quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Maior diamante bruto do mundo não encontra comprador

Maior diamante bruto do mundo não encontra comprador

Pedra Lesedi La Rona, de 1.109 quilates e estimada em 70 milhões de dólares, não alcança preço mínimo em leilão em Londres. Joalheria aponta instabilidade do mercado com o Brexit como possível causa.
Lesedi La Rona
O maior diamante bruto do mundo, o Lesedi La Rona, foi a leilão  em Londres, mas terminou sem comprador, já que os lances não atingiram o preço mínimo. A pedra de 1.109 quilates era estimada em 70 milhões de dólares, mas o lance mais alto foi de 61 milhões.
O resultado é decepcionante para um diamante que chegou a ser descrito como "a descoberta de uma vida" por David Bennett, diretor da divisão de joias da empresa Sotheby's, que ficou a cargo do leilão.

Citado pela agência Reuters, o analista Edward Sterck, do Banco de Montreal, afirma que "o resultado é frustrante, e potencialmente tem a ver com o método de venda escolhido". Diamantes raros são geralmente negociados com pequenas grupos do ramo, e não em leilões públicos, diz ele."Todos os aspectos desse leilão são sem precedentes. Ele não é apenas superlativo em tamanho e qualidade, mas nada dessa escala foi a leilão antes", afirmou Bennett antes da tentativa de venda.
Já Tobias Kormind, da joalheria 77 Diamonds, acredita que o mercado de pedras preciosas "pode ter atingido um ponto crítico, e a demanda por grandes diamantes estaria saturada". Outra causa, segundo o especialista, poderia ser "a instabilidade do mercado com o Brexit".
O Lesedi La Rona, que tem quase o tamanho de uma bola de tênis, foi encontrado pela companhia canadense Lucara em Botsuana, na África, em novembro. É o maior diamante bruto escavado em mais de 100 anos, medindo 6,64 x 5,5 x 4,2 centímetros.
Em tamanho, a pedra perde apenas para o diamante conhecido como Cullinan Diamond, de 3.106 quilates, encontrado na África do Sul em 1905 e presenteado ao rei Eduardo 7º. A joia, porém, foi cortada em nove pedaços, e muitos ainda estão sob poder da Coroa Britânica.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

As 10 maiores pechinchas da Bolsa



As 10 maiores pechinchas da Bolsa

Levantamento aponta os papéis da Bovespa com a menor relação preço/valor patrimonial

São Paulo — As empresas que aparecem nesta lista têm algo em comum: todas terminaram o ano de 2016 negociadas abaixo do seu valor patrimonial na Bolsa. Isso significa que os investidores estão pagando por suas ações menos do que elas valem, se for levado em consideração o patrimônio líquido da companhia.
Para saber se uma ação está “barata” é necessário observar o múltiplo preço/valor patrimonial (P/VPA). Se o resultado dessa relação for maior que um, a empresa pode estar “cara” na Bolsa. Da mesma forma, se o resultado for menor que um, a ação deve estar “barata”.
É preciso salientar que o indicador não deve ser o único considerado na escolha de um papel, uma vez que ele não incorpora, por exemplo, os bens intangíveis de uma empresa, como patentes ou softwares.
Veja abaixo as 10 ações da Bolsa mais baratas. Os números são de um levantamento produzido pela consultoria Economatica a pedido de EXAME.com.

1ª Usiminas (USIM5)

SetorSiderúrgico
Múltiplo P/VPA0,36x
Desempenho em 2016169,03%
Preço em 02/01R$ 4,08

2ª Gerdau Metalurgia (GOAU4)

SetorSiderúrgico
Múltiplo P/VPA0,43x
Desempenho em 2016192,05%
Preço em 02/01R$ 4,74

3ª Copel (CPLE6)

SetorEnergia
Múltiplo P/VPA0,49x
Desempenho em 201617,56%
Preço em 02/01R$ 27,20

4ª Eletrobras (ELET3)

SetorEnergia
Múltiplo P/VPA0,60x
Desempenho em 2016296,01%
Preço em 02/01R$ 22,50

5ª Bradespar (BRAP4)

SetorHolding
Múltiplo P/VPA0,65x
Desempenho em 2016199,92%
Preço em 02/01R$ 14,50

6ª Cyrela (CYRE3)

SetorConstrução
Múltiplo P/VPA0,65x
Desempenho em 201640,57%
Preço em 02/01R$ 10,28

7ª Gerdau (GGBR4)

SetorSiderúrgico
Múltiplo P/VPA0,67x
Desempenho em 2016133,33%
Preço em 02/01R$ 10,84

8ª Cemig (CMIG4)

SetorEnergia
Múltiplo P/VPA0,68x
Desempenho em 201641,75%
Preço em 02/01R$ 7,72

9ª Petrobras (PETR4)

SetorPetróleo e Gás
Múltiplo P/VPA0,75x
Desempenho em 2016121,94%
Preço em 02/01R$ 14,66

10ª BR Malls (BRML3)

SetorConstrução
Múltiplo P/VPA0,76x
Desempenho em 201639,95%
Preço em 02/01R$ 12,08

Conheça o maior diamante já descoberto nos últimos 100 anos

Conheça o maior diamante já descoberto nos últimos 100 anos

O Lesedi la Rona, encontrado em Botsuana, em 2015, possui mais de 1,1 mil quilates

 
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    Sothebys.com/Reprodução
    O diamante Lesedi la Rona é o maior já encontrado em 100 anos, com 1,1 mil quilates. Ele foi colocado à venda em 2016, mas não alcançou o valor esperado de 52 milhões de libras (R$ 209 milhões) (foto: Sothebys.com/Reprodução)

    Angola

    Imagine um diamante bruto, extremamente puro, do tamanho de uma boa de tênis. Essa é a dimensão aproximada do Lesedi la Rona, descoberto numa mina de diamantes em Botsuana, em novembro de 2015. Seu peso é de incríveis 1,1 mil quilates e acredita-se que tenha se formado há mais de 2,5 bilhões de anos. Curiosamente, seu nome significa "nossa luz" em tsuana, idioma falado no país africano.

    O diamante Lesedi la Rona foi minerado pela empresa canadense Lucara Diamond Corp, que o colocou à venda na tradicional casa de leilões Sotheby's, em Londres, Inglaterra. Ele chegou a ser leiloado em junho de 2016, mas como o lance máximo foi de 45 milhões de libras (R$ 180 milhões), bem abaixo dos 52 milhões de libras (R$ 209 milhões) estipulado pela mineradora, a venda foi cancelada.

    Além de ter uma pureza extraordinária, classificado como IIA, ou seja, faz parte do seleto grupo de 2% das gemas que alcançam esse teor, o diamante Lesedi la Rona é o maior já encontrado nos últimos 100 anos. Ele só perde, em tamanho, para o Cullinan, que tinha de 3,1 mil quilates e foi encontrado na África do Sul, em 1905. A "gigantesca" pedra foi dada de presente para o rei Edward VII, da Inglaterra. Posteriormente, o diamante sulafricano foi cortado em nove gemas menores, que, atualmente, fazem parte das joias da coroa ingles

    terça-feira, 3 de janeiro de 2017

    Por que os dias na Terra estão ficando mais longos?

    Por que os dias na Terra estão ficando mais longos?

    Por que os dias na Terra estão ficando mais longos?
    Os astrônomos se basearam na observação de eclipses lunares e solares por babilônios, gregos, chineses e árabes.[Imagem: F. R. Stephenson et al. - 10.1098/rspa.2016.0404]
    Duração dos dias
    Cientistas acreditam que os dias na Terra estão ficando mais longos.
    Não é muito, apenas 1,8 milissegundo por século. Então não daria para comemorar um dia mais longo com uma bela caminhada em um parque ou em uma praia - para ganhar um minuto a mais, será necessário esperar 3,3 milhões de anos.
    A conclusão é de astrônomos que determinaram que os dias na antiga Babilônia eram mais curtos. Leslie Morrison, do Observatório Real de Greenwich, no Reino Unido, analisou com sua equipe as teorias gravitacionais sobre o movimento da Terra ao redor do Sol e da Lua ao redor da Terra.
    Eles perceberam que, no passado, babilônios, gregos, chineses, árabes e até os europeus medievais observaram eclipses lunares e solares em momentos e lugares que não coincidem com os do presente.
    Astronomia babilônica
    O evento mais antigo catalogado foi o eclipse solar que ocorreu no ano 720 A.C. Ele foi observado por astrônomos em um local na Babilônia, onde hoje é o Iraque. Para descobrir como a rotação do nosso planeta variou no período de 2.735 anos, os estudiosos compararam os registros históricos com um modelo criado em computador que calculava onde e quando as pessoas teriam visto estes eclipses do passado se a rotação da Terra tivesse se mantido constante.
    Eles chegaram à conclusão de que o eclipse solar de 720 A.C. não poderia ter sido observado onde hoje é o Iraque, e sim em algum lugar na região oeste do oceano Atlântico.
    "Mesmo com as observações (de eclipses no passado) sendo rudimentares, podemos ver uma discrepância consistente entre os cálculos e onde e quando os eclipses realmente foram vistos. Isto significa que a Terra está variando em seu movimento de rotação", disse Morrison ao jornal britânico The Guardian.
    Formação da Lua
    De acordo com astrônomos, a Terra já teria passado por uma mudança em sua rotação há 4,5 bilhões de anos, quando um corpo celeste do tamanho de Marte se chocou contra nosso planeta e ejetou o material que que formou a Lua.
    Neste hipotético evento de proporções cataclísmicas - chamado de teoria do grande impacto -, um dia na Terra pode ter pulado de seis para as atuais 24 horas.
    O planeta segue desde então desacelerando e o principal efeito de frenagem vem da gravidade da própria Lua. Mas a interação entre as marés dos oceanos e os continentes da Terra é também um importante fator, segundo Morrison.
    Frenagem da Terra
    Quando os continentes são atingidos pela força do mar, o planeta perde o ímpeto. Mas os modelos e teorias que levam em conta apenas este fenômeno sugerem que a rotação da Terra deveria estar desacelerando mais do que previsto pela análise dos dados de eclipses - cerca de 2,3 milissegundos por dia a cada século.
    Então, os pesquisadores acreditam que outros fatores também devem estar influenciando. E suspeitam que a mais recente era do gelo na Terra, há 13 mil anos, alterou a forma do planeta e influenciou a velocidade de rotação.
    Mudanças nos níveis dos mares e nas forças eletromagnéticas entre o centro da Terra e sua crosta rochosa também podem ter tido efeito na rotação do planeta.
    Devido a estas variações, os relógios atômicos, de alta precisão, precisam ser ajustados periodicamente para se manter em sintonia com a rotação do planeta. Por isso, na passagem de Ano Novo, o ajuste fará com que o dia 31 de dezembro tenha um segundo a mais.


    Menor rádio do mundo é construído dentro de um diamante



    Nanotecnologia

    Menor rádio do mundo é construído dentro de um diamante


    Menor rádio do mundo
    O nanorrádio foi montado em um chip (em primeiro plano). Apesar de ser microscópico, ele produz som audível (ondas representadas no equalizador ao fundo). [Imagem: Eliza Grinnell/Harvard SEAS]
    Menor rádio do mundo
    Se os rádios, aqueles aparelhinhos que se usava para sintonizar estações e ouvir música, parecem ser algo meio fora de moda, é bom lembrar que toda a tecnologia que envolve Wi-Fi, Bluetooth, telefones celulares e etc, se baseia nas ondas de rádio - e, portanto, precisa de aparelhos de rádio para fazer o serviço.
    Acrescente a isso o ímpeto pela miniaturização, e então você terá uma ideia da verdadeira importância de um nanoaparelho construído por Linbo Shao e seus colegas da Universidade de Harvard, nos EUA.
    Shao construiu o menor aparelho de rádio do mundo, cuja peça fundamental tem o tamanho de dois átomos, e demonstrou que ele pode funcionar em condições extremas, mesmo nos ambientes mais inóspitos.
    E é um rádio óptico, que funciona usando luz, e não eletricidade.
    A peça fundamental do nanorrádio é um pequeno defeito encontrado no interior dos diamantes. São as chamadas vacâncias de nitrogênio - ou centros de cor -, as mesmas que vêm sendo usadas há tempos como qubits para computadores quânticos.
    • Tecnologias Quânticas: Qubits construídos dentro do diamante
    Rádio de diamante
    Nas vacâncias de nitrogênio, um átomo de carbono da estrutura cúbica do diamante é substituído por um átomo de nitrogênio. O átomo de nitrogênio expulsa outro átomo de carbono vizinho, criando um sistema que é formado essencialmente por um átomo de nitrogênio mais uma carga positiva - uma lacuna, ou ausência de elétron.
    Essa estrutura pode ser usada para detectar campos magnéticos muito tênues ou para emitir fótons individuais - é assim que ele funciona como qubit, já que essa propriedade fotoluminescente permite converter informação em luz. Essa capacidade de conversão também foi explorada para viabilizar o nanorrádio.
    Um aparelho de rádio tem cinco componentes básicos: uma fonte de energia, um receptor, um transdutor, para converter os sinais eletromagnéticos de alta frequência em uma corrente de baixa frequência, e um alto-falante ou fone de ouvido, para converter os sinais de baixa frequência em sons.
    No nanorrádio, um laser verde é usado para fornecer energia para os elétrons na vacância de nitrogênio. Esses elétrons são sensíveis a campos eletromagnéticos, incluindo as ondas de rádio FM, por exemplo. Quando o centro de nitrogênio recebe uma onda de rádio, ele emite um sinal na forma de uma luz vermelha que corresponde ao sinal de áudio, que é então convertido em som por meio de um alto-falante comum.
    Para sintonizar as estações é usado um eletroímã externo, que cria um campo magnético ao redor do nanodiamante. Esse campo magnético pode ser ajustado para alterar a frequência à qual o centro de nitrogênio é sensível, permitindo alterar a estação que o nanorrádio sintoniza.
    Menor rádio do mundo
    Ilustração do esquema de funcionamento do menor rádio do mundo. [Imagem: Linbo Shao et al. - 10.1103/PhysRevApplied.6.064008]
    No espaço e no corpo humano
    Cada vacância de nitrogênio emite um único fóton de cada vez, o que é muito bom para qubits, mas fraco demais para um rádio. Para gerar um feixe de luz forte o suficiente para ser enviado para o alto-falante, Shao usou bilhões de centros de nitrogênio para reforçar o sinal.
    Por outro lado, o fato de poder teoricamente operar com um único fóton mostra a sensibilidade que se pode alcançar com esse conceito.
    Graças à resistência natural do diamante, o nanorrádio é extremamente forte e durável - a equipe sintonizou uma estação e ouviu música de boa qualidade com o nanorrádio colocado dentro de um forno a 350º C.
    "Este rádio poderá ser capaz de funcionar no espaço, em ambientes agressivos ou mesmo dentro do corpo humano, já que os diamantes são biocompatíveis," disse o professor Marko Loncar, coordenador da equipe.