quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Geólogos criam mapa-múndi de possíveis minas de diamante

Geólogos criam mapa-múndi de possíveis minas de diamante


Geológos criam mapa-múndi de possíveis minas de diamante
O resultado não é um mapa da mina definitivo, porque os esforços se concentraram em áreas mais antigas da crosta continental, uma faixa de pouco mais de 300 quilômetros de espessura e 2,5 bilhões de idade.[Imagem: Torsvik et al./Nature]
Em busca dos diamantes
Embora alumínio, minério de ferro e petróleo sejam as riquezas exploradas atualmente pela mineração em maior escala, o ouro e o diamante sempre estiveram ligados aos grandes anseios não apenas dos mineradores, mas da própria humanidade.
O ouro não resistiu ao desenvolvimento das novas técnicas geoquímicas e geofísicas, e hoje seus depósitos são mais facilmente detectáveis, ainda que a exploração desses depósito nem sempre seja economicamente viável.
Mas o diamante tem permanecido fugidio. Localizar reservas de diamante é muito mais difícil do que encontrar agulhas em meros palheiros, tornando um "mapa da mina de diamante" provavelmente muito mais valioso do que um "mapa da mina de ouro".
Tipos de minas de diamante
Há dois tipos de "minas de diamante" - que os geólogos chamam de ocorrência. Uma ocorrência de grande porte e já mensurada passa a ser considerada uma reserva. E uma reserva explorada comercialmente torna-se uma mina.
O primeiro tipo são os diamantes de aluvião, cuja rocha matriz - onde diamante nasceu - sofreu um desgaste erosivo ao longo de milhões de anos, fazendo com que as preciosas pedras rolassem e se depositassem em regiões mais baixas dos leitos d'água, atuais ou passados. Todos os diamantes encontrados no Brasil são desse tipo de reserva mineral.
O segundo tipo é o kimberlito, a rocha matriz onde o diamante se forma, a grandes profundidades e pressões enormes. Movimentos tectônicos, ou a própria erosão do terreno circundante, podem deixar essas rochas até bem próximo da superfície, facilitando a exploração. A maioria das grandes minas de diamante, como as da África do Sul, são minas de kimberlito.
Mapa da mina de diamante
Mas, como se formam a profundidades muito grandes, encontrar kimberlitos é muito difícil e não existem muitas técnicas para que isso seja feito em larga escala.
Agora, em um trabalho de grande impacto na área, um grupo internacional de geólogos conseguiu mapear milhares de kimberlitos ao longo de toda a Terra. O estudo poderá ajudar na localização de áreas com maior probabilidade de se encontrar diamantes.
O resultado não é um mapa da mina definitivo, porque os esforços se concentraram em áreas mais antigas da crosta continental, uma faixa de pouco mais de 300 quilômetros de espessura e 2,5 bilhões de idade.
O motivo é que estão ali os diamantes de extração mais economicamente viável.
Como se formam os diamantes
Os diamantes são formados em condições de alta pressão a mais de 150 mil metros de profundidade, no manto, a camada da estrutura terrestre que fica entre o núcleo e a crosta.
A distribuição desses diamantes no subsolo é controlada por plumas mantélicas, um fenômeno geológico que consiste na ascensão de um grande volume de magma de regiões profundas. Essa distribuição natural tem sido feita dessa forma há pelo menos meio bilhão de anos.
As plumas, originadas da fronteira entre o núcleo e o manto terrestre, são responsáveis pela distribuição dos kimberlitos, as raríssimas rochas vulcânicas das quais são retirados os diamantes.
Os cientistas reconstruíram as posições das placas tectônicas nos últimos 540 milhões de anos de modo a localizar áreas da crosta continental relativas ao manto profundo nos períodos em que os kimberlitos ascenderam.
"Estabelecer a história da estrutura do manto profundo mostrou, inesperadamente, que dois grandes volumes posicionados logo acima da divisa entre o manto e o núcleo têm-se mantido estáveis em suas posições atuais no último meio bilhão de anos," disse Kevin Burke, professor de geologia na Universidade de Houston, nos Estados Unidos, um dos autores do estudo.
Dúvidas geológicas
De acordo com os pesquisadores, esses kimberlitos, muitos dos quais trouxeram diamantes de mais de 150 quilômetros de profundidade, estiveram associados com extremidades de disparidades em grande escala no manto mais profundo. Essas extremidades seriam zonas nas quais as plumas mantélicas se formaram.
Estranhamente, contudo, suas localizações parecem ter-se mantido estáveis ao longo do tempo geológico.

"O motivo para que esse resultado não tenha sido esperado é que nós, que estudamos o interior da Terra, assumimos que, embora o manto profundo seja sólido, o material que o compõe deveria estar em movimento todo o tempo, por causa de o manto profundo ser tão quente e se encontrar sob elevada pressão, promovida pelas rochas acima dele", disse.

Novo diamante é mais duro que diamante

Novo diamante é mais duro que diamante

Lonsdaleíta
Os nanodiamantes hexagonais são produzidos dentro de uma bigorna de diamante, a uma temperatura de 400º C.[Imagem: Jamie Kidston/ANU]
Diamante superduro
O diamante natural já não é mais o material mais duro que existe, mas talvez seja possível recuperar a coroa, perdida para os materiais sintéticos.
Thomas Shiell e seus colegas da Universidade Nacional Australiana acabam de sintetizar um novo tipo de diamante que é mais duro do que os diamantes normais.
Diamantes desse tipo só foram encontrados até hoje nas crateras de impacto de grandes meteoros - assim, apesar de ter sido sintetizado em laboratório, ele continua sendo considerado um material natural.
"Este novo diamante não vai parar em nenhum anel de casamento. É mais provável que você o veja em um local de mineração. Onde quer que você precise de um material superduro para cortar alguma coisa, este novo diamante tem o potencial para fazer isto mais rápido e mais facilmente," disse Jodie Bradby, coordenadora da equipe.
Lonsdaleíta
Usando uma bigorna de diamante, um aparelho usado para gerar pressões imensas, Shiell conseguiu sintetizar uma lonsdaleíta, uma forma hexagonal de carbono também já identificada na poeira interestelar.
"A estrutura hexagonal dos átomos destes diamantes torna-os muito mais duros do que os diamantes convencionais, que têm uma estrutura cúbica. Nós conseguimos produzi-los em nanoescala, e isto é entusiasmante porque geralmente, quando se trata desses materiais, menor significa mais forte," disse Bradby.
Os nanodiamantes já vêm sendo explorados para uso industrial, em equipamentos de corte e perfuração, seja em minas, poços de petróleo ou em ferramentas de desbaste para tornos e fresas.

Bibliografia:

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

China prevê guerra comercial e aumenta volume de importações

China prevê guerra comercial e aumenta volume de importações

As importações da China cresceram no ritmo mais rápido em mais de dois anos em novembro. O movimento é impulsionado pela forte procura por commodities, do carvão até o minério de ferro. As exportações também subiram inesperadamente, refletindo recuperação da demanda doméstica e global.
Os dados otimistas somam-se a sinais de recuperação industrial modesta nas maiores economias do mundo. Mesmo com a China e outros exportadores asiáticos se preparando para potencial guerra comercial quando o protecionista Donald Trump tomar posse como presidente dos Estados Unidos.
As exportações em novembro subiram inesperadamente 0,1% em relação ao ano anterior, ante previsão de recuo de 5%. As importações cresceram 6,7%, muito acima das expectativas de queda de 1,3%, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira.

Guerra comercial

O resultado deixou o país com superávit comercial de US$ 44,61 bilhões no mês, informou a Administração Geral Alfandegária. A expectativa era de que o superávit comercial ficasse em US$ 46,30 bilhões em novembro, contra US$ 49,06 bilhões em outubro.
— A melhora reflete fortalecimento da demanda global. Recentes pesquisas empresariais sugerem que as economias desenvolvidas estão no caminho para terminar o ano com resultado forte — disse o economista da Capital Economics, em Cingapura, Julian Evans-Pritchard.
Ainda segundo o economista, ”embora a demanda global tenha recuperado um pouco recentemente, a menor tendência de crescimento em muitas economias desenvolvidas e emergentes significa que a alta é provavelmente limitada”.

No Japão

A economia japonesa, por sua vez, cresceu muito mais lentamente do que inicialmente estimado no terceiro trimestre. Dados revisados mostram que as despesas de capital diminuíram. E as empresas reduziram os estoques, renovando as preocupações com as perspectivas de crescimento do Japão.
A economia do Japão cresceu a uma taxa anualizada de 1,3% no trimestre de julho a setembro. O resultado foi ajustado para baixo em relação à leitura preliminar de 2,2%, de acordo com dados do Gabinete do governo, divulgados nesta quinta-feira.
O valor revisado ficou abaixo da mediana das estimativas de crescimento anualizado de 2,4% em uma pesquisa da Reuters com economistas. As despesas de capital caíram 0,4% no trimestre, contra a estimativa preliminar de estabilidade, uma vez que as siderúrgicas e o setor imobiliário reduziram o investimento.

Trump nos EUA

Do lado positivo, os gastos dos consumidores foram revisados para cima. E os dados separados mostraram que a confiança do setor de serviços melhorou. No entanto, a fraca despesa de capital pode moderar o otimismo de que a economia poderia acelerar no próximo ano.
Os estoques reduziram 0,3 ponto percentual do crescimento, mais do que a leitura anterior de 0,1 ponto percentual de contração. Já exportações líquidas somaram 0,3 ponto percentual, menor que o 0,5 ponto percentual no trimestre anterior. Porém, os economistas estavam otimistas de que as exportações podem crescer no futuro. O iene caiu para a mínima de oito meses, após Donald Trump ser eleito presidente dos EUA.
Fonte: Correio do Brasil

Eike transfere 529.791 ações da OSX para afiliada da Mubadala

Eike transfere 529.791 ações da OSX para afiliada da Mubadala

 A OSX Brasil informa que a Centennial Asset Mining Fund LLC (CAMF), empresa de investimento de Eike Batista, transferiu 529.791 ações ordinárias, 16,83%, para a 9 West Finance, uma das afiliadas da Mubadala. De acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a transferência ocorreu em função do cumprimento de contratos celebrados no contexto da reestruturação do investimento da Mubadala no grupo EBX.


Fonte: Exame

O ELEVADOR DOS DIAMANTES

O ELEVADOR DOS DIAMANTES




Nada melhor do que a simbologia para a vulgarização de temas técnicos complexos, ou a geologia ao alcance de todos
Após o artigo técnico de José Inácio Nardi a respeito da quilha mantélica, formadora dos diamantes e dos pipes kimberliticos transportadores destes até a superfície,

apresentamos o elevador dos diamantes, uma vulgarização do mesmo tema e mostrada por Antonio Liccardo da UFOP

O modelo apesar de oriundo da Africa, poderia ser em tese aplicado no Tapajós, já que foram encontradas amostras de lamproito, material destes elevadores na área diamantífera da região.