sábado, 12 de novembro de 2016

John Malone, o megainvestidor americano que supera Warren Buffett

John Malone, o megainvestidor americano que supera Warren Buffett

O império de John Malone vale cerca de US$ 80 bilhões.ENLARGE
O império de John Malone vale cerca de US$ 80 bilhões. PHOTO: MATTHEW STAVER/BLOOMBERG
Poucas pessoas geraram mais ganhos aos investidores ao longo dos últimos 30 anos do que John Malone. Ele transformou um pequeno grupo de sistemas de TV a cabo, originalmente formado nos anos 70, na Tele-Communications Inc. e, em 1999, vendeu a empresa para a operadora americana de telefonia AT&T por US$ 48 bilhões.
Com um punhado de antigos ativos da TCI, o bilionário americano, por meio de frequentes manobras financeiras, acabou construindo um outro império de mídia e cabo, a Liberty Media. Ao lado de Greg Maffei, diretor-presidente da Liberty desde 2005, ele continua esse trabalho.
Os investidores vêm sendo bem recompensados ao longo dessa trajetória. Nos últimos dez anos, o retorno dos investimentos de Malone superou o da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett. Um detentor de ações da Liberty Media original em 2004, antes de seus ativos serem divididos entre as operações nos EUA e outros países, teria tido ganhos anualizados de 13% em comparação com 7,5% da Berkshire e 7,7% do índice Standard & Poor’s 500, segundo Christopher Marangi, diretor de investimentos da firma americanaGamco Investors.
E, apesar desses polpudos retornos, ainda há espaço para mais crescimento.
As empresas e ativos da Liberty estão distribuídos entre cinco principais guarda-chuvas corporativos: Liberty Media, Liberty Broadband, Liberty TripAdvisor Holdings, Liberty Interactive e Liberty Global. Dentro desse grupo estão nove ações, incluindo sete “tracking stocks”, ações cujo dividendo segue o desempenho de uma certa subsidiária. A complexa estrutura pode barrar alguns investidores, mas os que dedicaram tempo para entendê-la a consideram atrativa.
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“A fórmula mágica de Malone começa com boas empresas que estão no centro da sua principal área de atuação, aí, ele instala o time de gestores certo para melhorar o desempenho dessas companhias de forma apropriada”, diz Marangi. Os fundos de Mario Gabelli, fundador da Gamco, possuem uma carteira com empresas da Liberty. “Uma das nossas regras de ouro para investir em mídia e TV a cabo é estar do mesmo lado da mesa que John Malone e de aliar os nossos interesses aos dele”, diz.
Aos 75 anos, Malone continua sendo o motor de propulsão da Liberty — e continua famoso por sua aversão a pagar impostos. A Liberty é conhecida por transferir ativos por meio de transações que minimizam a carga tributária, incluindo desmembramentos, “tracking stocks” e outras manobras financeiras.
“Nenhum outro executivo nos Estados Unidos domina os meandros do código tributário com a mesma profundidade que Malone”, diz o especialista em impostos Robert Willens. “Ficamos constantemente pasmos com as estruturas que ele e seus assessores elaboram para reorganizar suas amplas holdings, sempre sem consequências tributárias, da forma mais vantajosa.”
Em uma recente entrevista exclusiva, Greg Maffei, diretor-presidente dos negócios da Liberty nos EUA por mais de dez anos, disse que a missão do grupo é simples: “Estamos tentando criar valor para os nossos acionistas”.
Maffei, de 56 anos, e Malone veem o mundo de forma parecida e operam um pouco como Buffett e seu sócio de longa data na Berkshire, Charlie Munger. As duas duplas se concentram em estratégia, aquisições e alocação de capital, deixando a gestão do dia a dia das várias empresas do conglomerado com outras pessoas. “Nós nos beneficiamos da nossa habilidade de sermos acionistas de longo prazo e com frequência controladores, além da nossa experiência e conhecimento do setor”, disse Maffei.
Mas, ao contrário de Buffett, que já disse que o tempo de um investimento da Berkshire é “para sempre”, Malone e Maffei estão dispostos a vender um ativo caso o preço oferecido seja o que consideram correto. Eles orquestraram a venda da operadora de TV por satélite DirecTV, da qual a Liberty era controladora, para a AT&T em 2015, em um momento oportuno. Ao longo do tempo, a Liberty fez um trabalho extraordinário na alocação de capital, priorizando a recompra de ações em vez de dividendos. Isso reflete em parte a aversão de Malone aos impostos. O empresário, arredio à imprensa, não estava disponível para uma entrevista.
O império de Malone na Liberty compreende empresas com um valor de mercado conjunto de US$ 80 bilhões. Sua participação pessoal nelas está avaliada em torno de US$ 4 bilhões. Malone é o presidente do conselho de quatro das cinco empresas da Liberty. A Liberty TripAdvisor, de viagens, é a exceção. Ele detém controle efetivo sobre as empresas por meio de poucas ações que dão um “superdireito” de voto (ações de classe B), apesar de sua participação geralmente se manter entre 3% e 9%. A estrutura de controle de Malone pode não ser um grande exemplo de governança corporativa — ações com “superdireito” de voto tiram esse direito dos acionistas não controladores — mas poucos investidores se queixam. Acordos semelhantes estão em vigor em várias empresas de mídia de controle familiar, como a CBS, Viacom, New York Times e a News Corp, holding que controla o The Wall Street Journal e Barron’s.
A razão de muitas das maquinações financeiras é evitar impostos sobre ativos que possuem há muito tempo e cujo valor disparou, admite Maffei.
As apostas da Liberty geralmente acabaram se mostrando um bom investimento. Durante a crise financeira de 2008-2009, ela ficou com 40% da empresa de rádio via satélite Sirius XM Holdings, hoje avaliada em US$ 13 bilhões, em troca de um empréstimo de US$ 530 milhões. E a Liberty comprou 27% da empresa de comunicaçòes Charter de um grupo de investidores institucionais em 2013, sendo que, desde então, o valor da sua participação quase triplicou.
Entre outras empresas que se destacam do conglomerado, está a Liberty Global, que tem operações de TV a cabo na Europa Ocidental. Cerca de 37% de seu faturamento vem da Grã Bretanha, e o resto se divide entre Alemanha, Holanda e Bélgica. Há também a Liberty Media, que fechou recentemente a compra da Fórmula 1 por US$ 8 bilhões, algo bem recebido por Wall Street. A transação teve todas as características de Malone: complicada, alavancada e com benefícios como baixa carga de impostos e pouca exigência de capital. Maffei a considera “um grande negócio”, com o qual podem explorar oportunidades como patrocínio e direitos de transmissão. A compra, porém, foi cara e os lucros da Fórmula 1 não mudaram muito nos últimos anos.
Andew Bary é colunista do semanário Barron’s.

Crescimento de diamantes sintéticos ameaça setor

Crescimento de diamantes sintéticos ameaça setor

Samantha Sibley, uma técnica da De Beers demonstra um aparelho que pode detectar diamantes sintéticos.ENLARGE
Samantha Sibley, uma técnica da De Beers demonstra um aparelho que pode detectar diamantes sintéticos. PHOTO: SCOTT PATTERSON/THE WALL STREET JOURNAL
Uma pequena equipe de cientistas trabalhando para a De Beers, unidade de exploração e comércio de diamantes da mineradora britânica Anglo American PLC, está tendo dificuldade para eliminar uma ameaça que pode ofuscar o brilho dos diamantes naturais: as gemas de alta qualidade produzidas pelo homem.
Nos últimos anos, os diamantes criados em laboratório se tornaram indistinguíveis das pedras naturais a olho nu e suas vendas estão crescendo. Embora ainda ocupem uma pequena fração do mercado, as gemas sintéticas podem responder por cerca de 10% das vendas de diamantes brutos dentro de cinco anos, segundo estimativas do banco americano Morgan Stanley.
Produzidos tanto por um pequeno grupo de empresas de capital fechado quanto por gigantes como a própria De Beers, os diamantes sintéticos podem derrubar o valor de todo o setor de diamantes, dizem alguns especialistas. Esses diamantes têm as mesmas propriedades químicas e físicas que as gemas naturais. Eles brilham como as pedras extraídas das minas, são duros e duráveis o bastante para uso industrial intensivo e — talvez o mais importante — podem ser vendidos sem qualquer pista da sua procedência.
Teoricamente, pode-se produzir uma quantidade infinita de diamantes feitos em laboratório, pressionando um mercado que depende da percepção de escassez relativa para garantir preços elevados.
A De Beers criou uma série de dispositivos que os atacadistas de diamantes e fabricantes de joias podem usar para identificar diamantes sintéticos. “Uma preocupação é o risco de você comprar o colar que sua esposa queria e descobrir que não é verdadeiro”, diz o diretor de estratégia da De Beers, Gareth Mostyn.
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Conter o risco dos diamantes produzidos em laboratório é crucial para a Anglo American, que detém uma participação de 85% na De Beers. A gigante da mineração está se livrando de ativos de suas unidades de carvão e minério de ferro para se concentrar em setores mais rentáveis, como diamantes. A De Beers foi responsável por 42% do lucro da Anglo antes de juros, impostos e itens não recorrentes no primeiro semestre deste ano.
Por ora, a produção de diamantes em laboratório é pequena em comparação com as pedras extraídas do solo. Os produtores de gemas sintéticas podem fabricar entre 250 mil e 350 mil quilates de diamantes brutos por ano, segundo estimativas do setor, ante cerca de 135 milhões de quilates extraídos das minas.
Martin Roscheisen, o diretor-presidente da Diamond Foundry Inc., uma produtora de diamantes sintéticos de San Francisco com capacidade de fabricar 24 mil quilates por ano, diz acreditar que, dentro de algumas décadas, quase todos os diamantes comprados pelos consumidores serão de gemas artificiais.
A Swarovski Group, empresa austríaca de capital fechado que vende artigos de luxo, lançou sua própria linha de joias com diamantes artificiais em abril.
Menno Sanderse , analista do Morgan Stanley, não espera que os diamantes sintéticos substituam uma grande parte da produção global, mas escreveu, em julho, que as gemas feitas em laboratório se tornaram um “sério disruptor em potencial”.
Des Kilalea, analista de mineração do banco canadense RBC Capital Markets, diz que os consumidores podem migrar para pedras sintéticas, que hoje são, em média, de 20% a 30% mais baratas que os diamantes naturais. O custo de capital ligado à produção de diamantes em laboratório é só ligeiramente inferior que o de extraí-los da terra.
Em uma fábrica perto de Londres, os cientistas da De Beers vêm há anos trabalhando na identificação de diamantes sintéticos. A firma tem sua própria unidade de diamantes sintéticos, a Element Six, que os produz para fins industriais, como brocas de perfuração, e ajuda a De Beers a se manter atualizada sobre os avanços tecnológicos.
As pedras criadas em laboratório são desenvolvidas usando um diamante natural ou outro diamante sintético que age como uma semente para o cultivo de mais gemas. Gases de materiais de carbono são empregados a temperaturas extremamente elevadas para produzir novos cristais ao longo de várias semanas.
Simon Lawson, diretor da divisão de tecnologias da De Beers no Reino Unido, diz que sua maior preocupação são os diamantes pequenos — menores que 20% de um quilate —, que custam mais para serem analisados, dado o seu tamanho e valor.
Isso torna mais fácil a entrada da variedade sintética na cadeia de suprimentos, e possivelmente no mercado de joias, como um diamante natural.
Em 2015, um pacote contendo 110 diamantes artificiais que estavam sendo vendidos como pedras naturais foi interceptado na Índia, segundo o jornal “Times of India”, citando a Associação de Diamantes de Surat.
Para conter a ameaça, a De Beers ajudou outros produtores a lançar uma associação comercial para promover os diamantes naturais, em 2015. A De Beers também começou a vender um novo detector barato que analisa rapidamente pequenos diamantes sintéticos.
O dispositivo, chamado de PhosView, custa US$ 4.500 — bem menos que os US$ 35 mil cobrados pela ferramenta Diamond View, que usa luz ultravioleta para detectar gemas criadas em laboratório. Com o apertar de um botão, o PhosView ilumina um conjunto de diamantes num recipiente. As pedras sintéticas são aquelas que emitem um forte brilho fosforescente — uma reação raramente vista em diamantes naturais.
A De Beers produziu 50 dessas máquinas para fabricantes de joias e elas foram vendidas rapidamente, segundo a empresa.
Identificar os diamantes sintéticos será importante para a indústria porque o encanto dos diamantes garimpados continua sendo vir “das profundezas da Mãe Terra”, diz Russel Shor, analista sênior do Instituto Gemológico para a América.
“Eles têm bilhões de anos”, diz Shor. “Provavelmente são a coisa mais antiga que podemos comprar.”

Cobre amplia fortes ganhos recentes, em meio a otimismo com Trump

Cobre amplia fortes ganhos recentes, em meio a otimismo com Trump

Os futuros de cobre operam em forte alta na madrugada desta sexta-feira (11), ampliando os robustos ganhos que vêm acumulando desde a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos EUA. Por volta das 4h35min (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) subia 2,1%, a US$ 5.722,00 por tonelada.
Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova Iorque (Nymex), o cobre para dezembro tinha alta de 2,55%, a US$ 2,6160 por libra-peso, às 4h51min (de Brasília). O cobre lidera os ganhos entre outros metais básicos, em meio à avaliação de que a demanda tenderá a crescer uma vez que Trump prometeu ampliar os investimentos em infraestrutura. Analistas, no entanto, dizem que a onda de otimismo pode ser exagerada, já que poderá demorar até que o futuro governo de Trump esclareça quanto pretende gastar em infraestrutura e de que maneira financiará essa iniciativa.


Fonte: JC

Trump pode ser o catalizador de um novo boom na mineração

Trump pode ser o catalizador de um novo boom na mineração


Geologo.com


Donald Trump, o presidente que muitos adoram odiar pode vir a ser , agora, o melhor amigo da mineração.

O plano de governo de Trump implica em uma incrível mudança de objetivo. Segundo ele o foco é o crescimento da economia americana com grande geração de empregos.

Trump quer fazer o país crescer e vai começar pela infraestrutura e pela revitalização do “corredor da ferrugem”, a base da mineração de ferro dos Estados Unidos, onde se localizam as principais indústrias siderúrgicas, quebradas pelo obsoletismo e pelos baixos preços resultantes da guerra entre a Vale, Rio Tinto e BHP.

Trata-se de uma revolução que implica no aumento da produção mineira, na aceleração da produção energética, com o foco no carvão e no gás e óleo dos folhelhos.

As empresas de energia celebram e as consequências serão monstruosas e impactantes .

Os preços dos metais básicos, que já decolam, irão subir mais, assim como os do minério de ferro.

Sem medo do efeito estufa, Trump vai acelerar o fracking e a mineração impactando a economia americana com preços mais baixos de petróleo e gás e, por tabela, o mundo como um todo.

No momento as grandes ganhadoras são as empresas de mineração que celebram altas espetaculares.

Estamos, muito provavelmente, vendo o início de um novo boom da mineração.


   

Cientistas acham oceano debaixo da terra em MT

Cientistas acham oceano debaixo da terra em MT

Pesquisadores descobriram um pequeno diamante que aponta para a existência de um grande depósito de água sob o manto da Terra. Seu volume poderia preencher três vezes os oceanos que conhecemos. O principal autor do estudo, Graham Pearson, membro da Universidade de Alberta, no Canadá, disse que “Uma das razões da Terra ser um planeta dinâmico é a presença de água em seu interior. As mudanças da água dependem da forma como o mundo funciona”.
Depois de discutir a teoria há décadas, os cientistas relatam que finalmente encontraram um grande oceano no manto da Terra, três vezes maior do que os oceanos que conhecemos. Esta descoberta surpreendente sugere que a água da superfície vem do interior do planeta como parte de um ciclo integrado da água, desbancando a teoria dominante de que a água foi trazida para a Terra por cometas gelados que passaram por aqui há milhões anos.
Cada vez mais os cientistas estão aprendendo sobre a composição de nosso planeta, compreendendo os acontecimentos relacionados às mudanças climáticas. O clima e o mar estão intimamente relacionados com a atividade tectônica que tem estado continuamente vibrando sob nossos pés. Assim, os pesquisadores acreditam que a água na superfície da Terra poderia ter vindo do interior do planeta, tendo sido “impulsionada” para a superfície por meio da atividade geológica.
Depois de inúmeros estudos e cálculos complexos para testar suas teorias, os pesquisadores acreditam ter encontrado um reservatório gigante de água numa zona de transição entre as camadas superior e inferior do manto, uma região que se encontra em algum lugar entre 400 e 660 km abaixo da superfície da terra.
Como sabemos, a água ocupa a maior parte da área de superfície do nosso planeta, que é paradoxalmente chamado de Terra. Embora seja verdade que, em comparação com o diâmetro terrestre a profundidade dos oceanos represente apenas uma fina camada semelhante à casca de uma cebola, descobrimos agora que a presença deste precioso líquido não está limitada à superfície visível.
Na realidade, a cerca de centenas de quilômetros de profundidade no subsolo há também enormes volumes de água, com uma importância fundamental para a compreensão da dinâmica geológica do planeta. Quase um oceano no centro da Terra.
A descoberta do oceano subterrâneo
A importante descoberta foi realizada por pesquisadores canadenses, que se basearam em um diamante encontrado numa rocha, em 2008, em uma área conhecida como Juína, no estado do Mato Grosso, Brasil.
A descoberta ocorreu por acidente, pois a equipe que estava, na realidade, à procura de outro mineral, ter comprado o diamante de alguns garimpeiros que o tinham encontrado através de uma coleta de cascalho realizada em um rio raso. Ao analisar a pedra detalhadamente um estudante descobriu, um ano depois, que o diamante, de apenas três milímetros de diâmetro e de pouco valor comercial, continha em sua composição um mineral chamado ringwoodite, que até agora só tinha sido encontrado em rochas de meteoritos e que contém significativa quantidade de água. No entanto, a confirmação final da presença deste mineral levou muitos anos, pois foi necessária a realização de vários testes e análises científicas.
De onde vem este mineral?
A análise detalhada da amostra encontrada revelou que, neste caso, o mineral não provinha de meteoritos, mas do manto da Terra, a uma profundidade de cerca de 410 e 660 m, em uma área que é conhecida como “zona de transição”.
Anteriormente, discutia-se muito sobre a possibilidade da existência de grandes quantidades de água muitos quilômetros abaixo do subsolo, mas nunca tinha sido antes demonstrada nenhuma prova real de tal teoria, que tem implicações muito importantes para a forma como entendemos os fenômenos geológicos planetários, pois acredita-se que este é o mineral mais abundante na zona do manto. Desta forma, como a amostra encontrada possui até 1,5 por cento de seu peso em água, pode-se afirmar que existem volumes de água realmente extraordinários, como um grande oceano.
Esta descoberta é, sem dúvida, uma das mais importantes realizadas no campo da geologia nos últimos anos, e forçará os peritos a modificarem, até certo ponto, a abordagem que se tem utilizado até agora para analisar fenômenos como vulcanismo, placas tectônicas e muitos outros processos de importância na compreensão da dinâmica da Terra – cujo nome, depois dessa descoberta, se tornou ainda mais paradoxal.
A peculiaridade desta descoberta é que esta água não existe em qualquer um dos três estados que conhecemos: líquido, sólido ou gasoso. A água foi encontrada em estruturas moleculares de formações rochosas no interior da Terra.
Uma concentração tão importante de água trás uma mudança significativa nas teorias relacionadas com a origem da água na superfície da Terra.
Esta descoberta é a prova de que nas partes mais profundas do nosso planeta, a água pode ser armazenada. Fato este que poderá colocar fim em uma polêmica de 25 anos, sobre se o centro da terra é seco ou úmido em algumas áreas.
A capacidade de armazenar água em seu interior não é exclusiva da Terra. Outros planetas, como Marte, podem conter grandes quantidades de água, algo que nos faz pensar se o planeta vermelho poderia abrigar vida.
Fonte: Folhamax