quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Água-Marinha

Água-Marinha
Á água-marinha é uma variedade do mineral chamado berilo e tem esse nome por sua cor azul ou esverdeada, em tons claros, semelhante à cor do mar. Seus cristais são prismáticos, de base hexagonal e chegam a atingir mais de 100 kg. É considerada a pedra preciosa mais típica do Brasil e aqui se encontrou a maior água-marinha conhecida. Ela foi encontrada em Marambaia (MG) e pesava 111 kg, medindo 45 cm de altura por 38 cm de largura. Outras águas-marinhas famosas são a lúcia, a marta rocha e a cachacinha, todas brasileiras. Esta última tinha 65 kg.
Minas Gerias produz as águas-marinhas mais valiosas do mundo, mas essa gema é produzida também no Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e Paraíba.
Não existe água-marinha sintética, mas muitas vezes se vende topázio natural e espinélio sintético azuis como se fossem água-marinha. Mais de 90% das gemas encontradas no comércio internacional devem sua cor azul ao aquecimento a que foram submetidos berilos amarelos ou verdes, e a cor obtida desse modo não pode ser distinguida do azul natural. Além disso, as gemas de cor fraca são aquecidas a 400-500°C para ficarem mais escuras.
As águas-marinhas mais valiosas são as azuis e quanto mais escuras, maior o valor. Os preços vão de US$ 1 a US$ 750 por quilate (um quilate = 200 mg) para gemas lapidadas de 0,50 a 50 quilates.

 Água marinha bruta
Água marinha bruta
 Água marinha lapidada
Água marinha lapidada


Esmeralda

Esmeralda
Assim como a água-marinha, a esmeralda é uma variedade de berilo, só que com cor verde, em tom escuro a médio. Se contém menos de 0,1% de óxido de cromo, é considerada apenas berilo verde, não esmeralda.
Forma cristais prismáticos de base hexagonal, como a água-marinha, mas não é transparente, porque apresenta incontáveis fraturas e fissuras, muitas delas preenchidas por impurezas. Apenas gemas muito pequenas mostram-se bem límpidas. É lapidada geralmente em um tipo facetado próprio, chamado de lapidação esmeralda, no qual a mesa (faceta maior) é retangular ou quadrada, com os cantos cortados.
As primeiras minas de esmeralda surgiram no Egito, mas já não há produção nesse país. Ela já era comercializada dois mil anos antes de Cristo, na Babilônia, mas foi rara até a época do Renascimento, quando se descobriram as jazidas sul-americanas. Hoje é produzida principalmente na Colômbia, Zâmbia, Zimbábue, Tanzânia, Madagascar e Brasil (Goiás, Bahia e Minas Gerais).
Entre as esmeraldas que se tornaram famosas estão a kakovin, a imperador jehangir e a devonshire. A esmeralda é uma das três gemas mais valiosas (as outras são o rubi e o diamante), em razão de sua cor, principalmente. As gemas de melhor qualidade, com 5 a 8 quilates, podem valer até US$ 5.600 por quilate. Gemas de mesmo peso com qualidade média variam de US$ 100 a US$ 580 por quilate. A esmeralda é sintetizada comercialmente desde 1940. Ao contrário do que acontece com outros minerais, toda a produção de pedras sintéticas destina-se à joalheria.
 Esmeralda bruta
Esmeralda bruta
 Esmeralda lapidada
Esmeralda lapidada

Topázio

Topázio
Outra gema tradicional, o topázio forma cristais prismáticos que podem ser incolores ou de cor branca, amarela, laranja, marrom, rósea, salmão, vermelha ou azul. Tem brilho vítreo e varia de transparente a translúcido. A variedade mais valiosa é o topázio-imperial, só produzida em Ouro Preto (MG). É usado apenas como gema.
Em 1740, foi encontrado no Brasil (Ouro Preto, MG) o topázio Bragança, que se pensava inicialmente ser um diamante e que tinha 1.680 quilates. O Museu Americano de História Natural de Nova Iorque tem um topázio bem formado de 60 x 60 x 80 cm. No Brasil podem ser encontrados cristais com até mais de um metro e com mais de cem quilos.
O maior topázio lapidado é o Princesa Brasileira, tem 21,327 quilates e foi encontrado em Teófilo Otoni (MG). Estima-se que provavelmente 80% das gemas vendidas como topázio-imperial sejam, na verdade, citrino. O principal produtor mundial de topázio é o Brasil, seguindo-se Rússia, Irlanda, Japão, Grã-Bretanha, Índia, Sri Lanka e EUA. No Brasil é produzido principalmente em Minas Gerais, mas existe também no Ceará e na Bahia.
O topázio avermelhado (cherry) situa-se entre as pedras preciosas mais valiosas, mas o azul está na faixa de preço do quartzo enfumaçado e do quartzo rutilado, sendo mais barato que o citrino. Valem mais as pedras parecidas com a água-marinha. O topázio vermelho varia de US$ 33 a US$ 2.000 por quilate, para gemas de 0,5 a 50 quilates. O rosa varia de US$ 2 a US$ 1.400 por quilate. O salmão, de US$ 2 a US$ 1.200 e o alaranjado, de US$ 2 a US$ 450, sempre para gemas entre 0,5 e 50 quilates. O topázio amarelo vale, depois de lapidado, de US$ 2 a US$ 100 por quilate, para gemas de 0,5 a 20 quilates; o azul, de US$ 0,80 a US$ 3,50 por quilate, para gemas de 0,5 a 100 quilates. O topázio não é sintetizado, pelo menos em escala comercial.
 Topázio imperial bruto
Topázio imperial bruto
 Topázio lapidado
Topázio lapidado

Teófilo Otoni sediou em agosto a 26ª Feira Internacional de Pedras Preciosas



Teófilo Otoni sediou em agosto a 26ª Feira Internacional de Pedras Preciosas

Cidade é conhecida por ser a Capital Mundial das Pedras Preciosas


fipp_16A 26ª edição da Feira Internacional de Pedras Preciosas (FIPP),foi realizada entre os dias 16 e 20 de agosto, no Centro de Convenções Expominas, em Teófilo Otoni (MG). O objetivo da mostra é promover o comércio de pedras preciosas no seu principal centro brasileiro de beneficiamento e comercialização. A FIPP é realizada anualmente na cidade por meio de uma parceria entre a Associação dos Comerciantes e Exportadores de Gemas e Joias do Brasil-GEA e Associação dos Corretores e Comerciantes de Pedras Preciosas-ACCOMPEDRAS.
O evento, o maior do gênero do Cone Sul das Américas, reúne expositores e visitantes de vários lugares do Brasil e do exterior, além de grande quantidade e variedade de pedras preciosas, semipreciosas, artesanato mineral e espécimes de gemas de coleção.
São todas as qualidades de gemas produzidas no país – tanto brutas como lapidadas – e também espécimes de coleção, além de artesanato e bijuterias em pedras. Entre os produtos em exposição e para comercialização destacam-se as pedras preciosas brutas e lapidadas. São belos exemplares de berilos, crisoberilo, turmalina, quartzos, espodumênio, opala, calcita, dentre outras, além de espécies para colecionadores, jóias, artesanato mineral, máquinas, equipamentos, serviços e órgãos oficiais.
Visitantes e comerciantes
No período de sua realização, a FIPP atrai em torno de 20 mil visitantes, que movimentam toda a região de Teófilo Otoni. São registrados expositores e visitantes provenientes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Espírito Santo, Piauí, Distrito Federal, Goiás, Tocantins, além de visitantes e comerciantes da Argentina, Uruguai, Peru, Colômbia, EUA, Canadá, Portugal, Espanha, França, Alemanha, Suíça, Itália, Noruega, Austrália, Índia, China, Japão, Tailândia, Hong Kong e Ilhas Virgens.

O prefeito Getúlio Neiva(centro) e o presidente do SindComércio, Iesser Lauar(E) visitam estandes

A CONEX e a FIPP contam com 60 estandes e 120 bancas para a Feira Livre de Pedras Preciosas

As pedras como quartzo, topázio, esmeraldas e água marinha atraem compradores do mundo todo 

As pedras como quartzo, topázio, esmeraldas e água marinha atraem compradores do mundo todo 

Potencial eólico do Brasil pode ser seis vezes maior

Potencial eólico do Brasil pode ser seis vezes maior



Uma revisão do potencial eólico em terra do Brasil aponta que o país pode ter uma capacidade seis vezes maior de produzir energia a partir dos ventos do que o estimado até agora.
Eólica sobre a terra
A alteração do potencial se deve sobretudo ao aumento da altura das torres de geração eólica em relação a 2001, quando foi compilado o último grande levantamento nacional - o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro.
A revisão foi feita pela equipe do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-Clima).
"O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro foi feito com a estimativa do uso de torres de 50 metros de altura. Hoje, temos torres acima de 100 metros, que ampliam o potencial tecnicamente viável de exploração de 143 gigawatts para 880 gigawatts," disse o coordenador da pesquisa, Ênio Bueno Pereira, do INPE. "Além disso, consideramos uma expansão das áreas que se tornam economicamente viáveis para a instalação das torres."
Embora no Brasil a produção de energia eólica ainda seja restrita, Pereira aponta que o país é o quarto no mundo em termos de expansão da capacidade eólica instalada, perdendo apenas para China, Estados Unidos e Alemanha.
Eólica sobre as águas
A equipe também está estudando o potencial eólico brasileiro no mar, buscando avaliar a zona costeira brasileira, particularmente na região Nordeste.
Outra área de interesse é o estudo da viabilidade de exploração eólica nas áreas dos reservatórios hidrelétricos.

Os modelos iniciais revelam uma tendência de aumento dos ventos em determinadas porções do norte da região Nordeste. "Embora pareça uma notícia interessante, ventos intensos e rajadas nem sempre são bons para o sistema de geração de energia eólica, que pode sofrer danos estruturais", disse Pereira.