quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Você conhece a textura spinifex e o que ela fez pela Austrália?

Você conhece a textura spinifex e o que ela fez pela Austrália?

Geologo.com




A Geologia é cheia de histórias interessantes e, muitas vezes, pouco conhecidas.

A textura spinifex (foto) é uma textura resultante da rápida cristalização de fenocristais de olivina (geralmente forsterita) que formam agulhas alongadas quase entrelaçadas em uma lava ultramáfica altamente magnesiana.

Essa textura peculiar leva o nome de spinifex que é um arbusto comum na Austrália e na zona costeira da África do Sul.

Até aí tudo bem...Devem existir centenas de texturas mineralógicas com nomes estranhos como essa spinifex.

No entanto a textura spinifex é característica de um tipo relativamente raro de lava ultramáfica chamada komatiito.

Komatiitos só existem em idades Arqueanas e em ambientes tipo greenstone belt.

Os komatiitos foram descritos em 1969 no Greenstone Belt de Barbeton, na África do Sul. Foi lá, em Barbeton, próximo ao rio Komati, que o termo foi cunhado.

Em pouco tempo os geólogos do mundo inteiro perceberam que essas vulcânicas ultramáficas eram bem mais comuns do que parecia e que tinham uma gigantesca importância econômica.

Alguns anos antes da descrição dos Komatiites pelos irmãos Viljoen, os australianos fizeram espetaculares descobertas de jazimentos de níquel sulfetado em rochas supracrustais em Kambalda no Oeste da Austrália.

Em Kambalda as lavas ultramáficas eram ricas em uma fase líquida imiscível composta por sulfetos de Fe-Cu-Ni-PGM que se depositavam, por gravidade, nas partes basais dos derrames e nos paleovales.

Essas lavas eram os komatiitos descritos um pouco mais mais tarde na África do Sul e os sulfetos maciços descobertos criaram um boom na pesquisa mineral australiana na década de 60 que mudou a história e a economia da Austrália.

Mas qual é a importância da textura spinifex nessa história? Como a maioria dos jazimentos sulfetados estavam encobertos os geólogos tiveram que recorrer a métodos indiretos como geofísica e geoquímica para descobri-los.

Entretanto o bom geólogo de campo australiano logo percebeu que essas ultramáficas mineralizadas tinham em comum duas coisas: os gossans e as texturas spinifex.

Foi quando os gossans e as texturas spinifex mudaram de vez a exploração mineral mundial.

Em decorrência dos investimentos em pesquisa mineral foram descobertos centenas de jazimentos de níquel sulfetado com essas características, não só na Austrália, mas em vários locais como Canadá, África do Sul, Rússia e Brasil.

Graças a pequenos detalhes como a textura spinifex essas descobertas mudaram o panorama do níquel mundial, geraram dezenas de bilhões de dólares de retorno e centenas de milhares de empregos diretos...

gossan

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Alta de 77% em 2 dias explicada:



"A alienação da UPI Mina é a concretização do marco mais importante do Plano de Recuperação Judicial da MMX Sudeste"

SÃO PAULO - Após dois dias de forte alta, acumulando ganhos de 77% em apenas duas sessões, a disparada das ações da MMX Mineração (MMXM3) foi explicada em comunicado enviado ao
mercado na manhã desta segunda-feira (31).
A companhia de mineração informou que concluiu a venda de UPI Mina para o Mubadala, Trafigura por R$ 70 milhões. A UPI Mina é composta pelas minas de Ipê e Tico-Tico e respectivas unidades de processamento e barragens, além dos demais ativos, contratos e licenças a elas relacionadas, disse a empresa em comunicado.
A venda foi por meio de “processo competitivo”, disse a empresa. O preço de compra, conforme previsto no Plano de Recuperação Judicial, foi de R$ 70 milhões. "A alienação da UPI Mina é a concretização do marco mais importante do Plano de Recuperação Judicial da MMX Sudeste", informa a companhia em comunicado.
Vale destacar que, na última sexta, a Óleo e Gás Participações (OGXP3), ex-OGX viu suas ações dispararem 22,65%. A companhia apresentou uma proposta aos credores OSX-3 Senior Secured Callable Bond 2012/2015 emitidos pela OSX 3 Leasing BV e aos credores do Incremental Facility.
Segundo o comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a OGPar e OGX Petróleo e Gás (OGSA3) - ambas em recuperação judicial - anunciaram proposta de conversão de toda e qualquer garantia relacionada ao Incremental Facility e todos os passivos de afretamento não pago (inclusive de afretamento em períodos futuros até a devolução de FPSO OSX-3 para o OSX-3) em ações da OGX. 

Ouro fecha em queda com dólar mais forte e realização de lucros

Ouro fecha em queda com dólar mais forte e realização de lucros

Os contratos futuros de ouro fecharam em queda nesta segunda-feira (31), em meio a um dólar mais forte e com os investidores aproveitando para realizar ganhos depois do rali da semana passada. O ouro para dezembro, negociado na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex) caiu 0,28%, aos US$ 1.273,10 por onça-troy. A alta da moeda americana em relação a outras divisas consideradas fortes pesou sobre o metal precioso, uma vez que o ouro é cotado em dólar e, por sua vez, se torna mais caro para investidores estrangeiros quando a moeda sobe.
Além disso, os investidores aproveitaram para realizar os lucros depois de os preços subirem na tarde de sexta-feira, quando o Escritório Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) disse ter encontrado novos e-mails ligados à investigação sobre o servidor pessoal de Hillary na época em que ela serviu como secretária de Estado do governo de Barack Obama. Alguns investidores tendem a correr para o ouro em tempos de turbulência política por considerar o metal um ativo seguro.
Apesar disso, o diretor da RBC Capital Markets, George Gero, pondera que “esses ralis movidos por eventos pontuais raramente duram”. Outro fator que coloca pressão sobre o ouro é a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) eleve os juros em dezembro. O metal não paga retornos aos seus investidores, por isso luta para competir com outros ativos.
Fonte: JC

CBMM anuncia exploração de Terras Raras

CBMM anuncia exploração de Terras Raras

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) em uma noite especial anunciou, no Salão Minas Gerais do Tauá Grande Hotel do Barreiro em Araxá que a partir deste momento é detentora de um processo de exploração e beneficiamento de concentrados refinados de terras-raras. A informação foi passada pelo diretor-geral da CBMM, Tadeu Carneiro aos mais de quatrocentos convidados dentre eles o presidente da Codemig, Osvaldo Borges da Costa Filho, o vice-presidente Antonio Leonardo Lemos de Oliveira, diversas autoridades do município, políticos, empresários, imprensa e outras lideranças do município.
A notícia trouxe muita surpresa aos convidados pela sua importância, pelo seu pionerismo e pela complexidade do processo, foram cerca de um ano e meio de estudos e de acordo com o diretor Tadeu, foram investidos R$ 50 milhões para uma planta piloto com capacidade de processamento de 1 a 3 mil toneladas por ano.
Tadeu fez questão de frisar que este processo não requer uma nova frente de trabalho com abertura de mina, movimentação de terra … que as Terras Raras se encontram no rejeito do Nióbio. “No final do ciclo de separação do nióbio onde os rejeitos são encaminhado para barragem é que entra o processo de separação das terras raras na porcentagem de 4% a mesma porcentagem que é extraída o nióbio, somente após estes dois processos é que o rejeito será definitivamente depositado na barragem” acrescento o diretor geral.
A capacidade de produção da planta piloto de até 3 mil toneladas por ano mostra a dimensão de oportunidade que a empresa tem neste novo empreendimento onde 70 mil toneladas de rejeitos são encaminhados para as barragens após o processamento do nióbio. O mercado de terras raras é dominado pela China, que fornece 97% da demanda mundial, hoje em torno de 150 mil toneladas anuais
Oswaldo Borges diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), salientou a importância desta conquista não só para CBMM mas, para Araxá, Minas Gerais e para o Brasil. Em um momento tão importante da economia mundial a CBMM consegue se antecipar trazendo mais esta conquista para toda sociedade.
Esta descoberta é parte inicial de um processo que tem muito a crescer a empresa desenvolveu a parte mais difícil que é a produção do sulfato duplo de óxidos especiais, hidróxido de de óxidos especiais e concentrado  de óxidos especiais as matérias prima principais para separação dos 17 elementos que compõem as ditas terras-raras dentre eles o cobiçado Lantânio.
Terras Raras
As terras raras são minerais compostos por 17 elementos químicos no grupo dos lantanídeos da Tabela Periódica, com números atômicos entre 57 e 71.
Em sua maioria da forma de óxidos, esses elementos apresentam propriedades químicas e físicas essenciais para várias aplicações em produtos de alta tecnologia.
Eles estão incorporados em aplicações como supercondutores, ímãs de alto desempenho, catalisadores, telas sensíveis ao toque, entre muitas outras. Para refinar petróleo, a Petrobras depende de catalizadores produzidos a partir de 900 t anuais de óxido de lantânio, um dos 17 compostos que compõem o grupo das terras-raras
Etimologia dos elementos das Terras Raras
Lantânio – do grego “lanthanon”, escondido.
Cério – da deusa romana da fertilidade Ceres.
Praseodímio – do grego “praso”, verde, e “didymos”, gémeo.
Neodímio – do grego “neo”, novo, e “didymos”, gémeo.
Promécio – do titã Prometheus, que deu o fogo aos mortais.
Samário – em honra de Vasili Samarsky-Bykhovets, descobridor do mineral samarskite.
Európio – de Europa, o continente.
Gadolínio – em honra de Johan Gadolin (1760-1852), um dos primeiros investigadores das terras raras.
Térbio – de Ytterby, uma localidade da Suécia onde se localiza a pedreira partir de cujos minerais foi isolado.
Disprósio – do grego “dysprositos”, difícil de obter.
Hólmio de Holmia – a designação latinizada da cidade de Estocolmo, cidade natal de um dos seus descobridores.
Érbio – de Ytterby, uma localidade da Suécia.
Túlio – a cidade mítica de Thule.
Itérbio – de Ytterby, uma localidade da Suécia onde se localiza a pedreira partir de cujos minerais foi isolado.
Lutécio – de Lutetia, o nome latino da cidade de Paris.
Terras raras no Brasil
O Brasil tem uma das maiores reservas de terras raras do planeta, mas não as explora – o Brasil tem reservas estimadas em 40 mil toneladas cúbicas de terras raras, contra 36 milhões da China. As ocorrências de terras raras no território nacional estão associadas a minerais radioativos, o que caracteriza a presença de outros elementos com valor comercial.
Terras raras no mundo
Cerca de 97% da produção de terras raras no mundo está concentrada na China. Essa situação permitiu ao país alterar bruscamente em 2010 os preços dos componentes e estabelecer cotas de exportação, colocando em ameaça o fornecimento para a indústria de todo o mundo.
A China adotou a estratégia do baixo preço, inibindo investimentos no setor em outros países.
Agora, com o setor de produtos de alta tecnologia já desenvolvido, o país restringe a exportação das matérias-primas para não criar concorrentes para sua indústria de bens acabados.
No final de 2010 preço da tonelada do lantânio,  que girava em torno de US$ 5,7 mil chegou a custar  US$ 50 mil após a China, responsável por 97% da produção mundial de terras-raras, limitar a exportação por cotas.
Estados Unidos, Japão e União Europeia já estão buscando alternativas para garantir o suprimento desses materiais, já tendo inclusive solicitado informações sobre o potencial de exploração e produção mineral das terras raras no Brasil.
Os ministérios de Minas e Energia (MME) e da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) querem criar uma política para a exploração de minerais conhecidos como terras-raras, que apresentam propriedades químicas e físicas úteis para aplicação industrial em produtos de alta tecnologia
Radioatividade
Apesar das fontes de terras-raras estarem associadas à presença de tório e urânio, a concentração de 4% na separação das terras-raras no processo de beneficiamento não interfere  no grau de radioatividade para se tornar nociva aos seres existentes.
CBMM
A CBMM – Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, pertencente ao  Grupo Moreira Salles, é uma empresa nacional que extrai, processa, fabrica e comercializa produtos à base de nióbio.
O nióbio produzido em Araxá responde por 75% de toda a produção mundial. Sua produção anual é crescente e esta na ordem aproximada  de 70 mil toneladas da liga de ferronióbio.  A aplicação mais importante do nióbio é como elemento de liga para conferir melhoria de propriedades em produtos de aço, especialmente nos aços de alta resistência e baixa liga usados na fabricação de automóveis e de tubulações para transmissão de gás sob alta pressão. É utilizado, ainda, em superligas que operam a altas temperaturas, em turbinas de aeronaves a jato, entre outras finalidades.
Dentre mais de 400 projetos para exploração de terras-raras no mundo, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) mais uma vez é pioneira em desenvolvimento de tecnologia,  pela primeira vez no mundo os terras raras serão obtidos como subproduto da produção de nióbio – a maioria dos projetos desses metais pede a abertura de uma nova mina.
Um sistema de gestão que prioriza o comprometimento tem um programa social que abrange saúde, educação, moradia para todos os funcionários e suas famílias, acarretando em um índice de satisfação entre seus colaboradores acima da média em empresas do país.
Fonte: Jornal InterAção

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Descubra onde você pode encontrar as brilhantes opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália.



Descubra onde você pode encontrar as brilhantes opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália.

Todas as cores do arco-íris aparecem nas opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália.   Na verdade, de acordo com a lenda aborígine, o redemoinho de cores foi criado quando um arco-íris caiu na terra.  A Austrália produz 95% das opalas do mundo, o que faz dessas hipnóticas pedras um souvenir tipicamente australiano.  Elas variam desde as opalas brancas ou 'leitosas' mais comuns, encontradas em Coober Pedy, até as raras opalas negras de Lightning Ridge.  Faça um passeio pelos famosos campos de opalas ou compre opalas em lojas especializadas em todo o país.
Todas as principais cidades e centros turísticos australianos têm lojas especializadas, onde você pode comprar opalas incrustadas em joias ou como pedras soltas e não lapidadas.  As opalas negras são as mais valiosas, seguidas das opalas boulder, cristais de opalas e opalas brancas.  Esse sistema de valor se baseia na ideia de que as pedras mais escuras têm cores mais vibrantes, embora exista variações de pedra para pedra.
Para viver uma aventura repleta de opalas, visite os campos de opala pelo outback da Austrália do Sul, Nova Gales do Sul e Queensland.  Eles ficam no local da Grande Bacia Artesiana, que no passado foi um vasto mar interno.  As opalas evocam esse antigo mundo submarino, com listras fluorescentes verde-azuladas e semelhantes ao coral.  Também são conhecidas como o ‘fogo do deserto', sendo garimpadas em algumas das partes mais quentes e inóspitas da Austrália. Você deve visitar os campos de opalas entre abril e setembro, quando as temperaturas são menos intensas.
Na pitoresca cidade mineradora de Coober Pedy, na Austrália do Sul, a maioria dos habitantes locais vivem em moradas subterrâneas, para evitar o calor abrasador do verão.  Hospede-se em um hotel subterrâneo e visite as residências, igrejas e lojas subterrâneas.   Acima do solo, faça um passeio pelas minas e campos de opalas e veja uma demonstração das técnicas de lapidação de opalas.  Alugue um veículo com tração nas quatro rodas para visitar as outras cidades produtoras de opalas: Andamooka, Mintabie e Roxby Downs.  Juntos, esses campos da Austrália do Sul produzem a maior parte das opalas brancas ou leitosas do mundo.
As opalas negras são as mais cobiçadas do mundo, sendo encontradas em Lightning Ridge, a quase 800 km a noroeste de Sydney.   Os caçadores de fortunas têm vindo para cá desde 1800 e hoje são acompanhados pelos turistas, que também querem vivenciar a experiência do outback. Conheça a mina em Bald Hill, compre souvenires ou jogue golfe no antigo campo de opalas.   Relaxe nos spas artesianos minerais, caminhe pela paisagem esburacada e observe os pássaros nativos.   Na cidade são realizados o Black Opal Rodeo e peculiares corridas de bode durante a Páscoa e o Lightning Ridge Opal Festival, em julho.
A trilha das opalas serpenteia mais além pelo interior até White Cliffs, que já foi uma agitada cidade centrada nas opalas, mas que hoje tem apenas algumas centenas de habitantes.  Explore as colunas de mineração abandonadas, onde os habitantes locais vivem durante o verão e veja claros cristais de opala, valorizados por sua translucidez e a claridade de suas cores.
Opalas boulder são exclusivas de Queensland, e você pode procurá-las em remotas cidades do outback, como Quilpie, Yowah e Opalton. Compre opalas rústicas e polidas no animado Yowah Opal Festival, realizado em julho, ou visite Opalton, onde a maior opala do mundo foi encontrada em 1899.
Saia à caça das opalas no outback ou capture sua opala em uma loja da cidade.  De qualquer forma, esta exclusiva pedra preciosa australiana é uma vibrante lembrança de sua aventura australiana.