segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Diamante os 4Cs de um diamante

Diamante os 4Cs de um diamante


Mais que um investimento, um diamante representa uma expressão de afeto e amor; sua compra deve ser uma experiência segura e agradável. Pensando nisso, o GIA (Gemological Institute of America), desenvolveu um padrão de classificação de diamantes que é o mais aceito em todo mundo e que mudou a forma como os diamantes são comercializados. Este sistema, conhecido como "Os 4 Cs" se baseia na classificação dos diamantes com referência às suas 4 características básicas, que são:
1ºC - Carat
O quilate é uma unidade de medida de peso que representa 200 miligramas,
ou 1/5 de uma grama. Um diamante de 1 quilate pesa, então, 0,20 gramas.
O quilate se subdivide em 100 unidades chamadas PONTOS. Desta maneira,
um diamante de 30 pontos possui 0,3 quilates de peso.
Considerando-se o mesmo tipo de lapidação, por exemplo o “Brilhante”,
quanto maior o peso (quilate) maior será a pedra. Veja abaixo:
2 ºC - Color
Para facilitar a comunicação entre compradores e vendedores de diamantes, o GIA criou um padrão de classificação de cores de diamantes que se inicia na letra D e termina na letra Z. Quanto menos cor um diamante apresenta, maior sua classificação na escala. Diamantes com classificação de cor entre D e F são considerados incolores, sendo D a classificação usada para diamantes totalmente sem cor. A medida que o diamante vai apresentando mais tons de amarelo, ele vaidescendo na escala, até chegar na classificação (letra) R. O preço de um diamante diminui quanto mais cor ele apresentar. A partir da letra S, o diamante éconsiderado “fancy” e classificado de maneira diferenciada. A ABNT/IBGM utiliza a seguinte definição, em português, para traduzir a escala de cor do GIA:
3ºC - Clarity
O diamante deve brilhar com profusão e apresentar um "fogo interno" digno da mais valiosa das pedras preciosas. O grau de pureza do diamante se refere à presença (ou não) de inclusões e manchas que possam diminuir seu valor. No Brasil estas manchas e inclusões são também conhecidas como "jaça". A avaliação de pureza do diamantes é feita pelo profissional, utilizando a lupa de mão de 10X ou microscópio gemológico com lente de 10X. A quantidade, tamanho, posição e natureza das imperfeições (jaça) definem o grau de pureza do diamante. Um diamante classificado IF (Internally Flawless - Internamente livre de inclusões) é considerado o mais puro. A ABNT/IBGM utiliza as seguintes definiçôes, em português, para traduzir a escala de pureza do GIA (ver quadro próxima página):
4ºC - Cut
A classificação de corte do diamante diz respeito a como o diamante foi cortado e lapidado. Esta classificação não deve ser confundida com o tipo de lapidação do diamante (Brilhante, Navette, Oval, etc). O corte é o mais importante dos 4 Cs e diz respeito à qualidade de sua lapidação. Uma lapidação bem feita garante ao diamante um brilho e fogo, que o faz
se diferenciar das outras gemas. A lapidação consiste em dois parâmetros muito diferentes: as proporções (ângulos e alturas) e o grau de acabamento (simetria e polimento), que traduzem, antes de qualquer coisa, o cuidado e a experiência com que a gema foi tratada no momento da lapidação. A figura ao lado, refere-se ao corte “Brilhante”, considerado ideal. Todos os ângulos e proporções foram cientificamente definidos para garantir a melhor performance da luz dentro do diamante e seu retorno aos olhos do observador, criando as cores e brilho que se vê em um diamante de alta qualidade
Corte Brilhante
.Quanto melhor o corte, lapidação, simetria e polimento do diamante, melhor o retorno de luz e por sua vez, maior seu valor. A ABNT/IBGM utiliza as seguintes definiçôes, em português, para traduzir a escala de corte do GIA:
Curiosidade
1 - Diamante Rosade 59,60 quilates, vai causar frenesi dia 13
de novembro pois o leilão promete chegar a valores de $ 60 milhões. 2 e 5 - Diamantes Harry Winston para os fãs de pedras preciosas, o diamante Hope (45,52 quilates) e a Estrela do Oriente (94,80 quilates).
3 - O belo diamante azul de Wittelsbach, de 35,56 quilates.
Lembra a lenda do diamante azul Hope, que teria sido supostamente roubado de um templo sagrado da Índia. Quando os nativos descobriram o roubo, colocaram uma maldição sobre aqueles que por ventura obtivessem a pedra sagrada.
4 - Diamante de 118 quilates, impressionante!
6 - Diamante azul de 7,5 quilates é um tesouro oferecido
para os amantes do hipnotizante tom azul, e vai estar à venda na Sotheby Hong Kong, junto com o diamante de 118 quilates.

domingo, 9 de outubro de 2016

BREVE HISTÓRIA DO DIAMANTE NO BRASIL (1ª parte)

BREVE HISTÓRIA DO DIAMANTE NO BRASIL
Da descoberta até finais do século XIX (1ª parte)



A Índia foi a única fonte importante de diamantes do oitavo século antes de Cristo, quando surgem as primeiras referências a esta gema, até a sua descoberta no Brasil, no início do século XVIII, sendo a ilha indonésia de Bornéu uma fonte pouco relevante a partir do século VII.
Não há consenso quanto à data e local exato da descoberta de diamantes no Brasil, bem como de quem pela primeira vez o encontrou ou determinou sua verdadeira natureza. Normalmente, se aceita a tese de que a descoberta oficial ocorreu em 1725, embora alguns historiadores assegurem que o achado se deu ainda no final do século XVII, nas proximidades do antigo Arraial do Tijuco, hoje Diamantina, estado de Minas Gerais.
Consta que os primeiros exploradores que desbravaram as matas em busca de ouro ao longo do rio Jequitinhonha (MG) e de seus afluentes encontravam pedras brilhantes no fundo de suas bateias e, sem saber que se tratavam de diamantes, as empregavam como tentos em jogos de cartas, até que um sacerdote, que estivera na Índia, as teria reconhecido.
Há uma versão segundo a qual os primeiros diamantes teriam sido encontrados por Francisco Machado da Silva e sua esposa Violante de Souza, em 1714; outra credita a descoberta a Bernardino Fonseca Lobo, enquanto alguns historiadores a atribuem ao português Sebastião Leme do Prado, que residira em Goa, uma possessão lusitana situada na costa oeste da Índia.
O fato é que a notícia da descoberta e a chegada dos primeiros diamantes brasileiros a Lisboa levaram a Coroa Portuguesa a empreender uma busca desenfreada pelo precioso mineral ao longo dos leitos, margens e áreas próximas dos rios da região, utilizando numerosa mão-de-obra escrava e métodos rudimentares.
A descoberta teve enorme impacto na Europa, salientado pelo fato de que, à época, os depósitos aluvionares indianos encontravam-se quase esgotados. Para evitar que grandes quantidades fossem exportadas para este continente e ocorresse uma queda abrupta dos preços, prejudicando aqueles que até então detinham a primazia do comércio, disseminou-se na Europa a falsa notícia de que as pedras oriundas do Brasil seriam diamantes indianos de baixa qualidade, exportados de Goa para nosso país e daqui para a Europa. Os portugueses se viram, então, forçados a transportar as pedras brasileiras para Goa, de onde eram enviadas para a Europa como diamantes indianos, cuja boa reputação era inquestionável.
Durante o período colonial, a exploração de diamantes foi monopólio da Coroa Portuguesa, com regulamentação e fiscalização rigorosas, mas insuficientes para impedir o contrabando, gerado pela taxação excessiva e dificuldade no controle do enorme fluxo de garimpeiros à região produtora.
Às descobertas em Diamantina, seguiram-se outras no estado de Minas Gerais, sobretudo na região do Rio Abaeté (Triângulo Mineiro), em 1728, por mineradores que, clandestinamente, prospectavam pedras e ouro, apesar da proibição da Coroa Portuguesa. Mais tarde, esta região se tornaria célebre pela ocorrência dos maiores diamantes já encontrados no país. Em 1827, foram encontrados diamantes também na localidade de Grão Mogol, situada ao norte de Diamantina.
Acredita-se que os diamantes foram descobertos na região da Chapada Diamantina, no centro do estado da Bahia, por volta de 1839, inicialmente na localidade de Mucugê e, posteriormente, em Lençóis, Andaraí e Palmeiras, na bacia do rio Paraguaçu. Estas ocorrências foram intensamente lavradas, levando opulência aos comerciantes da região, mas os trabalhos foram diminuindo gradativamente no final do século XIX, até quase cessarem com a Depressão Mundial, na segunda década do século XX.
A ocorrência de diamantes em garimpos de ouro no Mato Grosso já era conhecida desde meados do século XVIII, onde foram descobertos na localidade de Diamantino, situada a noroeste de Cuiabá. No entanto, a dificuldade de acesso e a proibição de prospecção pela Coroa Portuguesa fizeram com que estas e outras regiões do estado só viessem a ser exploradas em meados do século seguinte. Ocorrências de diamante, neste período, nos estados de São Paulo (regiões de Franca e São José do Rio Pardo) e Paraná (Rio Tibagi) também são dignas de nota.
O Brasil supriu o mercado mundial durante aproximadamente 150 anos, desde sua descoberta, em 1725, até alguns anos após o achado de diamantes na África do Sul, ocorrido em 1866, quando foi então suplantado pela produção africana, o que alterou completamente o panorama mundial desta gema. É provável que esta seqüência de eventos, caracterizados por descobertas de novas fontes quando as antigas declinavam, que muitos atribuem à casualidade, deva-se, de fato, às forças econômicas.
Apesar da precariedade dos dados de produção, estima-se que tenham sido extraídos aproximadamente 13 milhões de quilates de diamantes no Brasil, no período compreendido entre a sua descoberta, em 1725, e o final do século XIX. Acredita-se que a imensa maioria destas pedras tenha sido de qualidade gema, uma vez que, na época, a demanda por diamantes para fins industriais era muito reduzida. Deste montante, supõe-se que cerca de 5,5 milhões teriam sido extraídos da região de Diamantina, 3,5 milhões da Bahia e 1,5 milhões de outras regiões de Minas Gerais, sendo os 2,5 milhões restantes roubados ou contrabandeados para fora do país. O autor do artigo não dispõe de informações a respeito da produção histórica dos estados de Mato Grosso, São Paulo e Paraná no período.

BREVE HISTÓRIA DO DIAMANTE NO BRASIL (2ª parte)


BREVE HISTÓRIA DO DIAMANTE NO BRASIL
De finais do século XIX até os dias atuais (2ª parte)



No final do século XIX, um evento histórico relacionado ao mundo do diamante alterou drasticamente o panorama vigente. A descoberta das primeiras pedras na África do Sul, ocorrida em 1866, foi um divisor de águas neste cenário, pois o Brasil, que até então detinha a primazia da produção, foi suplantado após aproximadamente 150 anos de liderança.
Os anos seguintes ao achado africano marcaram um período de franco declínio da produção brasileira, que não deveu-se ao esgotamento de suas reservas, mas sim aos baixos teores dos depósitos, que eram intensamente lavrados com base em trabalho escravo, abolido no final do século XIX. Quando os primeiros diamantes provenientes da África do Sul alcançaram a Europa, por volta de 1870, Lisboa, outrora o principal centro de comercialização de mercadoria bruta, também já perdera importância, se comparada aos centros de lapidação de Amsterdã e Antuérpia.
Após o fim da denominada era brasileira na história do diamante, a região de Diamantina, em Minas Gerais, continuou sendo a principal fonte deste mineral no país, embora sua produção tenha se mantido em níveis relativamente baixos até o princípio dos anos 1960 quando, além das atividades dos garimpeiros autônomos e dos garimpos semi-mecanizados, empresas de mineração iniciaram a exploração das aluviões diamantíferas, utilizando o método de dragagem em larga escala, ao longo dos leitos do Rio Jequitinhonha e de seus afluentes. Esta região manteve-se hegemônica no país até meados dos anos 80 mas, atualmente, seus depósitos encontram-se relativamente próximos da exaustão.
Por outro lado, o Triângulo Mineiro alcançou projeção nacional, devido a sua produção significativa e por ser a região de ocorrência de grande parte dos maiores diamantes brasileiros encontrados na primeira metade do século XX, sobretudo nos domínios hidrográficos do rio Abaeté, nos municípios de Coromandel, Estrela do Sul, Tiros, Patos de Minas, Monte Carmelo, Abadia dos Dourados e Romaria. Atualmente, está em curso um projeto de identificação de kimberlitos nas regiões oeste e central do estado de Minas Gerais.
A produção de diamantes matogrossense ressurgiu no início do século XX com as descobertas ocorridas nas regiões de Poxoréo, que remontam à década de 20, e Nortelândia, Alto Paraguai e Arenápolis, entre o final da década de 30 e início dos anos 40. As atividades de garimpagem em aluviões dessas regiões continuaram, intermitentemente, durante as décadas seguintes e intensificaram-se a partir dos anos 70, no noroeste do estado, em Juína, e no sudoeste, nos municípios de Tesouro, Guiratinga, Alto Garças, Barra do Garças e Poxoréo, sendo, neste último, criada uma reserva garimpeira, em 1979. Nesta mesma década, a chegada de empresas de mineração, que passaram a prospectar diamantes sistematicamente na região, contribuíram para que a produção alcançasse maior relevância nos últimos 35 anos, convertendo Poxoréo em um importante centro produtor nacional.
Em Rondônia, junto à divisa com o estado do Mato Grosso, a reserva indígena Roosevelt apresenta grande potencial diamantífero. Como no Brasil as atividades de mineração em terras indígenas são ilegais, há uma expectativa por parte da etnia Cinta-Larga, das mineradoras e dos garimpeiros quanto a sua regulamentação, após conflitos ocorridos em 2004. Atualmente, há diversos kimberlitos no estado sendo pesquisados com vistas à implantação de empreendimentos de mineração, principalmente na promissora região de Pimenta Bueno, no leste do estado.
A produção de diamantes na região da Chapada Diamantina, no centro do estado da Bahia, teve seu esplendor na segunda metade do século XIX, quando as ocorrências de Lençóis, Andaraí, Palmeiras e Mucugê, na bacia do rio Paraguaçu, foram intensamente lavradas. As atividades de garimpagem diminuíram gradativamente no final do século XIX, até quase cessarem ao término da segunda década do século passado. A partir dos anos 80, várias garimpos entraram em atividade nos leitos dos rios situados no Parque Nacional da Chapada Diamantina e próximos dele. Por uma ação conjunta de entidades ligadas à mineração e ao meio ambiente, estes garimpos foram fechados em 1996.
Os diamantes foram descobertos em Roraima no início do século XX, inicialmente na região do rio Maú e, mais tarde, nos leitos dos rios Cotingo, Quinô e Suapí. Na década de 30, deu-se a descoberta do depósito da serra do Tepequém, próximo à divisa com a Guiana, que manteve-se como o mais importante do estado por longo tempo. No início da década de 60, ocorreu um declínio da produção, como resultado da impossibilidade de aplicação de métodos rudimentares aos já baixos teores das aluviões remanescentes. A partir dos anos 70, teve início a produção mecanizada e, em meados da década seguinte, foi criada a reserva garimpeira de Tepequém, fechada em 1989. Dois anos mais tarde, deu-se a criação do Parque Nacional dos Índios Ianomâmis, neste estado em que as questões indígenas e ambientais exerceram influência preponderante na produção.
Depósitos diamantíferos menos significativos foram descobertos nos séculos XIX e XX em diversas regiões do país, nos estados de Minas Gerais (Serra da Canastra e Presidente Olegário), Piauí (Gilbués e Monte Alegre), Paraná (Rio Tibagi), São Paulo (Franca), Mato Grosso do Sul (Aquidauana), Goiás (Israelândia e Araguatins), Pará (Itupiranga e Itaituba), Tocantins e outros.
Atualmente, o Brasil detém uma posição quase insignificante no mercado global de diamantes, respondendo por aproximadamente 1 % da produção mundial. O modo de ocorrência dos diamantes em todas as localidades brasileiras mencionadas é similar, sendo as gemas lavradas em depósitos secundários, sejam aluviões, eluviões, colúvios e/ou em metaconglomerados.
Embora no Brasil ocorram centenas de kimberlitos e lamproítos, as fontes primárias do diamante, a imensa maioria destes corpos rochosos é estéril ou apresenta teores insignificantes sob o ponto de vista econômico, de modo que, até onde sabemos, toda a produção ainda é oriunda de depósitos secundários. Os corpos mineralizados conhecidos ocorrem, assim como em todo o mundo, em regiões estáveis a pelo menos 1,5 bilhões de anos e, no Brasil, estão associados a lineamentos estruturais, embora não seja esta uma premissa em termos mundiais. Em nosso país, a proporção entre as pedras para uso em joalheria e as destinadas à indústria é muito variável segundo a origem, sendo o percentual de diamantes-gema na região da Serra do Espinhaço (MG) o mais alto do país, superior a 80 %, uma das maiores médias mundiais.
Quanto à gênese, a teoria mais aceita hoje em dia é a de que os diamantes encontrados nos depósitos secundários brasileiros derivaram de fontes primárias de idade pré-cambriana, em alguns casos originalmente localizadas a centenas de quilômetros da região onde hoje são encontrados os diamantes, que teriam sido transportados e distribuídos por eventos glaciais. A título de curiosidade, cabe mencionar que evidências sugerem que os diamantes de algumas ocorrências, como as da região de Franca (SP) e do rio Tibagi (PR), sejam oriundos, em parte, do continente africano, evidentemente formados antes da separação continental América do Sul / África.
Desde os anos 60, diversas empresas de mineração vêm atuando na prospecção sistemática por fontes primárias e secundárias de diamante em várias regiões do país que, descobertas e comprovadas viáveis, resultarão na renovação dos meios de produção, com os métodos empregados na atividade de garimpagem sendo gradativamente substituídos pelas operações mecanizadas de lavra e beneficiamento.

As sete cidades de pedra do PI

Você já esteve no Piauí?  Se a resposta é sim, considere-se um viajante inveterado.
Estado litorâneo com a menor extensão de costa do Brasil, apenas 66Km, guarda belas surpresas em seu interior. Uma delas é o Parque Nacional de Sete Cidades, local que abriga formações rochosas de cerca de 190 milhões de anos e ricas inscrições rupestres.
O parque tem esse nome por causa dos diferentes grupos de rochas que, separados entre si parecem formar pequenas “cidades”. Cada uma delas tem suas cabeças de índio ou de Dom Pedro I, Tartaruga, Arco do Triunfo e o que mais sua imaginação possa “definir”.
Já as pinturas rupestres apresentadas na unidade têm cerca de 6000 anos e são conhecidas internacionalmente.
A viagem rumo ao Circuito das Sete Cidades começa em seu pequeno centro de visitantes, onde encontrará informações sobre o parque e um guia para acompanhá-lo (é possível fazer o trajeto à pé ou de carro). O calor é intenso parece brotar de todos os lados, portanto muita água, protetor solar, roupa leve, calçado confortável e chapéu ou boné são indispensáveis. Nós estivemos por lá num outubro, em pleno período de seca (que ocorre de julho a dezembro). Apesar das caminhadas serem relativamente curtas de uma cidade a outra, sol e calor resultaram em apreciação e vertigem! De janeiro a junho as cachoeiras estão mais cheias e o clima mais ameno.
Uma das vistas do mirante – 

TEORIAS E IMAGINAÇÃO

O cenário de pedras aguçou o imaginário popular, de escritores e de estudiosos estrangeiros que criaram certas teorias sobre o local.
Para Erich von Däniken, autor de “Eram os deuses astronautas?” forças não-naturais construíram as Sete Cidades. A erosão agiu diferentemente em cada grupo de rochas e em algumas divisões há linhas retas em tinta vermelha. Seria o trabalho de um arquiteto intergalático querendo “(…) saber se a raça humana sabe dar o passo para evoluir ou se é pré-programada pra se destruir (…)”? (parafraseando a letra da música “O retorno do maia intergalático”, de Lulu Santos.).
As pinturas rupestres poderiam ser dos Vikings, segundo o pesquisador francês Jacques de Mahieu. Ele esteve no Brasil em 1974 e viu nas inscrições, semelhança com a escrita rúnica (o mais antigo alfabeto germânico). Von Däniken viu em algumas pinturas semelhança com a estrutura helicoidal do DNA. Difícil achar quem não vê!
Já o historiador austríaco, Ludwig Schwennhagen considera os fenícios os primeiros habitantes das Sete Cidades. Em busca de novas rotas comerciais chegaram por aqui e fizeram do local cenário para cerimônias religiosas. Ele também acredita que a raça Tupi (que de acordo com Tupinambás e Tabajaras chegaram ao norte do Brasil, provenientes de um país que não existia mais) é remanescente do continente perdido de Atlântida. A idéia é reforçada pelo italiano Gabriele D’Annunzio (soldado, poeta, aventureiro e principal mentor da liturgia fascista que nascia após a I Guerra Mundial) que em uma viagem à Ica (no Peru) viu o que dizia ser o desenho do continente americano onde estão rotas oceânicas ligando Atlântida ao Delta do Parnaíba (oeste piauiense). O Sete Cidades está na porção nordeste do Piauí.

E VAMOS ÀS CIDADES IMAGINÁRIAS!

A visitação ao circuito das cidades não segue uma sequência ordinal. A área aberta à visitação pública corresponde a cerca de 490 hectares, num percurso de 12 km. Abaixo alguns dos atrativos:

PRIMEIRA CIDADE

Piscina dos Milagres – tem uma das nascentes do parque, que nunca deixou de jorrar, mesmo durante os anos mais difíceis de seca. Talvez daí o nome!
Pedra dos Canhões – parecem troncos de árvores petrificados.
Pedra da Gia – atrativo que lembra uma rã, com a boca aberta.
Banco de Praça, Pedra da Ema, da Cobra, Máquina de costura, entre outros também fazem parte da primeira cidade.

SEGUNDA CIDADE

Arco do Triunfo – apresenta forma que lembra o arco francês. É um dos pontos mais fotografados do parque.
Mirante – é o ponto mais alto do Sete Cidades, com 82m de altura. De lá é possível ter uma bela visão do parque.
Biblioteca – lembra um local com livros e papéis empilhados.
Pé do Gigante, Pedra do Falo, Soldado velho, Teatro de Arena, Morro das Oliveiras etc fazem parte deste circuito.

TERCEIRA CIDADE

Cabeça de Dom Pedro I – bastante fotografada lembra o perfil do rosto do imperador.
Três Reis Magos, Pedra do Beijo, do Segredo, do Pombo, Dedo de Deus, Cara do Diabo, Pedra de Nossa Senhora, Cavalo marinho etc estão na Terceira cidade; além do interessante Mapa do Brasil que “tem” até a divisão dos Estados.
Lá está também a Gruta do Estrangeiro, a maior do parque nacional.

QUARTA CIDADE

Também tem um Mapa do Brasil, porém sem a divisão dos Estados (como na Terceira cidade). De um lado mostra o mapa do país e do outro o do Estado do Ceará.
Gruta do Catirina – onde morou José Catirina, o curandeiro das sete cidades, pinturas pré-históricas noArchete, Pedra Leão deitado, Cabeça de Águia , Dois Irmãos, Dois Lagartos etc estão neste circuito.

QUINTA CIDADE

Lá está a Pedra das Inscrições com belas pinturas pré-históricas, além da Furna do Índio, com inscrições que lembram rituais de caça. A Pedra do camelo, do Rei (de costas com seu manto e coroa) e da Casa do Guarda estão na quinta cidade imaginária.
Entrada da Sexta Cidade – Foto: Silnei L Andrade / Mochila Brasil

SEXTA CIDADE

As pedras da Tartaruga (lembrando seu casco), do Elefante e do Cachorro são os destaques desta cidade.

SÉTIMA CIDADE

Acesso permitido somente com autorização do ICMBio. Lá está uma reserva ecológica para preservação da fauna, flora e dos monumentos ricos em inscrições rupestres.
A gruta do Pajé tem muitas inscrições rupestres. Em cima dela há o Dragão Chinês.
E… no meio da paisagem rochosa do sertão semi-árido, surgem cachoeiras, como a do Riachão, piscinas naturais e olhos-d`água, como o dos Milagres! Pode não ser a Atlântida, mas é um pedacinho interessante escondido no interior do Brasil!

ONDE COMER E FICAR

Piripiri e Piracuruca possuem hotéis e pousadas simples.
Dentro do parque nacional há Abrigo-hotel com 12 apartamentos com ar condicionado e TV.
Mais informações pelos telefones (86) 3343-1342 / 3276-1863 / 9422-6502.
Ao lado do parque há o Hotel Fazenda Sete Cidades que também tem restaurante e área de camping. Site:http://hotelfazendasetecidades.com.br/

COMO CHEGAR

De carro, moto ou bike – O parque nacional está a cerca de 200 km de distância de Teresina, capital do Estado. A partir dela siga pela BR-343 até Piripiri, onde encontrará 26Km de asfalto até a portaria do Sete Cidades.
Quem está viajando pela região do Delta do Parnaíba (PI), Lençóis Maranhenses (MA) e ou Jericoacoara (CE) também conta com expedições criadas pelas agências de receptivo local que têm o parque como um dos passeios.
De ônibus– Da rodoviária de Teresina partem ônibus para Piripiri (viações Barroso e Guanabara).
De Piripiri parte o ônibus com os funcionários do ICMBio direto para o parque e você pode pegar uma carona. O ônibus sai às 7h diariamente, em frente à Praça da Bandeira.
Caso não pegue o ônibus há motos-táxi na cidade.
Mais informações sobre o Parque Nacional das Sete Cidades aqui
Relatos, dicas e informações de outros viajantes aqui

FOTOS:

Novas jazidas de diamantes no Brasil

Novas jazidas de diamantes no Brasil

Oito especialistas do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, mapearam e identificaram dezenas de novas áreas potencialmente ricas em diamantes no País, especialmente no Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará.
Essa iniciativa faz parte do projeto Diamante Brasil, cujas pesquisas de campo começaram em 2010. Desde então, os geólogos visitaram cerca de 800 localidades em diversos estados, recolheram amostras de rochas e efetuaram perfurações para descobrir mais informações sobre as gemas de cada um dos pontos.
O ponto de partida para as expedições foi uma lista deixada ao governo pela empresa De Beers, gigante multinacional do setor de diamantes que prestava serviços para o Brasil na área de mineração. Neste documento, constavam as coordenadas geográficas de 1.250 pontos, entre os quais muitoskimberlitos*. Apesar das informações sobre as possíveis localidades dessas jazidas, não havia detalhes sobre quantidades, qualidade e características das pedras, impulsionando o trabalho de campo dos geólogos.
O objetivo principal dos pesquisadores era fazer uma espécie de tomografia das áreas diamantíferas no território brasileiro, visando atrair investimentos de mineradoras e eventualmente ajudar a mobilizar garimpeiros em cooperativas. Essas medidas podem trazer um aumento na produção de diamantes em território nacional e coibir as práticas ilegais relacionadas a essas pedras preciosas.
Atualmente, o Brasil conta principalmente com reservas dos chamados diamantes industriais e de gemas (para uso em jóias). Os de gemas são os que fazem girar mais dinheiro, considerando que um diamante desses pode ser vendido em um garimpo do Brasil por R$ 2 milhões. Já o valor da pedra lapidada pode chegar à R$ 20 milhões.
Os detalhes dos achados ainda são mantidos em sigilo. Com o fim do trabalho de campo, os geólogos do Diamante Brasil darão início à descrição dos minerais encontrados e as análises das perfurações feitas pelas sondas. A intenção dos pesquisadores é divulgar todos os dados em 2014.
*O que é um Kimberlito?
De acordo com Mario Luiz Chaves, doutor em geologia pela Universidade de São Paulo e professor adjunto da UFMG, kimberlitos são rochas hibridas, ígneas ultrampaficas, potássicas e ricas em voláteis, com origem a mais de 150km de profundidade e que chegam a superfície por meio de pequenas chaminés vulcânicas ou diques. Normalmente, os diamantes são encontrados neste tipo de rocha. Confira uma foto:

Os cinco maiores diamantes lapidados do mundo

A obra Diamante: a pedra, a gema, a lenda, de autoria do professor doutor Mario Luiz Chaves e do doutor em engenharia de minas Luís Chambel, aborda aspectos geológicos e de mineração relacionados aos famosos minerais e traz diversas curiosidades para os leitores. Abaixo separamos uma lista baseada no livro com dados sobre os maiores diamantes do mundo e fotos incríveis de cada um deles.
1)    Cullinan I
Essa pedra foi encontrada em 1905 na África e recebeu o nome de Cullinan em homenagem ao dono da mina, Thomas Cullinan. É considerado o maior diamante já encontrado e pesa 3.106 quilates. Atualmente, adorna o Cetro do Soberano, propriedade real da Inglaterra.
2)    Incomparable
Incomparable, ou Imcomparável, tem uma história curiosa: foi encontrado em 1984 por uma garota em uma pilha de cascalho próxima à mina MIBA Diamond, no Congo. Considerado inútil pela administração da mina, o cascalho foi descartado com a pedra, e a menina acabou descobrindo o segundo maior diamante bruto do mundo, com 890 quilates. O corte do diamante gerou 14 gemas menores e o Incomparável, um diamante dourado com 407,48 quilates.
3)    Cullinan II
Cullinan II, conhecido como Pequena Estrela da África, foi encontrado no mesmo ano e local que oCullinan I. Com 317.4 quilates (63.48 g) é o terceiro maior diamante lapidado do mundo, e foi colocado na coroa imperial, também pertencente à realeza da Inglaterra.
4)    Grão Mogol
Encontrado na Índia em 1550, pesa 793 quilates. A pedra deu nome a um município em Minas Gerais. O paradeiro atual desta preciosidade é desconhecido.
5)    Nizam
Nizam é o diamante mais antigo desta lista e foi descoberto na Índia em 1830. A pedra tem 227 quilates e já adornou coroas e joias reais (Elizabeth). Atualmente ninguém sabe ao certo qual foi o seu último destino.