sábado, 26 de novembro de 2016

A história por trás do dono de R$ 20 bilhões em barras de ouro



A história por trás do dono de R$ 20 bilhões em barras de ouro

Com território e moeda própria, o excêntrico Werner Rydl acumula projetos e histórias inacreditáveis




O bilionário Werner Rydl, na sala da OAB no Fórum da Justiça Federal em Cuiabá.
Bilionário, excêntrico, não gosta de gastar à toa, dono de umafortuna de quase R$ 20 bilhões em barras de ouro, possuidor de um território próprio com moeda própria e colecionador de histórias quase que inacreditáveis.

Características que facilmente poderiam lembrar o lendário personagem Tio Patinhas, dos estúdios Disney, na verdade definem o empresário Werner Rydl, de 59 anos, que esteve de passagem por Cuiabá, na última semana.

Oriundo da Áustria – país em que foi protagonista de um dos maiores escândalos fiscais da história   - e naturalizado brasileiro desde os anos 90, Rydl é, no Brasil, omaior detentor individual de ouro (120 toneladas) que, como eternizado pelo bordão do apresentador Silvio Santos, "vale mais do que dinheiro".

O empresário veio à capital mato-grossense, nesta semana, para prestar esclarecimentos à Justiça sobre o episódio ocorrido em março do ano passado, quando foi preso (e liberado dias depois) por portar uma barra de ouro sem nota fiscal.

Ele relatou que sempre carrega a barra consigo e a classificou de “anjo da guarda”.

“Viajo o país e o mundo todo com esta barra de ouro e nunca havia dado problema. Sempre que a barra era descoberta, eu explicava a situação aos delegados. A barra está marcada com o meu CPF”, contou Rydl ao MidiaNews, acompanhado de seu diretor executivo Eugênio Costa.

Os dois dias em que ficou preso no Carumbé, aparentemente, não incomodaram o bilionário, que ainda mantém forte sotaque alemão, idioma predominante em seu país de origem, onde moram sua mulher e filhos.

“Café da manhã: gratuito. Almoço: gratuito. Jantar: gratuito. Não existe coisa melhor para um milionário”, brincou o empresário sobre a “estadia” no presídio. 

werner rydl ouro
Um dos depósitos de ouro de Werner Rydl

Extradição

O pouco-caso de Rydl com o curto período detido em Cuiabá não é sem motivo. Ele passou quatro anos e um mês (2005 a 2009) recolhido no extinto Presídio da Papuda, no Distrito Federal, local onde aguardou um longo e polêmico processo de extradição que tramitou no Supremo Tribunal Federal (STF).

A extradição foi pedida pelo Governo da Áustria, que exigia a devolução de Werner Rydl para ser julgado pelos alegados crimes financeiros que teria cometido naquele país, no caso, o não pagamento de cerca de 116 milhões de euros em impostos, no final dos anos 80.

O bilionário, no entanto, diz que não pagou os impostos, na época, como um “embargo” ao governo austríaco, que, segundo ele, obrigava os empresários a compactuar com corrupção.

“Eu era empresário de construção na Áustria. Eu me recusei a participar desse sistema de pagar propina para receber contratos de obras públicas. A mesma coisa que acontece no Brasil. Então eu promovi um embargo contra o governo austríaco. Eu declarei meu imposto, mas deixei claro que não iria pagar para aquele sistema corrupto. Sonegar é crime, mas eu não soneguei. Eu declarei oficialmente e não paguei, e isso não é crime na Áustria e nem aqui. Não se pode ser preso por dívidas. E o governo passou a me ameaçar por alguns anos. Então vim para o Brasil”, contou.

manchete werner
Manchete de jornal austríaco sobre Werner Rydl

Em protesto contra a corrupção do governo austríaco, Rydl chegou a queimar 21 milhões de euros em uma praia de Recife, em 2002 

Durante sua prisão na Papuda, Rydl contou que dividiu cela com uma figura “ilustre”: o italiano Cezare Battisti, que havia fugido para o Brasil em 2004 após ser condenado na Itália à prisão perpétua, sob acusação de terrorismo.

“Tudo o que publicavam sobre ele [Battisti] eu já sabia antes porque ele me contava na cela. Cezare Battisti foi o primeiro e único comunista de verdade que conheci”, detalhou Rydl.

Outra celebridade do crime que Werner Rydl conviveu na penitenciária de segurança máxima foi Fernandinho Beira Mar, líder do Comando Vermelho e considerado um dos maiores traficantes de drogas da América Latina.

"Jogava xadrez todo dia com ele, era uma pessoa maravilhosa de conviver. Éramos equilibrados nas partidas. Ele tinha uma altíssima inteligência, mas possuía problemas para controlar seus ânimos. Havia momentos em que ficava muito agressivo”, disse.

A permanência do bilionário na Papuda foi encerrada em 2009, quando o STF, após longos debates, autorizou a extradição (vejaAQUI). Na Áustria, ele foi absolvido por alguns crimes, outros prescreveram e os delitos em que foi condenado resultaram em três meses de prisão. Após cumprir a pena, voltou ao Brasil.

No entanto, ele só foi reconhecido como cidadão brasileiro em 3 de fevereiro de 2015. Nesta data, o então ministro da Justiça e atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, assinou oficialmente sua naturalização no país.

Passado o período na cadeia, Werner Rydl relatou que processou o governo austríaco e conseguiu ser indenizado pelo fato de ter ficado mais de quatro anos preso por culpa do pedido de extradição.

“Foi um ato de abuso de poder. Ninguém no mundo ficou tanto tempo preso por extradição quanto eu. Na Aústria, consegui direito à indenização pela prisão. Cada dia que fiquei preso na Papuda eu faturei um valor de 9 milhões de euros de indenização, então no final das contas foi ótimo”, acentuou.

Território e moeda própria

Em 2014, Werner Rydl deu início a um projeto curioso e excêntrico, para dizer o mínimo: a Fundação Seagar, situada na “Seagarlandia”.

Trata-se de um território flutuante no Oceano Atlântico, localizado em águas internacionais, fora da extensão marítima brasileira e registrada em nome do bilionário. Uma espécie de país não-oficial.

Para lá, Rydl transportou cerca de 765 kg de ouro, avaliados em 32 milhões de dólares.

seagarlandia mapa
Mapa da Seagarlandia


O ouro transportado tem como finalidade a criação da moeda própria do território, chamada de “Eternity”.

“É um papelzinho e dentro do papel você tem 1 grama de ouro. Nessa minha atividade social, eu publico o Eternity. A pessoa compra pela mesma cotação da grama do ouro e pode vender pelo mesmo preço. É um dinheiro mundialmente público. A finalidade é uma atividade social para restabelecer nosso sistema financeiro mundial. Cada indivíduo pode comprar. Hoje temos no mundo cerca de 170 mil toneladas de ouro. Se você dividir por pessoa, cada pessoa fica com 30 gramas. O ouro do mundo pode ser distribuido e isso estabiliza a pessoa. Quando a pessoa tem 30 gramas de ouro, ela não é pobre e nem rica. Tem o necessário”, explicou.

eternity

  
O projeto do bilionário, no entanto, já tem causado polêmica. Isso porque não há regulamentação que trate sobre a saída de produtos do Brasil para um território que não possui registro oficial como país.

“Não consegui registrar como país porque para isso precisaria de um povo, de uma comunidade, etc, por isso não autorizaram. Minha luta agora é com a Polícia Federal. Porque eu transporto ouro para lá e na hora de declarar eles dizem: “não, mas esse país não existe. Se você sai do Brasil e não entra em outro país, voce fica onde?”. Eu digo que eu saio do Brasil mas não vou para outro país, e sim para a Seagarlandia”, relatou.

Um processo administrativo já foi requerido por Rydl para regularizar a situação.

“Isso é tudo muito novo. É importação se eu trago ao Brasil algo de um lugar que não é um país? É exportação se eu levo um produto do Brasil a um lugar que não é um país?”, questionou.

Vida simples

O império de 120 toneladas de ouro que possui, segundo Werner Rydl, começou assim que chegou no Brasil, em 1991.

“Com o dinheiro que acumulei na Áustria, comecei a comprar ouro aqui. O ouro não quebra, não perde valor igual o papel. Comprei todo o ouro que podia, cerca de 200 kg, 300 kg por semana. No início eu usava outras pessoas para cuidar do ouro, mas hoje só eu faço isso. Uma vez por mês eu saio com o barco para transportar o ouro para os locais onde guardo. Eu construí uma torre em que guardo uma parte do ouro, que tem uma porta de 4 toneladas. Não tem vigia, nada. Abro a porta, entro, fecho. Nunca aconteceu nada em 21 anos”, disse ele, dando detalhes sobre a torre localizada na mesma praia de Recife onde queimou os 21 milhões de euros.

Ele também possui um programa chamado "Ouro Vale Para Todos", em que adquire o ouro de pequenas comunidades de garimpeiros. O programa possui pelo menos oito unidades no Brasil e outras dezenas na África.

Apesar da fortuna, Rydl diz que mantém uma vida simples: não possui imóveis, avião, nem segurança pessoal.

“Me perguntam porque não divulgo a questão do ouro, não apareço na mídia. Não tenho vaidade, não dou importância a isso. Eu sou um ser humano e acabou. Claro, eu fico louco quando alguém tira 1 grama de ouro de mim (risos). Eu tenho contas pessoais em que saco R$ 2 mil, R$ 3 mil por mês. Não faço transferências milionárias, apesar de poder fazer isso”, disse.

“Viajo o tempo inteiro e não tenho uma casa onde posso dizer que moro. Quando acordo não sei onde vou dormir e nem onde vou acordar. Eu mesmo dirijo o barco para transportar o ouro”, completou.

Diamantes – Lágrimas da terra

Diamantes – Lágrimas da terraCarbono puro, isso mesmo, essa é a composição dessa pedra tão fascinante e desejada.
Cristalizado sob altas pressões e temperaturas, nas mais profundas entranhas da terra há bilhões de anos.
Para se ter uma idéia, a mais jovem rocha vulcânica da qual se extrai diamantes possui a idade de 70 milhões de anos.A origem do nome, "Adamas", é grega. Significa invencível, indomável.
Foram trazidos à superfície por erupções vulcânicas, ficaram depositados nos locais de onde atualmente podem ser extraídos por métodos economicamente viáveis. 
Diamantes
As jazidas são encontradas, portanto, em terras vulcânicas, no entanto a maioria delas está localizada em depósitos aluvionais, formados pelas correntezas de rios. Em média 250 toneladas de minério são extraídas para que se obtenha 1 quilate de diamante lapidado.
Seu sistema de cristalização pode ser monoclínico ou cúbico, de simetria normal. Os cristais exibem faces curvas ou estriadas e com depressões triangulares sobre as faces. A clivagem é octaédrica perfeita e fratura concóide. Sua dureza na escala de Mohs é 10. É a substância mais dura que se conhece. A outra única substância conhecida de igual dureza é o nitreto de boro (borazon) obtido artificialmente. O peso específico do diamante varia de 3,516 a 3,525. Pode apresentar uma variedade de cores partindo do incolor, amarelo, vermelho, alaranjado, verde, azul, castanho e preto. Seu índice de refração é 2,4195.
Se for submetido a altas temperaturas em presença de oxigênio, será convertido em CO2. Sem o contato com oxigênio transforma-se em grafita, a 1900ºC.
Dizem os especialistas que não existem dois diamantes iguais. Cada um é único e exclusivo, com suas características próprias.
Têm-se notícia do surgimento dos primeiros diamantes por volta de 800 a C., na Índia.
Um diamante passa por diversos processos até chegar à forma na qual costumamos vê-los em jóias. É preciso lapidá-lo para que adquira o brilho intenso tão característico.
Foram os hindus quem descobriram que somente um diamante poderia cortar o outro. No entanto, esse povo apenas acentuava algumas "falhas" naturais da gema bruta, por receio na redução de peso.
Mas um diamante só estará devidamente aproveitado em seu brilho quando totalmente lapidado.
Com a lapidação a gema perde uma boa parte de seu peso, isso é inevitável para que se melhore seu efeito ótico, seu brilho e sua capacidade de decompor a luz branca nas cores do arco-íris.
O mais belo corte (lapidação) para o diamante é o chamado brilhante, criado pelo joalheiro veneziano Peruzz, no final do século XVII. Essa lapidação tem a forma redonda e compõ-se de 58 facetas. Cada faceta é simétrica e disposta num ângulo que não pode variar mais de meio grau.
As pessoas costumam errar ao dizer que querem comprar uma peça com brilhantes. A gema é diamante, brilhante é apenas o nome da lapidação. O diamante pode ser lapidado em diversas outras formas e lapidações e então não será mais "brilhante".
Para ser lapidado um diamante deve ser primeiramente entregue a um especialista que examinará cuidadosamente a pedra buscando o melhor aproveitamento possível conjugado à valorização da pedra sob todos os aspectos.
De início a gema deve ser clivada ou serrada.A clivagem é feita por meio de uma batida sobre uma lâmina. A gema será dividida.
A pedra também pode ser serrada em partes, se assim indicar o especialista.
Serrando diamente
Depois dessa fase o diamante segue para as mãos de outros profissionais, aquele que dá o formato básico da pedra, e os abrilhantadores que definem as facetas da pedra. Em geral esse serviço é especializado, há aqueles que fazem as facetas da parte de cima e a mesa; há os que fazem a parte de baixo (pavilhão) e há os profissionais que fazem a cintura da pedra.
Esquema de lapidação
Quando a lapidação começou a ser desenvolvida, alguns lapidários acreditavam que o maior número de facetas daria maior brilho à gema, esse pensamento não é correto. A lapidação brilhante é a que explora ao máximo a capacidade de brilho e dispersão de luz (arco-íris) nessa gema.
Podem ser lapidados em outras formas como gota, navete, baguete, coração, etc.
Hoje em dia encontramos diferentes lapidações, graças ao surgimento do laser, são cabeças de cavalo, estrelas, luas, entre outros.
AvaliaçãoSeria uma falha grave deixar de mencionar o clássico padrão para classificação e avaliação de um diamante.
São os 4 C’s.
  • C – Color (cor)
  • C – Clarity (pureza)
  • C – Cut (lapidação)
  • C – Carat (peso) (quilates)
Seleção de diamentes
Na próxima edição estaremos falando sobre essas características com maiores detalhes e informações, nesta mesma página

DIAMANTE

DIAMANTE

Diamante - mapadiamante é um cristal formado do carbono que constitui a matéria mais dura produzida pela natureza terrestre.
Comercializados como gemas preciosas, os diamantes possuem um alto valor agregado.
Além da extração natural, há a produção de diamantes sintetizados industrialmente. No entanto, o resultado são quase sempre cristais de dimensões reduzidas para poderem ser comercializados como gemas.

História

Minas de diamantediamante foi descoberto e primeiramente explorado na Índia, em depósitos aluviais ao longo dos rios PennerKrishna e Godavari.
Provavelmente foram descobertos há mais de 6 mil anos atrás, sendo utilizados como medalhões religiosos na Índia Antiga.
Antoine Lavoisier
Antoine Lavoisier
Em 1772, o químico francês Antoine Laurent de Lavoisier descobriu que o diamante é composto decarbono.
No século XIX a popularidade do diamante se expandiu pelo mundo, graças às melhorias nas técnicas de corte e polimento, ao crescimento da economia mundial e o aumento da oferta no mercado.
No século XX, os especialistas desenvolveram métodos de classificar os diamantes e outras pedras preciosas baseados nas características mais importantes para o seu valor como uma joia. A mais importante e mais usada é o quilates, medida de peso das pedras preciosas, adotada desde 1907.
diamante foi sintetizado em 1955 pelos cientistaFrancis BundyTracy HallHerbert M. Strong eRobert H. Wentorf, da empresa norte-americana General Electric Company, embora já em 1880 J. Balentine Hannay, um químico escocês, tivesse produzido minúsculos cristais.
Cristais com a qualidade de pedras preciosas, só se conseguiram sintetizar em 1970 por Strong eWentorf, num processo que exige pressões e temperaturas extremamente elevadas.

Características e Aplicações

Diamante bruto
Diamante bruto
diamante é um cristal de carbono formados em alta temperatura (900 a 1.300°C) e pressão (45 a 60 quilobares) em profundidades de 140 a 190 quilômetros do manto da Terra.
Os diamantes são trazidos para a superfície da Terra através do magma de profundas erupções vulcânicas, que esfria-se nas rochas magmáticas conhecidas como kimberlitos lamproites 
diamante é o mais duro material de ocorrência natural que se conhece, com uma dureza de 10 (valor máximo da Escala de Mohs). Isto significa que não pode ser riscado por nenhum outro mineral ou substância, exceto o próprio diamante.
Diamante lapidado
Diamante lapidado
Por causa desta característica recebeu este nome, que deriva-se da palavra grega adámas, que significa inquebrável.
Cristaliza no sistema cúbico, geralmente em cristais com forma octaédrica (8 faces) ou hexaquisoctaédrica (48 faces), frequentemente com superfícies curvas, arredondadas, incolores ou coradas.
Os diamantes puros são quase transparentes e incolores. Os coloridos são diamantes que contêm impurezas ou defeitos estruturais que causam a coloração.
Diamantes coloridos
Diamantes coloridos
Conforme a impureza pode-se encontrar , por ordem da raridade, diamantes amarelos, seguido pelo marrom e incolor, então por azul, verde, preto, rosa, laranja, roxo e vermelho. O diamante negro ou carbonado, não é verdadeiramente preto, mas possui numerosas partes escuras que dão às gemas sua aparência escura.
Os diamantes naturais são exclusivamente usados na indústria joalheira. Os diamantesque não tem uso joalheiro terão uso industrial, utilizados nas pontas de brocas e serras, como pó abrasivo, em circuitos eletrônicos etc.

Produção

Mina de diamante de Mirny, na Yakutia, oeste da Rússia
Mina de diamante de Mirny, na Yakutia, oeste da Rússia
Os diamantes são extraídos de rochas formadas do magma das profundezas da Terra, como o  kimberlito e a lamproite. Diamantes brutos extraídos são convertidos em gemas através da lapidação, um procedimento delicado, de conhecimentos científicos, ferramentas e experiência.
Lapidação de diamante
Lapidação de diamante em Amsterdã, Holanda
O seu objetivo final é produzir uma joia facetada, onde os ângulos específicos entre as facetas permita otimizar o brilho dodiamante, que é a dispersão de luz branca, ao passo que o número e a área das facetas se determina o peso do produto final. A redução de peso é significativo sobre o corte e pode ser da ordem de 50%.
Segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos, cerca de 35 países possuem reservas de diamante em seu subsolo, sendo que mais de um terço estão no subsolo australiano.
Aproximadamente 65% dos diamantes originam-se África Centro-Sul, embora jazidas importantes são exploradas no CanadáÍndia , Rússia , Brasil e Austrália.
A produção mundial em 2012 foi de 18.400 kg de diamantes. A República Democrática do Congo e a Rússia foram responsáveis por 45% da produção mundial.
Confira abaixo os maiores produtores mundiais de diamante natural em 2012, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos:
Produção de Diamante Natural

Preços do aço e insumos sobem na China com especuladores

Preços do aço e insumos sobem na China com especuladores

Os preços de aço e matérias-primas subiram na China, conforme investidores voltaram ao mercado após dias de perdas acentuadas nos preços de commodities, mas a perspectiva de demanda frágil indica que os ganhos podem se esvaziar. Os preços de vergalhões e matérias-primas como carvão e minério de ferro tinham recuado depois de atingirem neste mês picos em vários anos após as bolsas de Xangai, Dalian e Zhengzhou terem agido para combater negócios especulativos.
Mas nesta terça-feira, os preços do vergalhão na bolsa de futuros de Xangai saltaram 6 por cento, atingindo o pico de 2.900 iuans (421 dólares) a tonelada. Na bolsa de Dalian, o minério de ferro subiu também 6 por cento, a 580,50 iuans. “Eu creio que é algo puxado por especuladores de novo”, disse Richard Lu, analista da consultoria CRU, em Pequim. Em termos de aço, não vimos qualquer suporte real para isso do ponto de vista da demanda.”
“O inverno se aproxima e a maior parte da construção no norte da China já está suspensa porque está muito frio e por isso a demanda por aço está caindo”, disse Lu. A demanda menor por aço na China durante o inverno, que normalmente vai até fevereiro, pode manter a oferta de minério de ferro elevada nos portos do país. Os estoques de minério em 46 portos chineses alcançou os 110,58 milhões de toneladas na sexta-feira, uma alta de 2,83 milhões de toneladas ante a semana anterior, segundo dados da consultoria SteelHome. Este é o maior volume desde setembro de 2014. Os estoques subiram 19 por cento neste ano.
Fonte: Exame

Após um ano da tragédia, obras de contenção tentam evitar retorno de rejeitos ao Rio Doce


Após um ano da tragédia, obras de contenção tentam evitar retorno de rejeitos ao Rio Doce

Um canteiro de obras gigante, com mais de três mil homens e 400 equipamentos trabalhando para tentar conter as três barragens que fazem parte da unidade operacional da Samarco, em Mariana. Esse é o cenário do quarto episódio da série que retrata os impactos da tragédia de Fundão um ano após a lama chegar ao Estado pelo Rio Doce.
As atividades começaram logo após o rompimento da estrutura de Fundão, no ano passado, como explicou o coordenador de obras da Samarco, Eduardo Moreira: “Nós tínhamos, logo após o rompimento, duas grandes missões: primeiro restabelecer a segurança através das estruturas remanescentes e depois, numa outra linha, desenvolver engenharia e implantação de um sistema de contenção da lama remanescente”.
O período de chuva preocupa. Por isso, intervenções como barreiras e diques foram reforçados e outras foram construídas recentemente. Tudo para diminuir a velocidade da lama em caso de um possível deslocamento da massa provocado por um temporal. “Todo esse sistema de contenção visa exatamente mitigar ou bloquear essa possível movimentação do rejeito ainda remanescente ao longo desse trajeto e dentro do reservatório”, frisou o coordenador.
Além das estruturas emergenciais, a mineradora vem construindo outras que deverão atender demandas em longo prazo. Um exemplo é a obra da antiga barragem de Fundão que, quando estiver pronta, armazenará 20 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério.
Seguindo o trajeto da lama, a cinco quilômetros de Fundão, está a terceira e última barragem do complexo, batizada de Santarém. A estrutura armazenava água reutilizada no processo de extração do minério antes do desastre. Com o rompimento, foi tomada pelos rejeitos e agora passa por obras para a construção de uma nova barragem.
Mais a frente, o distrito de Bento Rodrigues será transformado em um dique. A obra é considerada pela Samarco como a parte final das ações de contenção dos rejeitos. Toda a área deverá ser alagada assim que a construção do dique s4 for concluída. A previsão é de que as obras terminem em janeiro de 2017.
A Samarco também providenciou mudanças nos sistemas de controle. “Nós temos uma fase de monitoramento que foi acrescida de diversos instrumentos, que permitem a gente monitorar além do nível de água contido na barragem, que é uma informação muito importante para avaliar a estabilidade da barragem. Isso permite que nós visualizemos qualquer deslocamento que ocorra numa estrutura através de uma tecnologia de radar”, afirmou o coordenador de emergências da Samarco, Flávio Timóteo
Os equipamentos foram instalados em todas as barragens e transmitem informações sobre a estabilidade das estruturas, instrumentos que não estavam disponíveis quando o desastre aconteceu. “A informação que estava indisponível era a de telemetria, o sistema de transmissão de dados por manutenção”.
Muito investimento, obras, reformas tudo para reerguer a gigante que produzia mais de 30 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro e lucrava R$ 2,8 bilhões anualmente. Esforço que, para o engenheiro agrônomo Hélder Carnielli,  não precisaria acontecer.
“Foi erro de fiscalização por parte do órgão responsável, de fiscalização do órgão ambiental responsável, dos governos estaduais, do governo federal e da própria Samarco, porque a empresa tem de ter a responsabilidade; o bem, o lucro, o patrimônio fica com ela, então a manutenção também é de responsabilidade dela”
Fonte: Folha de Vitória