quarta-feira, 1 de março de 2017

Marcelo Odebrecht diz ao TSE que pagou caixa 2 a campanha de Dilma e que Temer

Marcelo Odebrecht diz ao TSE que pagou caixa 2 a campanha de Dilma e que Temer não tratou de valores para doação

quarta-feira, 1 de março de 2017 19:55 BRT
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Marcelo Odebrecht é escoltado por policiais federais em Curitiba
20/06/2015 REUTERS/Rodolfo Burher
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Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O empresário Marcelo Odebrecht confirmou nesta quarta-feira à Justiça Eleitoral o pagamento do publicitário João Santana, responsável pela campanha de Dilma Rousseff à presidência em 2014, com recursos de caixa dois acertados com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou à Reuters uma fonte que teve acesso à trechos das declarações dadas nesta quarta-feira.
Ao final de seu depoimento, Marcelo Odebrecht afirmou que não tinha como dizer "com certeza" se Dilma e Temer sabiam das negociações e de "qualquer ilicitude nas doações".
As declarações foram prestadas em Curitiba à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral no processo em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer na eleição presidencial de 2014.
O ex-presidente da Odebrecht, que firmou acordo de delação premiada com a Lava Jato, afirmou, segundo trechos do depoimento repassados à Reuters, que o governo petista, ainda na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teria negociado com a empresa duas "contrapartidas" por uma medida provisória negociada por Mantega ainda em 2009 e que beneficiaria a empresa.
Os recursos não teriam sido usados na campanha de 2010 e teriam ficado como um crédito para uso posterior no valor de 50 milhões de reais.
Em 2013, Mantega teria negociado um apoio "espontâneo" à campanha de 2014 e que os valores totais, somados todos os créditos, seriam de 300 milhões de reais, para serem usados em caixa dois. Marcelo Odebrecht negou que os recursos fossem propina para que a empreiteira conseguisse negócios ou obras com o governo.
Ainda no depoimento, Mantega pediu a Odebrecht que pagasse uma dívida com João Santana, sem especificar se eram dívidas de campanha, o que foi feito. O empresário alega não lembrar o valor exato, mas afirmou que se tratava de algo entre 20 e 40 milhões de reais em pagamentos "não oficiais", ou seja, caixa dois.
TEMER
No mesmo depoimento, Marcelo Odebrecht --que está preso em Curitiba, condenado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro na operação Lava Jato-- confirmou um jantar com Temer, no Palácio do Jaburu, onde foi tratado de contribuições para a campanha do então vice-presidente, mas garantiu que o tema foi tratado "de forma genérica" e não houve um pedido de doação direto feito por Temer.
O jantar e o pedido de doações foram relatados pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho em delação premiada dentro da operação Lava Jato.
Na semana passada, em nota oficial, Temer afirmou que como presidente do PMDB, "pediu auxílio formal e oficial à Construtora Norberto Odebrecht" e não autorizou que "nada fosse feito sem amparo nas regras da lei eleitoral".
A nota foi motivada por entrevistas do advogado José Yunes, amigo pessoal de Temer, que confirmou ter recebido um pacote do doleiro Lucio Funaro em seu escritório a pedido do agora ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
A história da entrega foi revelada pelo ex-diretor da Odebrecht, que alegou ter mandado entregar 1 milhão no escritório de Yunes. O advogado nega que soubesse se tratar de dinheiro.

Governo Trump bloqueia mudanças em royalties de mineração de carvão nos EUA

Governo Trump bloqueia mudanças em royalties de mineração de carvão nos EUA

O Departamento do Interior dos Estados Unidos suspendeu temporariamente mudanças na forma como o governo federal avalia os enormes volumes de carvão extraídos de terras públicas, principalmente no oeste dos Estados Unidos, depois que empresas de mineração contestaram as alterações em um tribunal federal. A decisão do governo Trump significa que as regras atuais para a indústria permanecerão até que saiam as decisões dos tribunais sobre o assunto, conforme uma notificação do departamento que deve ser publicada na segunda-feira no Registro Federal.
As mudanças, elaboradas sob a administração do presidente Barack Obama, buscavam garantir que as empresas não paguem menos do que deveriam aos contribuintes pelas vendas de carvão para a Ásia e outros mercados. As exportações de carvão aumentaram na última década, enquanto as vendas domésticas diminuíram. Legisladores federais e grupos de vigilância há muito se queixam de que os contribuintes vinham perdendo milhões de dólares anualmente porque os royalties sobre o carvão obtido em terras públicas estavam sendo calculados de forma incorreta.
Em 2016, as empresas venderam 316 milhões de toneladas de carvão obtido em terras federais e indígenas avaliadas em US$ 5,4 bilhões. Essas vendas geraram quase US$ 600 milhões em royalties, de acordo com dados do Departamento do Interior. A maior parte do carvão das terras públicas é extraído em Wyoming. Minas nos Estados de Montana, Colorado, Utah e Novo México também têm um papel significativo na extração. O combustível é usado para produzir cerca de um terço da eletricidade do país, proporção que caiu acentuadamente nos últimos anos à medida que o gás natural barato ganhou uma participação maior do mercado de energia.
As regras em vigor desde a década de 1980 permitiram que as empresas vendessem o produto às suas filiais, pagassem royalties ao governo sobre esse preço de venda e depois vendessem esse carvão a preços mais altos, muitas vezes para o exterior. Sob a mudança de regra, agora suspensa, a taxa de royalties seria determinada no momento em que o carvão é contratado, e as receitas teriam como base o preço pago por uma entidade externa, em vez de uma venda intermediária a uma empresa afiliada.
Conservacionistas criticaram o movimento do governo, dizendo que se trata de um tratamento suave para a indústria e privará os Estados de receitas necessárias. Cerca de metade dos royalties de carvão coletados pelo governo federal é enviada para os Estados. “Este anúncio é um presente para as companhias de carvão que tentam evitar pagar sua parcela justa”, disse Steve Charter, fazendeiro de Montana que vive próximo à mina de carvão Bull Mountain, perto de Roundup, que vendeu combustível para clientes na Ásia. Empresas como a Cloud Peak Energy argumentam que o preço mais elevado para o exterior inclui despesas de transporte e outros custos logísticos que não devem ser tidos em conta nos pagamentos de royalties.
A decisão de Trump foi bem-recebida pelos legisladores dos Estados do oeste norte-americano. O senador de Montana Steve Daines, do Partido Republicano, disse que a mudança na regra teria “efeitos prejudiciais imediatos” sobre a indústria de mineração. O deputado Rob Bishop, também do Partido Republicano e presidente do Comitê de Recursos Naturais da Câmara dos Representantes, afirmou que a mudança na regra ameaçava aumentar as tarifas de eletricidade para as comunidades rurais por, segundo ele, elevar o custo pago por serviços públicos pelo carvão. “O governo Trump tomou a decisão certa de suspender essa regra ilógica e legalmente duvidosa”, disse Bishop.
Fonte: Associated Press

Mineração rendeu R$ 143 milhões em Salto de Pirapora e Votorantim


Mineração rendeu R$ 143 milhões em Salto de Pirapora e Votorantim

Salto de Pirapora e Votorantim lideraram na mineração, no ano passado, entre os municípios da região administrativa de Sorocaba. Os dois são produtores de calcário para cimento. Juntos, Salto de Pirapora e Votorantim tiveram movimentação financeira de R$ 143 milhões nesse setor. Salto de Pirapora representou a maior parte, com R$ 89,5 milhões, e Votorantim com R$ 54,2 milhões. Os dois municípios aparecem como 6º e 12º na lista dos maiores valores em operações de mineração no Estado em 2016.
Os dados por município foram divulgados semana passada pela Secretaria Estadual de Energia e Mineração, no Informe Mineral do Estado de São Paulo. O balanço anual mostra o volume da produção de bens minerais e os valores de impostos recolhidos pelos municípios. O município de Salto de Pirapora foi o responsável por 3% de toda arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) no Estado de São Paulo em 2016, de acordo com a secretaria. A movimentação de R$ 89,5 milhões no município gerou uma arrecadação de R$ 1,7 milhão. Na sequência vem Votorantim, que arrecadou R$ 1 milhão.
“A mineração na região de Sorocaba é referência para outras áreas do Estado. A mina Baltar, de responsabilidade da Votorantim, produz calcário de excelente qualidade com padrão internacional para produção de cimento, gerando bons empregos e tendo a sustentabilidade como pilar”, de acordo com o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles, por meio da assessoria de imprensa da secretaria.
A unidade de Santa Helena, primeira fábrica da Votorantim Cimentos, que iniciou as atividades há 80 anos com capacidade de produzir pouco mais de 800 mil toneladas de cimento por ano, hoje pode fabricar até 2 milhões de toneladas no mesmo período. A planta já recebeu R$ 8,4 milhões em investimentos nos últimos três anos para modernização. Atualmente gera 409 empregos diretos e indiretos. A Votorantim também tem fábrica de cimento em Salto de Pirapora
Sorocaba, Araçariguama, Porto Feliz, Bofete, Águas de Santa Bárbara, Tatuí, Anhembi e Itu completam a lista dos dez maiores produtores de bens minerais da região de Sorocaba, informa a Secretaria de Energia e Mineração.  A movimentação financeira na região por conta da mineração foi de R$ 415 milhões em 2016, o que representa 13% de todo o Estado. Os insumos mais produzidos na região são cimento, brita e areia.


Fonte: Jornal Cruzeiro

Missão em feira de mineração quer atrair investimentos do Canadá

Missão em feira de mineração quer atrair investimentos do Canadá

O potencial mineral de Mato Grosso despertou o interesse dos canadenses, por isso a Desenvolve MT em parceria com a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) realiza uma “Missão Comercial” com trinta empresários, prefeitos e representantes do Estado para participarem da convenção anual da Prospectors and Developers Association of Canada (PDAC), em março deste ano em Toronto.
O encontro inclui uma série de eventos, de 4 a 8 de março, focados na produção e exploração de bens minerais em Mato Grosso. O PDAC representa os interesses da indústria canadense de desenvolvimento e exploração mineral e é responsável pela organização do International Convention, Trade Show & Investors Exchange – Mining Investment Show em Toronto.
Os encontros já estão pré-agendados. Serão realizadas reuniões “B2B” entre os mato-grossenses e empresários canadenses, bem como apresentações do potencial de mineração do Estado para uma plateia de investidores pré-selecionada pelo PDAC. Após a apresentação das propostas, espera-se que os investidores venham pessoalmente conhecer o Estado, e então, iniciar negociações formais. O objetivo é a atração de investimento para mineração, inicialmente focado para os municípios, cooperativas e empresários que integrem a missão.
Todos os projetos já possuem autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Alguns já estão em andamento, a exemplo dos projetos propostos pelas cooperativas de Poconé, COOGAVEPE e COOPRODIL, que esperam conseguir investimentos para exploração de jazidas de ouro, diamante, ferro e manganês.
Importante também ressaltar o projeto para atração de investimento para as reservas de água termal e mineral da região do município de Jaciara. No montante, os projetos visam atrair mais de R$ 500 milhões em investimentos para o setor no Estado.  Por muito tempo o setor mineral não teve uma política clara de desenvolvimento e atração de investimento, mas o governador Pedro Taques (PSDB) junto com o secretário de desenvolvimento econômico Ricardo Tomczyk e os deputados estaduais Oscar Bezerra (PSB)  e Dilmar Dal Bosco  (DEM) têm adotado uma série de medidas para fomentar o setor.
A caravana é uma parceria entre a Desenvolve MT, a Câmara de Comércio Brasil-Canadá e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico -SEDEC, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), com participação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Companhia Mato-Grossense de Mineração do Estado de Mato Grosso (METAMAT), e as prefeituras de Alta Floresta, Apiacas, Juína, Peixoto de Azevedo, Nova Guarita, Jaciara e Rondonópolis.


Fonte: TopNews

Próximo da falência, ex-mineradora de Eike Batista é saqueada no Amapá


Mineradora foi vendida em 2007 por Eike e atualmente vive drama financeiro.
Portas, janelas, cabos e notebooks foram levados em recentes furtos.

Do G1 AP, com informações da Rede Amazônica no Amapá
Sem escoar minério desde 2014, a mineradora inglesa Zamin, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, apresenta as consequências do abandono. Imagens feitas pela Rede Amazônica no Amapá nesta segunda-feira (27) mostram que parte da estrutura da empresa foi saqueada e os cabos das locomotivas que fazem interligação ao sistema de tração foram cortados.
O cenário atual é pior que o encontrado em maio de 2016, quando o G1 teve acesso a área externa da mineradora.
Mineradora Zamin é saqueada no Amapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)Mineradora Zamin é saqueada no Amapá (Foto:
Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)
A Zamin vive um drama financeiro desde 2013, quando o porto particular para exportar manganês desabou em Santana. A empresa atualmente tenta evitar a falência em um processo de recuperação judicial dez anos depois da primeira exportação, feita em 2007, ainda sob a administração do ex-bilionário Eike Batista. A dívida envolve 321 credores e chega a R$ 1,5 bilhão.
Além do mato alto no entorno dos maquinários da ferrovia e demais estruturas, no interior dos prédios é notável a ação de vandalismo. Janelas e portas foram arrombadas e levadas. Além disso, documentos estão danificados e existe a estimativa de furtos de pelo menos 80 notebooks deixados pela empresa, informou a Rede Amazônica no Amapá.
No almoxarifado, foram levados carretéis de cabos e pneus ainda não usados. Problema semelhante foi encontrado no setor de desembarque do minério, onde bombas e pequenos geradores para dar funcionamento à esteira de transbordo também foram furtados. Nenhum dos crimes recentes chegou a ser registrado por câmera de segurança porque o sistema interno também virou alvo de ação de vândalos.
Cabos foram cortados e levados de locomotivas de mineradora (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)Cabos foram cortados e levados de locomotivas de mineradora (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)
Drama da Zamin
Depois da primeira exportação da mineradora, em 2007, quando ainda era chamada de MMX, as ações foram vendidas no mesmo ano para a Anglo American, que revendeu à Zamin, última administradora da concessão. A produção parou após o desabamento do porto privado da empresa.
Por causa do ostracismo provocado pelas empresas, a mineração sofreu a primeira intervenção em julho de 2015, quando o governo do estado decretou a perda da ferrovia concedida à Zamin. O caso foi parar na Justiça, que manteve a caducidade.
No local onde funciona a mineradora, em Santana, apenas um vigilante toma conta do espaço. Geradores e peças de máquinas pesadas foram furtados, segundo a Secretaria de Estado de Transportes (Setrap), e precisam ser ressarcidos ao Amapá, que passou a ter posse de grande parte da infraestrutura da ferrovia montada às margens do rio Amazonas.
Objetos viraram alvos de vândalos em área de mineradora do Amapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)Objetos viraram alvo de vândalos em área de mineradora do Amapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)
Parte administrativa da Zamin está deteriorada (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)Parte administrativa da Zamin está deteriorada (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)
Maquinário teve peças levadas em furtos na  Zamin (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)Maquinário teve peças levadas em furtos na Zamin (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)