sábado, 3 de setembro de 2016

Mineração: adicionar valor ou morrer tentando...

Mineração: adicionar valor ou morrer tentando...



geologo.com


Durante décadas a maioria dos mineradores do mundo, incluindo as gigantes Vale, Rio Tinto e BHP, se restringiram a produzir minério com o menor valor agregado possível.

Quanto muito elas produziam concentrados, deixando para as metalúrgicas o trabalho do refino e da produção de produtos mais elaborados e, obviamente, muito mais caros.

Elas reduziam os custos e amealhavam imensos lucros sem maiores preocupações.

Este foi o modelo usado para o minério de ferro onde as mineradoras venderam bilhões de toneladas de um produto moído, baratíssimo, quase sem nenhum valor agregado, que era transformado nos países importadores como a China, Japão e Coréia em carros, eletroeletrônicos e uma miríade de mercadorias valiosas posteriormente compradas pelo país exportador.

Valor Agregado Minério de Ferro
Se olharmos essas exportações dentro de uma ótica nacionalista a venda de produtos sem adição de valor é um crime lesa-pátria. As mineradoras que estão fazendo essa lavra predatória estão pouco interessadas se a exportação de minério sem valor agregado está acabando com a riqueza de um povo, transferindo bilhões de dólares para os países importadores.

Mas esta depredação das riquezas minerais pode estar chegando ao fim.

O primeiro país a tornar ilegal a exportação de minério sem valor agregado foi a Indonésia.

Apesar da gigantesca campanha movida pelas mineradoras contra o Governo Indonésio e a significativa perda de recursos (perdeu mais de quatro bilhões de dólares no primeiro ano) , o país finalmente ganhou a queda de braço. As grandes produtoras de cobre e níquel se dobraram as leis locais e começaram a investir bilhões em plantas de processamento e metalurgia, tudo em solo da Indonésia.

Entretanto, com a queda dos preços das commodities muitas mineradoras como a Freeport não finalizaram os suas plantas metalúrgicas e solicitaram extensões de prazo e novas cotas para a exportação de concentrados. É uma nova fase da negociação.

Enquanto isso os países exportadores de matéria prime sem valor agregado como o Brasil, Austrália e países africanos, permanecem inertes sem fazer a revolução que a Indonésia corajosamente começou.

Isso obviamente dá força para as mineradoras que continuam a lucrar sem se preocupar com a dilapidação das riquezas minerais dos países onde atuam.

Apesar do modelo Indonésio não ter decolado um novo fator está forçando as mineradoras a adicionar valor aos seus produtos: a crise mundial.

A crise mundial está derrubando os preços das commodities e forçando as empresas de mineração a se adaptar. Todas estão otimizando e baixando custos, mas como estamos vendo só isso não é o suficiente.

Muitas contraíram grandes empréstimos na época das vacas gordas, que agora não mais conseguem pagar.

Todas estão lutando para sobreviver e todas terão que reinventar o business e adicionar valor aos seus produtos.

Ou morrer tentando.

É por isso que a Rio Tinto começa a processar o cobre de outras empresas e que a Vale criou um mega terminal de US$1,4 bilhões para a blendagem do seu minério na Malásia, criando novos produtos personalizados para atender diferentes clientes. A Anglo criou uma nova divisão comercial para a venda de ródio e paládio que anteriormente não eram separados. A Fortescue conseguiu o impensável e está chegando a custos operacionais por tonelada abaixo de US$18, podendo competir em melhores condições com a Vale, Rio e BHP.

Por anos as mineradoras deixaram para as grandes traders como a Trafigura, e Glencore as tarefas de blendagem de minério, refino e comércio, mas isso está mudando em decorrência da crise.

É hora de adicionar valor e isso implica em uma verdadeira reengenharia que irá afetar a geologia, mineração, processo e as demais áreas comerciais.

Em breve veremos as mineradoras procurando joint ventures ou se aventurando na produção de ferro gusa e de aço, tirando das metalúrgicas chinesas, japonesas e coreanas um grande naco do valor agregado.

Da mesma forma veremos vários países proibirem a exportação de produtos brutos, assim como foi feito na Indonésia.

É a lei da sobrevivência aplicada à mineração: se adaptar ou desaparecer.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Descoberta por acaso pode revolucionar mineração e metalurgia


Descoberta por acaso pode revolucionar mineração e metalurgia

Metalurgia sem fundição
Pesquisadores do MIT, nos EUA, estavam tentando desenvolver um novo tipo de bateria líquida quando se depararam com uma descoberta inesperada: um novo processo para produzir metais que dispensa o tradicional derretimento do minério por calor.
A descoberta deverá levar a processos metalúrgicos muito mais baratos e que praticamente eliminam as emissões de gases de efeito estufa associadas com a tradicional fundição de metais.
Foi a descoberta de um processo similar há cerca de um século que transformou o alumínio, de um metal precioso mais caro do que a prata, em um metal presente em praticamente todas as atividades humanas.
A equipe descobriu o processo com o metal antimônio que eles estão usando em suas baterias, mas a técnica funciona com alguns dos metais economicamente mais importantes, como cobre, níquel e ouro, que possuem características similares. E poderá eventualmente ser expandido para quase todos os minérios.
Metalurgia por eletrólise
A equipe estava trabalhando em baterias totalmente líquidas de alta temperatura, que não possuem um limite máximo de carga: elas podem ser carregadas indefinidamente, com os líquidos contendo a energia sendo armazenados em tanques. Quando a energia é necessária, basta reverter o processo, fazendo os líquidos fluírem dos tanques.
O líquido armazenador de energia dessas baterias é composto por metais fundidos ou sais que têm densidades diferentes e, portanto, formam camadas separadas, assim como óleo flutuando sobre a água. “Queríamos investigar a utilidade de colocar um segundo eletrólito entre os eletrodos positivos e negativos da bateria líquida,” explica o professor Donald Sadoway, que já está instalando uma fábrica para fornecer baterias líquidas ao mercado.
O experimento não deu certo: em vez de carregar a bateria, o sulfeto de antimônio usado na bateria se quebrou, com o antimônio líquido se depositando no fundo, e o enxofre saindo puro para a superfície.
Estava descoberto um novo processo de fabricação de metais puros.
Poluente vira matéria-prima
Além de ser energeticamente mais eficiente e produzir metais de altíssima pureza – 99,9% de metal puro -, o processo tem ganhos ambientais consideráveis.
Na fundição tradicional, o enxofre presente nos minérios do tipo sulfeto liga-se imediatamente com o oxigênio do ar para formar dióxido de enxofre, a principal causa da chuva ácida. No novo processo, o enxofre permanece puro e contido no topo da célula, de onde pode ser coletado e utilizado em processos químicos economicamente importantes, como a fabricação de fertilizantes.
Além disso, esse processo de eletrólise é mais eficiente do que os métodos de derretimento dos minérios usando calor porque é um processo de etapa única e contínuo, o que poderá significar plantas metalúrgicas menores e mais baratas.
Minérios sulfetos e óxidos
Agora que demonstraram que o processo funciona com metais presentes em minerais sulfeto – nos quais o metal está ligado ao enxofre -, a equipe pretende verificar se o mesmo é válido para os metais minerados na forma de óxidos, o que deverá ampliar ainda mais a aplicabilidade da eletrólise na mineração – no caso dos óxidos, em vez de enxofre, o processo libera oxigênio puro.
Os minérios dos quais são extraídos ferro, manganês, cromo, estanho e titânio são exemplos de minérios do tipo óxido.


Fonte: Inovação Tecnológica

Mineradora anuncia ter encontrado ouro de alto teor em cidade do Amapá

Mineradora anuncia ter encontrado ouro de alto teor em cidade do Amapá

A mineradora australiana Beadell Rosources anunciou ter encontrado mais uma área com ouro de alto teor na mina Tucano, em Pedra Branca do Amapari, a 283 quilômetros de Macapá. A descoberta foi comunicada na
 no site da empresa. Segundo a Beadell, a mina com ouro de alto valor foi constatada em pesquisas feitas em 25 furos de sondagens feitos em uma área com profundidade de 100 metros, com espessuras médias de 20 metros no setor norte da Tucano.
O comunicado da empresa ainda aponta que os primeiros estudos indicaram resultados negativos por causa de uma falha geológica, o que provocou uma sondagem mais minuciosa na área. Os resultados mais satisfatórios dos furos foram encontrados nas perfurações de 50 metros no setor “F01883”, que identificaram um alto teor de ouro de 57 gramas por tonelada. No menor, foram seis gramas para uma perfuração de 21 metros. No anúncio, a mineradora também informou que as descobertas feitas na área da Tucano ficam a menos de dois quilômetros da cava principal da mina a céu aberto.
Mina Tucano
A mina Tucano foi comprada em 2010 pela Beadell. Ela abrange uma área aproximada de 2,5 mil quilômetros quadrados. Apesar de ter comprado há seis anos, as operações na mina iniciaram somente em 2012, quando foram concluídas as estruturas de instalação, o que a tornou a terceira maior mina de exploração de ouro do Brasil, segundo a empresa. A previsão é de explorar 3,5 milhões de onças, unidade de massa usada para medir a produção de minério na mina Tucano. Cada uma equivale a 28 gramas.
Fonte: G1

Homem mais rico do Brasil ganha R$ 2,6 milhões por hora

Homem mais rico do Brasil ganha R$ 2,6 milhões por hora

O bilionário, sócio da empresa de investimentos 3G Capital Partners, passou de um patrimônio de R$ 83,7 bilhões, em 2015, para R$ 103,59 bilhões, em 2016

© DR
ECONOMIA JORGE PAULO LEMANNHÁ 1 HORAPOR NOTÍCIAS AO 
O homem mais rico do Brasil pelo quarto ano consecutivo, Jorge Paulo Lemann, de 76 anos, viu seu patrimônio aumentar 23,76% nos últimos 12 meses.


Segundo informações da revista "Forbes Brasil", o patrimônio de Lemann, sócio da empresa de investimentos 3G Capital Partners, que possui marcas como Budweiser, Burger King e Heinz e Ambev, passou de R$ 83,7 bilhões, em 2015, para R$ 103,59 bilhões, em 2016 --um salto de R$ 19,89 bilhões.
De acordo com o UOL, o enriquecimento do bilionário representa um ganho diário de R$ 54,34 milhões por dia ou $ 2,26 milhões por hora em um ano.
A revista calculou a variação do patrimônio no período de 12 meses anteriores a 15 de julho de 2016.

Água-marinha

Água-marinha
Na mitologia, diz-se que a água-marinha é um presente de Netuno
às sereias e seres do mar sendo usada até hoje, como proteção, pelos marinheiros. No esoterismo, essa gema é considerada o símbolo
da felicidade e juventude eterna. Acreditam que usar uma água-marinha no pescoço, diminui o domínio da mente consciente sobre a mente
sensitiva. Auxilia na percepção dos impulsos extra-sensoriais e ampliam a consciência. Todo esse poder e beleza atraem muitas pessoas e aumentam a demanda por joias com essa magnífica pedra.
O nome água-marinha foi dado à essa gema em virtude de sua cor azul esverdeada, semelhante à cor do mar, vem do latim “acqua marinae”. Apresenta, em sua maioria, tons claros. Porém, as mais valiosas são as azuis escuras e azuis celestes.
É uma variedade do mineral chamado berilo, seus cristais são prismáticos, de base hexagonal. A água-marinha e a esmeralda pertencem à mesma família, são silicatos de alumínio de berílio, porém, são extremamente diferentes. Enquanto a esmeralda é colorida por vestígios de cromo e vanádio, a cor da água-marinha é o resultado de impurezas de ferro. Ao contrário da esmeralda, que praticamente não fornece gemas límpidas, a água-marinha pode ser encontrada em cristais grandes e sem inclusões. Quando são encontradas, as inclusões tem a forma de hastes ocas longas, muito frequentes nos berilos. Em alguns casos, há a presença do nivelador, uma espécie de bolha de gás, com um líquido, que se move ao mexermos a pedra.
 Raramente apresentam efeitos de chatoiance ou asterismo, quando isso acontece, as gemas são cortadas e polidas em cabochões e chegam a atingir valores altíssimos.
Na joalheria, essa gema é muito apreciada pois harmoniza com todos os tipos de pele, cor dos olhos, look e estilo das mulheres. Ela é uma gema com preços acessíveis e vem se tornando cada vez mais popular. Os brincos são os mais apreciados. Cortes com facetas são muito utilizados em pingentes. Mesmo tendo essas preferências, as mulheres também apreciam e procuram, pulseiras, colares, anéis e braceletes.
É típica do Brasil e, aqui, foram encontrados os maiores exemplares e as maiores jazidas. O maior deles, com 110Kg, foi encontrado em 1920, em Minas Gerais, na cidade de Marambaia. Os estados Espírito Santo, Alagoas, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte também são produtores. Atualmente, o Brasil está perdendo espaço com a diminuição da produção e quantidades extraídas, entretanto, continua em 1º lugar.
Também são encontradas em outros países como: Magadascar, Austrália, Índia, Africa do Sul, EUA, Myanmar (Birmânia), China, Quênia, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Paquistão, Zâmbia e Zimbábue. Karur, na Índia, recentemente se tornou um dos maiores fornecedores de água-marinha. Os melhores cristais azul-escuros de água-marinha vêm de Madagascar.
Algumas minas de água-marinha da África, Madagascar e Moçambique, por exemplo, são conhecidas pela produção dessa gema com cor intensa, contudo em tamanhos menores de 5 quilates.
Cor e tratamento
Ela pode ser de vários tons de azul e azul esverdeada, de pequena a grande intensidade. 
A água marinha de cor fraca é aquecida a 400-500°C para ficar mais escura. Esse aquecimento reduz o componente Fe3+ para Fe2+, deixando a gema mais azul. Contudo, algumas pessoas preferem os tons naturais por serem mais parecidos com o azul do mar.
Essa prática é muito utilizada e devemos tomar cuidado, pois nem sempre esse tratamento é revelado. Entretanto, ele não diminui a pureza da gema e a cor obtida é permanente. O aquecimento a baixas temperaturas reduz tons verdes e amarelos.
O topázio natural e o espinélio sintético azuis são, muitas vezes, vendidos como água-marinha. O topázio pode ser de cor natural ou submetido à raio gama. Mas a água-marinha é menos densa que este (flutua no bromofórmio, enquanto o topázio afunda).
Há, ainda, os berilos verdes e amarelos que, depois de serem submetidos à tratamentos como o de aquecimento, também são comercializados como água marinha. Estima-se que mais de 90% das águas marinhas comercializadas no mercado internacional são esses berilos. Os berilos chamados maxixe, eventualmente, são tratados por irradiação, porém as cores obtidas são bastante instáveis, podendo empalidecer em poucas semanas ou permanecerem por muitos anos. Acredita-se que alguns dos fatores desta instabilidade sejam o armazenamento e a frequência de uso.
Sintéticas
A Rússia começou a produzir água marinha sintética, a partir de 1999, através do método hidrotermal, e a comercializa mundialmente. Eventualmente uma destas é vista aqui no Brasil. Como as características químicas e físicas da gema sintética são iguais as naturais, para distinguir uma sintética de uma natural deve-se realizar um exame das estruturas ao microscópio.
Os custos da produção dessa gema sintética é elevado quando comparado à relativa abundância de água-marinha.
Avaliação
A água-marinha tem excelente transparência e clareza. A intensidade da cor e a clareza das pedras são os critérios mais utilizados na avaliação. A qualidade do corte também é fator determinante no preço delas.
Mas, quanto mais azul ela for mais valiosa será, razão pela qual deve ser lapidada com a orientação cristalográfica correta, caso contrário, ficará esverdeada.
Pedras coloridas variam com a proporção de tamanho e peso e devem ser compradas por tamanho e não por quilate.
Lapidação
A água-marinha pode ser lapidada em forma facetada ou cabochão. São muito versáteis e muito apreciadas para cortes quadrados, retangulares e com formas longas. Os mais comuns são oval, almofada, pêra e redonda.
As gemas de tamanhos maiores são, frequentemente, esculpidas em forma de esculturas. A dureza e transparência dela, a tornou muito popular entre os designers, artistas e escultores. Embora a água-marinha seja dura, é também uma gema bastante frágil, que se lasca com facilidade, deve-se ter cuidado e não submetê-la a golpes súbitos.
As de menor qualidade e que não tem boa transparência são usadas nas peças de joalheria como miçangas e cascalhos.
Por ser uma gema dicróica (minerais que cristalizam nos sistemas trigonal, tetragonal e hexagonal), as lapidações são feitas, normalmente, pelo melhor ângulo de cor, ao invés do maior tamanho.
Cuidados
A água-marinha é quebradiça e sensível à pressão, por isso, o cuidado com a gema deve ser maior em relação à gemas mais resistentes. Como sempre, não deve ser utilizada quando praticar atividades físicas, manuseio de produtos de limpeza e outros produtos químicos. Para o armazenamento, deve-se colocar a joia em local protegido, separada de outras peças, em saquinhos de veludo, por exemplo, impedindo que outras peças possam riscar, trincar ou quebrar a pedra. 
A maioria das água-marinhas pode ser colocada em um limpador ultra-sônico a menos que tenham fraturas ou inclusões. Nesse caso, uma escova de dente e água quente é ideal. Você pode usar água morna e sabão também, porém se certificando se o resíduo do sabão foi retirado.