quarta-feira, 1 de março de 2017

Mineração rendeu R$ 143 milhões em Salto de Pirapora e Votorantim


Mineração rendeu R$ 143 milhões em Salto de Pirapora e Votorantim

Salto de Pirapora e Votorantim lideraram na mineração, no ano passado, entre os municípios da região administrativa de Sorocaba. Os dois são produtores de calcário para cimento. Juntos, Salto de Pirapora e Votorantim tiveram movimentação financeira de R$ 143 milhões nesse setor. Salto de Pirapora representou a maior parte, com R$ 89,5 milhões, e Votorantim com R$ 54,2 milhões. Os dois municípios aparecem como 6º e 12º na lista dos maiores valores em operações de mineração no Estado em 2016.
Os dados por município foram divulgados semana passada pela Secretaria Estadual de Energia e Mineração, no Informe Mineral do Estado de São Paulo. O balanço anual mostra o volume da produção de bens minerais e os valores de impostos recolhidos pelos municípios. O município de Salto de Pirapora foi o responsável por 3% de toda arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) no Estado de São Paulo em 2016, de acordo com a secretaria. A movimentação de R$ 89,5 milhões no município gerou uma arrecadação de R$ 1,7 milhão. Na sequência vem Votorantim, que arrecadou R$ 1 milhão.
“A mineração na região de Sorocaba é referência para outras áreas do Estado. A mina Baltar, de responsabilidade da Votorantim, produz calcário de excelente qualidade com padrão internacional para produção de cimento, gerando bons empregos e tendo a sustentabilidade como pilar”, de acordo com o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles, por meio da assessoria de imprensa da secretaria.
A unidade de Santa Helena, primeira fábrica da Votorantim Cimentos, que iniciou as atividades há 80 anos com capacidade de produzir pouco mais de 800 mil toneladas de cimento por ano, hoje pode fabricar até 2 milhões de toneladas no mesmo período. A planta já recebeu R$ 8,4 milhões em investimentos nos últimos três anos para modernização. Atualmente gera 409 empregos diretos e indiretos. A Votorantim também tem fábrica de cimento em Salto de Pirapora
Sorocaba, Araçariguama, Porto Feliz, Bofete, Águas de Santa Bárbara, Tatuí, Anhembi e Itu completam a lista dos dez maiores produtores de bens minerais da região de Sorocaba, informa a Secretaria de Energia e Mineração.  A movimentação financeira na região por conta da mineração foi de R$ 415 milhões em 2016, o que representa 13% de todo o Estado. Os insumos mais produzidos na região são cimento, brita e areia.


Fonte: Jornal Cruzeiro

Missão em feira de mineração quer atrair investimentos do Canadá

Missão em feira de mineração quer atrair investimentos do Canadá

O potencial mineral de Mato Grosso despertou o interesse dos canadenses, por isso a Desenvolve MT em parceria com a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) realiza uma “Missão Comercial” com trinta empresários, prefeitos e representantes do Estado para participarem da convenção anual da Prospectors and Developers Association of Canada (PDAC), em março deste ano em Toronto.
O encontro inclui uma série de eventos, de 4 a 8 de março, focados na produção e exploração de bens minerais em Mato Grosso. O PDAC representa os interesses da indústria canadense de desenvolvimento e exploração mineral e é responsável pela organização do International Convention, Trade Show & Investors Exchange – Mining Investment Show em Toronto.
Os encontros já estão pré-agendados. Serão realizadas reuniões “B2B” entre os mato-grossenses e empresários canadenses, bem como apresentações do potencial de mineração do Estado para uma plateia de investidores pré-selecionada pelo PDAC. Após a apresentação das propostas, espera-se que os investidores venham pessoalmente conhecer o Estado, e então, iniciar negociações formais. O objetivo é a atração de investimento para mineração, inicialmente focado para os municípios, cooperativas e empresários que integrem a missão.
Todos os projetos já possuem autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Alguns já estão em andamento, a exemplo dos projetos propostos pelas cooperativas de Poconé, COOGAVEPE e COOPRODIL, que esperam conseguir investimentos para exploração de jazidas de ouro, diamante, ferro e manganês.
Importante também ressaltar o projeto para atração de investimento para as reservas de água termal e mineral da região do município de Jaciara. No montante, os projetos visam atrair mais de R$ 500 milhões em investimentos para o setor no Estado.  Por muito tempo o setor mineral não teve uma política clara de desenvolvimento e atração de investimento, mas o governador Pedro Taques (PSDB) junto com o secretário de desenvolvimento econômico Ricardo Tomczyk e os deputados estaduais Oscar Bezerra (PSB)  e Dilmar Dal Bosco  (DEM) têm adotado uma série de medidas para fomentar o setor.
A caravana é uma parceria entre a Desenvolve MT, a Câmara de Comércio Brasil-Canadá e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico -SEDEC, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), com participação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Companhia Mato-Grossense de Mineração do Estado de Mato Grosso (METAMAT), e as prefeituras de Alta Floresta, Apiacas, Juína, Peixoto de Azevedo, Nova Guarita, Jaciara e Rondonópolis.


Fonte: TopNews

Próximo da falência, ex-mineradora de Eike Batista é saqueada no Amapá


Mineradora foi vendida em 2007 por Eike e atualmente vive drama financeiro.
Portas, janelas, cabos e notebooks foram levados em recentes furtos.

Do G1 AP, com informações da Rede Amazônica no Amapá
Sem escoar minério desde 2014, a mineradora inglesa Zamin, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, apresenta as consequências do abandono. Imagens feitas pela Rede Amazônica no Amapá nesta segunda-feira (27) mostram que parte da estrutura da empresa foi saqueada e os cabos das locomotivas que fazem interligação ao sistema de tração foram cortados.
O cenário atual é pior que o encontrado em maio de 2016, quando o G1 teve acesso a área externa da mineradora.
Mineradora Zamin é saqueada no Amapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)Mineradora Zamin é saqueada no Amapá (Foto:
Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)
A Zamin vive um drama financeiro desde 2013, quando o porto particular para exportar manganês desabou em Santana. A empresa atualmente tenta evitar a falência em um processo de recuperação judicial dez anos depois da primeira exportação, feita em 2007, ainda sob a administração do ex-bilionário Eike Batista. A dívida envolve 321 credores e chega a R$ 1,5 bilhão.
Além do mato alto no entorno dos maquinários da ferrovia e demais estruturas, no interior dos prédios é notável a ação de vandalismo. Janelas e portas foram arrombadas e levadas. Além disso, documentos estão danificados e existe a estimativa de furtos de pelo menos 80 notebooks deixados pela empresa, informou a Rede Amazônica no Amapá.
No almoxarifado, foram levados carretéis de cabos e pneus ainda não usados. Problema semelhante foi encontrado no setor de desembarque do minério, onde bombas e pequenos geradores para dar funcionamento à esteira de transbordo também foram furtados. Nenhum dos crimes recentes chegou a ser registrado por câmera de segurança porque o sistema interno também virou alvo de ação de vândalos.
Cabos foram cortados e levados de locomotivas de mineradora (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)Cabos foram cortados e levados de locomotivas de mineradora (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)
Drama da Zamin
Depois da primeira exportação da mineradora, em 2007, quando ainda era chamada de MMX, as ações foram vendidas no mesmo ano para a Anglo American, que revendeu à Zamin, última administradora da concessão. A produção parou após o desabamento do porto privado da empresa.
Por causa do ostracismo provocado pelas empresas, a mineração sofreu a primeira intervenção em julho de 2015, quando o governo do estado decretou a perda da ferrovia concedida à Zamin. O caso foi parar na Justiça, que manteve a caducidade.
No local onde funciona a mineradora, em Santana, apenas um vigilante toma conta do espaço. Geradores e peças de máquinas pesadas foram furtados, segundo a Secretaria de Estado de Transportes (Setrap), e precisam ser ressarcidos ao Amapá, que passou a ter posse de grande parte da infraestrutura da ferrovia montada às margens do rio Amazonas.
Objetos viraram alvos de vândalos em área de mineradora do Amapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)Objetos viraram alvo de vândalos em área de mineradora do Amapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)
Parte administrativa da Zamin está deteriorada (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)Parte administrativa da Zamin está deteriorada (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)
Maquinário teve peças levadas em furtos na  Zamin (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)Maquinário teve peças levadas em furtos na Zamin (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Paraíbas” de Moçambique


“Paraíbas” de Moçambique
O mundo das pedras de cor mudou quando, no final dos anos 1980, turmalinas (elbaítes) ricas em cobre surgiram no mercado em cores azuis... “néon” intensas, vindas da região de São José da Batalha, no estado de Paraíba, no Brasil. Pela sua invulgaridade e raridade, rapidamente atingiram preços de milhares de dólares por quilate, até então quase só possíveis em diamantes, esmeraldas, safiras e rubis. A expressão comercial “turmalina de paraíba” ficou, assim, desde essa altura, associada a turmalinas de superlativo valor e qualidade. No estado contíguo de Rio Grande do Norte foram também encontradas turmalinas de características semelhantes, o que garantiu alguma produção destas gemas durante alguns anos.
Em 2001, em Oyo na Nigéria, descobrem-se elbaítes com semelhantes características visuais às das suas parentes cupríferas (ricas em cobre) do Brasil. Pouco tempo depois, reportam-se semelhantes gemas, agora em quantidades apreciáveis, em Mavuco numa região interior da província de Nampula, Moçambique. Todas estas foram sendo apelidadas de “turmalinas de paraíba” apesar da sua geografia de origem diversa o que, aliás, até deu origem acções judiciais. Nos anos recentes, Moçambique produziu uma quantidade apreciável de elbaítes ricas em cobre (não raras vezes originalmente de cor violeta, tornando-se no apreciado azul “néon” após tratamento térmico) e a sua designação comercial de “turmalina de paraíba” é aceite internacionalmente.
Considera-se hoje em dia que a expressão “turmalina de paraíba” corresponde a uma turmalina (elbaíte) de intensidade e saturação média a elevada de cores azuis e verdes “néon”, “eléctrico”, devido maioritariamente à presença de cobre e/ou manganês, e procedente de vários pontos do globo, sendo que a palavra “paraíba” é alusiva à localidade onde foi primeiro descoberta e não à origem geográfica das amostras em concreto.

Na imagem, turmalinas de paraíba de Nampula (Moçambique) incluindo três nódulos em bruto. A gema facetada em talhe pêra, com 8 quilates, tem a cor mais apreciada para este material desta localidade.
© Palagems.com CA (USA)

A razão pela qual gostamos tanto de comer chocolate

A razão pela qual gostamos tanto de comer chocolate


Criança comendo chocolateDireito de imagem1905HKN
Image captionPaixão por chocolate pode estar relacionada ao leite materno
Por que gostamos tanto de chocolate?
A resposta pode parecer simples - porque tem um "gosto bom". Mas vai além disso. Tem a ver com uma determinada relação entre gorduras e carboidratos, a que somos apresentados logo no início de nossas vidas.
Os amantes de chocolate dificilmente abrem um tablete e conseguem se contentar em comer apenas um quadradinho - acabam devorando a barra inteira. E isso também acontece com outros alimentos.
Mas o que faz com que a gente ache algumas comidas irresistíveis? E que características o chocolate compartilha com outros alimentos que simplesmente não conseguimos dizer "não"?

'Limonada e fruta do conde'

O chocolate é feito a partir de grãos de cacau, cultivados e consumidos nas Américas há milhares de anos.
Os Maias e Astecas criaram uma bebida de cacau chamada xocolatl, que significa "água amarga". Isso porque, in natura, os grãos de cacau são bastante amargos.
Para chegar ao grão, primeiro você precisa tirar a casca grossa do cacau, liberando uma polpa de sabor tropical intenso - com gosto entre a limonada e a fruta do conde. Conhecida como baba de cacau, é doce, ácida e muito pegajosa.
Os grãos e a polpa são colocados para fermentar durante vários dias, antes de serem secos e torrados.
Ao serem torrados, liberam uma variedade de compostos químicos, incluindo o ácido 3-metil-butanoico, que por si só tem um odor rançoso, e o dimetil trissulfeto, com cheiro de repolho cozido em excesso.
A combinação dessas e outras moléculas de aroma cria uma assinatura química única que os nossos cérebros adoram.
Mulher comendo chocolateDireito de imagemISTOCK
Image captionAdição de açúcar e gordura levou o cacau a se tornar irresistível
Mas os cheiros e as memórias felizes da juventude que esses odores provocam são apenas parte da atração do chocolate.
O chocolate contém uma série de substâncias químicas psicoativas interessantes, que incluem a anandamida, um neurotransmissor cujo nome vem do sânscrito - "ananda", que significa "alegria, felicidade, prazer". As anandamidas estimulam o cérebro da mesma forma que a cannabis.
Ele também contém tiramina e feniletilamina, ambas com efeitos semelhantes às anfetaminas.
Além disso, você vai encontrar pequenos vestígios de teobromina e cafeína, conhecidos estimulantes.
Por algum tempo, alguns cientistas de alimentos ficaram entusiasmados com a descoberta. Mas, embora o chocolate contenha essas substâncias, sabemos agora que são apenas alguns traços.

Açúcares mais gorduras

Então, o que mais o chocolate tem?
Ele também tem uma viscosidade cremosa. Quando você tira da embalagem e coloca um pedaço na boca sem morder, você vai notar que ele rapidamente derrete na língua, deixando uma sensação prolongada de suavidade.
Receptores em nossas línguas detectam essa mudança de textura, que, então, estimula os sentimentos de prazer.
Mas o que realmente levou o cacau - uma bebida amarga e aquosa - a se transformar no doce que adoramos hoje, foi a adição de açúcar e gordura.
O acréscimo da quantidade certa de cada um desses elementos é crucial para a apreciação do chocolate. Observe uma embalagem de chocolate ao leite e você vai perceber que ele normalmente contém cerca de 20-25% de gordura e 40-50% de açúcar.
Mãe alimentando bebêDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionLeite materno é composto por 4% de gorduras e 8% de açúcares
Na natureza, tais níveis elevados de açúcar e gordura são raramente encontrados - pelo menos juntos.
Você pode obter açúcares naturais de frutas e raízes, e há muita gordura em nozes ou no salmão, por exemplo. Mas um dos poucos lugares onde você vai encontrar ambos é no leite.
O leite materno humano é particularmente rico em açúcares naturais, principalmente lactose. É composto por cerca de 4% de gorduras e 8% de açúcares. O leite em pó, que também é usado na alimentação de bebês, contém uma proporção semelhante de gorduras em relação a açúcares.
Essa proporção, 1g de gordura para 2g de açúcar, é a mesma relação que você encontra no chocolate ao leite. E em biscoitos, donuts, no sorvete...Na verdade, essa proporção em particular está presente em muitos alimentos a que não resistimos.
Então, por que você ama chocolate?
Por uma série de razões. Mas também pode ser porque esteja tentando resgatar o gosto e a sensação de proximidade que temos em relação ao primeiro alimento que já experimentamos: o leite materno humano.