje representa para a população local levaram o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) a buscar uma solução urgente.

Ainda esta semana esteve em Belém, vindo de Brasília, o seu diretor de gestão de títulos minerários, Jomar Feitosa. Ele se reuniu com o superintendente do DNPM no Pará, João Bosco Pereira Braga, e com dirigentes e executivos da empresa que detém a portaria de lavra.

Na verdade, são duas empresas de um mesmo grupo, conforme explicou João Bosco Braga. Em Cachoeira do Piriá, do lado paraense, atua a Luna Gold, detentora de direitos sobre uma área com reserva estimada em 15 toneladas de ouro. Do outro lado da fronteira, já em território maranhense, no município de Godofredo Viana, atua a Aurizona Mineração, com projeto mecanizado que já produz ouro desde 2008.

O que acontece ali é fácil de ser explicado, à luz do conhecimento geológico que hoje se tem da área: o veio de ouro subterrâneo, criado pela natureza sem se importar com os limites geográficos idealizado pelo homem, avança por debaixo do solo em duas direções, alcançando de um lado o Maranhão e, de outro, a cidade de Cachoeira, dezenas de metros abaixo da superfície onde mora parte da população local.

Para resgatar a ordem e restaurar na cidade o princípio da legalidade, Jomar Feitosa disse que foi acionado um grupo de trabalho da Coordenação e Ordenamento Mineral (Cordem). Esse grupo está atuando em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado e Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração. Também vai ser buscada a parceria com a Prefeitura Municipal de Cachoeira e com os garimpeiros, através das lideranças e entidades que representam a categoria.

O diretor do DNPM deixou claro que a empresa mineradora terá que cumprir uma série de condicionantes nas áreas social e ambiental. Quanto aos garimpeiros, a ideia é que eles sejam treinados e capacitados para trabalhar na atividade industrial.

“É preciso haver equilíbrio entre empreendedorismo econômico e responsabilidade social. Nós precisamos, sim, restaurar o princípio de legalidade e ao mesmo tempo montar uma equação em que todos possam ganhar o que é justo - a remuneração do capital para a empresa, tributos para o município, o Estado e a União, e a oportunidade de trabalho digno para os garimpeiros que hoje vivem em condições degradantes”, finalizou. (Diário do Pará)

História do zircônio

História

Gemas que contêm zircônio eram conhecidos nos tempos antigos como zircão.
Em 1789, o químico alemão, Martin Klaproth analisou um zircão e separados zircônio sob a forma de zircônia sua "terra", que é o óxido de ZrO 2.
Klaproth não conseguiu isolar o próprio metal puro, e Humphry Davy também falhou quando tentou eletrólise em 1808.
Foi em 1824 que o elemento foi isolado, quando o químico sueco Jöns Berzelius hexafluorozirconato potássio aquecida (K 2 ZRF 6)com metal de potássio e obteve alguns zircônio como um pó preto.
zircônio puro só foi produzido totalmente em 1925 pelos químicos holandeses Anton Eduard van Arkel e Jan Hendrik de Boer pela decomposição de zircônio tetraiodeto (ZrI 4).
Hoje em dia o metal é produzido em grandes quantidades pelo aquecimento de tetracloreto de zircônio (ZrCI4) com magnésio.

Símbolo - Zr

Elemento metálico de transição, branco acinzentado.
Número atômico: 40
Configuração eletrônica:
 [Kr]4d25s2
Massa atômica: 
91,22g.cm-3
d =
 6,44g.cm-3
Ponto de fusão:
 1852,0 ° C (K 2125,15, 3365,6 ° F) 
Ponto de ebulição: 4377,0 ° C (4.650,15 K, 7910,6 ° F) 
Número de prótons / Elétrons: 40 
Número de nêutrons: 51 
Classificação: Metais de Transição 
Cristal Estrutura: Hexagonal 
Densidade @ 293 K: 6,49 g / cm3 
Cor: Cinzento.
Data da descoberta:
 1789 
Descobridor: Martin Klaproth 
Nome de Origem: zircão (mineral) 
Usos: aplicações nucleares 
Obtido a partir de: zircão, baddeleyite.
É encontrado principalmente no mineral zircão, ZrSiO4, e no baddeleyite, ZrO2.
A extração é feita com cloro, produzindo ZrCl4 que é purificado por extração com solvente e reduzido com magnésio (processo Kroll). S
São conhecidos 5 isótopos naturais (números de massa 90, 91, 92, 94 e 96) e 6 isótopos radioativos.
O elemento é usado em reatores nucleares (é um eficiente absorvedor de nêutrons).
O metal forma camada passiva de óxido no ar e queima a 500ºC. A maioria dos seus compostos são complexos de zircônio (IV).
óxido de zircônio (IV) é conhecido como zircônia, ZrO2, e é usado como eletrólito de celas a combustível.
O elemento foi identificado em 1789 por Klaproth e isolado em 1824 por Berzelius.
Zircônio
Zircão
Amostras brutas e lapidadas de zircão, ZrSiO
4.

Estrutura atômica

Zircônio
Número de níveis de energia: 5
Primeiro Nível de energia: 2 
Segundo Nível de Energia: 
Terceiro Nível de Energia: 18 
Quarto Nível de energia: 10 
Quinto Nível de energia: 2

Utilização

zircônio é utilizado em ligas resistentes à corrosão, em reatores nucleares e supercondutores.
O ZrO2 é utilizado em cerâmicas refratárias e baterias.

Usos

Zircônio não absorve nêutrons, tornando-se um material ideal para uso em centrais nucleares.
Mais de 90% de zircônio é utilizado desta forma.
Reatores nucleares pode ter mais de 100.000 metros de tubulações de liga de zircônio.
Com nióbio, zircônio é supercondutor a baixas temperaturas e é usado para fazer ímanes supercondutores.
Zircônio metálico é protegido por uma camada fina de óxido tornando-se excepcionalmente resistentes à corrosão por ácidos, bases e água salgada. Por esta razão, é amplamente utilizado na indústria química.
zircônio (IV) é usado em cerâmica ultra-forte.
Ele é usado para fazer cadinhos que irão resistir ao choque de calor, revestimento interior de fornos, tijolos fundição, abrasivos e pelas indústrias de vidro e cerâmica.
Ele é tão forte que mesmo uma tesoura e facas podem ser feitas a partir dele.
É também usado em produtos cosméticos, antitranspirantes, embalagem de alimentos e na produção de filtros de micro-ondas.
Zircão é uma pedra semi-preciosa natural encontrado em uma variedade de cores. O mais desejável ter um tom dourado.
O elemento foi descoberto pela primeira vez nesta forma, resultando em seu nome.
Zircônia cúbica (óxido de zircônio) é uma pedra sintética. As pedras incolores, quando cortado, se assemelham a diamantes.
Zircão misturado com vanádio ou praseodímio faz pigmentos azuis e amarelas para vitrificação de cerâmica.

Propriedades físicas

Zircônio é um duro, branco-acinzentado, metal brilhante.
Sua superfície tem muitas vezes uma aparência escamosa.
Ocorre também na forma de um pó preto azulado ou preto.
Tem um ponto de 1.857 ° C (3.375 ° F) e um ponto de 3.577 ° C (6.471 ° F ebulição de fusão.
A sua densidade é de 6,5 gramas por centímetro cúbico.
Zircônio tem uma propriedade física de especial importância. É transparente a nêutrons. Os nêutrons são partículas minúsculas com nenhuma carga no núcleo (centro) de quase todos os átomos.
Industrialmente, eles são usados ??para fazer as reações de fissão nuclear ocorrer.
Fissão nuclear é o processo em que grandes átomos de quebrar. Grandes quantidades de energia e menores átomos são produzidos durante a fissão.
Reações de fissão são usados ??para fornecer o poder por trás de armas nucleares (como a bomba atômica).
Eles também são usados ??para produzir energia em uma usina de energia nuclear.
Um dos problemas difíceis na construção de uma usina de energia nuclear está selecionando os materiais certos. Muitos metais nêutrons captura que passam por eles. Os nêutrons tornam-se parte dos átomos de metal e não estão mais disponíveis para fazer reações de fissão ocorrer. Um engenheiro precisa usar materiais em uma usina de energia que são transparentes para nêutrons, ou seja, que permitem que os nêutrons para passar por eles.
Zircônio é um dos melhores destes metais.
Se o zircônio é usado para fazer as peças em uma usina de energia nuclear, que não irá remover os nêutrons da reação de fissão acontecendo dentro da planta.
Uma liga especial de zircônio foi desenvolvido apenas para esta finalidade. Ele é chamado zircaloy. O fabrico de zircaloy representa 90 por cento do metal de zircônio usado no mundo de hoje.

Propriedades quimicas

Zircônio é um elemento bastante inativo.
Quando exposto ao ar, ele reage com o oxigênio para formar uma película fina de óxido de zircônio (ZrO2).
Este filme protege o metal de corrosão subsequente (ferrugem).
Zircônio não reage com a maioria dos ácidos frios ou com água.
Ele reage com alguns ácidos que são muito quente, no entanto.

A HISTÓRIA DO SILÍCIO

História

A sílica (SiO2) sob a forma de pedras afiadas estiveram entre as primeiras ferramentas feitas por seres humanos.
As civilizações antigas utilizadas outras formas de sílica, tais como cristal de rocha, e sabia como transformar areia em vidro.
Considerando a abundância de silício, é um pouco surpreendente que despertou pouca curiosidade entre os primeiros químicos.
As tentativas de reduzir sílica para seus componentes por meio de eletrólise tinha falhado.
Em 1811, Joseph Gay Lussac e Louis Jacques Thénard reagir tetracloreto de silício com metal de potássio e produziu alguma forma muito impura de silício.
O crédito para a descoberta de silício realmente vai para o químico sueco Jöns Jacob Berzelius de Estocolmo, que, em 1824, obtido por aquecimento de silício fluorosilicate de potássio com potássio.
O produto estava contaminado com silicieto de potássio, mas ele removido por esta agitação com água, com o qual ele reage, e, assim, obtido o pó de silício relativamente puro.

Símbolo: Si

Número atômico: 14
Massa atômica: 28,0855 amu
Ponto de fusão: 1410,0 ° C (K 1683,15, 2570,0 ° F)
Ponto de ebulição: 2355,0 ° C (2.628,15 K, 4271,0 ° F)
Número de prótons / Elétrons: 14
Número de nêutrons: 14
Classificação: Metalóide
Densidade @ 293 K: 2,329 g / cm 3
Cor: cinza
Data da descoberta: 
1823
Descobridor:Jons Berzelius
Usos: vidro, semicondutores
Obtido a partir de: segundo elemento mais abundante. Encontrado em argila, granito, quartzo, areia

Estrutura atômica

Silício
Número de níveis de energia: 3
Primeiro Nível de energia: 2 
Segundo Nível de Energia: 
Terceiro Nível de energia: 4

Propriedades físicas

O silício é um metalóide, um elemento com propriedades de ambos os metais e não-metais.
Silício existe em duas formas alotrópicas.
Alótropos são formas de um elemento com diferentes propriedades físicas e químicas.
Um alótropo é na forma de sumário, cinzento-preto, cristais do tipo agulha, ou placas planas.
A segunda alótropo não tem uma estrutura de cristal e geralmente ocorre como um pó castanho.
O ponto de fusão do silício é 1410 ° C (2570 ° F) e o ponto de ebulição é de 2355 ° F (4270 ° F).
A sua densidade é de 2,33 gramas por centímetro cúbico. Silicone tem uma dureza de cerca de 7 na escala de Mohs.
A escala de Mohs é uma forma de expressar a dureza de um material. Ele vai de 0 (para talco) a 10 (para o diamante).
O silício é um semicondutor.
Um semicondutor é uma substância que conduz uma corrente elétrica melhor do que um copo não-condutor como ou borracha, mas não tão bem quanto um condutor-como cobre ou alumínio. Semiconductors ter importantes aplicações na indústria eletrônica.

Propriedades quimicas

silício é um elemento relativamente inativos à temperatura ambiente.
Ele não combina com o oxigênio ou a maioria dos outros elementos. Água, vapor, e maioria dos ácidos têm muito pouco efeito sobre o elemento.
A temperaturas mais elevadas, no entanto, o silicone torna-se muito mais reativo.
No estado fundido (derretido), por exemplo, combina-se com o oxigênio, azoto, enxofre, fósforo e outros elementos.
Constitui também um certo número de ligas muito facilmente no estado fundido.

Usos

Talvez o uso mais conhecido de silício é em dispositivos eletrônicos. Hiperpuro silício é usado em transistores e outros componentes dos dispositivos eletrônicos.
É também usado para fazer as células fotovoltaicas (solar), retificadores, e circuitos de computador para peças. A célula fotovoltaica é um dispositivo que converte a luz solar em energia elétrica. Um retificador é um dispositivo elétrico para mudar uma espécie de corrente elétrica (corrente alternada, ou AC) em outro tipo de corrente elétrica (corrente contínua, ou CC).
Quase sem exceção, todos de vidro contém dióxido de silício.
O maior uso de silício, no entanto, é em fazer ligas.
As ligas de silício mais importantes são aqueles feitos com ferro e aço, alumínio e cobre.
Quando o silício é produzido, na verdade, sucata de ferro e de metal, por vezes, é adicionado à fornalha.
Assim que o silício é produzido, ele reage com o ferro e do aço para formar ferro-silício.
Ferrosilício é uma liga de ferro ou aço e silício. Ele é usado para duas finalidades principais.
Em primeiro lugar, pode ser adicionado ao aço para melhorar a resistência e a tenacidade do aço.
Em segundo lugar, pode ser adicionado durante o processo de produção de aço para remover as impurezas do aço que está a ser feito.
A indústria de alumínio usa grandes quantidades de silício em ligas. Essas ligas são utilizadas para fazer os moldes e no processo de soldadura. Soldadura é um processo pelo qual os dois metais são unidas umas às outras.
Ligas de silício, de alumínio, e magnésio são muito resistentes à corrosão (ferrugem). Eles são freqüentemente usados na construção de grandes edifícios, pontes e veículos de transporte, como navios e trens.
Silício também é usado para fazer os silicones. Estes são polímeros de silício-oxigênio com grupos metilo ligados. O óleo de silicone é um lubrificante e é adicionado a alguns cosméticos e condicionadores de cabelo. A borracha de silicone é utilizado como um selante à prova de água nas casas de banho e em torno de janelas, canos e telhados.
O elemento silício é usado extensivamente como um semicondutor em dispositivos de estado sólido nas indústrias de informática e microeletrônica. Para isso, é necessário silício hiperpuro. O silício dopado é seletivamente com pequenas quantidades de boro, gálio, fósforo ou arsênico para controlar suas propriedades elétricas.

Silício - Elemento Químico

A necessidade de sobrevivência e as condições primitivas de vida na idade da pedra motivaram a fabricação de utensílios feitos a partir de matérias-primas como o sílex, argila, quartzo e areia. Todos esses minerais são compostos de silício.
Silício é um elemento químico pertencente ao grupo do carbono, de símbolo Si. Isolado pelo sueco Jöns Jacob Berzelius, em 1824, não é normalmente encontrado em estado puro na natureza. Em combinação com outros elementos, constitui 27,7% da crosta terrestre e é o elemento mais abundante depois do oxigênio. Vários compostos de silício estão presentes também na água, na atmosfera, em muitas plantas e nos ossos, tecidos e fluidos internos de alguns animais.
Em estado livre, o silício é um sólido cinza-escuro, duro, de brilho metálico e estrutura cristalina semelhante à do diamante.
Suas propriedades químicas se assemelham às do carbono: relativamente inerte à temperatura ambiente, experimenta, com o aquecimento, um notável aumento de sua reatividade com os halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo) e com certos metais.
Conhecem-se três isótopos de silício: o silício 28, que constitui 92,2% do elemento encontrado na natureza, o silício 29 (4,7%) e o silício 30 (3,1%). Existem ainda quatro isótopos radioativos do elemento.
De modo geral, o silício não é atacado pelos ácidos comuns. Uma mistura de ácido nítrico com ácido fluorídico consegue dissolvê-lo. Como não se combina diretamente com o oxigênio, não entra em combustão na atmosfera. Em presença de flúor, no entanto, o silício inflama-se e produz óxido.
O silício tem poucas aplicações: é usado em metalurgia como agente redutor e como liga metálica no aço, latão e bronze; altamente purificado, é usado em dispositivos fotoelétricos, transistores e outros componentes eletrônicos. Os compostos mais importantes de silício são o dióxido de silício (SiO2, sílica) e os vários silicatos. Na forma de areia e argila, a sílica é usada para fabricar concreto e tijolos, além de materiais refratários.
Como quartzo, a sílica precisa ser aquecida e moldada para ser empregada na fabricação de artigos de vidro. Usam-se os silicatos na fabricação de cerâmica, vidros e sabões.
Os silicones, polímeros sintéticos parcialmente orgânicos, constituídos por silício, oxigênio, carbono e hidrogênio, são empregados como lubrificantes, vernizes e, devido a sua consistência e inércia química, em próteses cirúrgicas. Há compostos de silício de grande poder absorvente que por isso são empregados como anti-sépticos e secantes em ataduras para curativos.

Vale do Silício


O termo original inglês Silicon Valley traduzido como Vale do Silício, está situado na Califórnia, Estados Unidos, região esta denominada pólo industrial e que concentra diversas empresas de tecnologia da informação, computação entre outras. O local começou a se desenvolver no ano de 1950, com o objetivo de gerar e fomentar inovações no campo científico e tecnológico. A maioria das empresas instaladas na região, são do ramo da eletrônica, informática e componentes eletrônicos. O nome Silício é utilizado como homenagem ao próprio elemento químico (Si), que é a matéria-prima básica e de fundamental importância na produção da maior parte dos circuitos e chips eletrônicos.
Seu início no ano de 1950 teve dois fatores predominantes que impulsionaram a região, a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, devido a necessidade de produção de armas e construção de aviões de caça. Na época, as indústrias eletrônicas instaladas no Vale do Silício, foram as fornecedoras de todo material necessário. Porém existem algumas ressalvas de historiadores que datam a origem do Vale do Silício no ano de 1906, e a associam a origem do rádio. Na época, engenheiros tinham seus laboratórios instalados na região e iniciaram os testes deste meio de comunicação. Por ser um local propício, com facilidade para obter materiais e baixo custo, vieram outras empresas do ramo de tecnologia, também com o intuito de conseguir avanços em eletrônica.
A região é composta por várias cidades do estado da Califórnia, como Palo Alto, Santa Clara, San José, Campbell, Cupertino, Fremont, Los Altos, Los Gatos, Menlo Park, Mountain View, Milpitas, Newark, Redwood City, Saratoga, Sunnyvale e Union City. Dentre as empresas que iniciaram seus negócios e possuem sedes na região, podemos citar, Apple, Facebook, Google, NVidia, Electronic Arts, Symantec, AMD, Ebay, Yahoo!, HP, Intel e Microsoft, além da Adobe e Oracle.
O Vale do Silício é uma das maiores aglomerações de empresas com domínio de tecnologia de ponta do mundo. Esta característica se aplicou, pois a região é conhecida por desenvolver modelos acessíveis de financiamento, para projetos de tecnologia, os chamados Startups Companies. Com o crescente desenvolvimento da região, o quadro atual do Vale do Silício é parecido com qualquer outro local; trânsito, imóveis super valorizados e alta competitividade. Há ainda a preocupação com a sustentabilidade e meio ambiente, questões como, crescimento de maneira sustentável e responsável.
Conhecido por ser a Meca da inovação e possuir uma geografia privilegiada, o Vale do Silício hoje não poupa esforços nos quesitos da reinvenção e viabilização de novas ideias, as quais exigem muito conhecimento e investimento.

Geológos identificam jazidas de diamantes

Geológos identificam jazidas de diamantes



Uma equipe de geólogos do governo federal identificou dezenas de novas áreas pelo país potencialmente ricas em diamantes. A maioria está no Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará. Até então, informações oficiais sobre esses pontos eram escassas ou não existiam. Os detalhes dos achados ainda são mantidos em reserva. A previsão é que sejam divulgados em 2014. O governo avalia que os dados poderão atrair empresas e levar a um aumento da produção de diamantes no país.
Os trabalhos fazem parte do projeto Diamante Brasil, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia. As pesquisas de campo começaram em 2010 e desde então geólogos visitaram cerca de 800 localidades em todo o país, recolhendo amostras de rochas, fazendo perfurações e levantando informações sobre as gemas de cada um dos pontos.
O objetivo, segundo o geólogo Francisco Valdir Silveira, chefe do Departamento de Recursos Minerais do CPRM e coordenador do projeto é fazer uma espécie de tomografia das áreas diamantíferas no território brasileiro. É um levantamento inédito.
O ponto de partida da equipe foi uma lista que a De Beers, gigante multinacional do setor de diamantes, deixou com o governo após anos de investimentos e atividades no Brasil. Da lista constavam coordenadas geográficas de 1.250 pontos, entre os quais muitos kimberlitos, mas nada de detalhes sobre quantidades, qualidade e características das pedras dessas áreas. Kimberlito é um tipo de rocha que serve como um canal do subsolo até a superfície e na qual em geral os diamantes são encontrados.
“O projeto Diamante Brasil não foi concebido para descobrir novas áreas de diamantes. Mas a grande surpresa foi que conseguimos registrar novos kimberlitos e áreas com potencial para que outros kimberlitos sejam descobertos”, disse Silveira ao Valor.
“O projeto já descobriu e cadastrou mais de 50 corpos [possíveis depósitos de diamantes no subsolo]”, disse. Em praticamente todos os Estados, segundo ele, a equipe identificou áreas com potencial para produção de diamantes. Várias delas não constavam nem do documento da De Beers. Caso, por exemplo, de um kimberlito descoberto no Rio Grande do Norte. Mas as maiores novidades estão no Norte e Centro-Oeste (Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará).
Este ano, com o trabalho de campo praticamente concluído, os geólogos do Diamante Brasil passam a se dedicar mais à descrição dos minerais encontrados e às análises dos furos das sondas. O projeto se encerra em 2016.
O diagnóstico ajudará a atrair investimentos de mineradoras e eventualmente ajudar a mobilizar garimpeiros em cooperativas. E com isso, aumentar a produção de diamantes no país. Hoje, a produção nacional é pequena e em grande parte ilegal, diz. Brasil é signatário do Processo de Certificação Kimberley, um acordo internacional chancelado pela ONU, que exige dos países participantes documentação que ateste procedência em áreas legalizadas.
Todo o diamante que sai do Brasil é ainda produzido em áreas de aluvião – pedras retiradas de leitos de rio ou do solo. Minas Gerais, Rondônia e Mato Grosso são alguns dos Estados com atividade garimpeira expressiva. O país não tem mina aberta extraindo diamante em rocha primária, no subsolo, onde estão depósitos maiores e as pedras mais valiosas. Os novos achados podem abrir caminho para potenciais novas minas.
Reservas dos chamados diamantes industriais e também de gemas (para uso em joias) se espalham pelo país, segundo Silveira. Estes últimos são os que fazem girar mais dinheiro.
Um diamante pode ser vendido em um garimpo do Brasil por R$ 2 milhões. Depois, um atravessador de Israel ou da Europa paga R$ 10 milhões pela pedra. E ela pode chegar a Antuérpia, por exemplo, para ser lapidada, ao preço de R$ 17 milhões, R$ 20 milhões.
Esses diamantes brutos, grandes e valiosos, também estão no radar do CPRM. O projeto ainda não conseguiu desvendar um mistério sobre a origem dos maiores diamantes do Brasil. O alvo principal é o município de Coromandel e região, no leste de Minas Gerais, onde foram encontrados nas últimas décadas grandes exemplares. Vários acima dos 400 quilates.
Silveira diz que os geólogos do CPRM vão testar novos métodos para tentar encontrar os kimberlitos que dão origem a essas pedras.
Por: Marcos de Moura e Souza
Fonte: Valor Econômico