sábado, 12 de novembro de 2016

Irradiação

Irradiação
Quartzo incolor após irradiação
Quartzo incolor após irradiação
É a exposição de uma gema aos efeitos de uma radiação para alterar a cor. Há várias fontes de radiação usadas para esse fim. O uso de raios X exige equipamento que é de fácil obtenção, mas proporciona baixa uniformidade de cor, pouca penetração na gema e, por isso, não é um processo comercialmente viável. Safiras incolores ou amarelo-claras sob ação de raios X ficam amarelas, semelhantes a topázios.

A radiação mais usada são os raios gama. Eles têm boa penetração na gema, dão cor com boa uniformidade e não deixam resíduo radioativo. A estabilidade da cor final depende da gema tratada. A irradiação por nêutrons penetra mais que as anteriores, dá colorido mais intenso, mas deixa a gema radioativa. Desse modo, é preciso esperar que essa radioatividade se dissipe para poder comercializar o produto. Diamantes assim tratados ficam verdes e se a irradiação for seguida de tratamento adquirem cor amarelo-canário. Tanto essa cor quanto o verde não podem ser distinguidos das mesmas cores de origem natural.
Por fim, há os aceleradores de partículas, mas eles penetram menos que a radiação gama e são pouco usados. O quartzo incolor submetido a radiação gama pode adquirir várias cores, inclusive duas cores na mesma gema. Atualmente há uma grande produção de pedras preciosas tratadas dessa maneira, cujas cores recebem nomes comerciais como whisky, cognac, champagne e green gold. O mesmo tipo de quartzo, procedente de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e do Uruguai, pode ser transformado em prasiolita, a variedade obtida por tratamento térmico de ametistas, mas só das procedentes de Montezuma (MG) e Four Peaks (EUA).
Ametista que perdeu a cor por exposição prolongada ao sol pode tê-la de volta por ação de raios X. Topázio incolor por efeito da radiação gama pode ficar amarelo e se após isso sofrer tratamento térmico passará à cor azul. O volume de topázios azuis assim obtidos é de várias toneladas por ano. O processo é usado para rubis, safiras e topázios. 

A maior peça em ouro do mundo

A maior peça em ouro do mundo

Conheça a maior peça em ouro puro e maciço do mundo

O Buda de Ouro, cujo nome oficial em Língua tailandesa é
Phra Maha Suwan Phuttha Patimakon,, grande estátua do Buda de Ouro),
é a maior estátua de ouro maciço no mundo, e um dos mais preciosos tesouros da Tailândia e do budismo.

Ele está localizado no Wat Traimit, um pequeno templo do Budismo teravada localizado no distrito de Samphanthawong, no Yaowarat, na Chinatown de Bangkok, na Tailândia.
A estátua mede 3 metros de altura, e sem o pedestal 2,54 m, pesa entre 5 e 5,5 toneladas, representando Buda sentado no chão de pernas cruzadas, na posição de Bhumisparsamudra, que assumiu quando ele recebeu o Bodhi (iluminação), com os dedos da mão direita tocando a terra, a qual prestam homenagem, e a mão esquerda pousada nas pernas na frente do osso púbico com a palma da mão para cima.

Detalhes
O estilo da protuberância em forma de chama no topo da cabeça, chamado ushnisa, que representa o esplendor da energia espiritual, é típico do período Sukhothai, bem como a forma dada ao cabelo, as sobrancelhas e nariz. Os lóbulos alongados, indicando o anterior status de príncipe, as três rugas no pescoço, a largura dos ombros e peito inchado no ato de respirar, fazem parte do simbolismo budista.

Além do valor econômico e simbólico, a estátua transmite, às centenas de visitantes diários, a serenidade e a energia que as características do Buda emitem, tornando-o um dos mais amados e reverenciados na Tailândia.

A história da estátua do Buda de Ouro
Figuras de metal do Buda feitas na Índia, costumavam serem levadas para vários países da Asia para a instalação. A estátua do Buda de Ouro foi provavelmente construída na Índia em partes, e montada no local. Posterioramente foi completamente colada para impedir que fosse roubada.

De acordo com algumas hipóteses, a obra foi realizada durante o período Sukhothai (1238-1438), e estava localizada em um wat de Ayutthaya até a segunda metade do século XVIII.

Quando os birmaneses sitiaram a cidade, em 1765, o valor da estátua foi oculto com um revestimento grosso de estuque e pintada diversas vezes com tinta cor de ouro. Foi assim que foi salva do saqueamento, quando a cidade foi completamente destruída em abril de 1767, um evento que encerrou o glorioso reino de Ayutthaya.

O real valor da estátua permaneceu em segredo durante quase dois séculos.

Durante o reinado de Rama III (1824-1851) a estátua foi levada para o Wat Phrayakrai, no Yaowarat em Bangkok, e mesmo conservando o revestimento áspero de estuque era a estátua principal.

No início dos anos 1930, obras de reconstrução nos bancos do rio Chao Phraya perto Chinatown, exigiu a demolição do antigo templo. Apesar do fato de que a estátua não era tão atraente, sua destruição não foi uma opção. Assim, decidiu-se move-la para o recem construído Wat Traimit, um pagode de menor relevância situado na mesma área. Como o templo não tinha um edifício suficientemente amplo para abrigar a estátua, ela foi conservada no pátio sob um telhado de zinco por 20 anos.

A revelação do ouro
Em 1955 um novo edifício foi construído e os monges decidiram instalar a estátua dentro dele. Ao ser movida por cabos, um destes se rompeu e a estátua caiu, um evento que foi visto como um mau presságio pelos trabalhadores, que fugiram do local, deixando a estátua sobre o solo. Era a época das chuvas e, como para confirmar o mau presságio, uma tempestade inundou parcialmente a cidade durante a noite.
Por Hdamm - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=7006946
Wat Traimit não tem elementos particulares de arquitetura, e está longe do esplendor de outros templos de Bangkok, tais como Wat Phra Kaew e Wat Arun. Ele está localizado na homonima estrada Traimit distante a pé alguns minutos da estação ferroviária principal de Hualamphong, na parte oriental de Chinatown, onde os habitantes pertencem à etnia chinesa que estão séculos enraizados na cidade.

É um dos poucos wat em Bangkok, onde é permitido chegar perto de estátuas de valor. Em 14 de fevereiro de 2010, o Buda de ouro foi movido para o novo edifício, oficialmente e aberto ao público, do Wat Traimit chamado "Phra Maha Mondop".

Turismo e visitas
O primeiro andar do prédio é o Centro do Património Yaowarat Chinatown onde os turistas podem conhecer a história dos imigrantes chineses na Tailândia, bem como a sua cultura que se tornou parte da cultura tailandesa. 
O segundo andar tem uma exposição sobre a origem do Buda de Ouro.
E no terceiro andar do museu é onde a maior imagem de Buda de ouro do mundo está consagrada.

A entrada para ver apenas o Buda de Ouro é de +- 40 Baht (1,34 USD).
O custo adicional para o acesso ao museu é de +-100 Baht (3,34 USD).
O templo está aberto das 08:00 às 17:00 todos os dias,
mas o museu fecha às segundas-feiras.

O Vale do Silício desconhecido

O Vale do Silício desconhecido

Cristalina (GO) - Conhecida pela abundância e pela variedade dos cristais que brotam com facilidade do chão, Cristalina (GO), a 130km de Brasília e dona da maior economia agrícola do Brasil, esconde uma riqueza potencialmente ainda maior. Bilhões de toneladas de silício com o mais elevado índice de pureza do mundo — acima de 99,99% — poderiam servir de base para o surgimento de um importante parque industrial de alta tecnologia, com impactos na balança comercial e no desenvolvimento do país.

A matéria-prima essencial para a fabricação de componentes de celulares, computadores, lâmpadas especiais e, sobretudo, painéis solares de geração elétrica continua, contudo, sendo subaproveitada ou exportada em estado bruto para outros países, principalmente a China. Mas empresários e líderes locais da cidade goiana, além de técnicos do governo, começam a buscar formas de viabilizar o sonho do Vale do Silício brasileiro, soterrado pela burocracia e pela falta de visão estratégica.

Os cristais (quartzo) encontrados em Cristalina são considerados de altíssima qualidade, mas o agronegócio e a extração de areia levaram à paralisação e até mesmo ao fechamento das minas. "Só a areia destinada à construção civil poderia ser vendida 10 vezes mais caro. Uma fábrica de painéis de células fotovoltaicas poderia viabilizar a energia solar no Brasil e ainda sanar a grave escassez elétrica da própria cidade", destaca Gustavo Rocha, geólogo do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e um dos maiores especialistas em silício no país.

Cláudio Scliar, professor da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e ex-secretário de mineração do Ministério de Minas e Energia, lamenta que matérias-primas tão comuns em estados como Goiás, Minas Gerais e Bahia estejam pesando na pauta de importações do país na forma de artigos de alto valor agregado. "É uma situação antiga, que tem se agravado", resume. Sabe-se que o Brasil é detentor de 95% das reservas mundiais de silício, o equivalente a 78 bilhões de toneladas.

O silício brasileiro serve de sustentação para a liderança chinesa na fabricação de supercondutores, painéis solares e componentes eletrônicos de todos os tipos. A prova disso está no volume da produção desse insumo pelo gigante asiático: a oferta mundial está na casa de 7 milhões de toneladas anuais, das quais 70% vêm da China, em torno de 5 milhões.

Rocha, do DNPM, observa que o processo de purificação do silício para o seu uso pela indústria é um processo caro e exclusivo de poucos países. Não por acaso, os maiores exportadores de manufaturados de quartzo para o Brasil foram a China (53%), a Coreia do Sul (16%), Taiwan (14%), o Japão (8%) e a Malásia (3%). Em 2012, de todas as importações de itens feitas pela indústria eletrônica do país, 84% foram, justamente, cristais com características de condutores de eletricidade.

Prospecções

O fato de ter reservas não apenas abundantes mas também as mais puras daria a Cristalina uma vantagem competitiva especial, que já chama a atenção de multinacionais, como a Siemens. Segundo a prefeitura, a marca alemã está interessada em desenvolver uma fábrica de lâmpadas LED na cidade. Também há prospecções de fabricantes de filtros especiais de água e de silicones e a preparação de uma visita de empresários locais à Califórnia, nos Estados Unidos, para buscar inspirações e parcerias no Vale do Silício original.

"É um triste desperdício usar minerais raros como ornamento de jardins ou areia de obra", protesta Simony Côrtes, diretora da consultoria Águia Ambiental. Segundo ela, não se justificam as indefinições do governo federal em relação à lavra de cristais, que não utiliza materiais tóxicos e ainda convive com a fauna e a flora do cerrado. Transformar areia, cristais e outras rochas de quartzo em pó para ser convertido em ligadas de silício é algo economicamente viável, garante ela.

No Brasil, em muitas propriedades rurais — sobretudo as localizadas numa grande área entre Minas Gerais, Goiás e Bahia —, o quartzo aflora tanto na forma de areia quanto na de rocha. William Souto, secretário municipal de Turismo e presidente da Associação de Artesãos de Cristalina, ressalta que a fartura na região permite que o garimpo ilegal do mineral resista ao tempo. "O garimpeiro ainda tem o sonho de encontrar algo especial", relata.

A maioria dos donos desses terrenos, lembram especialistas, desconhece o real teor dos seus depósitos. Muitos volumes acabam sendo vendidos com preço abaixo do potencial, mesmo sem receber qualquer refino. Boa parte dos estoques das grandes regiões produtoras foi exportada com grande intensidade nos últimos 10 anos, tornando negociantes chineses e canadenses figuras cotidianas em cidades pequenas.

Uso múltiplo

Apesar de ser o segundo elemento químico mais presente no planeta, perdendo só para o oxigênio, o silício quase nunca é encontrado isoladamente na natureza. Sempre vem combinado com outros minerais e precisa ser processado para servir a diferentes usos da indústria. Na forma mais pura (99,999%), o chamado silício metalúrgico, obtido de cristais e areias, serve à fabricação de placas solares.

***

Ouro verde-amarelo do sertão
   
Cristalina (GO) - A explosão de um vulcão ocorrida há milhões de anos em Cristalina presenteou a cidade goiana com uma fonte volumosa e variada de cristais, conhecidos mundialmente pela predominância de suas seis faces características, e de areias ricas em silício puro. Como se não bastasse tudo isso, uma reserva de quartzo transparente localizada em uma longa fenda de extração dentro de uma mina a céu aberto da cidade se tornaria fonte para uma pedra única.

Exposto acidentalmente à radiação gama de cobalto-60, técnica usada para desinfetar frutas frescas para a exportação, o cristal aparentemente igual a qualquer outro ganhou uma exclusiva tonalidade verde-amarelada. Patenteada pelo empresário Eduardo Fernandes, da mineradora Areal Minas Goiás (AMG), como green gold (ouro verde, em inglês), o mineral modificado virou objeto de cobiça internacional, sobretudo de norte-americanos, chineses e indianos.

"Esse cristal verde-amarelado ou amarelo-esverdeado se mantém a aparência constante, independentemente da luz incidente. Em razão das cores que carrega, gosto de chamá-lo de a pedra do Brasil", conta orgulhoso Fernandes, conhecido em Cristalina como Duda, um misto de empreendedor e cientista. Ele lembra que o nome veio, em 1997, da reação espontânea de um especialista logo após ser apresentado a uma coleção do material, exposta pela AMG numa feira internacional de minerais em Tucson, Arizona (EUA). O empresário denuncia o uso ilegal de sua marca e tentativas fracassadas de reproduzi-la.

Apesar de todo o entusiasmo com uma descoberta que hoje lhe proporciona uma coleção variada de joias e objetos de decoração antes mesmo da frase this is a green gold (isso é um ouro verde), Duda vê um futuro ainda mais promissor em sua atividade com o uso de silício para placas de geração fotovoltaica. "Esse vale é o Oriente Médio do século 21", profetiza.

Prisma

Simony Côrtes, diretora da consultoria Águia Ambiental, informa que 13 mineradoras atuam hoje em Cristalina, todas com direito de lavra protegido pela lei e com atividade condicionada à recuperação de áreas degradadas. Ela explica que a concentração de empresas em um ramo antes dominado pelo garimpo pulverizado e marginal deixou menos evidente a rica variedade de pedras encontradas na região, com cores e tamanhos diversos, de grande interesse comercial.

Esse perfil da cidade, conhecido há um século, explica a presença constante de mercadores de fora, sobretudo chineses, e o domínio de diplomatas residentes em Brasília na lista dos principais clientes. Por essas razões, a pesquisadora defende maior promoção do cristal brasileiro, ainda visto apenas como "primo pobre do diamante", embora tenha graus de dureza e transparência bem próximos do "primo rico". "Mesmo após tanta exploração, só 30% dos volumes em Cristalina foram extraídos", acrescenta.

Quatro perguntas para Luiz Carlos Attié , Prefeito de Cristalina

Ter o maior PIB agrícola do Brasil acabou ofuscando de vez com a vocação mineral de Cristalina?

Os cristais da cidade despertam curiosidade internacional desde o começo do século passado, quando franceses vieram em busca de pedras preciosas. O surto exploratório dos anos 1960 perdeu fôlego, mas a mística e o comércio em torno dos variados cristais sobreviveram. Vivemos hoje um bom momento na economia local, marcado pela alta produtividade do campo e pela instalação de multinacionais do agronegócio. Mas essa prosperidade pode ficar ainda mais sustentável com o resgate da tradicional atividade mineradora, associada a investimentos em alta tecnologia baseada no quartzo.

Por que o silício de elevada pureza encontrado no município ainda não atraiu grandes projetos?

Marcas sofisticadas da indústria, como a alemã Siemens, vêm prospectando negócios em Cristalina nos últimos anos. Mas certas decisões de investimento ainda dependem de definições da política ambiental do país, da aprovação pelo Congresso do novo marco da mineração e das obras na BR-040, leiloada à iniciativa privada. Vamos, sim, criar o Vale do Silício brasileiro, com o quartzo sendo convertido em itens eletrônicos e painéis solares, agregando conhecimento. Sonho até com uma bolsa de valores sediada aqui e voltada para a cotação internacional do silício metalúrgico.

Quais são as estratégias da administração municipal para fazer esse sonho se tornar realidade?

Está sob análise do Congresso a autorização para a União criar em Cristalina a primeira zona de processamento de exportação (ZPE) de Goiás, impulso importante para beneficiar em grande escala o nosso quartzo. Como área de livre comércio, a ZPE atrairia também mais empresas competitivas globalmente. Investimos em ensino superior, no artesanato de pedras e no diálogo com novos tipos de negócios com silício, como fabricantes de filtros de água e de painéis solares. Mas reconheço que a escassez de eletricidade ainda é nosso maior gargalo.

O senhor teme que burocracia e falta de visão possam fazer a região perder o bonde da história?

Como administrador público, procuro na minha longa experiência de empresário inspiração para induzir progresso com caminhos novos, mesmo que não pareçam óbvios. Conhecida nacionalmente pela agropecuária, Barretos (SP), por exemplo, é hoje um dos principais centros de referência em medicina do país. Se explorarmos uma reserva natural de quartzo gigantesca, que pode ser vista até mesmo do espaço, com investimentos que respeitem o meio ambiente e agreguem conhecimento local, além de aproveitar vantagens como a localização estratégica na malha rodoviária, chegaremos lá.

Correio Braziliense

Como identificar ouro em uma pedra

Como identificar ouro em uma pedra

Imagine-se vagando em um leito em um dia quente de verão, olhar para baixo e ver uma substância similar ao ouro brilhando na lama ao redor de seus pés. Seria possível que realmente fosse ouro? Substâncias como mica e pirita de ferro, também conhecidas como ouro de tolo, se parecem muito com o ouro de verdade para um prospector amador.

Como examinar ouro em uma pedra

1. Examine a pedra à sombra ao invés da luz do sol. Ouro verdadeiro ainda terá um brilho amarelo, mesmo em uma sombra, enquanto o ouro de tolo não. Se não houver nenhuma área sombreada, feche as duas mãos juntas e coloque a pedra entre elas para examiná-la.

2. Tente cortar a substância com uma faca ou outro metal que tenha uma ponta. Ouro real é muito maleável e pode ser cortado ou marcado de forma relativamente fácil. Ouro de tolo irá lascar ao tentar cortá-lo. Alternativamente, se suas unhas forem longas e fortes o suficiente, aperte uma área com a ponta dela. O verdadeiro será amassado por essa ação, mas o falso lascará ou nada fará.

3. Examine a pedra sob uma lupa. Se o material parecer esquisito, então é mais provável que o ouro não seja real. O verdadeiro parecerá mais com uma bola do que um floco.

4. Coloque uma gota de ácido muriático sobre as áreas da pedra que procurar ouro. Se ele for verdadeiro, nada acontecerá. No entanto, se a superfície da pedra começar a formar espuma e, eventualmente, a substância dissolver-se, estará lidando com ouro de tolo.
5. Contate o departamento de geologia em sua faculdade ou universidade local se estiver inseguro. Um geólogo será capaz de olhar para a pedra a uma certa distância e determinar se ela contém ouro.

Dicas:
Mesmo se o "ouro" na sua pedra for realmente pirita de ferro ou mica, isso não significa que ele não tenha nenhum valor. Ainda poderá ser um belo espécime para um colecionador ou poderá mantê-lo como uma peça de conversação.
Nem sempre o ouro esta em uma forma mais compacta na rocha, por vezes o ouro esta disperso na rocha como em algumas encontradas nas Serras Catarinenses.

ATENÇÃO:
Ácido muriático pode ser comprado em lojas que vendem material de piscina ou de construção.
Certifique-se de usar luvas e tenha cuidado ao manusear qualquer tipo de ácido para que não queime sua pele. Se o ácido muriático entrar em contato com a pele, lave a área afetada imediatamente com água. Consulte o seu médico se a queimadura persistir.

Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso

Radiação gama



Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso


Defeito benéfico
O quartzo, mineral abundante em praticamente todo o território brasileiro, apresenta baixo valor comercial em seu estado bruto.
Quando submetido à irradiação, contudo, atinge um valor agregado médio cerca de 300% maior.
Estima-se que 70% da produção mundial de pedras preciosas tenham passado por tratamentos de beneficiamento.
Durante a irradiação, é gerado um defeito na estrutura cristalina do mineral, ou seja, na maneira como os átomos estão organizados na chamada rede atômicos, alterando o eletro do e o neutro sem influenciar no núcleo do átomo, assim a pedra não fica radioativa.
Esse "defeito benéfico" muda as propriedades físicas e ópticas do cristal, fazendo com que ele passe a absorver ou refletir outros comprimentos de onda da luz visível.
O resultado é que um cristal absolutamente sem-graça passa a ter uma coloração límpida e reluzente, muito mais valorizado no mercado joalheiro.
Quartzo irradiado

No Brasil, as pesquisas na área são feitas no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). 
Segundo Cyro Teiti Enokihara, pesquisador do Centro de Tecnologia das Radiações do IPEN, da mina à vitrine o caminho é longo, mas a tecnologia de irradiação está se tornando um elemento fundamental no processo de beneficiamento do quartzo brasileiro.
Os melhores resultados, segundo Cyro, foram obtidos utilizando fontes de radiação gama, aplicadas em amostras de quartzo de qualidade geológica.
As melhores gemas artificialmente coloridas já obtidas pelos pesquisadores são verde amareladas, chamadas de green-gold, cor de mel (honey); cinza (fumê); laranja amarronzado (conhaque); preto (morion) e verde.
Todas essas gemas apresentaram boa qualidade e alta estabilidade, o que as torna valiosas no mercado joalheiro.
Processo de radiação
As pedras são colocadas em dispositivos onde são submetidas à radiação ionizante proveniente de fontes de cobalto-60. O irradiador foi desenvolvido com tecnologia nacional, sob a coordenação do professor Paulo Rella.

Processo de coloração
Mas não se trata unicamente de colocar um quartzo qualquer no aparelho e esperar que ficasse com a cor desejada Tudo depende da composição química do mineral. Depois da irradiação todas as pedras de quartzo ficam pretas como ônix. Depois são aquecidas a temperaturas  que pode chegar ate 300 graus. Durante o aquecimento a cor vai variando ate volta a sua cor natural. Não se devem irradiar pedras lapidadas, pois com a lapidação provoca micros inclusões que serão aumentadas com a irradiação e posteriormente com a temperatura casado a perda da gema. O ideal e separar as pedras em estado bruto retirando pontas e inclusões visíveis, já que a irradiação que se paga por quilo. Um dos principais problemas dos pedristas que irradiam quartzos naturais é controlar a dose aplicada em suas amostras, As doses de irradiação variam entre 45 KGy e 400 KGy -1 Gy (Gray) equivale a 1 Joule por quilograma. Em geral, o pedrista compra o serviço de irradiação e executa, ele próprio, o aquecimento.


O aquecimento é feito sob inspeção visual, porque as pedras de quartzo têm uma variação de comportamento devido às suas diferenças naturais, consequência das variações do seu processo geológico de formação.