terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Ações da Vale sobem 25% neste início de ano e sustentam alta da Bolsa

Ações da Vale sobem 25% neste início de ano e sustentam alta da Bolsa

As ações da Vale são destaque de alta do Ibovespa neste início de ano. Somente na primeira quinzena de janeiro, o papel PNA da mineradora subiu cerca de 25%, para R$ 29,14. O percentual inclui a alta de 3,55% por volta das 15h15 desta segunda-feira (16). Mais negociada neste pregão, Vale PNA tem o quinto maior peso do principal índice da Bolsa, atrás de Itaú Unibanco PN, Bradesco PN, Ambev ON, e Petrobras PN. Para efeito de comparação, esses papéis subiram neste ano até agora, respectivamente, 6,3%, 7,3%, 3,4% e 5,6%.
Os papéis ordinários da Vale acumulam alta de 24% em janeiro. As ações avançavam 3,06% nesta sessão, a R$ 31,94.  Enquanto isso, o Ibovespa ganhava 0,39%, aos 63.904,23 pontos, acumulando alta de cerca de 6% no ano. Segundo analistas, o principal motivo para a forte alta dos papéis da Vale é a valorização do minério de ferro na China. Nesta segunda-feira, a commodity entregue no porto chinês de Qingdao subiu 3,86%, para US$ 83,65 a tonelada. É o maior preço desde 14 de outubro de 2014 (US$ 83,82). No ano, o minério de ferro tem alta de 6%. As cotações da commodity vêm se recuperando desde o ano passado, em meio a especulações de aumento da demanda pela China, principal mercado da Vale.
Apenas em 2016, o minério de ferro entregue em Qingdao se valorizou quase 82%. No período, as ações PNA da Vale subiram 127% e as ON subiram 97%. ”Com a alta do minério de ferro, especialmente nos últimos meses do ano passado, espera-se que a Vale apresente resultados fortes referentes ao quarto trimestre de 2016″, afirma Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor. Outras empresas de mineração também têm se beneficiado da valorização do minério de ferro. Na Bolsa de Londres, as ações da Glencore acumulam alta de 16% em 2017; BHP Billiton, +13%, e as da Rio Tinto, +10%.

Siderúrgicas

Na esteira da valorização do minério de ferro e com expectativas de maior demanda por aço, tanto interna quanto externa, as ações de siderúrgicas também se destacam entre as maiores valorizações do Ibovespa neste ano. Desta forma, dão continuidade ao bom desempenho do setor na Bolsa em 2016, quando tiveram altas superiores a 130%. As ações PN da Gerdau acumulam ganho de 22% em 2017; Usiminas PNA, +16%; e CSN ON, +14%. Os papéis preferenciais da Bradespar, acionista da Vale, sobem 33% no acumulado de 2017.
Fonte: Folhapress

Lua é muito mais velha do que cientistas imaginavam

Lua é muito mais velha do que cientistas imaginavam

Uma senhora Lua! Durante décadas, cientistas discutem a idade exata do satélite natural da Terra. Agora, pesquisadores acreditam ter chegado a um número mais aproximado: 4.51 bilhões de anos – entre 40 e 140 milhões de anos a mais do que se imaginava. O estudo, realizado por uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), foi publicado na revista Science Advances
. A descoberta também mostrou que a Lua teria se formado apenas 60 milhões de anos depois do nascimento do Sistema Solar, e 40 milhões depois da Terra. As novas informações são cruciais para os estudos sobre a evolução inicial do nosso planeta.
Os resultados foram baseados em análises feitas em zirconitas, minerais trazidos por astronautas da missão Apollo 14, em 1971. Várias técnicas já foram utilizadas para determinar a idade de pedras lunares, mas a maioria é composta por uma mistura de rochas de diferentes períodos e origens – o que sempre dificultou o trabalho dos pesquisadores. Desta vez, porém, foi possível estudar zirconitas em estado puro e analisar a redução da atividade radioativa do urânio nas rochas.
“Elas são os melhores relógios da natureza”, disse Kevin McKeegan, professor de geoquímica e química cosmológica da UCLA e co-autor do estudo. “É o mineral que preserva a história geológica, revelando onde foi originado”. Segundo pesquisas, a Lua foi formada por uma colisão violenta entre a Terra e um embrião planetário chamado Theia. O impacto deu origem a uma lua liquefeita, que se solidificou com o tempo.
Os cientistas acreditam que boa parte da superfície foi coberta com magma logo após a sua formação. E as medições de urânio-chumbo podem detectar quando as zirconitas apareceram pela primeira vez nesse oceano de magma da Lua recém-nascida. Estudos anteriores concluíram o tempo de existência da Lua de acordo com rochas lunares que haviam sido contaminadas por colisões múltiplas. Ela indicavam a data de outros eventos, “mas não a idade do satélite”, concluiu McKeegan.
Este conteúdo foi originalmente publicado na Superinteressante.
Fonte: Exame

Ponta da Madeira embarca primeiros navios incluindo carga produzida na mina de S11D

Ponta da Madeira embarca primeiros navios incluindo carga produzida na mina de S11D

O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), embarcou na última sexta-feira (13/01) a primeira carga comercial produzida na mina de S11D, em Canaã dos Carajás, no Sudeste do Pará. Foram embarcados um total de aproximadamente 26,5 mil toneladas, divididas em três navios, com a capacidade entre 73 mil e 380 mil toneladas. Os navios tiveram a sua capacidade completada com minério Carajás IOCJ, proveniente das outras minas no Sistema Norte. O Carajás IOCJ, com 65% de teor de ferro, já representa 40% das vendas da Vale. Até 2020, o Carajás IOCJ vai ultrapassar 50% da produção da empresa.
Ao lado de novas minas em operação, em Carajás, e dos investimentos já realizados em Minas Gerais, o S11D permitirá à Vale aumentar a sua competitividade no mercado internacional nos próximos anos. A alta qualidade do minério extraído da nova mina dará flexibilidade à empresa para misturá-lo, em portos na Malásia, China e Omã, com os produzidos nos chamados sistemas Sul e Sudeste, em Minas Gerais, trazendo melhoria na precificação do produto final vendido, bem como prolongando a vida útil das minas desse Estado.
Fonte: Vale

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Saldo de US$ 11,7 bilhões com a China é recorde na história do comércio exterior brasileiro

Saldo de US$ 11,7 bilhões com a China é recorde na história do comércio exterior brasileiro

Uma redução de 23,94% nas importações de produtos chineses, jamais registrada na história do comércio entre o Brasil e o país asiático, foi um dos principais responsáveis pelo superávit de US$ 11,770 bilhões, o maior saldo alcançado pelo Brasil em qualquer época e junto a qualquer um de seus parceiros comerciais. Para se ter uma ideia da grandeza desse número, em 2015, o fluxo de comércio com os chineses gerou  para o Brasil um saldo de US$ 4,888 bilhões.
Em 2016, o Brasil exportou para a China produtos no valor de US$ 35,234 bilhões (queda de 1,33% comparativamente com o ano anterior). A participação chinesa nas vendas externas brasileiras correspondeu a  18,97%. Por outro lado, a China embarcou para o Brasil bens totalizando US$ 23,364 bilhões, uma queda de 23,94% em relação aos US$ 30,719 bilhões exportados em 2015. A China foi responsável por  16,99% das importações totais brasileiras no ano passado.
Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) mostram uma forte e crescente participação dos produtos básicos, de menor valor agregado, na pauta exportadora brasileira para a China. Em 2016, esses produtos geraram uma receita de US$ 28,143 bilhões e foram responsáveis por 80,9% das vendas brasileiras para os chineses. Enquanto isso, os bens semimanufaturados, totalizando US$ 4,78 bilhões, tiveram uma participação de 13,6% nos embarques. Já os produtos manufaturados, com receita de US$ 1,91 bilhão, responderam por um percentual de apenas 5,43% nas exportações para a segunda maior economia do planeta.
A soja foi o principal produto  exportado pelo Brasil, no montante de US$ 14,39 bilhões, cifra inferior em 8,9%  à receita obtida com as vendas aos chineses no ano passado. Mesmo com a forte queda, a oleaginosa teve uma participação de 41% nas vendas para o país asiático. Em segundo lugar, os minério de ferro totalizaram US$ 7,31 bilhões (alta de 13,41%), correspondentes a 21% das exportações. Outro item importante, o petróleo, ficou com uma fatia de 11% das exportações e gerou receita no valor de US$ 3,91 bilhões, uma queda de 5,6% comparativamente com o total exportado em 2015.
Enquanto a pauta exportadora brasileira é composta majoritariamente por produtos básicos, a China  tem nos produtos industrializados os líderes das vendas ao Brasil. Ano passado, mesmo tendo registrado  queda de 24,1% em relação a 2015, os bens manufaturados foram responsáveis por 96,9% das vendas chinesas, no total de US$ 22,65 bilhões. Os produtos básicos geraram receita de US$ 677 milhões (redução de 16,1%) e responderam por apenas 2,78% de todo o volume negociado com o Brasil. Por sua vez, os produtos semimanufaturados tiveram uma participação residual de 0,37% nas exportações e os embarques somaram apenas US$ 86 milhões.
Fonte: Comex do Brasil

Com 32 toneladas por segundo, apetite da China por minério quebra record: o que esperar para 2017

Com 32 toneladas por segundo, apetite da China por minério quebra record: o que esperar para 2017?

Uma combinação de forte e inesperada produção de aço e da queda na mineração interna levaram a China a um recorde na importação de minério de ferro em 2016. A maior parte do 1 bilhão de toneladas métricas que o país asiático comprou do exterior saiu do Brasil e da Austrália e contribuiu para uma recuperação nos preços da commodity. Cálculos da Bloomberg apontam que os chineses consumiram 32 milhões de toneladas de minério de ferro por segundo e analistas estimam que em 2017 o apetite será ainda maior.
O aumento de 7,5% do consumo chinês na comparação com 2015 resultou na disparada de mais de 80% nos preços do minério de ferro em 2016. A tonelada da commodity negociada no  porto de Qingdao com 62% de pureza atingiu a máxima em dois anos em dezembro de 2016, cotada a US$ 83,58. Nesta sexta-feira (11), o valor estava em US$ 80,54.
A dinâmica em 2017 será determinada pela oferta, na avaliação do economista sênior da Westpac Banking Corp, Justin Smirk. “Tudo gira em torno da oferta. A oferta de minério de ferro no comércio vindo de Brasil e Austrália, assim como de alguns outros produtores menores, continua crescendo e vai continuar entrando nos mercados chineses”, estimou, em entrevista à Bloomberg. Um dos fatores que devem impulsionar a produção de minério de ferro do Brasil é o início da operação do projeto S11D, da Vale, o maior da história da companhia e também da indústria da mineração.
Para Smirk, porém, a dinâmica de crescentes importações chinesas podem não ser suficientes para sustentar os preços ao longo deste ano. “Em vez de sugerir que a demanda por minério importado é grande, eu destaco que a oferta está crescendo de novo”, ponderou. Para ele, sem uma elevação significativa na demanda, a disparada da oferta pode levar a uma correção dos preços em 2017.
Este é o cenário previsto pela Austrália, um dos maiores exportadores da commodity. O país estima queda nos preços do minério. Já uma pesquisa da Singapore Exchange feita com participantes da indústria chega a uma conclusão mais positiva, de que haverá incremento no comércio e estabilidade ou alta dos preços.
(com Bloomberg)
Minério de ferro - Bloomberg


Fonte: Boa Informação