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Ouro fecha em forte queda, influenciado por fortalecimento do dólar
Os contratos futuros de ouro fecharam em queda expressiva. Foram influenciados por um fortalecimento do dólar ante outras divisas, como a libra, o euro e o iene, o que torna o metal amarelo mais caro para investidores estrangeiros.
O ouro para dezembro negociado na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 3,27%, a US$ 1.269,70 por onça-troy, abaixo da barreira psicológica de US$ 1.300,00, que havia se tornado o piso do metal desde que o Reino Unido votou a favor de sair da União Europeia, há três meses.
A alta do dólar pode se estender por algum tempo, devido às expectativas de que haverá elevação dos juros da economia americana em breve, segundo o vice-presidente de pesquisa de mercado na FXTM, Jameel Ahmad. Assim, a moeda deve continuar impactando o ouro.
Nesta terça-feira, 4, o presidente da unidade regional de Richmond do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jeffrey Lacker, afirmou que a autoridade monetária deveria adotar a estratégia de elevas os juros antes que a inflação suba, como aconteceu em 1994. Apesar de não ter direito a voto nas reuniões deste ano, Lacker acabou reforçando o que sua colega Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland e membro votante, disse na segunda. Ela sinalizou que um pequeno aumento nos juros é "apropriado" agora.
A perspectiva de juros mais altos nos EUA tendem a pressionar o ouro, uma vez que torna outros ativos que pagam retornos mais atraentes. Além disso, as taxas podem impulsionar o dólar e reduzir a demanda por commodities, incluindo o ouro. Fonte: Dow Jones Newswires.
Diamante de R$ 250 mi – o mais caro do mundo – será apresentado em Paris
O diamante mais caro do mundo: The Constellation || Créditos: Divulgação
Será apresentado em Paris, durante a Biennale des Antiquaires, o diamante mais caro do mundo. Com 813 quilates, a gema batizada The Constellation pertence à joalheria suíça De Grisogono. Ela e foi garimpada em Botswana no ano passado, e comprada em maio deste ano pela empresa de diamantes Nemesis Internacional – parceira da joalheria suíça -, da empresa de mineração Lucara Diamante Corp. O preço? US$ 63 milhões (R$ 205 milhões).
Com quase 6 cm de largura, a pedra bruta será lapidada na Antuérpia, e deve dar origem ao maior diamante D Flawless do mundo – o tipo mais valioso da gema -, pesando entre 300 e 350 quilates.
Porém, o record pode estar com seus dias contados, já que o diamante foi encontrado na mesma mina e data que o Lesedi La Rona, outra gema ainda maior e mais cara e que também entrou no mercado pela Lucara, mas que ainda não encontrou um dono. Apesar de ter ido à leilão pela Sotheby’s, em junho, nenhum lance atingiu seu preço, avaliado pela casa de leilões por US$ 70 milhões (R$ 230 milhões).
A De Grisogono é uma das quarto joalherias que estão expondo nesta edição da bienal, ao lado de Nirav Modi, Cindy Chao e Boghossian, depois de outras casas desistirem de participar do evento por discordarem dos organizadores a respeito do espaço e localização dedicados às marcas da alta-joalheria.
Exploração de ouro na região envolveria a remoção de nada menos que 37,80 milhões de toneladas de minério
Foto: Dida Sampaio/Estadão
Há mais de 60 anos, garimpeiros exploram o local com atividades de pequeno porte
Depois de marcar uma cerimônia para anunciar a instalação de um garimpo gigantesco bem ao lado da barragem da hidrelétrica de Belo Monte, a Secretaria de Meio Ambiente do Pará decidiu voltar atrás e adiar o anúncio.
O projeto polêmico da empresa canadense Belo Sun prevê a operação do "maior programa de exploração de ouro do Brasil" a apenas 14 quilômetros de distância da barragem da hidrelétrica, no Rio Xingu, em Altamira. Apesar de ficar próximo de terras indígenas, estar ao lado da maior usina hidrelétrica nacional e fazer uso de recursos de um rio federal, o projeto "Volta Grande" tem seu processo de licenciamento tocado por um órgão estadual, em vez de ser assumido pelo Ibama.
Há mais de quatro anos, o grupo canadense Forbes & Manhattan, um banco de capital fechado que investe em projetos de mineração, tenta liberar o projeto, que enfrenta forte resistência do Ministério Público Federal no Pará e organizações socioambientais.
A liberação do garimpo estava marcada para o próximo dia 26, em evento que teria a presença dos secretários Adnan Demachki, de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, e Luiz Fernandes, de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará. Adnan Demachki é pré-candidato ao governo do Pará pelo PSDB. Na ocasião, seria assinado um "protocolo de intenções" para implantar uma refinaria de ouro na região.
Questionada pelo Estado sobre a emissão da licença e a solenidade, a Secretaria de Meio Ambiente do Pará informou que decidiu adiar a autorização e também o evento. "A programação foi adiada, sem data definida para a entrega da licença", declarou, por meio de sua assessoria de comunicação.
Segundo a Sema, "a solicitação de licença de instalação está em análise" e "não há previsão" sobre a conclusão do pedido.
Questionada sobre a necessidade de ouvir comunidades indígenas que vivem na região, além da Fundação Nacional do Índio (Funai), a Sema argumentou que "o empreendimento está localizado a 13 km da área indígena mais próxima, não apresentando incidência, segundo a Portaria Interministerial 60/2015, onde está prevista a distância mínima de 10km".
A Belo Sun não foi encontrada para comentar o assunto. O plano da empresa, segundo informações de seu relatório ambiental e distribuídas a investidores, é injetar US$ 1,076 bilhão no projeto Volta Grande, de onde sairiam 4,6 mil quilos de ouro por ano, durante duas décadas.
O garimpo não seria uma operação inédita na região. Há mais de 60 anos, garimpeiros exploram o local com atividades de pequeno porte. No ano passado, a cooperativa de garimpeiros chegou a denunciar que a empresa queria expulsar cerca de 2 mil garimpeiros da região, sem direito a indenizações.
Dona da hidrelétrica de Belo Monte, a concessionária Norte Energia tem evitado falar publicamente sobre os planos da Belo Sun, mas sabe-se que sabe-se que a exploração do subsolo da região ao lado de sua barragem não agrada a diretoria da empresa. A controvérsia, inclusive, já chegou a ser tema de debates em audiências públicas realizadas na região.
A exploração de ouro na região envolveria a remoção de nada menos que 37,80 milhões de toneladas de minério tratado nos 11 primeiros anos de exploração da mina.
Em 2013, a Justiça Federal em Altamira (PA) chegou a determinar a paralisação do processo de licenciamento ambiental do projeto. Na decisão, a Justiça sustentava que a operação ficava a apenas 9,5 km da terra indígena Paquiçamba, portanto, dentro da área de influência direta do projeto. A Belo Sun conseguiu derrubar a decisão.
Mariana e Ouro Preto retomam busca por ouro após tragédia Samarco
Marcio Fernandes
Rompimento de barragem encheu cidade de Mariana (MG) de lama de rejeitos de minério de ferro
Nas montanhas de terra vermelha de Minas Gerais, região do Brasil que recebeu esse nome pelas minas que ofereceram sustento por gerações, o pior desastre ambiental da história do país desenterrou uma nova oportunidade para os moradores locais, prejudicados pela recessão e pela perda de empregos --o garimpo de ouro.
A mineração não autorizada está em ascensão nas comunidades devastadas pelo rompimento da represa que liberou, em novembro passado, uma avalanche mortal de lama da gigantesca mina de minério de ferro da Samarco, matando moradores e destruindo casas.
Milhares de pessoas ficaram sem emprego em meio a uma profunda recessão nacional. Mas o deslizamento também agitou os leitos dos rios o suficiente para expor partículas de metais preciosos, como aqueles que desencadearam a primeira corrida do ouro do Brasil, três séculos atrás.
Embora ninguém saiba quantas pessoas estão cavando ilegalmente para sobreviver, o número de queixas à polícia militar ambiental na cidade de Mariana subiu cerca de 30% desde o desastre, disse o sargento Valdecir Nascimento, que trabalha há 24 anos na unidade.
O número pode crescer porque a Samarco --de propriedade da BHP Billiton e da Vale-- cortou 3.000 empregos terceirizados em uma área rural na qual o desemprego já é duas vezes maior que a taxa estadual.
"Procurei outro emprego, mas, como está difícil, faço garimpo", disse Davidson Gomes, 49, removendo rochas e peneirando sedimentos com as mãos no fundo do rio que atravessa o centro de Mariana. Gomes, que tem três filhos, disse que fazia bicos antes do deslizamento.
O rompimento de uma represa em 5 de novembro passado liberou bilhões de litros de rejeitos de mineração que soterraram cidades inteiras em um vale exuberante, colorido por faixas de solo de cor de ferrugem e dezenas de igrejas de estilo barroco erguidas durante a última explosão do ouro.
O derramamento deixou 19 mortos e centenas de desabrigados. Muitos garimpeiros estão apostando que as comunidades que mais perderam oferecem as melhores perspectivas.
"A lama inundou a região com muita força", disse Hernani Lima, professor de engenharia da faculdade de mineração local. "Ela [a lama do rompimento] escavou, afundou o leito do rio e deixou o ouro perto da superfície. Ela fez o trabalho que a draga faria, mas com mais força".
A mineração, ilegal ou não, faz parte do DNA da região. O ouro de aluvião que atraiu caçadores de riquezas pela primeira vez para a região atravessa as comunidades de Mariana e Ouro Preto, nas proximidades.
No século 18, essas montanhas produziram quase tanto ouro quanto todas as colônias espanholas juntas em mais de três séculos. Quando se percebeu que as colinas e os rios haviam sido despidos do ouro, os caçadores de fortuna abandonaram a região, deixando igrejas douradas para trás.
"A situação é muito grave", disse o prefeito de Mariana, Duarte Júnior. "Tem pessoas procurando emprego, mas não existe emprego. O município está com taxa de desemprego de 27%."
Para alguns, a única opção é procurar o que restou do ouro.
"Quando há crise e desemprego, as pessoas que trazem essa tradição do garimpo no sangue -- os netos, bisnetos e tataranetos dos primeiros garimpeiros da região -- voltam para o rio para trabalhar", disse o professor de engenharia Hernani Lima.
Diamante avaliado em R$ 32 milhões é encontrado na Angola
(Foto: Reprodução/Daily Mail)
A companhia de mineração australiana "Lulo Diamond Project" encontrou um dos maiores diamantes já descobertos em toda a história. Com aproximadamente sete centímetros, a pedra preciosa está avaliada em US$ 10 milhões (cerca de R$ 32 milhões).
Segundo o presidente da empresa, Miles Kennedy, a joia é de "excelente qualidade". "É o maior diamante já descoberto na Angola e é o maior diamante já encontrado por um mineiro australiano", disse Miles ao ABC News.De acordo com as informações do Daily Mail, o diamante de 404 quilates foi encontrado em uma mina na Angola.
A "Lulo Diamond" informou que o objeto é o 27º maior já descoberto na história - o primeiro lugar pertence a um diamante encontrado na África do Sul em 1905, com 3,1 mil quilates.