segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Agnelli é citado pelo ‘FT’ como perda ‘proeminente’ para os negócios em 2016

Agnelli é citado pelo ‘FT’ como perda ‘proeminente’ para os negócios em 2016

O jornal britânico Financial Times fez uma homenagem nesta sexta-feira, 30, a empresários, industriais, financiadores e inovadores que morreram este ano e que representam “perdas proeminentes para o mundo dos negócios em 2016″. Na lista da publicação está o brasileiro Roger Agnelli. ”Enquanto a maioria dos falecidos estava aposentada há muito tempo, algumas empresas perderam seus presidentes e executivos: o turco Mustafa Koç e o brasileiro Roger Agnelli estavam com pouco mais de 50 anos quando morreram, como resultado de um ataque cardíaco e de um acidente aéreo, respectivamente”, enfatiza o FT. Abaixo da foto do executivo do setor financeiro e de mineração, há a transcrição da frase que disse durante uma entrevista em 2012: “É difícil falar sobre o Brasil que eu vejo, eu prefiro falar sobre o Brasil com o qual eu sonho”.
Também são citados no obituário do Financial Times o industrial Roland Peugeot, o executivo de energia e infraestrutura André Bénard, o operador de título John Gutfreund, o ex-executivo e presidente da Intel Andy Grove, o publicitário Bill Backer, o industrial Denys Henderson, o banqueiro e político Rodney Leach, o executivo da Pepsi Roger Enrico, o empresário do petróleo ‘Tiger Mike’ Davis, o executivo Steve Bollenbach e o criador do Big Mac, Michael ‘Jim’ Delligatti.
‘Era de ouro’ 
O obituário de Agnelli lembra que ele morreu em um acidente aéreo de fim de semana, aos 56 anos, e que supervisionou a era de ouro da Vale, transformando a mineradora do Rio de Janeiro no maior produtor de minério de ferro do mundo e uma vitrine para negócios brasileiros no exterior. No comando da empresa de 2001 a 2011, o lucro líquido da Vale subiu de US$ 1,3 bilhão para US$ 22,9 bilhões e os preços das ações subiram 1.500%.
“Com a empresa agora enfrentando perdas profundas, bem como escrutínio sobre um desastre que matou várias pessoas em uma barragem de sua joint venture Samarco, não é de estranhar que a resposta dos investidores tem sido muitas vezes: ‘Se Roger ainda estivesse no comando’.”
O Financial Times salienta que ele também exerceu cargos de diretoria não executiva em empresas como a WPP do Reino Unido e a suíça ABB. “Depois de uma carreira de 19 anos na área bancária, o bravo e incansável executivo assumiu a Vale apenas quatro anos depois de a mineradora ter sido privatizada. Por uma década, Agnelli passou muitas vezes mais de 16 horas por dia no escritório, transformando a inchada empresa estatal em um dos maiores grupos globais do Brasil”, cita a publicação.
A Vale, menciona o jornal, se tornou a primeira empresa brasileira a ser classificada como grau de investimento. O feito foi apontado pelo Financial Times como uma “façanha invejável”, já que o título soberano apenas alcançaria a mesma classificação três anos depois.
A publicação comenta também que, aproveitando o boom das commodities liderado pela China, Agnelli encabeçou uma onda de aquisições que conquistou o respeito dos investidores em todo o mundo. Em 2012, ele foi classificado pela Harvard Business Review como o quarto melhor executivo do mundo depois de Steve Jobs, Jeff Bezos (Amazon) e Yun Jong-Yong (Samsung).
Nascido em 3 de maio de 1959, em São Paulo, em uma família de classe média italiana, Agnelli estudou economia na Fundação Armando Alvares Penteado antes de ingressar no Bradesco. Depois de atuar como chefe da holding Bradespar do Bradesco, gerenciando a grande participação do banco na Vale, entrou para o conselho da mineradora e elaborou um plano de expansão para a empresa, que tinha acabado de ser privatizada. “Como o candidato óbvio para executar as mudanças, foi nomeado seu executivo principal.”
O Financial Times diz ainda que, durante os primeiros anos no cargo, Agnelli teve um relacionamento acolhedor com Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do País na época. “No entanto, o governo logo se voltou contra o executivo depois que ele despediu 2 mil trabalhadores na esteira da crise financeira global. Apenas alguns meses depois de Dilma Rousseff assumir a presidência, Agnelli foi forçado a sair da empresa em um episódio que causou desconforto entre os investidores desde então.”
Após a sua saída, ele formou sua própria empresa de mineração, AGN Participações – um projeto ainda em sua infância quando seu avião caiu no sábado, dia 19 de março. “Quando você percebe que pode morrer, começa a ver a vida de forma diferente”, disse ele em 2012, após um susto de saúde, com problemas na coluna cervical. “Você quer construir algo que você pode deixar como um legado.”


Fonte: IstoÉDinheiro

Império de Eike Batista hoje tem novos donos

Império de Eike Batista hoje tem novos donos

Três anos após a derrocada do Grupo X, o antigo império integrado de infraestrutura e commodities de Eike Batista foi loteado. Uma parte dos ativos acabou nas mãos de investidores estrangeiros, outra está em processo de transferência para os principais credores, como o fundo soberano Mubadala, de Abu Dabi, e uma parcela menor permanece com o empresário, cuja fortuna é estimada entre R$ 200 milhões e R$ 400 milhões.
Entre as companhias levadas por Eike à Bolsa, a MPX (energia) e a LLX (logística) acabaram nas mãos de grupos de fora. A primeira teve uma fatia relevante vendida à alemã E.On e foi rebatizada de Eneva. Com um passivo de R$ 2,4 bilhões, a empresa entrou em recuperação judicial em dezembro de 2014, mas encerrou o processo em junho deste ano.
Dona do Porto do Açu, a LLX teve o controle vendido à americana EIG em outubro de 2013. Ocupando uma área maior do que Manhattan, o porto era visto como a joia da coroa do império X. Ali já ocorrem embarques de minério de ferro, comercialização de combustíveis e transbordo de petróleo, além do aluguel de áreas para outros grupos. A atual Prumo Logística tenta fechar o capital, mas enfrenta questionamentos de acionistas minoritários.
Outras cinco empresas seguem em recuperação judicial. A lista inclui a antiga OGX (hoje Óleo e Gás Participações, a OGPar), a OSX (braço naval) e empresas de mineração do grupo: as controladas MMX Sudeste e MMX Corumbá e a holding MMX Mineração e Metálicos S.A. As duas últimas pediram proteção à Justiça no fim de novembro, em caráter de urgência. Ambas foram atingidas pelas dificuldades enfrentadas na MMX Sudeste, que concentra os ativos operacionais da mineradora.
Diluição
Pelo acerto anunciado no início do ano com o Mubadala, a fatia de Eike nas empresas CCX, OGX, OSX e MMX será encolhida. De acordo com fontes, entretanto, ainda restam condições remanescentes a serem cumpridas, como a solução de bloqueios de participações societárias em processos movidos por outros acionistas contra o empresário.
Sócios da EBX, os árabes tinham um crédito de US$ 2 bilhões a receber. Pelo acordo feito em março, Eike deverá ficar com 36% de fatia na MMX; 37,22% da OSX; 35,21% na CCX Carvão da Colômbia; e 0,25% na OGX. Com operações na Colômbia, a CCX fechou acordo com a Yildirim para a venda dos ativos dos projetos de mineração.
O acordo com o Mubadala englobou negócios fora da Bolsa, como a empresa de entretenimento IMX, dona da marca Rock in Rio, e a fatia de Eike na rede de fast-food Burger King. O fundo também ficou com o hotel cinco estrelas Glória, no Rio, a mineradora de ouro Minesa (antiga AUX) e 48% do Porto do Sudeste e títulos lastreados em royalties do ativo. No Hotel Glória, Eike poderá receber uma comissão dos árabes, caso encontre um investidor para tocar o projeto, dizem fontes. Procurado, o Mubadala não retornou os pedidos de entrevista.
O restaurante Mr. Lam continua nas mãos de Eike.
Réu. Eike ainda é réu em ações penais sob a acusação de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada. As ações são relativas à petroleira OGX e à OSX, de construção naval.
Na semana passada, o empresário evitou a imprensa ao prestar seu primeiro depoimento à Lava Jato. Ele foi ao Ministério Público Federal (MPF) para esclarecer sobre suas relações comerciais e políticas com o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e sua mulher, Adriana Ancelmo. O MPF desconfia de um pagamento feito pela EBX ao escritório de advocacia de Adriana, no valor de R$ 1 milhão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: IstoÉDinheiro

Investidores arrecadam grandes retornos sobre ações do Brasil em 2016

Investidores arrecadam grandes retornos sobre ações do Brasil em 2016

Foi um ano surpreendentemente grande para os investidores corajosos o suficiente para colocar dinheiro em ações brasileiras, apesar de o país ter passado de 2016 batendo a pior recessão em um século e abalado pela instabilidade política. Paradoxalmente, o ano de crise econômica, impeachment presidencial e escândalos intermináveis ​​de corrupção na maior #Economia da América Latina também foi um ano de ‘boom’ para a Bolsa de Valores de São Paulo.
O índice Ibovespa ganhou 38,9% no ano, seu primeiro ano no azul desde 2012. Isso aconteceu apesar da turbulência política causada pelo processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, um escândalo de corrupção maciça na Petrobras, economia encolhendo cerca de 3,49%, seu segundo ano de profunda recessão. O mercado pode ter obtido um impulso de confiança a partir da resolução do drama de impeachment prolongado, que terminou com a instalação de #Michel Temer no poder em agosto deste ano.
As ações da Petrobras ganharam 121,9% nesse ano. As ações da Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, aumentaram cerca de 129% e as ações da produtora de aço Gerdau subiram 189,2%. ”O mercado de ações e o real brasileiro decolaram em 2016 em comparação com outros mercados mundiais. Eu não acho que isso tem a ver com questões domésticas como a crise política ou impeachment. Isso teve um papel, mas é realmente sobre os preços das commodities, especialmente o petróleo “, disse André Perfeito, economista-chefe da consultoria Gradual Investimentos.
Isso fez com que fosse a moeda com melhor desempenho em relação ao dólar em uma cesta mundial seguida pela Gradual Investimentos. Mas a empresa alertou que a tendência poderia ser revertida em 2017.
“A projeção média para o final de 2017 é de 3,50 reais para o dólar no relatório Focus do Banco Central. E o consenso entre os analistas internacionais é que a chegada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deveria traduzir-se em um dólar mais forte devido à reação da reserva federal as suas ambições fiscais”, disse a consultoria.
Mercados podem ter respirado um suspiro de alívio quando Temer assumiu logo após o impeachment de Dilma Rousseff, terminando meses de instabilidade. Temer rapidamente lançou a austeridade como uma das reformas destinadas a recuperar a economia problemática nos trilhos.
Mas seu próprio governo foi rapidamente apanhado no escândalo da Petrobras, que derrubou vários ministros acusados ​​de terem participado na corrupção multimilionária da companhia estatal de petróleo. A investigação em curso parece constituir uma ameaça crescente para Temer. ”Há um certo otimismo com o novo governo. Mas as reformas ainda estão em uma fase muito precoce e a questão política ainda é muito delicada por causa da Operação Lava Jato”, afirmou André Perfeito.
O #Brasil parece pronto para finalmente sair da recessão em 2017. Mas ainda é um longo caminho do ‘boom’ dos mercados emergentes da década de 2000, quando investimentos foram realizados graças a um “super-ciclo de commodities” que alimentou o crescimento vertiginoso. O governo prevê que a economia cresça 0,8% em 2017. Economistas estão prevendo um crescimento de apenas 0,5%, de acordo com a última pesquisa do banco central.
Fonte: BR Blasting

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A mística e o fascínio que gemas como diamante, esmeralda, rubi e safira exercem em quase todos nós

A mística e o fascínio que gemas como diamante, esmeralda, rubi e safira exercem em quase todos nós são notórios e compreensíveis. Os gemólogos costumam lamentar, no entanto, o fato de que a maior parte dos apreciadores e consumidores de jóias tenham poucas oportunidades de conhecer e lidar com outras tantas belíssimas gemas, que não as de uso tradicional e consagrado.
Ficamos intrigados pelo fato de que gemas naturais menos conhecidas e de menor valor, mas de cor ou aspecto parecido ao de outras mais valiosas, sejam ainda pouco utilizadas como alternativas mais econômicas, principalmente em cortes e formas menos usuais, ainda que grande parte delas seja produzida regularmente em nosso país.
Porque não vemos com mais freqüência a apatita azul, de tons neon e ultra-marinho, substituindo a turmalina da Paraíba e a safira ? Ou o quartzo amarelo-mel com chatoyance ao olho-de-gato ? A iolita à tanzanita ? O diopsídio à granada tsavorita ? A safira com mudança de cor à alexandrita ? A jarina ao marfim ?
Gostaríamos de ver mais andaluzitas, morganitas, heliodoros, espessartitas, kunzitas, opalas, pedras-da-lua, berilos verdes, esfênios, peridotos e muitas outras gemas menos usuais nas grandes coleções e não restritas apenas a pequenas linhas ou a peças exclusivas de designers mais inovadores.
A aceitação e popularização de tais gemas é, evidentemente, um processo lento, mas cabe a todos os segmentos envolvidos na produção de jóias contribuir para a conscientização quanto a sua existência, sobretudo agora que a disseminação da informação pela internet criou uma nova geração de consumidores dotados de mais conhecimentos (mas não necessariamente melhores) e, portanto, mais curiosos, exigentes e ávidos por novidades.
Para tanto, faz-se necessário também que os vendedores de jóias possuam um conhecimento gemológico básico, que lhes permita melhor informar e esclarecer ao público consumidor a respeito das principais características, propriedades, particularidades e cuidados no uso e conservação dessas gemas menos comuns.
Em nossa opinião, o aumento da demanda pelas gemas alternativas elevaria seus preços, estimulando um aumento nos investimentos em prospecção e lavra, assim como o desenvolvimento de novas técnicas de tratamento para intensificação de suas cores e o aprimoramento das já existentes.
Deixando um pouco de lado as gemas naturais e nos acercando às sintéticas, nos perguntamos porque estas não vêm sendo mais amplamente utilizadas como materiais alternativos, desde que devidamente revelada a sua origem, uma vez que a obtenção de gemas de igual composição, estrutura, propriedades físicas e ópticas ao de suas equivalentes naturais, a custos bastante inferiores, é uma fabulosa conquista dos laboratórios de síntese.
Estas têm a vantagem adicional de serem produzidas em larga escala, possibilitando aos fabricantes suprir confortavelmente uma provável demanda crescente, com maior uniformidade de tamanhos, cores e pureza. Além disso, é de se esperar, a médio prazo, que o avanço tecnológico na produção de cristais sintéticos de aplicação em alta tecnologia leve a uma maior compreensão e melhoria nos métodos de síntese, trazendo para o setor joalheiro gemas sintéticas de maior tamanho e qualidade, cada vez mais parecidas com as naturais e mais difíceis de serem delas diferenciadas, no que se converterá em mais um grande desafio para os gemólogos.