domingo, 4 de dezembro de 2016

Bateria nuclear de diamante dura milhares de anos. Sem recarga

Bateria nuclear de diamante dura milhares de anos. Sem recarga

Bateria nuclear de diamante dura milhares de anos. Sem recarga
A bateria de diamante geraria energia por 5.730 anos - no caso de se usar o carbono-14 - e emitiria menos radiação do que uma banana emite naturalmente, dizem os proponentes da ideia. [Imagem: Universidade de Bristol]
Bateria nuclear
Uma equipe de físicos e químicos da Universidade de Bristol, no Reino Unido, está propondo um conceito controverso: construir baterias nucleares dentro de pequenos diamantes industriais.
A energia gerada "é muito pequena", de acordo com os professores Neil Fox e Tom Scott, proponentes da ideia, o que tornaria as baterias nucleares de diamante adequadas para alguns nichos de aplicação que requeiram pouca energia e longa durabilidade.
"Vislumbramos que estas baterias sejam usadas em situações onde não é possível carregar ou substituir baterias convencionais. As aplicações óbvias seriam em dispositivos elétricos de baixa potência, onde é necessário uma vida longa da fonte de energia, como marcapassos, satélites, drones de alta altitude ou mesmo espaçonaves," disse Scott.
A vida longa é longa mesmo: a dupla estima que uma bateria nuclear de diamante poderia produzir sua pequena carga elétrica por milhares de anos. Se o combustível usado for o carbono-14, como a dupla propõe, a meia-vida desse elemento é de 5.730 anos.
Bateria radioativa
Ao contrário dos geradores convencionais de eletricidade, que usam energia mecânica para mover um ímã dentro de uma bobina para gerar uma corrente, o diamante artificial pode produzir uma carga simplesmente ao ser colocado próximo a uma fonte radioativa.
"Não há partes móveis envolvidas, nenhuma emissão gerada e nenhuma manutenção é necessária, apenas a geração direta de eletricidade. Encapsulando o material radioativo dentro de diamantes, transformamos o problema de longo prazo dos resíduos nucleares em uma bateria nuclear e um fornecimento de energia limpa a longo prazo," defendeu Scott.
Na verdade há emissão de radiação, mas a dupla tem uma solução: encapsular o diamante radioativo dentro de outro diamante, sintetizado em volta do primeiro, servindo como um escudo de grande eficiência: a bateria radioativa emitiria tanta radiação quanto uma banana.
Bateria nuclear de diamante dura milhares de anos. Sem recarga
A ideia é envolver o diamante radioativo dentro de outro diamante não-radioativo, que serviria como escudo de proteção. [Imagem: Universidade de Bristol]
Bateria de diamante
A dupla apresentou um protótipo da bateria de diamante usando níquel-63, mas a ideia é usar carbono-14, um isótopo radioativo que se forma nos eletrodos de grafite usados como controladores da fissão nuclear dentro dos reatores.
Esses eletrodos, que hoje se transformam em lixo nuclear, seriam moídos e submetidos a altas pressões, suficientes para produzir diamantes industriais - o grafite é formado por carbono puro, assim como o diamante. Para que a bateria nuclear fique pronta, basta então sintetizar uma outra camada de diamante - gerado por carbono não radioativo - por cima do primeiro.
O processo não é simples e provavelmente não será barato, mas a dupla acredita que vale a pena pela destinação do lixo nuclear. E eles esperam também convencer as pessoas a usarem as baterias nucleares em seus próprios corpos.

"O carbono-14 foi escolhido como material fonte porque ele emite uma radiação de curto alcance, que é rapidamente absorvida por qualquer material sólido. Isso tornaria perigoso ingerir ou tocar nele com sua pele nua, mas mantido seguro no diamante, nenhuma radiação de curto alcance consegue escapar. Na verdade, o diamante é a substância mais dura conhecida pelo homem, não há literalmente nada que pudéssemos usar que poderia oferecer mais proteção," disse Scott.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Cristalândia: a cidade dos cristais

Cristalândia: a cidade dos cristais


Conhecida como a cidade dos cristais, por ter sido povoada exatamente na época das descobertas de ricas jazidas do cristal de rocha (quartzo), Cristalândia faz parte da rica história do Tocantins. O município está localizado na região Sudoeste do Estado e possui um território de 1.848 km2. Está localizado a 32 km da rodovia BR-153 e limita-se ao Norte com Pium; ao Sul com Dueré e Aliança; a Leste com Santa Rita do Tocantins, Fátima e Nova Rosalândia; e a Oeste com Lagoa da Confusão. Cristalândia está distante 140 km de Palmas.O acesso de Palmas a Cristalândia é feito através da rodovia TO-080 até Paraíso do Tocantins, de lá segue pela BR-153 até Nova Rosalândia, e depois pela TO- 255.O município possui recursos hídricos em abundância tendo suas terras banhadas pela Bacia Araguaia. Neste contexto, destacam-se os rios Urubu, Tioribero, Pati e Cipó. O rio Urubu é o maior e o mais importante e constitui uma das maiores fontes naturais de recursos hídricos para implantação de projetos de irrigação. As principais atividades econômicas são a extração do cristal, pecuária e agricultura de subsistência, esta última tem como principais culturas o arroz, a cana-de-açúcar, mandioca e milho. Já o material encontrado nos garimpos tem cerca de 17% de óxido de ferro na sua composição e serve, portanto, para a confecção de artesanato (lapidação). Segundo a primeira-dama de Cristalândia, Tânia Fernandes, há no município uma beneficiadora com capacidade para até 600 kg de pedras; os maiores compradores dos cristais da região são a Alemanha e Portugal.No quesito indústrias, as fábricas de móveis e de beneficiamento de arroz respondem, cada uma, por 26,09% da produção industrial do município. O comércio conta com estabelecimentos varejistas de produtos alimentícios em geral, representando 26,83% do total. Em seguida, está o comércio varejista de vestuário, contando com 18,29% do total. No setor de serviços, as lanchonetes e similares representam 32,32% de todos os estabelecimentos e os cabeleireiros são 20,20% do total. No município, a indústria Cerâmica Reunidas é uma das empresas beneficiárias do programa Proindústria, do governo do Estado.HistóriaSua emancipação se deu no auge da decadência do cristal, em 1953, através da lei n° 742, de junho de 1953, quando deixou de se chamar Chapada passando a Cristalândia. Cristalândia é a passagem para pontos turísticos do Estado como Ilha do Bananal e Lagoa da Confusão. Na área cultural, o município contempla algumas festas tradicionais tais como Divindades; Vaquejada; Festejos e Novenas em Louvor à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (padroeira da cidade) e a Festa dos Velhos.O município abrange os seguintes programas sociais do Estado: Pioneiros Mirins e o Juventude Cidadã. Está no planejamento da Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo, por meio da Coordenação de Programas e Desenvolvimento Turístico, iniciar trabalho no município, que compõe a região turística da Ilha do Bananal, como Cristalândia, no Programa de Regionalização.

GEOGRAFIA DAS PEDRAS PRECIOSAS NO BRASIL

GEOGRAFIA DAS PEDRAS PRECIOSAS NO BRASIL
2 Garimpos e minerações Origem portuguesa grimpas Escravos e classes baixas Marginalidade Produção em massa Capitalismo
3 O Brasil é internacionalmente conhecido pela diversidade e pela grande ocorrência de pedras preciosas em seu solo - GEODIVERSIDADE Estima-se que o país seja responsável pela produção de cerca de 1/3 do volume das gemas do mundo. -A produção é realizada, em sua grande maioria, por garimpeiros e pequenas empresas de mineração - ocorrências em quase todo o Brasil, principalmente em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás, Pará e Tocantins - Estima-se que, aproximadamente, 80% das pedras brasileiras, em volume, tenham como destino final as exportações, tanto em bruto,incluindo espécimes de coleção, quanto lapidadas.
4 Cristal de quartzo com 5 toneladas encontrado em Cristalândia TO
5 Único produtor mundial de topázio imperial Maior produtor mundial de ágata, ametista, citrino, alexandrita, turmalina paraíba, columbita, tantalita... Segundo maior produtor mundial de esmeraldas e opalas Forte produção em berilo (água-marinha, heliodoro, morganita), turmalina, crisoberilo, topázio, quartzo... Variedades raras como euclásio, espodumênio, lantanita Importante história de produção mineral
6 Contexto geológico das gemas no Brasil Depósitos secundários Pegmatitos Basaltos Bacias sedimentares Metamórficas
7 Garimpo aluvionar no rio Jequitinhonha - MG
8 Garimpo aluvionar no rio Tibagi - PR
9 Projeto Diamante da Mineropar na década de 80. Vista do fundo do rio Tibagi, quando a água foi desviada.
10 Aluviões no Rio de Contas - BA
11 Brejos com safiras - MG
12 Mineração em leito do rio Jequitinhonha - MG
13 Malacacheta MG Crisoberilo em garimpo aluvionar - MG
14 Garimpo de diamante em colúvio
15 Garimpo de Antônio Pereira- MG
16 GEOLOGIA Garimpo de topázio imperial - MG
17 GEOLOGIA Mineração de granada em São Valério - TO
18 GEOLOGIA Garimpo de opala em rocha - PI
19 montezuma Garimpo de prasiolita em veios no quartzito - MG
20 Opala nobre em arenitos Pedro II - PI
21 Lavagem do xisto garimpo de esmeraldas - MG
22 golconda Deslizamento em lavra Gov. Valadares - MG
23 Mineração em pegmatito - PB
24 euclásio Mineração em pegmatito - MG
25 euclasio Mineração em pegmatito - MG
26 Mineração em basalto amidalóide - PR
27 Mineração em basalto amidalóide - RS Jazida de ametista (RS)
28 Brejinho - BA Mineração de ametista em veios de quartzito - BA
29 Socotó - BA Mineração de esmeralda
30 Piteira - MG Mineração de esmeralda
31 Sustentabilidade Meio ambiente Gemas sintéticas Condições sociais Informalidade Questões indígenas Turismo mineral Patrimônio cultural
32 Presença brasileira no exterior History of the American Golden Topaz Minas Gerais, the source of the American Golden Topaz The 11.8 kg (26 lb) enormous rough golden topaz crystal looked like a stream-rounded cobble, probably due to mechanical erosion as the stone was tossed around in fast flowing streams for a long period of time, and eventually became part of the placer deposits of the river or stream, where it was discovered in Minas Gerais.
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36 Garimpeiros x índios
37 DIAMANTES E CRIME NO BRASIL O dinheiro que movimenta o tráfico é internacional. Empresários montam empreendimentos vizinhos às áreas de conflito para lavar a extração ilegal. Depósitos de diamante podem se encontrar em locais muito ermos. Não existe circulação freqüente de diamantes em grandes capitais. Os traficantes vão para dentro dos garimpos comprar as pedras. As relações entre garimpeiros e índios são complexas e ambíguas. Junto ao tráfico de pedras é o ambiente ideal para circulação de traficantes de armas, drogas e prostituição. Descaso de autoridades, mídia desinformada e ilusões sobre a importância dos garimpos alimentam conflitos. Não há como ignorar que novas ocorrências criminosas associadas a mineração podem estar em gestação, em muitos estados do Brasil.
38 Questões sobre a comercialização Ilegalidade e evasão de divisas Atravessadores Pressão cotidiana Condições de vida Alcoolismo e violência
39 CARNAIBA - BA
40 Socotó - Bahia
41 cruzeiro
42 Alta tecnologia e baixa tecnologia
43 Lapidação industrial
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47 Lapidação artesanal
48 Pequenas indústrias
49 Quartzos irradiados em várias cores Prasiolitas resultantes de quartzo irradiado
50 TURISMO MINERAL Turismo em função de compras, visitação ou estudo científico de minerais, gemas, minerações, museus mineralógicos, lapidações, feiras de minerais e afins. Cultura mineral coleção compras - coleta Garimpos e Patrimônio Mineiro
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52 Edição especial espanhola sobre rotas minerais na Iberoamérica. A Estrada Real representa o Brasil com um capítulo na história do ouro e diamantes. Atualmente a Estrada Real é o maior programa de desenvolvimento turístico em roteiro no Brasil.
53 TURISMO MINERAL Zonas de produção de minerais e gemas no Brasil Turismo mineral já existe sem estruturação Associação natural com outros segmentos do turismo Reflexo importante nas economias dos municípios Valorização da geodiversidade do país Conhecimento da mineralogia no sub-solo nacional
54 PROPOSIÇÃO DE ROTEIROS NO BRASIL Sudeste Sul Nordeste
55 Roteiro Minas Gerais
56 Proposta de roteiro apresentado em 2006
57 Corpos pegmatíticos são inúmeros na região leste de MG e atraem estudiosos e colecionadores. São as rochas que apresentam maior diversidade mineralógica
58 Epidoto em quartzo Turistas e alexandrita Minerais raros são encontrados em pegmatitos e suas associações em Minas Gerais Paragênese típica Turmalina e Ametista
59 Itabira e Nova Era região de esmeraldas, alexandrita e crisoberilo
60 Itabira e Nova Era garimpos e minerações de esmeralda
61 Feiras de minerais e gemas e excursões técnicas em Minas Gerais
62 A Mina da Passagem - Maior mina de ouro aberta à visitação do mundo - Galerias subterrâneas com trolley metros de extensão e 120 metros de profundidade - Temperatura estável - 17 a 20 graus - Desde a fundação, no século XVIII, produziu 35 toneladas de ouro
63 Garimpo de Antônio Pereira
64 Museu de Ciência e Técnica de Ouro Preto acervo com mais de 20 mil amostras minerais ligado à Escola de Minas - primeira escola de geologia do Brasil
65 Minerais do Museu de Ouro Preto o maior da América Latina
66 Garimpos atuais e antigos de diamante em Diamantina (MG) Relevância mundial e importância econômica
67 Roteiro Sul Mapa Gemológico do Sul Maiores jazidas de ametista e ágata do planeta Estrutura turística e rotas associadas Rio Grande do Sul centros minerais Paraná - turismo
68 Mapa Gemológico da Região Sul Juchem, Chodur e Liccardo 2001
69 Proposta de roteiro apresentado em 2008
70 Foz do Iguaçu - PR Mais de 1 milhão de visitantes por ano Programa Geoturismo da Mineropar
71 Chopinzinho (PR) Produção de ametista e citrino Mineração artesanal Cooperativa de garimpeiros
72 Processo de extração artesanal
73 Ametista do Sul (RS) Igreja de São Gabriel revestida com gemas identidade cultural
74 Parque Ametista com museu mineralógico, visita a galerias de mineração e loja
75 ametista Museu da Ametista (RS) Galeria antiga preparada para visitação
76 Soledade (RS) Grande centro do comércio de minerais e gemas do sul do Brasil Feira de Soledade a maior da América Latina
77 Material produzido em Ametista do Sul - RS
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79 Classificação do material martelado por coloração
80 Exemplos de produtos com destinação ao turismo
81 Material produzido em Chopinzinho - PR
82 Salto do Jacuí (RS) Maior produtor de ágata do planeta Ocorrência de opala (azul, branca e laranja)
83 Exemplos de produtos com destinação ao turismo
84 Objetos produzidos em ágata tingida - RS
85 Pequenos troncos e par de cabochões em madeira petrificada
86 Jóias de madeira petrificada
87 Pulseira com variedades de jaspe e heliotrópio - RS
88 Roteiro Nordeste Única jazida de opala nobre Piauí Turmalina Paraíba Província pegmatítica turismo mineralgemológico no nordeste envolve turismo tradicional e duas capitais pólos receptivos internacionais
89 Proposta de roteiro apresentado em 2008
90 Minerais raros ligados à gênese em pegmatitos Turmalina melancia em matriz quartzo- feldspática Parelhas - RN Megacristal de água marinha - RN Cristais de euclásio em matriz de quartzo Equador - RN
91 Produção de água marinha de Tenente Ananias (RN)
92 produção de opala no Piauí
93 produção de opala nobre em Pedro II no Piauí
94 Projeto desenvolveu design regional para a opala APL da opala Exemplos de design regional aplicado à gemologia. À esquerda o simbolismo da região nordeste com o cactus em prata e opala e à direita um mosaico de opala lapidado na forma do Piauí, para montagem de jóia. Aproveitamento de resíduos!
95 Museu Scheelita Visita à mina Mina de Brejuí Currais Novos RN Mina de scheelita Fluorescência Hotel Tungstênio
96 Turmalina Paraíba Valor altíssimo 10 mil US$/ct
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98 Sustentabilidade social Economia muitas vezes de escala familiar Geração de renda local importante Identidade local valorizada Desenvolvimento educacional não formal Valorização dos minerais brasileiros Estreita ligação com artesanato Desdobramentos através da infra-estrutura turística
99 Família vende a produção semanal de esmeraldas em Santa Terezinha de Goiás Vendedor de minerais na beira da rodovia Rio-Bahia Mulheres lavam o minério
100 Outros materiais encontrados junto ao diamante, normalmente são refugados, mas permitem um bom aproveitamento como gema

101 Considerações Finais Este tipo de turismo envolve cultura e economia mineral Os minerais têm consumo preferencial entre turistas e podem contribuir com o artesanato e desenvolvimento de produtos O geoturismo/turismo mineral agrega valor científico ao turismo já existente Turismo mineral é uma questão de geologia econômica, pois estes bens minerais podem ser produzidos para o mercado turístico responsável. Otimizar o uso sustentável e agregar valor, trazendo divisas ao país Conhecimento para possível preservação

http://docplayer.com.br/8485418-Geografia-das-pedras-preciosas-no-brasil-parte-ii-antonio-liccardo-departamento-de-geociencias.html

Os Diamantes da Reserva Roosevelt de Rondônia

Os Diamantes da Reserva Roosevelt de Rondônia

Os Diamantes da Reserva Roosevelt de Rondônia
Volto ao assunto relevante para os interesses econômicos do Brasil e em especial do Estado de Rondônia que é a exploração e a extração de diamantes com consequente utilização no aumento de nossas riquezas.

A reserva Roosevelt está localizada no sul de Rondônia, mais especificamente em Espigão do Oeste e parte de Pimenta Bueno, onde é habitada pelos índios Cinta-Larga. Com área de 2,6 milhões de hectares, nela há pouco tempo foi descoberto um raro quimberlito, que é uma rocha vulcânica de onde é extraído o diamante. Segundo o CPRM, do Ministério das Minas e Energia, o quimberlito é único no Brasil e tem capacidade de produzir mais de um milhão de quilates, e ainda,  um quinto de pedras preciosas, o que representaria receitas em bilhares de dólares. A reserva é uma das cinco maiores do mundo, cujos recursos naturais trariam mais rentabilidade para os cofres públicos e para a própria população brasileira carente em infra-estrutura, o que representa muita coisa. O problema deve ser enfrentado com comissões especiais do Congresso Nacional, órgãos públicos representativos dos índios, Receita Federal, uma força especial de supervisão, fazendo como em outros países, através de concessões, o que é possível em razão de estar previsto na própria Constituição Federal, que cabe ao Congresso (arts. 21 e 38, da lei 7.805).
A autorização para a extração mineral, enquanto não se toma iniciativas para que esta fonte grandiosa de recursos econômicos seja transferida para a já carente população brasileira, continuando os conflitos e  a extração ilegal  dos minerais, e segundo a imprensa, saem os diamantes clandestinamente para outros países, tudo deve ser feito com respeito as leis protetoras aos silvícolas, respeito e preservação ao meio ambiente e parte destinada aos próprios índios, tudo feito regularmente através de concessões a empresas que comprovem capacidade para a extração, dentro de normas regulamentadas e rígida fiscalização Federal.
Devemos lembrar que a reserva de Roosevelt, trata-se de uma grande floresta de 2.7 milhões de ha, sabendo-se que a maioria das mineradoras do mundo tem interesse na sua extração, pois ali se esconde, quem sabe, a maior jazida de minérios do mundo.
Empresas estrangeiras já tem todo mapeamento da área, a riqueza que se esconde é incalculável, detectores magnéticos e técnicos do ramo já dizem que ali se encontram vinte quimberlitos, que trata-se de formações rochosas e que saem do subsolo, jogando os diamantes para o solo, segundo foi noticiado um só quimberlito pode resultar em 2 bilhões de dólares.
O governo federal tem que saber o imenso tesouro que ali se esconde e tomar medidas para reverter em benefício da população brasileira, sabendo-se que além dos quimberlitos já encontrados, existem ainda outros que utilizando tecnologia de ponta, poderão ser encontradas novas rochas. O que não pode é darmos as costas para esta realidade e deixar que a extração se faça clandestina.
A reserva Roosevelt foi demarcada em 1973. O que deveria ter sido feito é um programa de assistência ao índio, o DNPM fazer um levantamento geológico da área e o Congresso Nacional regulamentar sua exploração.
Nós podemos copiar outros países como a África do Sul e especialmente o Canadá que colhe extração desde 1991, quando se iniciou a atividade com a descoberta de três minas. Também estas áreas estavam em terras indígenas. Que se vá uma comissão do Congresso Nacional para conhecer como se procede legalmente a extração e venda de sua produção, impondo aos concessionários uma rígida legislação e preservação ambiental, sabendo que o Canadá é atualmente um dos maiores produtores de diamante do mundo, devendo o Governo Federal auferir receita com esta riqueza, não permitindo novos conflitos e devastação ambiental.
A Constituição não proíbe a exploração nesta área, devendo ser criado um regime específico e bem detalhado. Estrategicamente é de bom alvitre a exploração correta dos minerais dessas áreas, podendo ser acompanhado por toda a sociedade, inclusive as organizações  não governamentais.
Podemos citar como exemplo o projeto diamantífero de Catoca que explora o quarto maior quimberlito do mundo, na província angolana da Luanda Sul, que prevê uma produção de 5,5 milhões de quilates por ano. A sociedade mineira de Catoca é uma parceria entre  a empresa nacional de diamantes de Angola, a russa Almazzi, a israeleita Daymont e a brasileira Odebrecht, podendo a exploração ser feita nos próximos 40 anos, pois a estimativa é que atinja a produção anual de 19 milhões de quilates nos próximos anos, o que fará de Angola um dos principais produtores mundiais destas pedras preciosas. Imaginem a quantidade enorme de quimberlitos que existem em Roosevelt, o quanto não renderia para a  economia nacional.
Atualmente, a África do Sul – onde as grandes reservas se encontram, país onde está instalada a empresa De Beers - A Diamond is Forever, a qual detém quase 65% do comércio mundial, com seu início em 1.888, através da mineradora De Beers Consolidadted Mines Limeted Sindicat, tendo a frente Erneste Oppenheimer, que assumiu o cargo em 1926.
A sua maior campanha para a divulgação da marca e a venda de diamantes foi feita em 1948, com o famoso slogan “A diamond is Forever”. Eleita um dos melhores slogans mundiais de todos os tempos, introduziu o primeiro diamante sintético em 1.958, aumentado sua área de exportação em todo o mundo, tendo, em 1.983, criado a divisão de exploração marinha.
Na década de 90 passou a explorar minas na Rússia, Canadá e Austrália, associando-se com o grupo de luxo Vuitton, passando a fornecer diamantes para as grandes grifes, caso da Tiffani, estando atualmente na Old Bond Street, sofisticada rua de Londres e na Quinta Avenida em Nova York.
Na avenida Ginza de Tóquio, a De Beers é o novo ícone do luxo, gerando milhões em divisas para os cofres públicos.
Dentre todas as pedras preciosas, certamente o diamante é o rei, reconhecido pelo homem há milhares de anos. Uma das pedras preciosas que o sumo sacerdote das Doze Tribos de Israel usava em sua veste era um diamante. É a pedra mais pura e resistente, vem do grego e significa “inconquistável”.
A sua utilização comercial data de aproximadamente 130 anos, tendo em 1.869 sido vendido por um pastor na África do Sul um diamante de 83 quilates por 500 ovelhas, dez vacas e um cavalo, alastrando a notícia, repercutindo com o aparecimento de caçadores de tesouro no rio Vaal na África do Sul, dando início a escavações no campo de Kimberly.
No verão de 1871 foi fundada a cidade de kimberly, originando uma corrida na busca de riquezas. Cecil Rhodes passou a ter todas as cotas da “De Beers”, nome de uma família sul africana que os campos pertenciam.
Atualmente, cinco toneladas de diamante são extraídas, a maior parte para fins industriais, como cortar ferro e aço, serrar pedras, polir, moer e raspar diversos tipos de instrumentos, não só como joia, mas parte vital para a indústria mecânica e elétrica.
São extraídos em vários países da África, quais sejam, Gana, África Ocidental Francesa e sua quase totalidade é vendida pela Beers, superando a produção mundial de 23 milhões de quilates por ano.
A pedra de diamante “O Grande Mogul”, que pesava 787 quilates foi adquirido por um marajá indiano. O “Orlof Russo”, pesava 280 quilates, sendo que um dos mais famosos é o diamante “Hope”, uma enorme pedra azul pesando 220 quilates,  atualmente pertencente a um mercador de Nova York.
O maior diamante do mundo foi encontrado em 1.902 na mina Premier, na África do Sul, com 3.106 quilates, o qual foi chamado de “Cullinan”, lapidada em Amsterdã.
Algum leitor poderá indagar o porquê destes relatos. A resposta é que o diamante é a mais bela entre todas as pedras preciosas, possuindo um propósito divino. É feito de fibra de carbono puro e foi forjado há pelo menos 3,3 bilhões de anos a temperatura de 1.200 ºC e pressão de 58 mil atmosferas. Só dois metais são mais valiosos, mas em quantidade mínimas, o tório e o ítrio, usados em reatores nucleares.
“Se você quiser presentear sua amada, não importa os quilates de um diamante, porque ele, como seu amor, serão eternos.”
Só um diamante pode cortar e polir outro diamante.
A De Beers é a maior produtora de diamantes do mundo, sendo de propriedade da Anglo Americam (45%), da família Oppenheimer (40%) e o governo de Botsuana (15%).
Outra reserva rica:  foi achado um diamante de 3.703 quilates no garimpo de Juina/MT, mas continuam a garimpagem de grandes diamantes e sem a devida atençao do governo, e sai do país por valores baixos, como pedras de baixa qualidade e na Bélgica e Israel as mesmas chegam a custar 2o vezes mais, mas quem se importa é o Brasil, terra de ninguém..........
Com esta última notícia não poderia calar-me sobre a necessidade do governo federal regulamentar a exploração de reservas minerais em áreas indígenas, como é o caso da Reserva Roosevelt em Rondônia, na qual está localizada uma das maiores reservas de diamantes do mundo, com dezenas de quinberlitos a serem extraídos racionalmente, gerando riquezas para toda a nação brasileira, são bilhões de dólares que trarão melhores condições de vida para todos nós.
Não podemos mais postergar a aprovação de uma legislação específica de concessão como acontece em várias partes do mundo, cabendo aos representantes de Rondônia e a classe política dar mais celeridade na sua regulamentação.
Nós rondonienses possuímos uma das maiores riquezas que a natureza nos legou. Urge serem criados mecanismos legais para extrair os diamantes que estão encravados no solo rondoniense. Assim, como na África do Sul que basicamente se desenvolveu calcada nos seus minerais, temos o mesmo direito de usufruir de nossas riquezas para que tenhamos as melhores condições de sonhar com um Estado em que se tenha melhor qualidade de vida e dignidade para nós e nossos filhos.
Segundo o site geologo.com.br, Juína/MT está se preparando para tornar-se o maior centro mundial de extração de diamantes industriais. Quem acena é a Diagem do Brasil Mineração, subsidiaria da Diagem Internacional Resourc e Corporation, com sede em Vancouver no Canadá. É previsto um capital inicial de 8 milhões de dólares. Aprovada a exploração pelo DNPM, em breve começará a exploração do quimberlito.
Conforme a lei Kandir, que o considera comoditie, o diamante é desonerado de impostos para exploração, pagando-se 0,2% do valor da operação, rateado entre Estado e Município, sendo que no mercado nacional, paga-se ICMS.
E nós como ficamos? Nossas autoridades devem lutar pelo seu povo e pelo nosso progresso. É hora de arregaçar as mangas, deixar partidarismos, interesses políticos e ideológicos, partindo imediatamente na exploração de nossos quimberlitos.
Rondônia, certamente, será o maior centro mundial de exploração de diamantes, em razão de termos as maiores reservas, e não só nós, como todos os brasileiros serão beneficiados na partilha dos vultosos lucros que serão auferidos, contribuindo em muito para a diminuição da desigualdade social e investimentos em áreas prioritárias que reverterá em benefício de todos.

Minérios: Reservas mundiais podem se esgotar

Minérios: Reservas mundiais podem se esgotar


Muitos minérios do planeta estão chegando ao fim, o que poderá interromper o uso de várias tecnologias utilizadas no dia-a-dia.
As reservas mundiais de lítio, por exemplo, parecem enormes - 14 milhões de toneladas, que dão para mais de 100 anos, no ritmo atual de consumo. No entanto, cada carro elétrico, grande esperança para reduzir o aquecimento global, usa pelo menos 8 quilos de lítio. E o mundo produz, a cada ano, 71 milhões de carros. Ou seja: se todos os carros fossem elétricos, as reservas mundiais de lítio seriam consumidas em apenas 12 anos - e não sobraria nada para fazer as baterias usadas em laptops, câmeras e outros aparelhos.
Até que a humanidade colonize outros planetas ou aprenda a sintetizar matéria, a saída é uma só: consumir menos e reciclar mais.
Veja, no quadro abaixo, em quanto tempo se esgotarão as reservas mundiais de alguns minérios:
 
MINÉRIOTempo de duração em anosOnde é usadoConsumo per capitaQuanto se recicla hojeSe limitar o consumo atual, durará:Principal reserva mundial
Tântalo20Lentes de Câmara180g20%116 anosBrasil 48%
Chumbo08Pilhas410 kg72%42 anosAustrália 19%
Prata09Placas eletrônicas1,6 kg16%29 anosPolônia 25%
Antimônio13Controles remotos7 kgn/d36 anosChina 62%
Ouro36Microchips48g43%45 anosÁfrica do Sul 40%
Urânio20Usinas nucleares6 kgn/d59 anosAustrália 19%
Níquel57Celulares58 kg35%90 anosAustrália 19%
Platina42Carros45 gn/d360 anosÁfrica do Sul 88%
Índio04Televisores LCD32 g0%13 anosCanadá 33%
Cobre20Fios e cabos630 g31%61 anosChile 38%
Estanho17Joysticks15 kg26%40 anosBrasil 22%
Lítio46Bateriasn/dn/d133 anosBolívia 52%